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sexta-feira, 31 de março de 2023

O Mito está cada vez menor

Para a quantidade de gente que acompanhava Bolsonaro nas motociatas e outros eventos do mito, ver a chegada dele no aeroporto e na sede do seu partido com tão pouca gente, parece que o fato de fugir do Brasil para não reconhecer a vitória de seu adversário, não agradou os seus eleitores não. Acho que eles queriam mesmo era ver o bozo dizendo as mesmas baboseiras contra as instituições sem demonstrar medo. Acho que o super honesto bozo, desagradou os que queriam intervenção militar para lhe devolver o cargo de presidente, ao tentar surrupiar joias e outras coisas mais.

O que você sabe sobre a violência nos EUA?

 Por Jacinto Pereira

Segundo o Portal sputnik Brasil, os dados do Gun Violence Archive publicados em 28 de março registraram 4.248 falecidos nos EUA em ataques com armas de fogo no ano de 2023, incluindo 59 crianças e 344 adolescentes. O número de tiroteios em massa no país já atingiu 131 casos.

Segundo as estatísticas do portal, desde 2016 está crescendo o número de mortes por armas de fogo, especialmente de tiroteios em massa, com os casos de uso das armas de fogo por acidente ou para defesa caindo.

Belluzzo elogia novo marco fiscal: "flexível e seguro"

 Leonardo Attuch

“Tem característica de ser flexível e respeitar a natureza da economia capitalista financeira de mercado", diz o economista

www.brasil247.com - Luiz Gonzaga Belluzzo Luiz Gonzaga Belluzzo (Foto: Paulo Emílio)

Por Eduardo Maretti, da Rede Brasil Atual – O novo arcabouço fiscal do governo federal anunciado nesta quinta-feira (30), que busca conciliar as demandas sociais e parâmetros fiscais, “é uma tentativa de escapar à rigidez do teto de gastos e, ao mesmo tempo, oferecer aos mercados um arcabouço razoavelmente seguro em matéria de disciplina e ordenação da relação entre gasto e receita”. A opinião é do economista Luiz Gonzaga Belluzzo, com a observação de que a avaliação do arcabouço recém-anunciado é feita ainda “de maneira muito preliminar”.

No entanto, em sua opinião, o que se pretende é dar ao sistema “uma flexibilidade compatível com a natureza da economia, que não é rígida, mas tem fluxos determinados por decisões de investimentos e gastos, e que se traduzem em renda e geram receitas”.

Para ele, tudo indica que a proposta é bem concebida, “mas algumas coisas precisam ser explicitadas de maneira mais precisa”. “Tem característica de ser flexível e respeitar a natureza da economia capitalista financeira de mercado, que é assim que funciona.” Nesse quadro, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva tenta apontar ao mercado a existência de regras fiscais previsíveis.

Previsibilidade e temporalidade

Na exposição inicial do plano, tanto o ministro Fernando Haddad (Fazenda) quanto Simone Tebet (Planejamento) destacaram o princípio que norteia o arcabouço: a compatibilização entre as expectativas do mercado e as demandas sociais. Por isso, ambos usaram o termo “previsibilidade” em suas falas. O governo prevê por exemplo, déficit de 0,5% este ano, neutralizá-lo em 2024 e superávit de 0,5% em 2025.

“A previsibilidade é importante, e tem também a questão da temporalidade”, diz Belluzzo. “No plano tem uma proposição de alcançar o superávit primário ao longo do tempo, o que é correto, pois o movimento da economia transcorre no tempo, e esse movimento depende das decisões que você toma ao longo do tempo.”

Em relação à flexibilidade e temporalidade, Belluzzo menciona um exemplo oposto, de rigidez, que fracassou. “Se alguém fizer por exemplo o que Joaquim Levy fez no governo Dilma, aquele ajuste desastroso, vai se dar mal. Fez um corte de gastos, subiu as tarifas públicas, aumentou juros para 14,25% e a economia capotou.” Hoje, a taxa básica de juros, a Selic, está em 13,75%.

Em entrevista à GloboNews, o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, o número 2 da pasta, afirmou que a sustentabilidade do arcabouço fiscal baseada na receita é “uma inovação” em relação a programas econômicos brasileiros. “Quem vai pagar a conta não vão ser as pessoas mais pobres (ou) os programas sociais, tão necessários, que estão sendo recompostos agora”, disse.

Campos Neto: “boa vontade”

Nesta quinta-feira, mais ou menos no mesmo horário em que Haddad anunciava o novo marco fiscal, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, comentou que ainda não conhecia o arcabouço finalizado, mas acrescentou: “Nós entendemos que existe uma boa vontade muito grande do Ministério da Fazenda de fazer um arcabouço robusto”.

“Então está bom. Vai justificar a redução da taxa de juros um pouco lá na frente”, ironiza Belluzzo. Para ele, “as restrições do mercado são um pouco absurdas”. “Mas a gente precisa olhar o poder embutido nesses comportamentos”, conclui.

Fonte: https://www.brasil247.com/economia/belluzzo-elogia-novo-marco-fiscal-flexivel-e-seguro

Nova regra fiscal inclui os mais pobres no Orçamento e prevê superávit a partir de 2025

 Aquiles Lins

Conjunto de normas mira retomada de investimentos e redução da inflação, garante previsibilidade e recompõe bases econômicas com responsabilidade fiscal e social

www.brasil247.com - Ministros Fernando Haddad e Simone Tebet e auxiliares do Ministério da Fazenda durante apresentação do novo marco fiscal - 30.03.2023 Ministros Fernando Haddad e Simone Tebet e auxiliares do Ministério da Fazenda durante apresentação do novo marco fiscal - 30.03.2023 (Foto: Diogo Zacarias/Min. Fazenda)

Agência Brasil - As regras do novo arcabouço fiscal, anunciadas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nesta quinta-feira (30/3), criam condições para o Brasil atrair investimentos e voltar a crescer de forma sustentável, com estabilidade e previsibilidade, ao mesmo tempo em que executa as políticas de combate à fome e reparação social.

 O teto de gastos está sendo substituído por uma regra que procura sanar o que identificamos como deficiências das regras anteriores. É uma possibilidade concreta de criar uma base fiscal sólida. Na hora que resolver, vamos ter horizonte de desenvolvimento econômico e social", afirmou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

 As medidas, segundo o ministro, darão condições para que o governo ponha em prática a determinação do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, de incluir os mais pobres no Orçamento e os mais ricos no Imposto de Renda. O conjunto de regras busca reduzir a inflação, estimular o investimento privado e garantir a retomada de investimentos nacionais e internacionais.

 Com o novo arcabouço fiscal, a ideia do governo é zerar o déficit fiscal já em 2024, passar a ter superávit de 0,5% em 2025 e chegar a 2026 com superávit de 1%. O superávit é um resultado positivo entre receitas e despesas do Governo, excetuando pagamento de juros.

 Para alcançar essa meta, o governo planeja equacionar as contas públicas limitando o crescimento dos gastos em 70% da receita primária dos últimos 12 meses. Segundo o ministro Haddad, essa medida busca corrigir as deficiências das regras fiscais vigentes até agora e garantir a sustentabilidade financeira do país.

 “O teto de gastos está sendo substituído hoje por uma regra que procura sanar o que nós identificamos como deficiências das regras anteriores até aqui. (...) É uma possibilidade concreta de, a partir dessa regra, criar uma base fiscal sólida. Na hora que resolver, vamos ter horizonte de desenvolvimento econômico e social”, disse Haddad, durante entrevista coletiva no Ministério da Fazenda, em Brasília. Segundo ele, as medidas anunciadas não são uma bala de prata, mas o começo de uma jornada, um plano de voo para consertar a economia brasileira.

 A ministra do Planejamento, Simone Tebet, definiu o novo arcabouço fiscal como crível. “Pelo lado do Orçamento, posso afirmar, depois dos primeiros números já checados, que essa regra fiscal é crível. Ela é possível e temos condições de cumpri-la com as metas estabelecidas. E por que isso? Porque tem flexibilidade, tem bandas e permite que façamos ajustes. Sob a ótica do planejamento e orçamento, estamos absolutamente tranquilos”, disse a ministra.  Ela enfatizou a necessidade de conciliar o zelo com as contas públicas e o objetivo principal de cuidar do social.

 A apresentação foi feita em conjunto com três secretários da Fazenda: Gabriel Galípolo (Executivo), Rogério Ceron (Tesouro Nacional) e Guilherme Mello (Política Econômica). A previsão é de que texto seja enviado para apreciação do Congresso Nacional na próxima semana.

 MECANISMO DE AJUSTES 

O novo arcabouço fiscal prevê mecanismos de ajustes para o governo lidar com as situações adversas e permitir redução da dívida pública. O fato de o aumento da despesa estar limitado a 70% do aumento da receita – a base de cálculo é o orçamento do ano anterior – já assegura uma economia de receita para reduzir o déficit até zerá-lo em 2024.

 Em vez de teto de gasto, há um mecanismo de bandas com crescimento real da despesa primária entre 0,6% e 2,5%, chamado de movimento anticíclico. Em eventuais situações de crise, não pode ser inferior a 0,6%. Em contexto de aumento da arrecadação e receita, limitada a 2,5%. O FUNDEB e o piso da enfermagem ficam excluídos dos limites.

 “Você faz um colchão na fase boa para poder usar na fase ruim e não deixar que o Estado se desorganize. Você dá segurança, não só para o empresário que quer investir, mas para famílias que precisam do apoio do Estado no que diz respeito aos serviços essenciais”, resumiu o ministro.

 REFORMA TRIBUTÁRIA

De acordo com Haddad, o caminho proposto anda de forma paralela à Reforma Tributária, outro projeto prioritário para o Governo Federal. Ele não prevê criação de novos tributos ou aumentar os já existentes, mas criar um modelo mais justo e eficiente e corrigir distorções que deixam de fora do sistema tributário muitos que deveriam estar.

 “Lembro a frase do presidente Lula durante a campanha. Vamos colocar o pobre no Orçamento e o rico no Imposto de Renda. Temos que fazer quem não paga imposto pagar, e temos muitos setores que estão demasiadamente favorecidos com regras estabelecidas ao longo de décadas e que não foram revistas por nenhum controle de resultado. Muitas caducaram do ponto de vista da eficiência e precisam ser revogadas. Vamos ao longo do ano mandar para o parlamento medidas saneadoras que vão dar consistência para o resultado previsto neste anuncio”.

 O ministro da Fazenda destacou ainda a necessidade de enfrentar o patrimonialismo e acabar com abusos e jabutis que deixam o sistema tributário brasileiro caótico. “Se quem não paga imposto passar a pagar, todos nós vamos pagar menos juros. Para isso acontecer, quem está fora do sistema tem que vir para o sistema”, destacou, acrescentando que o governo terá atuação forte para que as ações de recomposição da base fiscal que estão em trâmite no Supremo Tribunal Federal sejam julgadas. A recomposição, disse, permitirá que o Executivo conduza seus programas e acate as pressões da sociedade.

Fonte: https://www.brasil247.com/brasil/nova-regra-fiscal-inclui-os-mais-pobres-no-orcamento-e-preve-superavit-a-partir-de-2025-zrbn4n9a

Lira diz que tentará aprovar novo marco fiscal em abril

 Leonardo Sobreira

Segundo a agência Reuters, Lira já avisou que o relator será um deputado de seu partido, e tem dito a interlocutores que o nome deve exibir capacidade de diálogo com o mercado

www.brasil247.com - Arthur Lira Arthur Lira (Foto: Michel Jesus/Câmara dos Deputados)

247 - O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), disse que buscará aprovar o novo marco fiscal, apresentado oficialmente pelo governo federal nesta quinta-feira (30), em abril. Falando a jornalistas, o deputado chamou a proposta do governo Lula de "um bom começo".

“Faz parte daquilo que já estávamos tratando. Tivemos mais alguns detalhes, do que se pretende fazer, das metas, todos os efeitos. Lógico que o arcabouço vai ser uma diretriz, mais flexível do que é o teto hoje”, disse Lira, conforme o jornal O Tempo.

Lira também disse que a proposta passará por ajustes na Câmara. “Mas o X vai ser as nossas negociações para ver que projetos e que votações vamos ter que fazer após para ajustar o arcabouço, como a tese que eu defendo de não aumentar impostos. E fazer hoje que quem não paga impostos passe a pagar. O que nos remete a isenções, desonerações, as subvenções e os incentivos fiscais".

Segundo a agência Reuters, Lira já avisou que o relator será um deputado de seu partido, e tem dito a interlocutores que o nome deve exibir capacidade de diálogo com o mercado sem ter o carimbo de bolsonarista.

Ao menos 257 deputados, a chamada maioria absoluta (metade da composição da Casa mais um), precisam votar a favor da matéria. Na Câmara, ela deve passar por comissões que abordem as áreas abrangidas pela proposta até chegar ao plenário. Depois de aprovada, segue ao Senado.

Fonte: https://www.brasil247.com/poder/lira-diz-que-tentara-aprovar-novo-marco-fiscal-em-abril

Comércio Brasil-China em moedas locais beneficia a economia mundial

 Leonardo Attuch

A avaliação é de Kirill Babaev, diretor do Instituto da China e Ásia Moderna da Academia de Ciências da Rússia

www.brasil247.com - (Foto: Aleksandr Demyanchuk/Sputnik)

Sputnik – O comércio em moedas nacionais entre o Brasil e a China contribuirá para a estabilização da economia mundial, disse à Sputnik Kirill Babaev, diretor do Instituto da China e Ásia Moderna da Academia de Ciências da Rússia.

O Brasil e a China firmaram nesta semana dois acordos iniciais para criar um mecanismo de compensação que lhes permita realizar as transações em moedas nacionais, excluindo o dólar dos EUA.

Para o especialista russo, estes acordos "contribuem para a estabilidade do comércio internacional, protegendo os respetivos países do risco de pressão por meio de sanções".

"Tanto o Brasil como a China estão conscientes desse risco hoje, poderíamos dizer que estes acordos são uma garantia de que suas relações comerciais seguirão se desenvolvendo em condições estáveis", explicou.

As sanções impostas à Rússia, segundo Babaev, evidenciam que "o Ocidente pode utilizar a infraestrutura financeira internacional para fins de pressão política".

Fonte: https://www.brasil247.com/economia/comercio-brasil-china-em-moedas-locais-beneficia-a-economia-mundial

Moraes arquiva pedidos para investigar Lula por declaração sobre 'armação' de Moro

 

Guilherme Levorato

Ministro do STF arquivou as ações "em razão da ausência de indícios mínimos da ocorrência de ilícito penal"

www.brasil247.com - Sérgio Moro e Luiz Inácio Lula da Silva Sérgio Moro e Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado | Ricardo Stuckert/PR)

247 - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes arquivou pedidos do senador Rogério Marinho (PL-RN) e do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) para investigar o presidente Lula (PT) pela declaração em que classifica como "armação do Moro" o suposto plano da facção criminosa PCC para matar o ex-juiz parcial e senador Sergio Moro (União Brasil-PR).

O ministro determinou o "arquivamento imediato" das ações "em razão da ausência de indícios mínimos da ocorrência de ilícito penal". A Procuradoria-Geral da República (PGR) não chegou a ser ouvida.

Marinho havia pedido a inclusão de Lula no inquérito das fake news e Nikolas acusou o presidente de supostamente cometer incitação ao crime.

Fonte: https://www.brasil247.com/brasil/moraes-arquiva-pedidos-para-investigar-lula-por-declaracao-sobre-armacao-de-moro

quinta-feira, 30 de março de 2023

Lula edita decreto e retoma programa de estímulo à indústria de semicondutores

 Secretário do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio afirma que a volta do programa “fortalece a cadeia produtiva de atividades estratégicas”

www.brasil247.com - Semicondutores e Luiz Inácio Lula da Silva Semicondutores e Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Reuters | Ricardo Stuckert/PR)

247 - Edição do Diário Oficial da União desta quarta-feira (29) divulga a retomada do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores, instituído pela Lei nº 11.484, de 31 de maio de 2007.

"Depois de quase ter sido extinto pelo governo passado, o Padis volta ainda melhor, para apoiar quem investe em pesquisas direcionadas a esse segmento industrial relevante para gerarmos empregos de qualidade e reduzirmos nossa dependência externa de chips", afirmou o vice-presidente e ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin (PSB).

Segundo o secretário da pasta Uallace Moreira, a volta do programa é “essencial para fortalecer a cadeia produtiva de semicondutores e fotovoltaica”.

“O vice-presidente e ministro, Geraldo Alckmin, trabalhou intensamente desde o primeiro dia para que esse programa voltasse a ser implementado no país,  principalmente para fortalecer e adensar a cadeia produtiva de atividades produtivas estratégicas”, acrescentou.

Fonte: https://www.brasil247.com/reindustrializacao/lula-retoma-programa-de-estimulo-a-industria-de-semicondutores

Gleisi sugere exoneração de Campos Neto e diretoria do BC por "desempenho insuficiente" diante da inflação

 Guilherme Levorato

A exoneração da diretoria do Banco Central pelo presidente é prevista em lei quando os objetivos da autarquia são descumpridos de maneira recorrente

www.brasil247.com - Gleisi Hoffmann e Roberto Campos Neto Gleisi Hoffmann e Roberto Campos Neto (Foto: Gustavo Bezerra | Marcos Corrêa/PR)

247 - A presidente do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), sugeriu nesta quinta-feira (30) que o presidente Lula pode exonerar a diretoria do Banco Central. Ela lembrou da Lei Complementar nº 179, de 24 de fevereiro de 2021, que dispõe sobre 'os objetivos do Banco Central do Brasil, sobre sua autonomia e sobre a nomeação e a exoneração de seu Presidente e de seus Diretores'.

O texto prevê que o presidente da República poderá exonerar o presidente do Banco Central e seus diretores quando estes "apresentarem comprovado e recorrente desempenho insuficiente para o alcance dos objetivos do Banco Central do Brasil".

>>> Arcabouço fiscal, ainda sem calibragem dos parâmetros, pareceu "bastante razoável", diz Campos Neto

"O Banco Central do Brasil tem por objetivo fundamental assegurar a estabilidade de preços", define a lei, além de prever como dever do BC "zelar pela estabilidade e pela eficiência do sistema financeiro, suavizar as flutuações do nível de atividade econômica e fomentar o pleno emprego", além, claro, de manter a inflação em patamares controlados.

Gleisi lembra que a atual diretoria do Banco Central deverá, em 2023, chegar ao 3º ano consecutivo sem conseguir manter a inflação dentro da meta. Para ela, o fato justifica a exoneração de Campos Neto e demais diretores do Banco Central.

Fonte: https://www.brasil247.com/economia/gleisi-sugere-exoneracao-de-campos-neto-e-diretoria-do-bc-por-desempenho-insuficiente-diante-da-inflacao

Base do governo pede que STF suspenda pagamento de multas de acordos de leniência da Lava Jato

Paulo Emilio

Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) foi impetrada pelo Psol, PCdoB e Solidariedade

www.brasil247.com - (Foto: Marcello Casal/Ag. Brasil)

247 - Partidos que integram a base aliada do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ingressaram com uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo a suspensão de todos os pagamentos referentes a acordos de leniência firmados antes de agosto de 2020, o que inclui empresas que foram alvo da Operação Lava Jato.

Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, o Psol, PCdoB e Solidariedade ressaltam na ação que a suspensão não implica na “invalidação dos acordos”, atingindo apenas as “obrigações pecuniárias assumidas pelas empresas”. 

Entre as empresas que poderiam ser alcançadas pela ação estão empreiteiras que firmaram acordos de leniência no âmbito da Lava Jato, como a Odebrecht, OAS, Andrade Gutierrez, UTC e Camargo Corrêa. 

Ainda conforme a reportagem, “a saída articulada pelo governo federal, no entanto, poderia atingir somente R$ 1,3 bilhão das dívidas das empreiteiras, equivalentes a 10% dos R$ 10 bilhões em multas a serem pagas pelas empresas”.

Em entrevista ao Brasil 247, na semana passada, o presidente Lula - que foi acusado e preso injustamente pela Lava Jato - afirmou que a operação judicial visava destruir as empresas nacionais, tendo como pano de fundo o suposto combate à corrupção.

Fonte: https://www.brasil247.com/brasil/base-do-governo-pede-que-stf-suspenda-pagamento-de-multas-de-acordos-de-leniencia-da-lava-jato

quarta-feira, 29 de março de 2023

O mundo como ele é - Biden organiza a cúpula do confronto

Dino "demoliu" bolsonaristas na CCJ, diz Vera Magalhães

'Intenção da tropa bolsonarista era lacrar para cima do ministro e se exibir nas redes. Não contavam com o fato de o ministro estar disposto a roubar a cena', diz a jornalista

www.brasil247.com - Flávio Dino Flávio Dino (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

247 - O ministro da Justiça e Segurança Pública do governo Lula (PT), Flávio Dino (PSB), "demoliu" parlamentares bolsonaristas durante audiência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados nesta terça-feira (28), afirma Vera Magalhães, do jornal O Globo.

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"A intenção da tropa de choque bolsonarista que se aboletou na CCJ não era esclarecer nada, e sim lacrar para cima do ministro a fim de se exibir nas redes sociais, palco por meio do qual a quase totalidade desses deputados se elegeu e único espaço em que sabem transitar", afirmou a jornalista sobre a audiência.

>>> Dino detona líder do PL ao ser questionado sobre supostos processos contra ele

"O ministro entende como poucos no governo Lula essa dinâmica e tem se mostrado disposto a combater a lógica de exacerbação da polarização com as armas de que dispõe — conhecimento jurídico acima da média, experiência política ampla, bom humor e, se preciso, recurso à Justiça para reparar crimes", disse em seguida, destacando que os deputados bolsonaristas "não contavam com o fato de o ministro estar disposto a roubar a cena e atuar na mesma frequência, só que com dados e argumentos jurídicos sólidos. Dino demoliu pegadinhas como as feitas pelo deputado André de Paula, pareceu se divertir com o despreparo parlamentar e jurídico dos inquisidores e comandou o depoimento por quatro horas".

Para Vera, a estratégia da oposição no Congresso será convocar seguidamente ministros do governo Lula para prestar esclarecimentos na Casa, com o objetivo de protagonizar "arranca-rabos" e jogá-los nas redes.  "Se por um lado a postura de Dino deixa claro que o país não escapará tão cedo da exacerbação da polarização política, do ponto de vista do Planalto aponta um caminho para não deixar que os oposicionistas radicais produzam seus videozinhos e dominem a narrativa nas redes, território que tem sido crucial. É lamentável que o debate parlamentar esteja restrito a isso, e a culpa é, em grande parte, da falta de maioria do governo para furar o bloqueio que Lira promove na pauta. Mas ao menos o titular da Justiça mostrou como não se deixar tragar quando tentam lhe arrastar para a cova dos leões".

Fonte: https://www.brasil247.com/midia/dino-demoliu-bolsonaristas-na-ccj-diz-vera-magalhaes

Governador do Acre desviou dinheiro de decoração natalina para comprar BMW da esposa, diz PF

 Guilherme Levorato

A verba dada como entrada do carro, no valor de R$ 110 mil, teria sido desviada da decoração de Natal de Rio Branco em dezembro de 2020

www.brasil247.com - Ana Paula e Gladson Cameli Ana Paula e Gladson Cameli (Foto: Divulgação/BMW | Diego Gurgel/Agência AC)

247 - A Polícia Federal encontrou na terceira fase da Operação Ptolomeu "indícios robustos" de corrupção e direcionamento em um contrato da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Regional do Acre para a decoração natalina de Rio Branco em dezembro de 2020. Os valores desviados nesse contrato foram usados para pagar R$ 110 mil como entrada de uma BMW X4 para a primeira-dama Ana Paula Cameli. A PF afirma que há evidências claras de propina no valor de R$ 10 mil recebida pelo então diretor da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Regional do Acre, Fernando Daniel, em troca do direcionamento do contrato para a empresa Atlas, informa o Estado de S. Paulo.

A empresa Atlas está no centro das investigações da Operação Ptolomeu e, segundo a PF, há um "quadro de evidente favorecimento" da empresa em diversos procedimentos e contratos milionários com várias secretarias estaduais do Acre. Há também "indícios claros de corrupção" em conversas do representante da empresa com interlocutores que ocupam cargos de alto escalão no governo do estado, como secretários, diretores e presidente de autarquia.

A PF já havia detalhado a compra da BMW em um relatório anterior, citando "provas cabais" envolvendo o governador Gladson Cameli (PP), a primeira-dama e a concessionária. No entanto, a corporação observa que ainda havia a lacuna sobre a origem dos recursos usados por "Rudilei Estrêla" para o pagamento da entrada da BMW, em razão de sua empresa não ter receita própria. Agora, a PF afirma que essa lacuna foi preenchida: "essa lacuna acaba de ser preenchida com a demonstração de que os recursos utilizados possuem origem direta na contratação da Atlas, por meio de processo licitatório direcionado e execução de pagamentos com interferência direta de Fernando Daniel, com anuência do governador (segundo Fernando Daniel, a ordem para pagar a empresa foi criada pelo próprio Gladson, o que indica inexplicável urgência e prioridade no trâmite do procedimento)".

(Artigo escrito com uso de inteligência artificial)

Fonte: https://www.brasil247.com/brasil/governador-do-acre-desviou-dinheiro-de-decoracao-natalina-para-comprar-bmw-da-esposa-diz-pf

Comissão de Ética abre investigação contra ministro Juscelino Filho por supostas irregularidades ao usar voo da FAB

Leonardo Sobreira

O ministro das Comunicações nega as acusações de irregularidades

www.brasil247.com - O ministro das Comunicações, Juscelino Filho O ministro das Comunicações, Juscelino Filho (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

247 - A Comissão de Ética Pública da Presidência da República decidiu nesta terça-feira (28) abrir uma investigação para apurar a conduta do ministro das Comunicações, Juscelino Filho, que, segundo o jornal O Estado de S. Paulo, usou avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para ir a São Paulo para participar de um leilão de cavalos. Com isso, o ministro passa a ser o primeiro investigado do governo Lula na comissão.

Juscelino nega as acusações de irregularidades, alegando que o voo de retorno foi solicitado por outro ministério. Ele se colocou à disposição das autoridades. 

Também nesta terça-feira, a Comissão de Ética decidiu abrir uma investigação contra o ex-ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque, o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Mauro Cid, além de Marcos André Soeiro, o ex-assessor de Bento Albuquerque que tentou entrar no País com um estojo de joias "dado" pela monarquia saudita ao então ocupante do Palácio do Planalto.

Fonte: https://www.brasil247.com/poder/comissao-de-etica-abre-investigacao-contra-ministro-juscelino-filho-por-supostas-irregularidades-ao-usar-voo-da-fab

 

Lewandowski avisa a Lula que vai antecipar sua aposentadoria para depois do feriado da Páscoa

Aquiles Lins

Com a aposentadoria de Lewandowski, Lula também terá que antecipar o processo de escolha de um nome para a vaga. Advogado Cristiano Zanin é um dos cotados

www.brasil247.com - Ricardo Lewandowski e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva Ricardo Lewandowski e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: ABr | Ricardo Stuckert)

Agenda do Poder - Em conversa reservada, o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), avisou pessoalmente o presidente Lula sobre sua decisão de antecipar

Havia pedidos de ministros do Supremo e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para ele ficar até o dia 11 de maio, quando completará 75 anos. Lewandowski deve enviar o ofício formalizando o pedido de aposentadoria até o final desta semana.

O encontro entre Lula e Lewandowski aconteceu na semana passada no Recife, quando o ministro do Supremo homologou na quarta (22) o acordo entre a União e o estado de Pernambuco para gestão compartilhada do arquipélago de Fernando de Noronha.

A homologação aconteceu no Palácio do Campo das Princesas, sede do Governo de Pernambuco, com a presença da governadora Raquel Lyra (PSDB).

Chamou a atenção dos presentes a conversa prolongada dos dois numa mesa em que ficaram afastados das demais autoridades.

Com a aposentadoria de Lewandowski, Lula também terá que antecipar o processo de escolha de um nome para a vaga.

Em conversas no STF, o ministro Lewandowski não tem economizado elogios ao jurista e professor Manoel Carlos de Almeida Neto, que foi Secretário-Geral da Presidência do STF e do TSE e é pós-doutor e doutor em Direito Constitucional pela USP.

“Ele é uma espécie de filho para mim”, disse recentemente Lewandowski para dois interlocutores no Salão Branco do Supremo.

Já o presidente Lula tem elogiado publicamente o seu advogado Cristiano Zanin em vários momentos. Mas no Palácio do Planalto e no Congresso Nacional, interlocutores do presidente avaliam o custo político de uma indicação de Zanin para a primeira vaga.

“Uma coisa é certa: nessas duas vagas, Lula fará uma escolha pessoal baseada na sua experiência com a própria Corte”, sinalizou um ministro próximo de Lula. As informações são do Blog do Camarotti, no G1.

Fonte: https://www.brasil247.com/poder/lewandowski-avisa-a-lula-que-vai-antecipar-sua-aposentadoria-para-depois-do-feriado-da-pascoa

terça-feira, 28 de março de 2023

Lins Nelson Piquet escondeu a propina de Bolsonaro em diamantes

 

Aquiles Lins

Somente itens de alto valor foram encaminhados à propriedade do ex-piloto bolsonarista, localizada no Lago Sul, em Brasília, e tratados como bens pessoais

www.brasil247.com - Jair Bolsonaro, Nelson Piquet e relógio Rolex Jair Bolsonaro, Nelson Piquet e relógio Rolex (Foto: Reprodução)

247 - Jair Bolsonaro guardou os presentes recebidos durante o mandato, como jóias de diamantes, que ele quis manter como patrimônio pessoal, em uma fazenda do ex-piloto de Fórmula 1 e bolsonarista Nelson Piquet, segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo. 

 A propriedade fica localizada no Lago Sul, em Brasília. Entre os presentes recebidos por Bolsonaro estão joias e armas cuja inclusão no acervo pessoal do ex-presidente está sendo questionada no Tribunal de Contas da União (TCU).

Somente itens de alto valor foram encaminhados à propriedade de Piquet e tratados como bens pessoais. Os bens valiosos saíram pelas garagens privativas dos Palácios do Planalto e Alvorada.

Segundo o jornal, o primeiro pedido de envio das caixas foi registrado no dia 7 de dezembro de 2022, mas um atraso fez com que os itens só saíssem do Palácio no dia 20 de dezembro,

>>> Bolsonaro confirma que ficou com Rolex de diamantes, joias e caneta de luxo que ganhou na Arábia

Jair Bolsonaro levou um terceiro pacote de jóias dadas pelo regime da Arábia Saudita quando deixou o mandato, no fim de 2022. Entre outras jóias, o estojo continha um relógio da marca Rolex, de ouro branco, cravejado de diamantes.

O relógio Rolex é encontrado na internet pelo preço de R$ 364 mil. Os demais itens, quando comparados a peças similares, somam, no mínimo, R$ 200 mil. Isso significa que esta terceira caixa de presentes está estimada em mais de R$ 500 mil, na hipótese mais conservadora.

Este conjunto de jóias foi recebido em mãos pelo próprio Bolsonaro quando esteve com sua comitiva em viagem oficial a Doha, no Catar, e em Riade, na Arábia Saudita, entre os dias 28 e 10 de outubro de 2019.

>>> Nelson Piquet é condenado a pagar R$ 5 milhões por comentários racistas contra Lewis Hamilton

Fonte: https://www.brasil247.com/brasil/nelson-piquet-escondeu-a-propina-de-bolsonaro-em-diamantes

Você ficará chocado com quanto dinheiro está sendo retirado dos bancos dos EUA, e agora o maior banco da Alemanha está com problemas

 

Por Michael Snyder

Subpilha de Michael Snyder

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Um trilhão de dólares é muito dinheiro. Se você empilhasse notas de um bilhão de dólares umas sobre as outras, a pilha teria 67,9 milhas de altura, mas se você empilhasse notas de um trilhão de dólares umas sobre as outras, a pilha teria 67.866 milhas de altura. E se você alinhasse um trilhão de notas de dólar de ponta a ponta, a linha de notas de dólar teria impressionantes 96.906.656 milhas de comprimento. Isso é maior que a distância da Terra ao Sol. 

Um trilhão de dólares é uma quantia tão grande que é realmente difícil de compreender, mas como você verá abaixo, muito dinheiro já foi retirado de bancos americanos “vulneráveis” no ano passado. Hordas de bancos pequenos e médios estão agora com problemas, e isso é realmente uma má notícia, porque essas instituições emitem a maior parte das hipotecas, empréstimos para automóveis e cartões de crédito com os quais nossa economia funciona. 

No outro dia, pedi aos meus leitores para “imaginar como será o nosso país se o sistema bancário implodir e a economia mergulhar numa depressão”, porque se os nossos bancos continuarem a quebrar é precisamente para lá que nos dirigimos.

Infelizmente, o recente pânico bancário acelerou muito as coisas. Na verdade, 98,4 bilhões de dólares foram sacados dos bancos americanos durante a semana encerrada em 15 de março…

A leitura, divulgada logo após o fechamento do mercado na sexta-feira, ocorreu ao mesmo tempo em que novos dados do Fed mostraram que os clientes bancários retiraram coletivamente US$ 98,4 bilhões de contas na semana encerrada em 15 de março.

Isso cobriria o período em que as falências repentinas do Silicon Valley Bank e do Signature Bank abalaram o setor.

Apenas pense sobre isso.

Quase 100 bilhões de dólares em depósitos evaporaram em apenas uma semana.

E acontece que os pequenos bancos foram os mais atingidos. Não é de surpreender que os grandes bancos realmente tenham visto enormes influxos …

Os dados mostram que a maior parte do dinheiro veio de pequenos bancos. As grandes instituições viram os depósitos aumentarem US$ 67 bilhões, enquanto os bancos menores registraram saídas de US$ 120 bilhões.

Esse artigo não forneceu números para bancos de médio porte, mas parece provável que eles também tenham experimentado grandes saídas.

No geral, o JPMorgan Chase está nos dizendo que os bancos “mais vulneráveis” neste país “perderam um total de cerca de US$ 1 trilhão em depósitos desde o ano passado” …

Os analistas do JPMorgan Chase & Co estimam que os bancos americanos “mais vulneráveis” provavelmente perderam um total de cerca de US$ 1 trilhão em depósitos desde o ano passado, com metade das saídas ocorrendo em março, após o colapso do Silicon Valley Bank.

Isso realmente é um “colapso bancário” e já vem acontecendo há algum tempo.

E, como Bill Ackman observou apropriadamente, se algo não for feito, nossos bancos de pequeno e médio porte estarão fadados ao desastre.

Existem mais de 4.000 bancos nos Estados Unidos agora, e a grande maioria deles está perdendo depósitos rapidamente.

Como resultado, os bancos americanos estão sendo forçados a pedir ajuda ao Fed em um ritmo muito assustador …

Os bancos têm aderido a facilidades de empréstimo de emergência criadas após as falências do SVB e do Signature. Dados divulgados na quinta-feira mostraram que as instituições tomaram uma média diária de US$ 116,1 bilhões em empréstimos da janela de desconto do banco central, a maior desde a crise financeira, e retiraram US$ 53,7 bilhões do Programa de Financiamento a Prazo do Banco.

Enquanto isso, a crise bancária na Europa tomou outro rumo muito alarmante.

Na sexta-feira, as ações do Deutsche Bank despencaram devido à preocupação renovada com a estabilidade do maior banco da Alemanha…

As ações do Deutsche Bank caíram na sexta-feira após um aumento nos swaps de inadimplência na noite de quinta-feira, uma vez que persistiam as preocupações com a estabilidade dos bancos europeus.

As ações listadas em Frankfurt caíram 14% em um ponto durante a sessão, mas reduziram as perdas para fechar com queda de 8,6% na tarde de sexta-feira.

As ações listadas em Frankfurt do credor alemão recuaram pelo terceiro dia consecutivo e agora perderam mais de um quinto de seu valor até agora este mês.

Será interessante ver se o Credit Suisse ou o Deutsche Bank acabarão falindo primeiro.

Claro que os políticos continuam a nos dizer que está tudo bem.

Na verdade, o chanceler alemão Olaf Scholz está insistindo que não há “razão para se preocupar” …

O chanceler alemão, Olaf Scholz, disse na sexta-feira que "não há razão para se preocupar" com o Deutsche Bank.

“É um banco muito lucrativo”, disse ele a repórteres em Bruxelas, onde os líderes da UE emitiram uma declaração conjunta descrevendo o sistema bancário europeu como “resiliente, com fortes posições de capital e liquidez”.

O Deutsche Bank se recusou a comentar.

Era uma vez nos disseram que o Lehman Brothers ficaria bem.

E no início deste mês, fomos informados de que o Silicon Valley Bank ficaria bem.

Como  observou certa vez Robin Williams , esses bancos adoram dar desculpas.

Mas não são apenas alguns bancos isolados que estão com problemas hoje em dia.

No momento, todo o sistema está desmoronando, e Steve Quayle está alertando que as coisas “realmente entrarão em alta velocidade em abril” …

A palavra colapso é uma grande palavra, e a outra palavra que vem com colapso é calamidade. Com o colapso e a calamidade em andamento, as pessoas pensam, bem, enquanto isso não me afetar, ficarei bem ou estarei morto, e meus filhos terão que lidar com isso. Que maneira egoísta de lidar com os tempos bíblicos em que vivemos. Acho que estamos em apuros com esta situação bancária que realmente vai entrar em ação em abril.

Você pode não ter muita simpatia pelos bancos, e eu entendo isso.

Mas o que vai acontecer com nossa economia quando o fluxo de hipotecas, empréstimos para automóveis e cartões de crédito for muito restrito?

Nosso país já está sendo despedaçado como um terno de 20 dólares , e as condições econômicas ainda são relativamente estáveis.

Então, o que vai acontecer quando cairmos em uma depressão econômica muito profunda?

Estes são tempos tão perigosos, e eles só vão ficar mais difíceis nos próximos meses.

Michael Snyder publicou milhares de artigos no  The Economic Collapse Blog ,  End Of The American Dream  e  The Most Important News , que são republicados em dezenas de outros sites proeminentes em todo o mundo. 

A fonte original deste artigo é Substack de Michael Snyder

Fonte: http://undhorizontenews2.blogspot.com/

BRICS supera G7 em PIB global ajustado por PPC.

 Um economista cavando abaixo da superfície de um relatório do FMI encontrou algo que deveria chocar o bloco ocidental de qualquer falsa confiança em sua influência econômica global insuperável.

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No verão passado, o Grupo dos 7 (G7), um fórum autodenominado de nações que se consideram as economias mais influentes do mundo, reuniu-se em Schloss Elmau, perto de Garmisch-Partenkirchen, na Alemanha, para realizar sua reunião anual. Seu foco era punir a Rússia por meio de sanções adicionais, armar ainda mais a Ucrânia e conter a China.

Ao mesmo tempo, a China sediou, por meio de videoconferência, uma reunião do fórum econômico do BRICS. Composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, esse conjunto de nações relegadas ao status de chamadas economias em desenvolvimento focadas no fortalecimento de laços econômicos, no desenvolvimento econômico internacional e em como abordar o que eles coletivamente consideram as políticas contraproducentes de o G7.

No início de 2020, o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Ryabkov, havia previsto que , com base na paridade do poder de compra, ou PPP, cálculos projetados pelo Fundo Monetário Internacional, os BRICS ultrapassariam o G7 em algum momento no final daquele ano em termos de porcentagem do total global.

(O produto interno bruto de uma nação em paridade do poder de compra, ou PPP, taxas de câmbio é a soma do valor de todos os bens e serviços produzidos no país avaliados a preços prevalecentes nos Estados Unidos e é um reflexo mais preciso da força econômica comparativa do que o simples PIB cálculos.)

Então, a pandemia atingiu e a redefinição econômica global que se seguiu tornou as projeções do FMI discutíveis. O mundo tornou-se singularmente focado em se recuperar da pandemia e, mais tarde, administrar as consequências das sanções maciças do Ocidente à Rússia após a invasão da Ucrânia por esse país em fevereiro de 2022.

O G7 falhou em atender ao desafio econômico dos BRICS e, em vez disso, concentrou-se em solidificar sua defesa da “ordem internacional baseada em regras” que se tornou o mantra do governo do presidente dos EUA, Joe Biden .

Erro de cálculo   

O presidente dos EUA, Joe Biden, em ligação virtual com os líderes do G7 e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, 24 de fevereiro (Casa Branca/Adam Schultz)

Desde a invasão russa da Ucrânia, uma divisão ideológica que tomou conta do mundo, com um lado (liderado pelo G7) condenando a invasão e buscando punir a Rússia economicamente, e o outro (liderado pelos BRICS) assumindo uma postura mais nuançada por nenhum dos dois. apoiando a ação russa nem participando das sanções. Isso criou um vácuo intelectual quando se trata de avaliar a verdadeira situação dos assuntos econômicos globais.

Agora é amplamente aceito que os EUA e seus parceiros do G7 calcularam mal o impacto que as sanções teriam sobre a economia russa, bem como o golpe que atingiria o Ocidente.

Angus King, o senador independente do Maine, observou recentemente que se lembra

“quando isso começou, há um ano, toda a conversa era que as sanções iriam paralisar a Rússia. Eles vão estar fora do mercado e os tumultos nas ruas absolutamente não funcionaram … [foram] as sanções erradas? Eles não foram bem aplicados? Subestimamos a capacidade russa de contorná-los? Por que o regime de sanções não desempenhou um papel maior neste conflito?”

Refira-se que o FMI calculou que a economia russa, como resultado destas sanções, iria contrair pelo menos 8 por cento. O número real foi de 2% e a economia russa – apesar das sanções – deve crescer em 2023 e além.

Esse tipo de erro de cálculo permeou o pensamento ocidental sobre a economia global e os respectivos papéis desempenhados pelo G7 e pelos BRICS. Em outubro de 2022, o FMI publicou seu World Economic Outlook (WEO) anual , com foco nos cálculos tradicionais do PIB. Os principais analistas econômicos, portanto, foram consolados com o fato de que – apesar do desafio político apresentado pelos BRICS no verão de 2022 – o FMI estava calculando que o G7 ainda se mantinha forte como o principal bloco econômico global.

Em janeiro de 2023, o FMI publicou uma atualização do WEO de outubro de 2022 , reforçando a forte posição do G7. De acordo com Pierre-Olivier Gourinchas , economista-chefe do FMI, “o balanço de riscos para as perspectivas permanece inclinado para baixo, mas está menos inclinado para resultados adversos do que no WEO de outubro”.

Essa dica positiva impediu que os principais analistas econômicos ocidentais se aprofundassem nos dados contidos na atualização. Posso atestar pessoalmente a relutância de editores conservadores em tentar extrair relevância atual de “dados antigos”.

Felizmente, existem outros analistas econômicos, como Richard Dias, da Acorn Macro Consulting, uma autodenominada “empresa boutique de pesquisa macroeconômica que emprega uma abordagem de cima para baixo para a análise da economia global e dos mercados financeiros”. Em vez de aceitar a perspectiva otimista do FMI como um evangelho, Dias fez o que os analistas devem fazer - vasculhar os dados e extrair conclusões relevantes.

Depois de vasculhar a base de dados do World Economic Outlook do FMI, Dias realizou uma análise comparativa da porcentagem do PIB global ajustado para PPP entre o G7 e o BRICS e fez uma descoberta surpreendente: o BRICS havia superado o G7.

Esta não foi uma projeção, mas sim uma declaração de fato consumado: o BRICS foi responsável por 31,5% do PIB global ajustado por PPC, enquanto o G7 forneceu 30,7%. Para piorar as coisas para o G7, as tendências projetadas mostraram que o fosso entre os dois blocos econômicos só aumentaria daqui para frente.

As razões para esse acúmulo acelerado de influência econômica global por parte dos BRICS podem ser ligadas a três fatores principais:

  • precipitação residual da pandemia de Covid-19,
  • repercussão da sanção da Rússia pelas nações do G7 no rescaldo da invasão russa da Ucrânia e um crescente ressentimento entre as economias em desenvolvimento do mundo para as políticas econômicas do G7 e
  • prioridades que são percebidas como estando mais enraizadas na arrogância pós-colonial do que em um desejo genuíno de ajudar as nações a desenvolver seu próprio potencial econômico.

Disparidades de crescimento 

É verdade que a influência econômica do BRICS e do G7 é fortemente influenciada pelas economias da China e dos EUA, respectivamente. Mas não se pode descontar as trajetórias econômicas relativas dos demais Estados membros desses fóruns econômicos. Enquanto as perspectivas econômicas para a maioria dos países do BRICS apontam para um forte crescimento nos próximos anos, as nações do G7, em grande parte por causa da ferida autoinfligida que é o atual sancionamento da Rússia, estão tendo um crescimento lento ou, no caso caso do Reino Unido, crescimento negativo, com poucas perspectivas de reversão dessa tendência.

Além disso, enquanto a adesão ao G7 permanece estática, o BRICS está crescendo, com Argentina e Irã apresentando candidaturas, e outras grandes potências econômicas regionais, como Arábia Saudita, Turquia e Egito, manifestando interesse em aderir. Tornar essa expansão potencial ainda mais explosiva é a recente conquista diplomática chinesa na normalização das relações entre o Irã e a Arábia Saudita.

As perspectivas decrescentes de dominação global continuada pelo dólar americano, combinadas com o potencial econômico da união econômica transeurasiana promovida pela Rússia e China, colocam o G7 e os BRICS em trajetórias opostas. O BRICS deve ultrapassar o G7 em PIB real, e não apenas em PPC, nos próximos anos.

Mas não prenda a respiração esperando que os principais analistas econômicos cheguem a essa conclusão. Felizmente, existem outliers, como Richard Dias e Acorn Macro Consulting, que procuram encontrar um novo significado a partir de dados antigos.

Scott Ritter é um ex-oficial de inteligência do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA que serviu na ex-União Soviética implementando tratados de controle de armas, no Golfo Pérsico durante a Operação Tempestade no Deserto e no Iraque supervisionando o desarmamento de armas de destruição em massa. Seu livro mais recente é Desarmament in the Time of Perestroika, publicado pela Clarity Press.

Imagem em destaque: Reunião dos líderes do G7 em 28 de junho de 2022, no Schloss Elmau em Krün, Alemanha. (Casa Branca/Adam Schultz)

A fonte original deste artigo é Consortiumnews

Fonte: http://undhorizontenews2.blogspot.com/

CNI mobiliza mais de 100 empresários para rodadas de negócios entre Brasil e Espanha

Executivos se reúnem durante encontro em São Paulo, até sexta-feira 31/03, para tratar de oportunidades de investimentos e cooperação empresarial

www.brasil247.com - (Foto: Pixabay)

Da Confederação Nacional da Indústria - O setor industrial brasileiro está cada vez mais interessado em fazer negócios fora do país. Nesta semana, mais de 100 empresários do Brasil, mobilizados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), se reúnem com cerca de 40 executivos espanhóis para conversar sobre oportunidades de investimentos e cooperação empresarial. A reunião de negócios faz parte do Encontro Empresarial Brasil-Espanha, evento que acontece de 29 a 31 de março, em São Paulo, e é organizado pela agência governamental Espanha Exportação e Investimentos (ICEX), do Ministério da Indústria, Comércio e Turismo espanhol, e pela embaixada do país no Brasil. A CNI é uma das parceiras institucionais do encontro.

As rodadas de negócios serão realizadas nos dias 29 e 31 de março. A mobilização das empresas brasileiras de diversos setores foi realizada por meio da Rede Brasileira de Centros Internacionais de Negócios (Rede CIN), que além de promover missões empresariais com parceiros estratégicos em todo o mundo, estimula a participação de empresários em encontros de negócios para apoiar a internacionalização brasileira. O objetivo é possibilitar que os executivos identifiquem informações estratégicas do mercado e do setor, além de encontrar potenciais parceiros, importadores ou fornecedores locais para concretizar as operações.

“Os encontros de negócios são efetivos porque possibilitam o contato direto entre empresários estrangeiros e locais de diversos setores em um só lugar. É importante aproveitar as oportunidades com o mercado espanhol, uma vez que a Espanha já é o terceiro maior país investidor no Brasil e o país europeu é um importante destino dos investimentos brasileiros no exterior”, afirma a gerente de Serviços de Internacionalização da CNI, Sarah Saldanha.

Além da participação nas rodadas de negócios, a CNI será representada no evento durante painéis de discussões de tópicos relevantes para a relação bilateral. O gerente-executivo de Economia, Mário Sérgio Telles, integra o painel com o tema “O Brasil hoje: desafios e oportunidades - Investimento estrangeiro, reindustrialização e reforma tributária”, e a gerente de Política Industrial, Samantha Cunha, é convidada para uma mesa redonda com o tema "Digitalização de serviços, indústria e turismo no Brasil".

Exportações do Brasil para a Espanha aumentaram em 2022

A relação entre o Brasil e a Espanha é de parceria estratégica e sugere um cenário atraente para o empresariado de ambos os países. Além de apresentar superávit na balança comercial brasileira ao longo dos últimos anos, as exportações do território brasileiro para o país europeu contabilizaram US$ 9,7 bilhões em 2022, enquanto a soma das operações em 2021 foi de US$ 5,4 bilhões. Em relação aos investimentos no Brasil, a Espanha é o terceiro país que mais investe no país sul-americano.

Os principais produtos brasileiros exportados no ano de 2022, segundo estatísticas do Comex Stat do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), foram combustíveis minerais, lubrificantes e materiais relacionados; materiais em bruto, não comestíveis (exceto combustíveis); produtos alimentícios e animais vivos; artigos manufaturados, classificados principalmente pelo material; e produtos químicos e relacionados.

De acordo com análise da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), as principais oportunidades para as exportações brasileiras na Espanha estão nos setores de produtos químicos, incluindo polietileno, polipropileno, fungicidas, medicamentos e outros óleos essenciais;  produtos alimentícios, como milho, café, açúcar, carnes e frutas; e materiais em bruto, incluindo minérios de cobre, de ferro e de alumínio.

Fonte: https://www.brasil247.com/reindustrializacao/cni-mobiliza-mais-de-100-empresarios-para-rodadas-de-negocios-entre-brasil-e-espanha

BNDES financia inovação em fábrica gaúcha de semicondutores

 BNDES aprovou financiamento de R$ 99 milhões para a empresa HT Micron, de São Leopoldo (RS), investir na ampliação da capacidade produtiva

www.brasil247.com - (Foto: Pixabay)

BNDES - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento de R$ 99 milhões para a empresa HT Micron, de São Leopoldo (RS), investir na ampliação da capacidade produtiva e em inovação no seu processo de fabricação de semicondutores utilizados em smartphones e tablets. Os recursos correspondem a 94% do investimento total previsto no projeto, que é de R$ 105 milhões

O financiamento permitirá à HT Micron adquirir as máquinas e equipamentos necessários ao desenvolvimento da linha de chips uMCPs (Universal Flash Storage Multi Chips), que gradativamente irão substituir os chips eMCPs (embedded Multi Chip Package) hoje produzidos pela empresa. Além de atender às novas demandas trazidas pela entrada em operação do 5G na telefonia celular, os novos chips proporcionarão não apenas redução no espaço ocupado por esses componentes nos smartphones, como também aumento na velocidade de transferência de dados.

“O fortalecimento da indústria nacional de alta tecnologia é uma das prioridades do BNDES. Ao apoiar a atualização e a expansão da capacidade produtiva da HT Micron, contribuímos para elevar a competitividade do Brasil nas cadeias globais de semicondutores, com impacto positivo na balança comercial e na geração de empregos de alta qualificação”, explica o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.

“A HT tem um plano significativo de inovação e diversificação do portfólio de produtos, alinhado com as demandas do mercado. O BNDES é um parceiro estratégico que tem apoiado o plano de expansão da companhia”, afirma Chris Ryu, CEO da empresa.

Fundada em 2009, fruto da cooperação tecnológica entre Brasil e Coréia do Sul, a HT Micron é dedicada a prover soluções avançadas em semicondutores. Sua produção teve início em 2010, após a empresa firmar parceria com o Município de São Leopoldo e a Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos). Em 2018, com o lançamento de uma nova linha de chips eMCP de altas densidades, voltada ao atendimento do mercado de dispositivos móveis, a companhia se consolidou como uma das principais fabricantes de semicondutores do Brasil. Hoje a HT Micron atua majoritariamente no mercado de smartphones, smart TVs,  PCs e IoT (Internet of Things), produzindo e comercializando memórias e circuitos integrados para esses dispositivos.

Fonte: https://www.brasil247.com/reindustrializacao/bndes-financia-inovacao-em-fabrica-gaucha-de-semicondutores

Extorsão praticada por Moro e Dallagnol na Lava Jato vai ao STF e cai nas mãos de Lewandowski

 Leonardo Lucena

Relator dos processos envolvendo Moro e Deltan, que tentaram extorquir Tacla Duran, o ministro Ricardo Lewandowski vai analisar as denúncias de ilegalidades feitas pelo advogado

www.brasil247.com - Da esq. para dir.: Ricardo Lewandowski, Sergio Moro (sem barba, em círculo), Deltan Dallagnol (de óculos) e Rodrigo Tacla Duran Da esq. para dir.: Ricardo Lewandowski, Sergio Moro (sem barba, em círculo), Deltan Dallagnol (de óculos) e Rodrigo Tacla Duran (Foto: ABR | Reprodução)

Conjur - O advogado Rodrigo Tacla Duran afirmou nesta segunda-feira (27/3) que foi alvo de uma tentativa de extorsão para que não fosse preso durante a finada "lava jato" e implicou o ex-juiz Sergio Moro, hoje senador, e o ex-procurador Deltan Dallagnol, hoje deputado federal, no suposto crime. Ele entregou fotos e vídeos que comprometeriam os parlamentares.

A declaração foi dada ao juiz Eduardo Fernando Appio, da 13ª Vara Federal de Curitiba, durante depoimento. Como a acusação envolve parlamentares, Appio decidiu enviar o caso ao Supremo Tribunal Federal, corte competente para julgar autoridades com prerrogativa de foro. O relator será o ministro Ricardo Lewandowski, prevento para analisar os processos envolvendo Tacla Duran.

"Diante da notícia-crime de extorsão, em tese, pelo interrogado, envolvendo parlamentares com prerrogativa de foro, ou seja, deputado Deltan Dallagnol e o Senador Sergio Moro, bem como as pessoas do advogado (Carlos) Zocolotto e do dito cabo eleitoral (de Sergio Moro) Fabio Aguayo, encerro a presente audiência para evitar futuro impedimento, sendo certa a competência exclusiva do Supremo Tribunal Federal, na pessoa do Excelentíssimo Senhor Ministro Ricardo Lewandowski, juiz natural do feito, porque prevento, já tendo despachado nos presentes autos", disse o juiz na audiência.

Além de enviar o caso ao STF, Appio determinou que Tacla Duran seja colocado no programa de proteção a testemunhas.

No depoimento, o advogado disse que foi alvo da "lava jato" por não ter aceitado ser extorquido. "O que estava acontecendo era um bullying processual, em que me fizeram ser processado pelo mesmo fato em cinco países por uma simples questão de vingança", afirmou.

Tacla Duran, que foi advogado da Odebrecht, foi preso preventivamente na "lava jato", em 2016. Seis meses antes, ele tinha sido procurado pelo advogado Carlos Zucolotto Júnior, que era sócio de Rosângela Moro, mulher do ex-juiz.

Em conversa pelo aplicativo Wickr Me, Zucolotto ofereceu acordo de colaboração premiada, que seria fechado com a concordância de "DD" (iniciais do ex-procurador da República Deltan Dallagnol). Em troca, queria US$ 5 milhões. Zucolotto disse que os pagamentos deveriam ser feitos "por fora".

Um dia depois, seu advogado no caso recebeu uma minuta do acordo em papel timbrado do Ministério Público Federal, com o nome dos procuradores envolvidos e as condições negociadas com Zucolotto.

Em 14 de julho de 2016, Tacla Duran fez transferência bancária para o escritório do advogado Marlus Arns, no valor de US$ 613 mil, o equivalente hoje a R$ 3,2 milhões. A transferência era a primeira parcela do pagamento pela delação. "Paguei para não ser preso", disse Tacla Duran em entrevista a Jamil Chade, do UOL.

Porém, depois o advogado deixou de fazer os pagamentos, e Sergio Moro decretou sua prisão preventiva. Contudo, Tacla Duran, já estava fora do Brasil. Ele acabaria preso em Madri, na Espanha.

Neste domingo (26/3), o influencer Thiago dos Reis divulgou o documento de transferência bancária para a conta de Marlus Arns. O advogado foi parceiro de Rosângela em ações da Federação da Apae no Paraná e também na defesa da família Simão, um caso que ficou conhecido como "máfia das falências".

Em nota lançada após o depoimento, a assessoria de Sergio Moro afirmou que o senador é alvo de "calúnias" e que o político não teme "qualquer investigação".

"Trata-se de uma pessoa que, após inicialmente negar, confessou depois lavar profissionalmente dinheiro para a Odebrecht e teve a prisão preventiva decretada na Lava Jato. Desde 2017 faz acusações falsas, sem qualquer prova, salvo as que ele mesmo fabricou. Tenta desde 2020 fazer delação premiada junto à Procuradoria-Geral da República, sem sucesso, por ausência de provas, o procedimento na PGR foi arquivado em 9/6/22", disse o ex-juiz.

Dallagnol disse que o juiz Eduardo Fernando Appio "acreditou" em um acusado que "tentou enganar autoridades da Lava Jato".

"Adivinha quem acreditou num dos acusados que mais tentou enganar autoridades na Lava Jato? Ele mesmo, o juiz lulista e midiático Eduardo Appio, que nem disfarça a tentativa de retaliar contra quem, ao contrário dele, lutou contra a corrupção", afirmou em seu perfil no Twitter.

Duran x Moro

Tacla Duran, que foi detido na Espanha em 2016 e obteve liberdade provisória três meses depois, continua vivendo no país europeu e acusa Moro de fazer "negociações paralelas" na condução da finada "lava jato".

O advogado foi incluído na lista de procurados da Interpol, mas teve seu nome retirado por decisão do Comitê de Controle de Arquivos, que considerou que ele teve seus direitos violados por Moro.

De acordo com a Interpol, a conduta do ex-juiz, responsável pela "lava jato" em Curitiba, lançou dúvidas sobre a existência de um julgamento justo contra o ex-empregado da Odebrecht. A organização apontou violação de leis, princípios, tratados e normas do Direito Internacional reconhecidos pelo Brasil.

Entre as evidências apresentadas pela defesa de Duran à Interpol estavam as reiteradas decisões de Moro de negar o arrolamento do advogado como testemunha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ao fazê-lo, segundo o advogado de Duran, Sebastian Suarez, Moro desqualificou a fala de seu cliente antes mesmo de ouvi-la, como se a tivesse prejulgado.

Outra das evidências é a entrevista de Moro ao programa Roda Viva, da TV Cultura. Nela, o então magistrado fala abertamente sobre o processo, o que viola regras éticas da magistratura.

Clique aqui para ler o termo de audiência

Processo 5019961-43.2017.4.04.7000

Fonte: https://www.brasil247.com/brasil/extorsao-praticada-por-moro-e-dallagnol-na-lava-jato-vai-ao-stf-e-cai-nas-maos-de-lewandowski

Comissão da Anistia começa a rever casos de reparação negados

José Reinaldo

Colegiado reinicia sessões na próxima quarta-feira

www.brasil247.com - (Foto: Joédson Alves/Ag. Brasil)

Agência Brasil - A Comissão da Anistia retomará suas sessões na próxima quarta-feira (30) com a revisão de milhares de pedidos de reparação que foram negados durante os governos de Jair Bolsonaro e Michel Temer e que agora podem ser deferidos pelo colegiado. A medida vinha sendo reivindicada por organizações de defesa dos direitos humanos.

Entre os primeiros pedidos a serem julgados estão o deputado Ivan Valente (PSOL-SP), da professora Claudia de Arruda Campos, do líder sindical José Pedro da Silva e do jornalista Rogério Schettino. De acordo com integrantes do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDH), os casos foram escolhidos devido a seu potencial para que sejam deferidos, enviando uma mensagem a respeito da mudança de rumos sobre a reparação dos crimes perpetrados pelo Estado durante a ditadura militar.

Uma das principais justificativas para que os pedidos tenham sido negados no passado foi a de que essas pessoas participaram de grupos ilegais durante a ditadura. Os casos foram julgados entre 2018 e 2022 e, como no caso da professora Claudia de Arruda Campos e do deputado Ivan Valente, os requerentes chegaram a ser chamados de “terroristas” por membros da comissão. 

Os casos foram escolhidos levando em conta a idade avançada ou à existência de doença grave dos requerentes e também o fato de "serem emblemáticos” de como a Comissão de Anistia teve seu papel desvirtuado nos últimos anos, em especial durante o governo Bolsonaro, disse Nilmário Miranda, atual chefe da Assessoria Especial de Defesa da Democracia, Memória e Verdade. 

“Estamos reconstruindo sobre escombros”, afirmou Miranda sobre as políticas de reparação dos crimes cometidos pelo Estado durante a ditadura. Ele ressaltou também a retomada da busca por militantes cujo paradeiro há décadas é desconhecido. Há mais de 160 pessoas cujo destino ainda não foi descoberto.

Semana Nunca Mais

Um dos desaparecidos é o líder estudantil Honestino Guimarães, cujo nome foi dado a uma ponte em Brasília, anteriormente chamada de Costa e Silva, sobrenome do segundo general a ocupar o poder durante a ditadura. Devido à troca, resultado de sete anos de disputas judiciais e políticas que se encerraram em dezembro, o local se tornou símbolo de uma guinada em relação a esse período histórico do país.

Não por acaso a ponte foi escolhida pelo MDH para dar início a uma série de iniciativas, que vão desta segunda-feira (27) até 2 de abril, que pretendem retomar uma agenda de “preservação da memória, da verdade, da luta pela democracia e justiça social”, informou a pasta. Os eventos ocorrem na mesma semana em que se completam 59 anos do golpe civil-militar de 1964, em 1º de abril. 

O ato de hoje, às margens da ponte, serviu para legitimar a mudança do nome da edificação e também para reacender a esperança de parentes e amigos de desaparecidos para descobrir o paradeiro deles. 

“Com este ministério disposto a retomar investigações e providências sobre o destino dos desaparecidos, tenho esperanças de que possamos avançar e talvez descobrir e elucidar as circunstâncias da morte, quem foram os responsáveis, e conseguir Justiça”, disse Bethy Almeida, biógrafa de Honestino Guimarães. Ela lembrou ainda de Paulo de Tarso Celestino da Silva e Ieda Santos Delgado, outros dois estudantes da UnB nunca localizados.

A mesma esperança foi manifestada por Juliana Guimarães, filha de Honestino, que tinha apenas 3 de idade quando ele desapareceu. “É emocionante ver essa homenagem. Apesar de não ter muitas lembranças, ele sempre foi exemplo para mim dentro de casa, de luta”, disse. Juliana acrescentou que ainda espera descobrir o que aconteceu com o pai.

A Semana do Nunca Mais - Memória Restaurada, Democracia Viva continua nesta terça-feira (28), com uma audiência que contará com a presença do ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, e de mais de 150 familiares de desaparecidos.

A programação completa pode ser encontrada no portal do MDH.

Fonte: https://www.brasil247.com/brasil/comissao-da-anistia-comeca-a-rever-casos-de-reparacao-negados

segunda-feira, 27 de março de 2023

Assista à íntegra do depoimento de Tacla Duran na TV 247

 Leonardo Lucena

"(Queriam) Vingança por eu não ter aceito ser extorquido", afirmou o advogado

www.brasil247.com - Rodrigo Tacla Duran Rodrigo Tacla Duran (Foto: Reprodução (TV 247))

247 - O advogado Rodrigo Tacla Duran denunciou nesta segunda-feira (27), em depoimento na Operação Lava Jato, que integrantes da investigação queriam persegui-lo. 

"(Queriam) Vingança por eu não ter aceito ser extorquido. (Havia) subterfúgios processuais utilizados para que eu não fosse ouvido são diversos. Não sei o que o Ministério Público quer além de me perseguir", afirmou. 

>>> Luís Costa Pinto: denúncia de Tacla Duran contra Moro e Dallagnol foi um 'baita cavalo de pau da História'

Duran mora na Espanha e denunciou nos últimos anos ter sido alvo de chantagem do advogado Carlos Zucolotto, ligado ao Sergio Moro (União Brasil-PR). Em conversa pelo aplicativo Wickr Me, Zucolotto ofereceu acordo de colaboração premiada. Em troca, queria US$ 5 milhões. Zucolotto disse que os pagamentos deveriam ser feitos "por fora"

Ex-advogado da Odebrecht, Duran foi preso preventivamente na Lava Jato em 2016. Seis meses antes, ele tinha sido procurado por Zucolotto Júnior, que era sócio de Rosângela Moro, mulher do parlamentar, que era juiz da operação.

Fonte: https://www.brasil247.com/brasil/assista-a-integra-do-depoimento-de-tacla-duran-na-tv-247-mu1fluz0

Assista à íntegra do depoimento de Tacla Durán que confirma extorsão e d...

Appio manda colocar Tacla Duran em programa de proteção de testemunhas

 

Leonardo Sobreira

O pedido foi feito após Duran prestar depoimento ao próprio juiz e à Polícia Federal em que denunciou extorsão de advogado ligado a Moro

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247 - O novo responsável pelos processos da Operação Lava Jato em Curitiba, o juiz Eduardo Appio, determinou que o advogado Rodrigo Tacla Duran, denunciador das irregularidades de Sergio Moro e Deltan Dallagnol, seja incluído no programa de proteção a testemunhas do governo federal.

O pedido foi feito após Tacla Duran prestar depoimento ao próprio juiz e à Polícia Federal, no qual ele reafirmou a acusação de extorsão contra advogados próximos à deputada federal Rosangela Wolff Moro (União Brasil-SP), esposa do ex-juiz Sergio Moro, que agora é senador pelo União-PR.

“O acusado está sendo encaminhado ao programa federal de testemunhas protegidas por conta do grande poderio político e econômico dos envolvidos, sendo certo que toda e qualquer medida somente será apreciada por esse juízo federal em caso de risco concreto à vida e/ou segurança das testemunhas e autoridades envolvidas”, escreveu Appio na decisão.

A audiência desta segunda-feira (27) foi interrompida depois que o advogado que prestou serviços à Odebrecht denunciou Moro e Dallagnol por envolvimento no caso. 

Tacla Duran diz que, em 2016, o advogado Carlos Zucolotto Júnior o procurou para exigir 5 milhões de dólares em troca de benefícios num acordo de colaboração. Na conversa, que Tacla Duran guardou através de um print de tela, Zucolotto disse que acertaria os termos com DD (iniciais de Deltan Dallagnol). Zucolotto é também padrinho de casamento de Moro e Rosângela.

Um mês depois, Tacla Duran fez uma transferência de 613 mil dólares para o escritório de Marlus Arns. Tanto Zucolotto quanto Marlus Arns têm relação profissional com Rosângela Moro. Zucolotto era sócio da esposa do então juiz e Marlus atuava com Rosângela em casos da Apae e também e processos da chamada Máfia das Falências.

Fonte: https://www.brasil247.com/poder/appio-manda-colocar-tacla-duran-em-programa-de-protecao-de-testemunhas

Confira o ranking das melhores cidades para empreender no Brasil

 Embora São Paulo lidere o ranking geral, ela não está no topo da lista dos 10 municípios com melhor capital humano

www.brasil247.com - Bairro da Barra Funda, em São Paulo (SP) Bairro da Barra Funda, em São Paulo (SP) (Foto: Reprodução)

247 — Confira o ranking das melhores cidades para empreender no Brasil. O Índice de Cidades Empreendedoras (ICE) é a principal pesquisa que avalia o ambiente de negócios no Brasil, analisando 101 municípios desde 2014. 

De acordo com a pesquisa de 2023, as 10 melhores cidades para empreender são:

  1. São Paulo 
  2. Florianópolis
  3. Joinville
  4. Brasília
  5. Niterói
  6. Boa Vista
  7. Curitiba
  8. Rio de Janeiro
  9. Macapá
  10. Goiânia.

Embora São Paulo lidere o ranking geral, ela não está no topo da lista dos 10 municípios com melhor capital humano, conforme lembrou reportagem do Estado de S.Paulo. Florianópolis é a única que está no Top 10 dos municípios com melhor capital humano. 

Os dados foram apresentados em cerimônia com o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin.

O ICE avalia sete fatores para fazer o ranking geral, um dos quais é o capital humano. Esse fator mede a qualidade da mão de obra numa determinada cidade, com base em indicadores na área de educação básica e fundamental, superior e níveis de mercado de trabalho. A pesquisa também avalia as condições de ambiente regulatório, infraestrutura, mercado, acesso a capital, inovação e cultura empreendedora. Além disso, o maior nível de educação formal nas cidades e presença de escolas de negócios estão positivamente atrelados à criação de empreendimentos de maior crescimento.

Fonte: https://www.brasil247.com/reindustrializacao/confira-o-ranking-das-melhores-cidades-para-empreender-no-brasil

Fonte: 

Proliferação de armas aumentou poder de facções criminosas, diz Flávio Dino

 

Guilherme Levorato

Ministro da Justiça defende o controle de armas e elogia ação profissional da PF e do MP no enfrentamento a facões criminosas, mas critica manipulações dos “bandidos da política”

www.brasil247.com - Flávio Dino Flávio Dino (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

Rede Brasil Atual - O governo federal atua há duas semanas junto ao governo do Rio Grande do Norte contra ataques violentos de organizações criminosas no estado. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirma que o governo seguirá agindo dentro da lei e observa que as organizações criminosas acabaram fortalecidas nos últimos anos, devido, segundo ele, a uma série de políticas erradas, como a proliferação das armas de fogo no país estimulada pelo governo anterior.

“Isso gerou comércio e lucro para elas, e aumentou seu poder bélico, e estamos trabalhando para corrigir isso. Todos os dias ocorrem prisões, buscas e apreensões no país inteiro”, afirma, em entrevista ao programa Revista Brasil TVT. Recentemente, no Rio de Janeiro, houve a apreensão de mais de mil armas ilegais, lembra o ministro.

Com a política armamentista anterior, o país teve permitiu a aquisição de mais de 900 mil armas entre 2019 a 2022. Em resposta, o governo Lula assumiu com proposta de reverter essa política. No início de fevereiro, portaria publicada pelo ministério comandado por Flávio Dino determinou o cadastro de todas as armas de uso permitido e de uso restrito no Sistema Nacional de Armas (Sinarm) da Polícia Federal.

Além disso, em seu primeiro dia de governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou o decreto Decreto 11.366/2023. Desse modo, suspendeu registros para aquisição e transferência de armas de fogo e munições de uso restrito por caçadores, colecionadores, atiradores (CACs) e particulares. Porque, de acordo com a Advocacia Geral da União (AGU), é preciso conter o aumento desordenado da circulação de armas no país. A medida teve o aval do Supremo Tribunal Federal (STF), que rejeitou todas as ações que chegaram à corte contra o decreto.

Confira a entrevista de Flávio Dino ao Revista Brasil TVT

Na entrevista, Flávio Dino voltou a elogiar o trabalho profissional de investigação da Polícia Federal e do Ministério Público para desmontar planos de atentados de uma organização criminosa. Mas também a lamentar a manipulação midiática que levou ao uso político do caso por um dos alvos, sem citar o nome do senador Sergio Moro (UB-PR).

“A investigação nasce exatamente da necessidade de proteger um promotor do estados de São Paulo. Porque ele (Lincoln Gakiya, do Ministério Público em São Paulo), tem uma atuação muito forte contra o crime organizado. Então, esse trabalho resultou na identificação de vários alvos em vários estados. Portanto, foi uma investigação nacional. O que nós lamentamos é que sempre haja gente querendo fazer manipulação política”, observa Flávio Dino.

O ministro lembra que recentemente foi a uma reunião com líderes comunitários de vários bairros do Rio de Janeiro, no Complexo da Maré. “E esses bandidos da política transformaram isso numa ‘reunião com o Comando Vermelho’. Qual a base factual disso? Nenhuma, eles inventaram”, critica Dino. “Como inventaram também que eu estava sem escolta policial. Assim, inventam, colocam na internet, e isso causa muita indignação. muita revolta nossa. Porque estamos fazendo trabalho sério e tem gente querendo politizar.”

Fonte: https://www.brasil247.com/brasil/proliferacao-de-armas-aumentou-poder-de-faccoes-criminosas-diz-flavio-dino

Mineração industrial e garimpo ilegal viveram "anos dourados" com Bolsonaro, aponta relatório

 Paulo Emilio

Relatório "Dinamite pura", do Observatório da Mineração e do monitor socioambiental Sinal de Fumaça, foi lançado nesta segunda-feira (27)

www.brasil247.com - (Foto: Isac Nóbrega/PR | Divulgação/Exército)

Letycia Bond, Agência Brasil - O Observatório da Mineração e o monitor socioambiental Sinal de Fumaça lançaram hoje (27) o relatório "Dinamite pura: como a política mineral do governo Bolsonaro armou uma bomba climática e anti-indígena", em que examinam como ocorreu o encadeamento de medidas que favoreceram o setor. Além disso, como o nome do documento adianta, há uma análise sobre os impactos das diretivas então adotadas, que ainda exigem cuidado da atual gestão.

Na avaliação das entidades, pode-se resumir as decisões do período como "a combinação explosiva entre o desprezo pelos direitos territoriais e humanos e uma sofisticada estratégia de lobby corporativo". O documento destaca que a implementação de ações de interesse do empresariado do setor e investidores foi possível graças à adesão de parlamentares.

Ou seja, os tratos que visavam a aumentar o lucro do segmento, inclusive beneficiando transnacionais, abrangeram toda a Esplanada dos Ministérios, chegando ao Congresso Nacional. Uma das lembranças quanto a esse aspecto foi o lançamento da Frente Parlamentar Mista da Mineração, de 236 deputados e senadores, que aconteceu em junho de 2019 e deu mais atenção, segundo o relatório, à mineração de pequenos e médios empreendedores.

Durante os quatro anos de Bolsonaro no Palácio do Planalto, escrevem as entidades, tanto a mineração industrial quanto o garimpo ilegal vivem "anos dourados, na teoria, na prática e com centenas de bilhões de reais investidos nos mercados interno e global. Ao longo de 84 páginas, os autores do relatório recuperam, mês a mês, fatos como o rompimento da barragem de Brumadinho (MG) e a meta do governo federal de permitir que empresas estrangeiras pudessem explorar as reservas de urânio brasileiras, de cerca de 609 mil toneladas.

O ano de 2019 não havia chegado ao fim e o Ministério de Minas e Energia propunha que a mineração no interior de florestas nacionais (flonas) fosse liberada. As flonas são, por definição, uma categoria de área que deveria contar com a proteção especial do Estado, uma unidade de conservação.

O relatório ainda coloca em evidência pontos como a falta de fiscais em determinados locais, de maneira que não se encontram barreiras à prática de ilegalidades na busca por metais. Um caso citado é o de desfalques nos estados do Pará e do Amapá. "Só em Itaituba [município paraense], às margens do Rio Tapajós, mais de 18 mil pedidos de permissão de lavra garimpeira aguardam análise da agência", acrescentam os autores do estudo, a fim de dar a dimensão da vulnerabilidade da região, já que ao longo do rio vivem indígenas kayapó e munduruku, dois dos três povos mais atingidos pela mineração, juntamente com os yanomami.

Imprensa como inimiga

Para o diretor do Observatório da Mineração, Maurício Angelo, um indício de que os atos do governo representaram ameaças ao meio ambiente e a um conjunto de direitos é a postura das autoridades diante dos jornalistas. "De forma bastante clara e deliberada, decidiram não responder à imprensa, seja pelas vias oficiais, pelas assessorias de imprensa, seja dificultando bastante a obtenção de informação por meio da Lei de Acesso à Informação", diz ele, que também é pesquisador do Centro de Desenvolvimento Sustentável da Universidade de Brasília (UnB).

"Ler tudo na sequência dos fatos também me remete a como o tema mineração teve muito menos destaque no debate público, na cobertura de imprensa, na comoção social, na interface com as pautas socioambientais. Você teve os grandes acidentes, como Brumadinho, mas isso não se transformou em uma mobilização crítica da sociedade organizada, e acho que passou muita coisa a que a gente não conseguiu nem reagir", complementa a coordenadora do monitor Sinal de Fumaça, Rebeca Lerer.

Maurício Angelo considera que a configuração atual das casas do Congresso Nacional não deve ajudar na reversão de matérias aprovadas durante o governo Bolsonaro, nem nas tentativas de barrar outras que tramitam e vão a plenário, como é o caso do Projeto de Lei (PL) 191/2020 que autoriza a exploração em terras indígenas. "Obviamente, apesar de parlamentares de centro, centro-esquerda, esquerda, o Congresso ainda é, majoritariamente, de direita e aliado a essas pautas que são de interesse da indústria da mineração e do agronegócio", afirma, acrescentando que a militarização de órgãos como a então Fundação Nacional do Índio (Funai) também contribuiu para o quadro denunciado no relatório.

Sobre a possibilidade de a comunidade internacional exercer pressão significativa, a ponto de refrear excessos das mineradoras, o diretor pondera que o nível de cobrança é menor do que em casos que envolvem apenas desmatamento, por exemplo. Mesmo que desmatamento e mineração mantenham forte relação.

"Como o mundo tem uma demanda muito grande para suprir esses minerais essenciais, estratégicos, nos próximos anos, os projetos de mineração são vistos como necessários e não há uma crítica, um viés crítico desses acordos que são feitos. Pelo contrário, é visto como algo necessário, positivo, que tem que ser levado a cabo, independentemente do governo, seja aqui no Brasil ou fora do país, o que, claro, gera e vai gerar vários impactos socioambientais no futuro também", argumenta.

A Agência Brasil procurou a assessoria do ex-presidente Jair Bolsonaro, mas não teve resposta. A reportagem também tentou, sem sucesso, contato com o ex-ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque, que permaneceu no cargo pelo maior tempo, de janeiro de 2019 a meados de maio de 2022.

Fonte: https://www.brasil247.com/brasil/mineracao-industrial-e-garimpo-ilegal-viveram-anos-dourados-com-bolsonaro-aponta-relatorio