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quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Benazir Bhutto morre em atentado suicida no Paquistão

A ex-primeira-ministra paquistanesa e líder da oposição Benazir Bhutto morreu nesta quinta-feira em função dos ferimentos sofridos num atentado suicida durante um comício nos subúrbios de Islamabad, anunciou à AFP o porta-voz do ministério do Interior, Javed Cheema.


Pelo menos 16 pessoas morreram no atentado cometido durante o comício da ex-premier, que é uma das principais líderes da oposição, a duas semanas das eleições.

"Foi um atentado. Não sabemos ainda o número certo de vítimas. O suicida se explodiu quando as pessoas estavam se dispersando depois da manifestação de Bhutto", afirmou o porta-voz.

Este drama é o último de uma série sem precedente de atentados suicidas na história do Paquistão.

O mais sangrento até o momento aconteceu durante uma manifestação do partido de Bhutto em 18 de outubro, quando dois homens-bomba mataram 139 pessoas em uma gigantesca passeata de simpatizantes que celebravam, em Karachi), o retorno da ex-premier após seis anos de exílio.

Bhutto escapou ilesa porque estava dentro de um caminhão blindado à frente do cortejo.

Por outro lado, pelo menos quatro pessoas morreram, também em Islamabad, em tiroteios durante um comício do ex-premier Nawaz Sharif, outro líder da oposição, a duas semanas das eleições legislativas e provinciais no Paquistão.

"Quatro pessoas morreram e várias ficaram feridas", disse à AFP um oficial da polícia de Islamabad, Syed Kalim Imam.

Os disparos pareciam ter como procedência um edifício onde funciona um partido político rival que apóia o presidente Pervez Musharraf, afirmaram testemunhas à AFP.

Até o momento a polícia não confirmou a informação.

O incidente aconteceu em um subúrbio da capital, quando militantes do partido de Sharif preparavam bandeiras antes da chegada de seu líder e uma briga teve início.

Na quarta-feira, o presidente paquistanês afirmou ao colega afegão, Hamid Karzai, que visitava Islamabad, que o terrorismo islâmico está "destruindo" os dois países.

AFP

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