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quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Graça manda investigar os negócios da Petros

 

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Fundo de pensão dos petroleiros é o segundo maior do País, com 150 mil beneficiários e R$ 79,2 bilhões em investimentos; o fundo foi citado em investigações da Lava Jato e um dos alvos é o ex-gerente de novos negócios, Humberto Grault de Lima, que teria estruturado negócios em que a fundação registrou prejuízos; além do pente-fino na Petrobras, Graça Foster quer monitorar mais de perto os investimentos do fundo patrocinado pela Petrobras; Lima nega irregularidades: "Nunca recebi qualquer recurso para induzir investimentos nos seis anos em que trabalhei na Petros"

31 de Dezembro de 2014 às 07:32

247 - A presidente da Petrobras, Graça Foster, não está disposta a fazer uma devassa somente em todas as áreas da estatal.

Os escritórios de investigação contratados pela companhia também irão investigar os negócios da Petros, o segundo maior fundo de pensão do País, que é patrocinado pela Petrobras.

Hoje, a Petros tem 150 mil participantes e administra investimentos que somam R$ 79,2 bilhões.

Na Operação Lava Jato, da Polícia Federal, surgiram indícios de que a Petros realizou negócios que causaram prejuízos aos associados.

O advogado Carlos Alberto Pereira Costa, ligado ao doleiro Alberto Youssef, que representantes da fundação recebiam propina do esquema.

Ele citou o ex-gerente de novos negócios da Petros, Humberto Grault de Lima, que passou pelo falido banco BVA e teria estruturado operações prejudiciais à fundação.

"Nunca recebi qualquer recurso para induzir investimentos nos seis anos em que trabalhei na Petros. No depoimento, o advogado diz ter ouvido meu nome relacionado à propina, mas sem provas. Vou questioná-lo na Justiça", disse ele, ao jornal O Globo (leia aqui). "Acho bom a investigação na Petros para esclarecer essa confusão com meu nome."

Brasil 247

domingo, 28 de dezembro de 2014

Dilma e Graça atuam para barrar o “quebrar tudo”

 

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Contas feitas pelo governo apontam risco de descontinuidade em contratos de R$ 130 bilhões entre Petrobras e empreiteiras investigadas na operação Lava Jato; receio é de colapso no setor de óleo e gás, com extensões para toda a infraestrutura; inidoneidade afetaria, de saída, área responsável por 12% do PIB; bancos seriam obrigados a suspender empréstimos e fazer provisionamentos; milhares de postos de trabalho teriam de ser fechados; presidente Dilma Rousseff e Graça Foster, da Petrobras, trabalham para impedir situação; "Temos de parar com essa história de quebrar tudo", disse Dilma em sua última entrevista antes de sair de férias

28 de Dezembro de 2014 às 16:38

247 – A senha foi dada pela presidente Dilma Rousseff:

- Temos de parar com essa história de quebrar tudo, disse ela em sua última entrevista deste ano até aqui, na terça-feira 23. Ato contínuo, executivos e técnicos do governo passaram a acelerar estudos e articulações com o objetivo de assegurar que contratos estimados em R$ 130 bilhões em curso entre a Petrobras e as principais empreiteiras do País 'continuem rodando'. Há o forte receio de que uma possível quebra de compromissos básicos como pagamento de parcelas aos bancos e a liberação, pelo sistema financeiro, de recursos às empresas provoquem nada menos que um colapso num setor da economia que representa 12% do PIB. Exatamente o de óleo e gás.

Ao somar todos os contratos em andamento entre a estatal e as nove empreiteiras investigadas pela Lava Jato, como a Camargo Corrêa, OAS e Queiroz Galvão, os técnicos do governo chegaram à conclusão de que eles têm peso e ramificações suficientes para provocar uma efeito bastante nefasto na economia. Bancos públicos e privados ficariam sem receber e, nessa medida, teriam de passar a fazer grandes provisionamentos, afetando seus resultados e jogando pressão sobre outros clientes. Esse é um mecanismo que só contribui para mais pressão sobre as taxas de juros.

Novos empréstimos terão de ser necessariamente barrados caso as empresas investigadas sejam declaradas inidôneas. Fortemente dependentes de financiamentos para tocar suas grandes obras, elas seriam riscadas do mercado, comprometendo boa parte do setor de infraestrutura. Uma debacle causaria, assim, efeitos negativos muito além do setor de óleo e gás. Nas primeiras projeções feitas internamente pelo governo, o estrago atingiria diretamente o cenário do emprego. Não apenas cessariam as contratações para os canteiros de obras como milhares de trabalhadores empregados seriam dispensados em razão da paralisação de obras em curso.

A presidente Dilma Rousseff está atenta a esse quadro – e ele também pesou para a manutenção de Graça Foster na presidência da Petrobras. Ela conhece os contratos em andamento e tem a confiança de Dilma para evitar suspensões abruptas, que causem impacto excessivo nas empreiteiras. A clara intenção é evitar uma quebradeira no setor. Como disse a presidente Dilma em seu café da manhã com os jornalistas, "os corruptos devem ser punidas, mas as empresas precisam ser preservadas".

O procurador geral da República, Rodrigo Janot, foi uma das primeiras autoridades a ter a dimensão do quadro a ser criado com a eventual declaração de inidoneidade das empreiteiras e, no limite, da própria Petrobras. Mas ele suspendeu um início de conversas que tinham por objetivo encontrar alternativas legais a essa, que vem sendo a mais comentada. Janot não gostou da repercussão na mídia de seus primeiros encontros para tratar do assunto. Prestigiada no comando da estatal, Graça Foster terá um papel fundamental, no início de 2015, em manter vivas as companhias que atuam na órbita da estatal e sustentam milhares de empregos país afora.

http://www.brasil247.com/

Médicos fazem propaganda contra a saúde pública

 

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Conselho Federal de Medicina, que se notabilizou pela oposição ferrenha ao governo Dilma e ao programa Mais Médicos, agora usa seus recursos para atacar o sistema de saúde pública e exaltar os profissionais da medicina; em anúncio publicado em revistas da Editora Abril, CFM diz que de um lado (o do sistema público) 'falta quase tudo', enquanto de outro (o dos médicos) 'sobra dedicação e luta pela saúde'; será que esse tipo de ação contribui para melhorar a imagem dos profissionais que vaiaram os médicos cubanos?

28 de Dezembro de 2014 às 18:31

247 - O Conselho Federal de Medicina (CFM), que se notabilizou pela oposição ferrenha ao governo Dilma e ao programa Mais Médicos, agora usa seus recursos de forma inusitada: gasta dinheiro em propaganda nas revistas da Editora Abril, como Veja, para atacar o sistema de saúde pública e exaltar os profissionais da medicina.

Um anúncio publicado nesta semana, de duas páginas, divide o sistema de saúde entre bons (os médicos) e maus (o governo).

A primeira página diz: 'De um lado falta quase tudo. Faltam leitos e medicamentos. Falta infraestrutura nos postos de saúde e hospitais. Faltam condições de trabalho e de atendimento. Falta estímulo para médicos e profissionais da saúde, que recebem baixos salários. Faltam recursos para a saúde e competência para gerir a verba pública. Falta respeito por parte dos planos de saúde, que cometem abusos contra médicos e pacientes.'

A segunda afirma: 'Do outro, sobra dedicação e luta pela saúde. Apesar de a situação da saúde no Brasil ser muito grave, os Conselhos Federal e Regionais de Medicina mantêm o compromisso de seguir lutando pela valorização do trabalho médico e para que todo brasileiro tenha um atendimento digno. Em 2015, conte conosco e com os médicos brasileiros que, sem preconceito, lutam dia e noite para que a saúde do povo seja tratada com prioridade, qualidade e respeito.'

Confira, abaixo, as peças do CFM:

http://www.brasil247.com/pt/247/saudeebemestar/164851/Médicos-fazem-propaganda-contra-a-saúde-pública.htm

A Frente de apoio a Dilma. O que vai mudar em 2015!

 

Uma frente de esquerda, formada pelos principais movimentos sociais, liderada, entre outros, pelo dirigente do MTST, Guilherme Boulos, está em construção

O Conversa Afiada reproduz editorial de Saul Leblon, extraído da Carta Maior:

2015, o ano que pode surpreender

Uma frente de esquerda, formada pelos principais movimentos sociais, liderada, entre outros, pelo dirigente do MTST, Guilherme Boulos, está em construção.
A palavra incerteza comanda a passagem de 2014 para o Brasil de 2015, mas o chão mole do calendário político registra agora uma auspiciosa pavimentação de terra firme que pode surpreender.

Uma frente de esquerda formada pelos principais movimentos sociais brasileiros, tendo à frente, entre outros, o dirigente do MTST, Guilherme Boulos, está em formação no país.

Não é ainda a alavanca capaz de reverter a ofensiva conservadora em marcha batida na sociedade. Mas tem potência para isso.

Tem, sobretudo, capacidade para sacudir uma correlação de forças na qual as elites mastigam a margem de manobra do segundo governo Dilma entre os dentes da fatalidade econômica e do engessamento político.

A iniciativa dos movimento sociais, apoiada por partidos de esquerda, conta com um incentivo sintomático da gravidade dos dias que correm: o do ex-presidente Lula e, portanto, de uma parte significativa do PT.

Tem, ademais, um precedente revelador.

Ela vem se somar a uma mobilização equivalente, iniciada há cerca de um mês, para reaproximar intelectuais de esquerda e construir um contraponto de ideias progressistas ao agendamento conservador da sociedade, martelado diuturnamente pelo jogral midiático.

Trata-se de uma usina de respostas à espiral regressiva; uma caixa de ressonância de intelectuais cidadãos.

Esse polo de debate e combate foi oficializado no dia 15 de dezembro, em evento em São Paulo, com o nome de Fórum 21.

A primeira assembleia, no Sindicato dos Engenheiros, elegeu como uma de suas vértebras a luta pela democratização dos meios de comunicação.

Presente no lançamento, o secretário de Cultura da Prefeitura de São Paulo, Juca Ferreira, afirmou que os meios de comunicação são o principal obstáculo ao debate crítico dos reais desafios brasileiros.

‘Precisamos iniciar uma reconstrução programática que supere nosso próprio desgaste, mas essa tarefa requer um ambiente midiático oposto ao atual, concentrado e carente de regras democráticas’, disse Ferreira. (leia ‘Para Juca Ferreira, falta de democracia da mídia substituiu censura do regime militar’, nesta pág).

A importância descomunal da imprensa na luta política não é assunto estranho à reflexão intelectual desde que Gramsci (1891-1936) o incorporou a sua obra.
Na Itália, a fragilidade das estruturas partidárias, ao lado das dificuldades impostas por uma unificação feita de instituições ralas e abismos sociais e regionais profundos, fez com que os jornais assumissem funções de verdadeiros partidos, ensinou o pensador comunista.

As semelhanças meridionais com o subdesenvolvimento tropical não são negligenciáveis.

Nos anos 90, Celso Furtado costumava explicar pacientemente aos jovens jornalistas – os poucos que ainda procuravam o grande economista brasileiro taxado de jurássico pela emergente agenda tucana— que o ‘populismo’, ao contrário da demonização que lhe atribuíam as elites, refletia o vácuo histórico de uma sociedade pouco sedimentada institucionalmente, capturada pelas mandíbulas de um capitalismo de fronteiras indivisas.

O Estado e os líderes carismáticos compensavam o oco político falando direto às massas. E intervindo na economia para organizar a luta contra o subdesenvolvimento.

A colisão entre esse improviso de poder popular e o diretório midiático gerou entre nós alguns capítulos pedagógicos.

O suicídio de Vargas foi um deles.

O criador da igualmente por isso maldita Petrobras apertou o gatilho para não ceder à pressão insuportável do denuncismo lacerdista, que exigia sua renúncia em emissões sistemáticas através da rádio Globo, dirigida então pelo jovem udenista Roberto Marinho.

O Brasil era descrito como um mar de lama.

É dispensável enfatizar as semelhanças com a pauta e os métodos abraçados agora pelos grandes veículos de mídia em sintonia com a oposição conservadora ao governo Dilma, ao PT e ao ‘lulopopulismo’ econômico.

O Fórum dos intelectuais e a frente de movimentos sociais emergem como o contraponto mais importante a isso, desde a vitória de Dilma em 26 de outubro.
O conservadorismo atordoa o discernimento da sociedade desde então com uma escalada vertiginosa de iniciativas.

Habilidosamente, equipara-se combate à corrupção à demonização do polo progressista, no qual se espeta o selo da degeneração política, associada a práticas econômicas ‘intervencionistas’.

A ideia de uma salubridade externa à história, tomada como referência limpa e boa na construção da sociedade, é um daqueles mantras aos quais se agarram os interesses dominantes de todos os tempos.

A depender da conveniência, essa salubridade poderá vestir a toga da judicialização da ‘má política’. Ou a gravata técnica dos centuriões que falam em nome da proficiência dos mercados para dar o rumo ‘correto’ à economia.

Ou ainda encarnar no monopólio de um dispositivo midiático que se avoca a prerrogativa de um Bonaparte, a emitir interditos e sanções em defesa dos interesses particulares apresentados como os de toda a nação.

Hoje, o objetivo desse aluvião é o impeachment de Dilma ou o sangramento irreversível de seu governo, e das forças que o apoiam, bem como das ideias que as expressam. Até o seu sepultamento histórico em 2018.

Semanas após a vitória progressista nas urnas, quando o governo parecia hipnotizado pelo serpentário golpista que havia subestimado, e por isso não se preparado para defender o escrutínio popular, Carta Maior indagava:

‘O que se pergunta ansiosamente é se Lula já conversou sobre isso com Boulos, do MTST; se Boulos já conversou com Luciana Genro; se Luciana Genro já conversou com a CUT ; se a CUT já conversou com Stédile; se todos já se deram conta de que passa da hora de uma conversa limada de sectarismos e protelações, mas encharcada das providencias que a urgência revela quando se pensa grande. Se ainda não se aperceberam da contagem regressiva que ameaça o nascimento de um Brasil emancipado e progressista poderão ser avisados de forma desastrosa quando o tique taque se esgotar’.

A boa nova na praça é que a conversa começou.

O desafio de vida ou morte consiste agora em restaurar a transparência dos dois campos em confronto na sociedade.

Na aparente neutralidade de certas iniciativas pulsa, na verdade, a rigidez feroz dos interesses estruturais por elas favorecidos.

O melhor solvente para essa tintura é a ampla participação popular no debate e nas decisões que vão definir a rota do futuro brasileiro.

O país, desde 2003, e com todas as limitações e contradições intrínsecas a um governo de base heterogênea– tem figurado aos olhos do mundo como uma das estacas da resistência latino-americana à retroescavadeira ortodoxa, que demole e soterra direitos sociais e soberania econômica urbi et orbi.

Essa resistência criou um dos maiores mercados de massa do planeta em uma demografia de 202 milhões de habitantes.

O assoalho macroeconômico range e ruge sob o peso da inadequação entre a emergência dessa nova força motriz e as estruturas rigidamente pensadas para exclui-la do mercado e da cidadania.

A solução da ‘agenda técnica’ é higienizar a sujeira do intervencionismo público em todas as frentes, devolvendo o mando do jogo à faxina autorreguladora dos mercados.

Sobrepor o interesse privado aos da sociedade implica capturar o sistema democrático integralmente para esse fim.

Era esse o objetivo dos candidatos conservadores derrotados em outubro.

Não era apenas uma disputa presidencial. Mas um capítulo do embate inconcluso pelo comando do desenvolvimento brasileiro.

Daí a ilusão de se supor que concessões pontuais vão saciar o agendamento derrotado nas urnas.

Não será a adoção homeopática de sua farmacopeia que o fará recuar.

O discernimento daquilo pelo que se luta, e contra quem se travará a batalha dos próximos dias e noites, é crucial para os interesses populares afrontarem a avalanche em curso.

Essa é uma batalha entre a democracia social e as forças regressivas que se insurgiram contra a sua construção em 32, 54, 64, 2005, 2006, 2010 e 2014.

Tornar esse divisor visível aos olhos da população requer um símbolo de magnetismo equivalente à dimensão das tarefas que essa agenda encerra em termos de organização e repactuação do país com o seu desenvolvimento.

Requer o nascimento de uma frente de esquerda que, à semelhança do ‘Podemos’, na Espanha, guarde incontrastável vinculação com as urgências populares. Mas também encerre um denso discernimento das contingencias globais, que não podem ser abduzidas pelo imediatismo corporativista.

Embora o martelete midiático tenha disseminado a bandeira do antipetismo bélico, a ponto de hoje contagiar setores amplos da classe média, o fato é que esse trunfo conservador ainda não reúne a energia necessária para inaugurar uma nova ordem.

O pântano, por enquanto, o satisfaz.

Ele desarma a sociedade e exaspera a cidadania.

Dissemina um sentimento de impotência diante das urgências de uma transição de ciclo econômico marcada por uma correlação de forças instável, desprovida de aderência institucional , ademais de submetida à determinação de um capitalismo global avesso a qualquer outro ordenamento que não o vale tudo dos mercados.

A força e o consentimento necessários para conduzir esse ciclo em uma chave que não seja a do arrocho requisitam o salto de articulação social que agora se ensaia.

O caminho oposto é o da treva.

A regressividade conservadora predominante na Itália após o ‘Mãos Limpas’, nos anos 90, não é uma miragem; é um risco real em sociedades desprovidas de representação política forte e organização social mobilizada (leia ‘Mãos Limpas; e depois, Berlusconi?’; nesta pág).

Lá como aqui o lubrificante do retrocesso foi a prostração progressista e a incapacidade da esquerda e dos democratas de construir um repto histórico de esperança para engajar a sociedade no comando do seu destino.

A gravidade dos desafios embutidos no calendário de 2015 é de ordem equivalente.

Saber onde estão as respostas e reunir a energia política capaz de validá-las é trunfo valioso.

É esse o significado encorajador da nascente frente de esquerda dos movimentos sociais e da usina de intelectuais cidadãos reunidos no Fórum 21.

São sinais de um aggiornamento em curso na vida política nacional.

Mas que já extrapolam a mera formalidade da travessia gregoriana, para emprestar a 2015 a dimensão e o desassombro de uma verdadeira renovação histórica.

Que assim seja um bom ano novo, são os votos que Carta Maior tem a certeza de compartilhar com seus leitores e com a imensa maioria do povo brasileiro.

Conversa afiada

Veja elege Aécio o pior Senador!

 

E ainda tem três processos judiciais contra esse Machão do Leblon

Em lista do detrito sólido de maré baixa (ver no ABC do C Af), que elege os melhores parlamentares do ano, o senador e candidato à Presidência derrotado, Aécio Neves (PSDB), aparece em último lugar entre os 74 senadores.
A nota de Aécio, dada segundo critérios da revista, é zero.
De acordo com a publicação da Abril, “são levadas em conta propostas de ajuste na legislação capazes de contribuir para um país mais moderno e competitivo”.

O pior entre 74. (Foto: Reprodução)

Clique aqui para ver a lista completa.

http://www.conversaafiada.com.br/pig/2014/12/27/veja-elege-aecio-o-pior-senador/

sábado, 27 de dezembro de 2014

Quem cospe pra cima, na cara lhe cai”. Operação Lava Jato esbarra em contratos da CEMIG

AecioYoussef2

Em nota divulgada nesta tarde, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) sinalizou que trabalha pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff (leia aqui). Além disso, também neste sábado, manifestações realizadas em São Paulo e em algumas capitais pediram, abertamente, a derrubada da presidente reeleita há menos de um mês.

Aécio, no entanto, pode encontrar um obstáculo pela frente, nessa movimentação que, segundo o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, pretende transformar a Operação Lava Jato numa espécie de “terceiro turno” da disputa presidencial. A “pedra no caminho” está citada na decisão judicial do próprio juiz federal Sergio Moro, que embasou as prisões de diversos executivos de empreiteiras nesta sexta-feira.

Trata-se do inquérito 5045104-39.2014.404.7000. Eis o que escreveu Sergio Moro a respeito:

A Investminas Participações S/A confirmou, em petição de 21/10/2014 (evento 18) pagamento de 4.600.000,00 (R$ 4.317.100,00 líquidos) à MO Consultoria. Alegou que remunerou conta indicada por Alberto Youssef em decorrência de intermediação e serviços especializados deste na venda de suas ações na Guanhães Energia S/A para a Light Energia S/A, com intervenção a CEMIG Geração e Transmissão S/A. Juntou como prova os contratos e notas fiscais pertinentes, todos com suspeita de terem sido produzidos fraudulentamente. Alegou que Alberto Youssef seria ‘empresário que, à época, detinha conhecimento do setor elétrico e reconhecida expertise na área de assessoria comercial’. Aparentemente, trata-se de negócio que, embora suspeito, não estaria relacionado aos desvios na Petrobras.

Pelo que se lê do texto de Sergio Moro, a Investminas, do empresário Pedro Paulo Leoni Ramos, ex-ministro do governo Collor, pagou uma propina de R$ 4,6 milhões à MO Consultoria, do doleiro Alberto Youssef, para vender alguns ativos à Light, empresa do Rio de Janeiro, controlada pela Cemig, estatal que é a joia da coroa mineira. Moro não tomou nenhuma providência relacionada ao caso – ao menos, até agora – porque, segundo ele próprio disse, não estaria relacionado aos desvios na Petrobras.

No entanto, não há nenhum motivo para acreditar que todos os pagamentos de empresas ligadas à Petrobras a Youssef são propina e que os outros, relacionadas a outras empresas ou outros governos, de outros partidos, como o próprio PSDB, são normais. Haveria, no mínimo, uma diferença de tratamento.

Por isso mesmo, é possível que o Congresso se movimente para que, em breve, a CPI da Petrobras amplie seu escopo e atinja também outras estatais – como a própria Cemig.

(Minas 247 )

http://pocos10.com.br/?p=15747

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Empreiteiras serão alvo de nova lei contra corrupção

 

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Parte das empresas investigadas na Operação Lava Jato deverá ser julgada com base em nova legislação, mais dura, que foi sancionada pela presidente Dilma Rousseff e entrou em vigor em janeiro desse ano; Ministério Público reúne provas de pagamento de propina ainda em 2014, quando a Lei Anticorrupção já estava valendo; lei prevê aplicação de multas milionárias, perda de bens e até a suspensão das atividades de empresas envolvidas em corrupção

26 de Dezembro de 2014 às 08:25

247 – O Ministério Público Federal reúne provas para enquadrar ao menos parte das empreiteiras investigadas na Lava Jato em uma nova legislação contra a corrupção. Chamada de Lei Anticorrupção, ela foi sancionada pela presidente Dilma Rousseff em agosto de 2013 e entrou em vigor em janeiro desse ano.

Notas fiscais apreendidas na investigação apontam que houve pagamento de propina pela construtora UTC, por exemplo, a Paulo Roberto Costa ainda em 2014, quando a lei já estava valendo, o que incluiria a empresa como alvo da nova legislação. Houve ainda o registro de repasse de R$ 35 mil à Costa Global, empresa de Costa usada para movimentar propina do esquema.

O MPF tenta enquadrar agora outras construtoras na mesma condição. A lei prevê, entre outras punições, a aplicação de multas milionárias, perda de bens e até a suspensão das atividades de empresas envolvidas em corrupção. A lei passou a punir, além de pessoas físicas, as pessoas jurídicas responsáveis pela prática de suborno, na esfera cível ou administrativa.

http://www.brasil247.com/pt/247/brasil/164732/Empreiteiras-serão-alvo-de-nova-lei-contra-corrupção.htm

Delator recebeu R$ 16 milhões da Camargo Corrêa

 

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Empresário Júlio Camargo, que repassava propina a partidos e políticos, não prestou serviços apenas à Toyo Setal, como havia dito inicialmente; ele recebeu da empreiteira Camargo Corrêa em 2012 a quantia de R$ 16,8 milhões em três parcelas, o dobro que havia recebido da Toyo; a mesma conta bancária foi usada para enviar a propina para o exterior

26 de Dezembro de 2014 às 07:16

247 – O empresário Júlio Camargo, que recebeu R$ 7,4 milhões em propina do consórcio TUC, formado pelas empresas Toyo Setal, Odebrecht e UTC, recebeu o dobro do valor da empreiteira Camargo Corrêa, informa reportagem do Globo desta sexta-feira 26.

Ele fechou acordo de delação premiada com a Justiça inicialmente pelos valores recebidos pela Toyo Setal, à qual, segundo a própria empresa, prestava serviços de consultoria e por isso atuava também com outras empresas.

Ele recebeu R$ 16,8 milhões da Camargo Corrêa, em três parcelas, entre julho e setembro de 2012. A mesma conta que recebeu o dinheiro foi usada para mandar a propina para o exterior.

Camargo é dono de três empresas usadas, de acordo com a investigação Lava Jato, para repassar propinas e depositar dinheiro a partidos e políticos. No acordo de delação premiada, ele se comprometeu a pagar R$ 40 milhões em multa.

Brasil 247

quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Minas divulga R$ 1,1 mi pagos a empresas da família de Aécio

 

Iniciativa visava desmontar acusações do PT e investigações do Ministério Público

Aécio afirmou que é preciso dar uma contribuição para a política, a ética e o atual momento é desafiador para todos os brasileiros (Foto: Wilson Dias/ABr)

SDB alega que investimentos não levaram em conta ‘privilégios ou discriminações’ (Foto: Wilson Dias/ABr)

A oito dias de o grupo do senador Aécio Neves (PSDB) deixar o comando de Minas Gerais, o governo estadual divulgou nesta terça-feira, 23, os dados relacionados aos gastos com publicidade feitos pela administração desde 2003. Os dados mostram que, entre 2003 e 2011, o Estado repassou mais de R$ 1,1 milhão às três emissoras de rádio e ao jornal da família do tucano.
A iniciativa teve como objetivo desmontar acusações do PT e investigações em curso do Ministério Público. A partir de janeiro, o petista Fernando Pimentel assume o Estado no lugar de Alberto Pinto Coelho (PP), ex-vice-governador de Antonio Anastasia (PSDB), futuro colega de Aécio no Senado.
O diretório mineiro do PSDB alegou, por meio de nota, que os investimentos em publicidade feitos nas rádios e jornal da família Neves não levaram em conta “privilégios ou discriminações”. Citou, por exemplo, que rádios pertencentes a adversários políticos, como os peemedebistas ex-senador Hélio Costa (Rádio Sucesso FM) e o ex-deputado Antônio Júlio (Rádio Espacial) não só receberam recursos do governo de Minas, mas em valores superiores.
De 2003 a 2011, a Rádio Arco Íris, que detém uma franquia da Rádio Jovem Pan FM em Belo Horizonte, teria recebido R$ 1,06 milhão. A Rádio São João del Rei S/A e Vertentes FM, ambas em João del Rei, receberam juntas R$ 51, 8 mil. E o jornal Gazeta de São João del Rei, R$ 45,5 mil entre 2003 e 2011.
O caso passou a ser investigado pelo Ministério Público Estadual (MPE) em 2011, após Aécio ter sido parado em uma blitz da Lei Seca no Rio de Janeiro. Ele dirigia um veículo registrado em nome da Arco Íris. O PT, desde então, vem acusando o governo de Minas de beneficiar os negócios da família do tucano.
Por meio de nota, o diretório estadual do PSDB informou que o governo mineiro utiliza critérios “técnicos” para definir seus investimentos em publicidade. A abertura das contas publicitárias, disse o texto, servirá para “desmontar falsas acusações do PT”.
“A transparência do governo de Minas comprova mais uma calúnia inventada contra o senador Aécio Neves por lideranças do PT. No caso, a de que o governo do Estado teria beneficiado os quatro veículos de comunicação nos investimentos publicitários realizados pelo Estado”, diz a nota.
No texto, o diretório ainda argumenta que as empresas de comunicação pertencem à família de Aécio muito antes de ele ter sido governador de Minas, de 2003 a 2010. Também informa que essas empresas pediram a sua retirada do cadastro da Subsecretaria de Comunicação do Governo de Minas em 2011, quando surgiram as acusações do PT. A mesma subsecretaria está fazendo um levantamento interno sobre os repasses.
Revide. Também por nota, o diretório mineiro do PT destacou a iniciativa do governo mineiro em favor de mais transparência na gestão dos recursos públicos. O partido, no entanto, não deixou de provocar os tucanos.
“Mais uma vez, o PSDB despreza a inteligência dos mineiros e das mineiras. Somente agora, no apagar das luzes de um governo que esteve à frente do Executivo estadual durante doze anos, a Subsecretaria de Comunicação de MG disponibiliza os gastos com publicidade no Estado”, diz a nota do PT. (Ricardo Chapola e Alex Capella/AE)

http://macariobatista.blogspot.com.br/

A vida sofrida de Venina: Em Cingapura,ela tinha moradia,escola e salário de 167mil

 

mordomiasvenina

No blog Tijolaço, encontramos informações importantes para trazer um bom senso que a mídia se recusa em utilizar.

1) Venina Velosa não era uma “coitadinha” em Cingapura. Tinha salário de quase R$ 200 mil mensais (sic) e, portanto, poderia comprar uma passagem de avião e visitar a mãe doente quando quisesse. Aliás, posar de coitadinha ganhando uma baba dessas é duro de ouvir! Detalhe: ainda tinha moradia e escola para os filhos paga pela empresa.

2) Venina tinha alto cargo de chefia na Petrobrás, e, com o preparo que tinha, sabia muito bem o caminho do ministério público federal. Se nós, da blogosfera, que não temos essas regalias salariais, já fizemos várias denúncias ao MP, por que ela não pôde fazer? Basta entrar no site e registrar. Pode-se fazê-lo inclusive anonimamente.

3) Pelo mesmo Tijolaço soubemos também que as histórias de Venina veiculadas no Fantástico, e na mídia em geral, são incongruentes com a sua biografia no Linkedin, uma rede social voltada para o lado profissional dos usuários.

A firmeza de Dilma em manter Graça Foster à frente da Petrobrás prova que a presidente amadureceu politicamente.

A alta das cotações da Petrobrás comprova que o mundo, incluindo o grande capital, gosta de gente assim: forte.

Antes, eu até advogava a substituição de Foster, não pelos motivos da mídia, mas porque achava importante que a estatal fosse chefiada por alguém que soubesse defender politicamente a Petrobrás.

Mas os ataques baixos da mídia acabaram por “blindar” Graça.

Tenho esperança – muito pouco, é verdade – que Foster também amadureça e entenda que, sem enfrentamento político, continuará sangrando eternamente.

A melhor defesa é o ataque. E isso não significa perder a elegância e sair atacando a mídia.

Mas criticar mentiras e incoerências pode, não?

Ou será que apontar mentiras e incoerências é “bolivarianismo”?

Defender-se atacando significa adotar uma estratégia de comunicação mais ofensiva.

Podia começar reformando o blog e criando um porta-voz para rebater diariamente a imprensa (afinal imagino que Graça tenha outras coisas a fazer).

As respostas deveriam vir em texto, sempre com dispositivo de áudio para cegos; em vídeos; criar aplicativos para smartphone; etc.

E fazer muita interação com os internautas.

Se a Petrobrás depender apenas da grande mídia, que é aliada de interesses obscuros que, definitivamente, não se confundem com os da estatal, vai continuar em situação defensiva, trazendo sofrimento para todos seus funcionários e defensores.

A falta de comunicação da Petrobrás (que, de resto, é um problema geral do governo) quase levou à derrota de Dilma Rousseff.

Além disso, já apontei aqui que a falta de comunicação também ajuda a corrupção, porque dificulta o monitoramento, por parte dos cidadãos, do que acontece dentro da estatal.

A Petrobrás já perdeu dezenas de bilhões de dólares por conta dessa deficiência.

Quanto mais terá de perder para que aprenda que, num ambiente midiático altamente hostil, é preciso desenvolver ferramentas eficientes de defesa e ataque?

Graça, não seja ingênua!

A mídia é mal intencionada!

(via blog Tijolaço/Ocafezinho)

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Aécio será internado para tratamento?

 

Altamiro  Borges

ALTAMIRO BORGES 4 de Dezembro de 2014 às 06:43

A postura alucinada do cambaleante Aécio Neves já gerou as primeiras reações. O PT finalmente decidiu entrar na Justiça contra suas “infâmias”

O cambaleante Aécio Neves ainda não se conforma com a dupla derrota que sofreu nas eleições de outubro: perdeu na disputa presidencial e foi desalojado do governo de Minas Gerais – que tratava como um latifúndio há doze anos, com direito a “aecioporto” e a outras regalias ainda não reveladas. Temendo ser descartado por outros grão-tucanos, principalmente por Geraldo Alckmin, ele resolveu ocupar o posto de líder supremo da extrema-direita tupiniquim. O senador mineiro-carioca está a cada dia mais histérico, gerando surpresa até em que o conhecia como herdeiro do conciliador Tancredo Neves. Seguindo nesta toada, ele precisará ser internado urgentemente para tratamento... psiquiátrico!
Após a derrota no segundo turno, Aécio Neves colocou em dúvida a lisura do pleito e pediu recontagem dos votos. Com isto, ele estimulou alguns grupelhos fascistas a ocuparem as ruas berrando pela impugnação da eleição e pelo impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Na sequência, mais hidrófobo ainda, ele afirmou ao jornalista Roberto D´Ávila, da GloboNews, que não perdeu a eleição para um partido político, mas sim para uma “organização criminosa”. Nesta semana, durante a votação do projeto de ajuste das metas fiscais, o parlamentar – que quase nem aparece no Senado – deu apoio as fascistóides que invadiram o Congresso Nacional e comentaram um atentado contra a democracia brasileira.
A postura alucinada do cambaleante Aécio Neves já gerou as primeiras reações. O PT finalmente decidiu entrar na Justiça contra suas “infâmias”. Segundo o presidente nacional da legenda, deputado estadual Rui Falcão, “estamos interpelando judicialmente o senador mineiro derrotado. Em seguida, processo crime no STF. O PT não leva recado para casa”. Já o líder do PT no Senado, Humberto Costa, ironizou a conduta tresloucada do tucano. “O quixotesco perdedor das eleições continua lutando contra imaginários moinhos de vento. Já estamos em dezembro. Não é possível que, mais de um mês depois do pleito, ele ainda esteja num mundo à parte”. Para ele, Aécio Neves “é um caso inusitado em que a derrota subiu à cabeça”.
Já alguns eleitores de Dilma Rousseff – entre eles o ator José de Abreu – estudam ingressar na Justiça contra o tucano. Eles afirmam que foram desrespeitados em seu voto. Nesta terça-feira (2), o jornalista Janio de Freitas, da Folha, até apresentou argumentos favoráveis à proposta tendo como base as provocações de Aécio Neves na GloboNews. “De fato, ele não perdeu para um partido político. Perdeu para os eleitores, petistas, peemedebistas e nada disso, que lhe negaram o voto e o deram a Dilma. Qualquer deles agora habilitado, desde que capaz de alguma prova de sua adesão a Dilma, a mover uma ação criminal contra Aécio por difamação, calúnia e injúria, e cobrar-lhe uma indenização por danos morais”.
Estas e outras iniciativas podem não dar em nada. Mas não custa estudar a possibilidade de solicitar a imediata internação do cambalente Aécio Neves para tratamento... psiquiátrico!

Graça, no JN, é equilibrada e séria. O problema é que não há equilíbrio mais…

Autor: Fernando Brito

gracaglobo

Em qualquer parte do mundo civilizado, acusação, para ser levada a sério, tem dois requisitos: lógica e provas.

Na entrevista que deu ontem ao Jornal Nacional, na falta de provas – que não foram e não são apresentadas – Graça Foster tentou mostrar a falta de lógica das acusações da ex-gerente Venina Velosa da Fonseca, de que a presidente da empresa sabia dos esquemas de corrupção de Paulo Roberto Costa, seu chefe por quase uma década.

Fica claro que Venina tinha todo o acesso possível a Graça e poderia, a qualquer momento que quisesse, ter-lhe dito e mostrado, com os documentos que, como braço direito de Costa, poderia (ou pode) ter reunido.

E que não o fez.

Graça também procurou demonstrar – e as anotações curriculares de Venina, feitas por ela própria em seu Linkedin corroboram – que a história de Cingapura, como se demonstrou aqui, são, na verdade, duas.

A primeira quando foi para lá como subordinada do próprio Paulo Roberto Costa, com quem tinha se desentendido.

A segunda, já com Graça no comando da companhia, quando recebeu (difícil que se receba sem pedi-lo) um posto de comando de uma subsidiária da empresa em Cingapura, com o salário, nada desprezível, de mais de R$ 167 mil reais mensais, afora benefícios como aluguel e escola para dependentes.

Na primeira estada em Cingapura, sob o comando do “ladrão de carreira” Costa, é possível que tenha assinado o contrato de seu hoje ex-marido, Maurício Luz, com a Braskem – que tem 47% de capital pertencente à Petrobras, para trabalhar na mesma Cingapura.

Se isso foi um “exílio” por conta das diferenças surgidas entre parceiros de quase dez anos – Costa e Venina – ela deveria dizê-lo ou, pelo menos, apontar as responsabilidades de Costa no assunto, não sair-se com dramalhões do tipo ser mandada para o outro lado do mundo, histórias de “arma na cabeça”, “não pude ver minha mãe”, etc…

Quem ganha isso pode, perfeitamente, comprar uma passagem de avião quando quiser.

Venina, um mulher bem informada, capaz de dirigir negócios de bilhões, sabe achar o endereço do Ministério Público e se cobrir de garantias.

Não fez isso desde 2009/10 e nem mesmo veio a público, após as denúncias sobre Paulo Roberto Costa ou de sua prisão, em março (março!!!) deste ano para colaborar com as investigações.

Só o fez depois de ser, no final de novembro, apontada como, ao menos, co-responsável por contratos e aditivos feitos pela diretoria ocupada por PRC.

Durante toda a entrevista, é visível a preocupação de Graça Foster de não negar credibilidade aos documentos e informações que Venina, como braço gerencial de Costa possa ter e fornecer.

Ela é, pela posição de proximidade total com o ex-diretor, alguém em condições privilegiadas para saber tudo.

Mas onde estão as informações concretas de Venina, exceto pelo gerente de comunicação denunciado, punido e processado judicialmente de imediato?

Como, ao que conste, Venina não negocia um acordo de demissão premiada, porque o sigilo das informações?

Qual é o interesse em usar o que ela diz agora contra uma dirigente à qual não se acusa de um ato sequer de desonestidade?

Há, porém, uma grande falha nas declarações da presidente da Petrobras.

Ela parte do princípio de que há algum interesse na verdade, quando, de fato, o interesse político está acima de qualquer coisa.

Se a lógica tivesse alguma importância, o pobre cordeiro não tinha virado o almoço do lobo que bebia rio acima.

Não adianta falar e agir como quem quer apenas a verdade.

A verdade tem de ser brandida como arma, porque é ela que faz a mentira tremer.

http://tijolaco.com.br/blog/?p=23944

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Para não perder credibilidade na “canonização de Venina”, Glória Maria bateu o carro e sumiu

 

Gmaria

Tucson blindado de Glória Maria colidiu com táxi e depois atingiu poste no Centro / Foto: Oswaldo Praddo / Agência O DIA

Motorista não foi identificado e abandonou o veículo. Testemunhas disseram ter visto a jornalista ao volante

Rio – O carro da jornalista Glória Maria, da TV Globo, um Tucson preto LTV-2988 blindado, está envolvido em um acidente de trânsito na madrugada deste domingo no Centro do Rio. Segundo testemunhas, Glória, que estaria ao volante, teria fugido do local, após bater no Palio Weekend táxi LPP-5305 na esquina das avenidas Presidente Wilson com Presidente Antônio Carlos, por volta das 3h. Após a colisão, o carro da jornalista ainda se chocou violentamente com um poste e ficou com a frente destruída. A polícia apura se algum dos dois motoristas teria avançado sinal.

O taxista José Francisco Carvalho da Silva foi levado pela PM para Hospital Souza Aguiar. A jornalista e mais três ocupantes do carro dela teriam deixado o local do acidente minutos depois, em direção ao Hospital Samaritano, em Botafogo, em um outro táxi.

A sala de operações do 5º BPM (Praça da Harmonia) confirmou que Glória Maria estava envolvida no caso. O Tucson ano 2009, no site do Detran, está registrado em nome de ‘Maria’, pois as informações sobre proprietário e endereço estão com restrições de acesso.

Colega de José Francisco, Denilson Costa, 44 anos, chegou ao local minutos depois da colisão. “Ele (José Francisco) estava meio atordoado e não entendeu porque ninguém do outro carro veio saber se ele estava bem, ou oferecer socorro, mas contou que era Glória Maria quem dirigia”.

Carro de Glória Maria e táxi colidiram no Centro do Rio

Foto: Oswaldo Praddo / Agência O DIA

A PM registrou o caso como acidente com vítimas em que uma das partes se evadiu (fugiu do local). O caso é investigado pela 5ª DP (Mem de Sá). Imagens de câmeras de segurança e de trânsito poderão esclarecer quem provocou a batida.

http://pocos10.com.br/?p=17576

Dilma e Temer avançam sobre PMDB no governo

 

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Mirando "pacificar" o partido e "preparar a base para os dias que virão", a presidente teve um encontro com o vice no final do domingo, quando "acertaram quase tudo" sobre os novos ministros do PMDB, afirma Tereza Cruvinel; em seu blog no 247, ela diz que falta ainda definir quais pastas serão ocupadas por Eliseu Padilha e Henrique Alves – que Dilma não desistiu de indicar, segundo a colunista, apesar da Lava Jato – e por um representante da bancada no Senado; definidos são Kátia Abreu na Agricultura, Moreira Franco na SAC e Eduardo Braga em Minas e Energia; para a jornalista, quando a presidente "começa os acertos pelo PMDB, denota a compreensão de que esta é a prioridade dentro da coalizão"

23 de Dezembro de 2014 às 06:42

247 – A presidente Dilma Rousseff e o vice Michel Temer se reuniram no final do domingo para definir a participação do PMDB no próximo governo. Segundo Tereza Cruvinel, colunista do 247, uma das prioridades da presidente é "pacificar o PMDB e preparar a base para os dias que virão", num momento em que, como diz a jornalista, tempos difíceis virão, "talvez mais na frente política que na econômica".

Segundo Tereza, Dilma não desistiu de indicar Henrique Eduardo Alves, mesmo com o nome do atual presidente da Câmara tendo sido citado na Operação Lava Jato. Falta agora definir uma pasta para ele e para Eliseu Padilha. Além disso, a bancada do Senado – o grupo do senador Renan Calheiros, conforme destaca – indicará um nome, que também não tem destino certo.

As pastas e nomes já definidos, segundo Tereza Cruvinel, são Kátia Abreu na Agricultura, Moreira Franco na Secretaria de Aviação Civil, já comandada por ele, e o senador Eduardo Braga nas Minas e Energia. "Estará o PMDB satisfeito com este arranjo?", pergunta a jornalista. "Depende das pastas que forem acertadas", ressalta. Em sua avaliação, quando a presidente "começa os acertos pelo PMDB, denota a compreensão de que esta é a prioridade dentro da coalizão".

Leia aqui a íntegra da coluna.

http://www.brasil247.com/pt/247/poder/164504/Dilma-e-Temer-avançam-sobre-PMDB-no-governo.htm

Dilma banca Graça e elogia pré-sal. Resultado: + 5%

 

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Mercado reage bem à entrevista da presidente Dilma Rousseff na manhã desta segunda-feira 22 – e ignora sensacionalismo da Rede Globo em torno da Petrobras e das denúncias de Venina Velosa; ações PN da companhia sobem 4,98% na Bolsa de Valores de São Paulo e voltam a valer mais de R$ 10; investidor George Soros compra papéis e colabora na recuperação do preço; no café da manhã com jornalistas, Dilma disse que não ter motivos para demitir Graça Foster e segue acreditando na estratégia de explorar o pré-sal no atual modelo de partilha; contra mau humor da oposição, investidores reagiram com otimismo

22 de Dezembro de 2014 às 18:03

247 – O mercado financeiro reagiu com otimismo à entrevista da presidente Dilma Rousseff a jornalistas, na manhã desta segunda-feira 22, em café da manhã, em Brasília. Ao afirmar que não vê motivos concretos para demitir a presidente da Petrobras, Graça Foster, e reafirmar que acha correta a estratégia da estatal para a exploração do pré-sal no atual modelo de partilha, Dilma disse exatamente o que pensa – e o mercado gostou. Com alta de 4,98%, a ação PN da Petrobras foi a quinta mais valorizada do pregão, voltando a ser cotada acima dos R$ 10, a R$ 10,32.

Outro fator que colaborou para a recuperação das ações foi um movimento de compra detectado como sendo de George Soros, o investidor que é considerado o mais especialista em mercados emergentes do planeta. Quando outros investidores perceberam que Soros passou a compador, muitos entenderam que o piso acabara de ser encontrado e que, portanto, a tendência seria a de subida da Petrobras.

A insistência da Rede Globo em replicar, em todos os seus telejornais, a entrevista com a ex-gerente Venina Veloso não fez o efeito pretendido. Ao contrário do empenho da oposição, o mercado entendeu hoje que a Petrobras tem condições de superar o escândalo de corrupção e encontrar dias melhores.

Abaixo, notícia do portal Infomoney, parceiro de 247, a respeito:

Ibovespa se recupera e sobe 1% seguindo bolsas americanas após recuperação dos bancos

Resumo: Índice sobe em dia de muita volatilidade e baixa liquidez, apesar de nova queda nos preços do petróleo e de mais lenha na fogueira do escândalo da Petrobras

Texto:

SÃO PAULO - Depois de passar a maior parte da sessão em baixa, o Ibovespa virou para o positivo e registrou a segunda alta consecutiva, algo que não ocorria desde a sequência dos dias 18, 19 e 21 de novembro. Durante a tarde, o índice chegou a consolidar queda depois da fala da presidente Dilma Rousseff (PT) sobre manutenção do modelo do pré-sal e negando saída de Graça Foster da Petrobras.

O Ibovespa teve alta de 0,95%, a 50.120 pontos, com isso, o índice recuperou os 50 mil pontos, algo que não fazia desde 9 de dezembro. O volume financeiro negociado foi de R$ 4,507 bilhões. Enquanto isso, o dólar também registrou ganhos, fechando com alta de 0,13%, e ficando cotado a R$ 2,6601 na compra e R$ 2,6608 na venda.

A presidente Dilma disse em café da manhã em Brasília que a demissão da presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, não é necessária e que Graça "é uma pessoa ética". Dilma comentou ainda que não vê indicações de irregularidade na diretoria da Petrobras mas vai alterar o conselho da companhia, citando que quer mais participação dos bancos privados.

Em destaque, ficaram novamente os papéis de Petrobras (PETR3, R$ 9,91, +4,98%; PETR4, R$ 10,32, +4,98%). No radar da companhia, estão as declarações da ex-gerente da estatal, Venina Velosa, de que informou a presidente da petroleira, Graça Foster, sobre irregularidades em contratos com empreiteiras.

Do outro lado, as bolsas mundiais sobem apesar da virada para queda nos preços do petróleo. "Estamos vendo indicações positivas vindo de Wall Street, (a) retomada nos preços de petróleo e ações de energia", disse a analista de mercado da Bell Direct, Leanne Jones.

Na China, expectativa por estímulos puxaram uma alta de 0,59% no índice da bolsa de Xangai. Dados negativos como o de mais uma queda nos preços das novas casas no gigante asiático na semana passada fizeram com que investidores apostassem em uma retomada do crescimento do país via incentivos estatais.

Destaques
As ações dos bancos Bradesco (BBDC3, R$ 35,23, +1,67%; BBDC4, R$ 35,90, +0,84%) e Itaú (ITUB4, R$ 35,04, +0,69%) chegaram a contrabalancear a alta da Petrobras e derrubar o índice pela manhã . Vale lembrar que a participação das duas empresas corresponde a 21% do índice.

Para o analista da Leme Investimentos, João Pedro Brugger, a baixa liquidez do mercado hoje por conta da proximidade do feriado de Natal faz com que movimentos de compra ou venda de alguns players sejam muito mais sentidos. Outra hipótese, segundo ele, é que seja um movimento do investidor estrangeiro para seguir mais as bolsas norte-americanas. Hoje, os principais índices acionários dos Estados Unidos têm altas entre 0,16% e 0,61%.

Outra ação peso-pesado no índice, a BRF (BRFS3, R$ 63,59, -1,26%) teve pregão de queda. As ações da companhia caem hoje após subirem 12% em meio ao anúncio do programa de recompra de até R$ 1 bilhão de ações com o prazo de até 89 dias e à criação da joint venture com a Indofood Suskes Makmur, da Indonésia.

Segundo o Banco Espírito Santo, o anúncio da joint venture é um positivo passo para o processo de internacionalização da companhia, especialmente porque os analistas não veem muito espaço para crescimento doméstico em meio a um ambiente econômico desafiador em 2015. Apesar disso, o banco mantém recomendação de venda para as ações, citando que os papéis estão "caros".

Já do lado das maiores quedas esteve a Oi (OIBR4, R$ 9,50, -5,00%), que caiu forte hoje após suas ações terem sido agrupadas, conforme aprovação em reunião de novembro, na proporção de 10 para 1. Com o grupamento, o capital social da Oi passará a ser representado por 858.472.010 ações, sendo 286.155.319 ações ordinárias e 572.316.691 ações preferenciais. Transcorrido o prazo estabelecido para o ajuste das posições por parte dos acionistas, ou seja, a partir de hoje, as ações representativas do capital social da companhia passarão a ser negociadas exclusivamente grupadas na proporção resultante do grupamento das ações.

Entre os outros destaques está a JBS, (JBSS3, R$ 11,16, -8,67%), que chegou a afundar mais de 10% depois de ter sido citada como possivelmente envolvida no escândalo da Petrobras. Segundo informações do Valor, , a empresa creditou R$ 800 mil em duas contas correntes de uma empresa fantasma investigada pela operação.

De acordo com a publicação, a companhia teria feito quatro depósitos de R$ 200 mil em duas contas correntes da empresa de Gilson M. Ferreira Transportes ME, totalizando R$ 800 mil. Conforme descobriu a PF, a suposta transportadora com endereço informado em São José dos Pinhais (PR) não existe.

As maiores altas, dentre as ações que compõem o Índice Bovespa, foram:

http://www.brasil247.com/pt/247/economia/164476/Dilma-banca-Graça-e-elogia-pré-sal-Resultado--5.htm

Polícia fecha o cerco ao ninho tucano, mas imprensa finge que não vê

 

A mídia tradicional 'martela' com o assunto Petrobras e esquece a corrupção em São Paulo. Debater financiamento empresarial de campanha também deveria receber a mesma ênfase

por Helena Sthephanowitz, para a RBA publicado 16/12/2014 13:10, última modificação 16/12/2014 14:02

A mídia tradicional 'martela' com o assunto Petrobras e esquece a corrupção em São Paulo. Debater financiamento empresarial de campanha também deveria receber a mesma ênfase

divulgação

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Desvios em obras de transportes sobre trilhos em SP não têm a mesma atenção da mídia: tática desgastada contra governo

O jornal Folha de S. Paulo denuncia que planilhas apreendidas pela Polícia Federal na sede da empreiteira Queiroz Galvão, na capital paulista, mostram que a empresa vincula valores recebidos por obras públicas a doações eleitorais para partidos e candidatos de oposição ao governo federal. O material foi obtido no âmbito da sétima fase da Operação Lava Jato, chamada de Juízo Final, que investiga denúncias de desvio de recursos de obras e pagamento de propinas por empresas a funcionários da Petrobras.

De acordo com a planilha, datada de 2014, para chegar ao valor da doação ao político a empreiteira fazia um cálculo sobre o valor recebido por determinada obra.

Segundo a reportagem, um dos registros dos papeis encontrados, nomeado como "VLT" – uma provável referência ao Veículo Leve sobre Trilhos da Baixada Santista, obra realizada pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), por meio da EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos), é possível perceber a aplicação de uma fórmula sobre o "recebimento acumulado" até medição de junho de 2014, para que a empreiteira chegasse ao valor que seria destinado a "doações".

Após descontos, o valor aparece na planilha como sendo de "117.500", possivelmente R$ 117,5 milhões, sobre o qual incidia o cálculo: 1,5% vezes 66% (percentual já recebido pela obra), resultando numa doação de R$ 1,16 milhão. Esse valor constituía uma "ProfPart" (sigla usada na planilha), que a Queiroz Galvão reconheceu ser uma "Provisão Financeira para o PSDB".

Em outra planilha apreendida junto com a primeira, esse exato valor é atribuído ao "PSDB nacional". Outros políticos destinatários de possíveis doações aparecem na planilha, com iniciais.

Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a empreiteira doou R$ 3,7 milhões ao diretório nacional do PSDB nas eleições de 2014.

A Queiroz Galvão explicou outras iniciais na planilha: "J.S." é o senador eleito José Serra (PSDB-SP), "P.S." é o candidato do PMDB ao governo Paulo Skaf e "E.A." é o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). Há outros valores associados a outras obras realizadas em São Paulo, como o CSS (Contorno de São Sebastião) e CEML (Consórcio Monotrilho Leste), realizados pelo governo de São Paulo, mas com dinheiro do governo federal.

No entanto a imprensa não "martela" esse tipo de notícia na cabeça do leitor, o excessivo bombardeio ao governo federal no noticiário, funcionando como artilharia para a oposição partidária, começa a dar sinais de fadiga de material. Ou seja, provoca cansaço no próprio leitor e telespectador, com consequente ceticismo em vez de chegar ao objetivo dos editores: levar a população ao sentimento antigoverno.

É absolutamente desejável em democracias sólidas que notícias de corrupção façam parte do cotidiano e sejam divulgadas com total transparência, da mesma forma que existe o noticiário policial, onde todo dia há notícias de crimes e criminosos. Funcionários públicos, maus policiais, políticos, juízes, procuradores, seja quem for que de fato cometa crimes, e corrupção é um deles, não há por que ser blindado no noticiário.

Mas no noticiário político denuncista, não há delimitação clara da individualização de condutas, buscando criar no imaginário popular a ideia de que todo um governo, uma estatal, um partido, serem todos uma grande "organização criminosa". No entanto, o governo da coligação petista iniciado em 2003 foi o que mais criou instrumentos para combater a corrupção.

Editores de notícias comprometidos com projetos de poder oposicionistas constroem há anos narrativas de forma seletiva, no final das contas buscando direcionar o leitor ou ouvinte a votar em candidatos de oposição. Deu certo com alguns eleitores, mas a maioria sente o cheiro de picaretagem quando o noticiário é seletivo demais, e o resultado das três últimas eleições presidenciais mostram isso.

O cidadão desconfia do ambiente político como um todo e dos próprios jornais e TVs. Não crê que a oposição seja melhor do que o governo neste quesito de combate à corrupção. Não por acaso, Aécio Neves (PSDB) não só perdeu a última eleição, como despontou nas pesquisas com rejeição mais alta do que a presidenta Dilma Rousseff, pela fadiga do discurso falso de combate à corrupção.

Além disso, ninguém aguenta ficar tantos anos seguidos ouvindo notícias de denúncias repetitivas, sem que a imprensa tradicional conte algo de novo para modificar o quadro, como falar nas causas e soluções.

O debate sobre o financiamento empresarial de campanha e da reforma política não ocupa o noticiário de grande audiência, e até para justificar o excesso de denuncismo precisaria receber a mesma ênfase. Seus repórteres nunca perguntam ao ministro Gilmar Mendes quando ele vai devolver o processo da ação da OAB para terminar o julgamento que declarará inconstitucional o financiamento de campanhas por empresas.

No jargão político a expressão "fadiga de material" geralmente é usada contra os governos que se desgastam após um tempo no poder. Mas ela também acontece com um discurso de oposição repetitivo que não convence mais. Nas urnas, faltam votos. Ao golpe, faltam adeptos. No jornalismo, a perda é, primeiro de credibilidade, seguida da perda de audiência.

Mas o governo também não pode se iludir apenas com o cansaço deste discurso oposicionista, pois não existe vácuo nem no poder, nem na pauta de notícias. Alguém sempre a ocupa. Se o governo não disputar essa pauta, democratizando as comunicações para haver mais circulação de informações e debate de ideias, a oposição, ainda que seja uma nova oposição, vai continuar ocupando sozinha.

http://www.redebrasilatual.com.br/blogs/helena/2014/12/policia-federal-fecha-o-cerco-ao-ninho-tucano-mas-imprensa-finge-que-nao-ve-6564.html

Dilma Rousseff é eleita pessoa do ano pela imprensa internacional

 


A presidenta do Brasil, Dilma Rousseff, foi eleita pelo GDA a pessoa do ano.


Pelo quarto ano consecutivo, o Grupo de Jornais da América (GDA), aliança editorial que reúne os principais jornais da região, publica seu estudo das figuras mais importantes em termos de notícias do ano que está terminando, os grandes temas que marcaram 2014 e que será fundamental para a próxima.

No ano do inquérito sobre os personagens envolvidos diretores, editores e sub-editores do 11/2 que formam a GDA: La Nación (Argentina), O Globo (Brasil), El Mercúrio (Chile), El Tiempo (Colômbia), La Nación (Costa Rica), El Comercio (Equador), El Universal (México), El Comercio (Peru), El Nuevo Dia (Puerto Rico), El País (Uruguai) e El Nacional (Venezuela).

Feito antes de esta semana o presidente Barack Obama anunciou o início da normalização das relações diplomáticas entre os EUA e Cuba, a pesquisa constatou que o presidente do Brasil, Dilma Rousseff, foi a pessoa do ano da América Latina, tendo em vista que foi o foco de notícias por protestos em massa que antecederam o início da Copa do mundo, as eleições presidenciais que marcou o seu segundo mandato, que assumirá o próximo primeiro de janeiro e escândalo no estado Petrobras.

Jornalistas GDA votado segunda pelo presidente uruguaio, José Mujica, que ficou em primeiro lugar na pesquisa regional de 2013.

Globalmente, o presidente russo, Vladimir Putin, foi eleito como Personalidade de 2014, considerando o seu papel no conflito separatista na Ucrânia, como a anexação da península da Criméia e a crescente tensão com a União Europeia e os Estados Unidos, que muitos analistas recorda os dias da Guerra Fria. O jovem ativista paquistanesa Malala Yousafzai, voltou este ano mais jovem vencedor do Prêmio Nobel da Paz, foi o segundo na votação.

Mais de cinquenta entrevistados entre os ministros, diplomatas, excancilleres, funcionários e acadêmicos internacionais estrangeiros concordaram que a desaceleração econômica na China foi o destaque de notícias do ano, tanto por seu impacto sobre o gigante asiático, como na economia global.

Além disso, para colocar os olhos sobre as eleições presidenciais em outubro de 2015, na Argentina, o futuro do Estado islâmico no Oriente Médio, a evolução da crise na Ucrânia, o progresso nas negociações de paz na Colômbia e no comportamento dos preços Oil surgem como as grandes questões que irão moldar o pulso do mundo ao longo do próximo ano.

Grupo de Jornais da Améria (GDA)

Traduzido por Portal Metrópole

http://www.portalmetropole.com/2014/12/dilma-e-eleita-pessoa-do-ano-por.html

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Tucano é cassado. Cadê a mídia?

 

Por que a chamada grande imprensa, sempre tão 'neutra e imparcial', prefere encobrir escândalos envolvendo vários caciques tucanos

 

Altamiro Borges

Luciano Pereira / Aloysio Nunes - Flickr

No domingo passado (7), o empresário Omar Najar (PMDB) venceu as eleições para a prefeitura de Americana, município com 226 mil habitantes no interior de São Paulo. A mídia chapa-branca, servil ao governador Geraldo Alckmin, deu pouca atenção para o pleito fora de época. O motivo é simples: o prefeito Diego De Nadai, do PSDB, foi cassado por graves denúncias de corrupção. Na sua seletividade, a chamada grande imprensa, sempre tão “neutra e imparcial”, prefere encobrir escândalos envolvendo caciques tucanos. As manchetes são garrafais apenas para os políticos de esquerda. Desta forma, a mídia hegemônica estimula na sociedade o ódio doentio, quase fascista, ao PT e ao chamado “lulopetismo”.

Durante várias semanas, a cidade de Americana ficou acéfala. Na ausência do prefeito, sacos de lixos se acumularam nas ruas, prontos-socorros ficaram fechados e a merenda não foi entregue nas escolas. A população sofreu e os protestos viraram rotina no município, a 127 quilômetros da capital paulista. Os jornalões e as emissoras de rádio e televisão, porém, não deram maior atenção a este sofrimento. O prefeito cassado sempre foi ligado ao governador Geraldo Alckmin. Sua cassação foi uma verdadeira novela, apesar das provas de irregularidades na prestação de contas da eleição de outubro de 2012. Desgastado, o PSDB preferiu não lançar candidato e, oportunista, apoiou o industrial eleito. Pobre Americana!
São inúmeros os casos de políticos tucanos cassados ou envolvidos em corrupção que não merecem as manchetes da mídia “imparcial”. Em abril passado, o governador Siqueira Campos, do Tocantins, renunciou ao cargo para escapar da cassação. Pesavam sobre o histórico chefão do PSDB várias denúncias de desvio de recursos do Estado. A renúncia foi uma manobra para garantir a candidatura de Eduardo Siqueira Campos, filho do tucano, ao governo estadual. Ele justificou a manobra alegando que a medida foi tomada “com o propósito de continuar servindo ao bravo povo tocantinense, respeitando as normas sobre inelegibilidade definidas pela Constituição Federal”. A mídia nunca fez alarde com este caso bizarro!

A seletividade é a regra. O deputado Carlos Alberto Lereia, do PSDB de Goiás, foi flagrado em negociações com o mafioso Carlinhos Cachoeira. A Câmara Federal até cogitou sua cassação. Em abril passado, ele até foi suspenso e o caso sumiu do noticiário. Já o ex-governador e ex-senador Eduardo Azeredo, que inaugurou o esquema do “mensalão” com o publicitário Marcos Valério, renunciou ao mandato de deputado federal para evitar seu julgamento no STF. Na sequência, ele também desapareceu da mídia – que sempre tratou o escândalo de “mensalão mineiro” – e não tucano. Cadê o tal “jornalismo investigativo” da grande imprensa? Cadê as suas famosas campanhas moralistas de linchamento público?

E tem gente que acredita que Globo, Folha, Estadão e Veja ainda farão uma investigação isenta sobre o “trensalão tucano” em São Paulo ou sobre o “aecioporto” em Minas Gerais. A mídia hegemônica nunca investigou a fundo as denúncias de corrupção no processo da privataria – até porque ela sempre defendeu a privatização das estatais. Ela também evitou dar continuidade às apurações sobre a compra de votos na reeleição de FHC – que sempre foi seu protegido. A escandalização da política, com suas manchetes garrafais e diárias, servem apenas para atacar os que não rezam da sua cartilha. Não há qualquer imparcialidade ou isenção no jornalismo. A mídia tem dono e defende sua classe!

http://cartamaior.com.br/?%2FEditoria%2FPolitica%2FTucano-e-cassado-Cade-a-midia-%2F4%2F32437

Estadão: Superintendência da PF do Paraná funcionava como comitê informal de Aécio Neves

 

Fabiano Portilho

Dilma Rousseff vitima dos ataques, Juiz Federal Moro, e o

Segundo o jornal O Estado de S. Paulo desta quinta-feira (13). Os delegados federais responsáveis pela Operação Lava-Jato compunham uma espécie de comitê informal do candidato Aécio Neves à Presidência da República enquanto vazavam seletivamente para a imprensa dados do inquérito".

A revelação expõe a contaminação de toda uma superintendência regional da Polícia Federal por interesses externos ao da atividade policial, o que coloca em dúvida a qualificação de seus agentes para conduzir essa investigação, e, por consequência, de todo o noticiário que se seguiu".

Segundo o renomado jornalista e escritor Luciano Martins Costa, "os Policiais Federais responsáveis pela Operação Lava Jato, ao mesmo tempo que exaltavam o ex-candidato do PSDB à presidência, Aécio Neves, atacavam o PT, em especial, o ex-presidente Lula e a presidente Dilma Rousseff nas redes sociais, é um escândalo dentro do escândalo da Petrobras", desabafa.

Segundo ele, "não há nada mais interessante" nos jornais de hoje do que essa revelação. Nos posts, os policiais à frente da investigação chegaram a chamar à presidente Dilma de "anta", além de "xingamentos vulgares". Já para Aécio, derrotado nas eleições presidenciais, postaram "esse é o cara" em uma foto em que o tucano estava cercado de mulheres.

http://www.jornali9.com/noticias/denuncia/estadao-superintendencia-da-pf-funcionava-como-comite-informal-de-aecio-neves#.VGY0Docz0l8.twitter

Globo quer transformar Lava Jato em golpe contra o PT

 

21 de dezembro de 2014 | 12:42 Autor: Miguel do Rosário

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Agora não há margem de dúvida.

A Globo resolveu centrar todo o seu poder de fogo contra o PT.

As “delações premiadas” tem sido inteiramente manipuladas com este objetivo.

Observe o quadro acima.

A informação sobre os 3% do PT, informadas por Paulo Roberto Costa, é baseada em “rádio corredor”, segundo seu próprio depoimento. Acusação muito mais direta de Costa menciona senadores tucanos, como Sergio Guerra, de receber R$ 10 milhões, Aécio Neves, de receber para fazer circo na CPI da Petrobrás, e Eduardo Campos, de receber R$ 20 milhões. Os 3% para o PT, no depoimento de Costa, foram ditos na base do “ouvi falar”.

Não interessa, a Globo só fala em PT.

Alberto Youssef é defendido por um advogado que tinha sinecura de luxo no governo tucano do Paraná e tem feito dobradinha descarada com a Globo.

Um dos testas de ferro de Youssef, por exemplo, o senhor Leonardo Meirelles, declarou que o doleiro tinha negócios com o PSDB e que Youssef tinha, como padrinho, um senador do Paraná (praticamente nomeando Álvaro Dias). Há um vídeo de seu depoimento. A mídia imediatamente tentou abafá-lo e neutralizá-lo.

As ligações de Youssef com o tucanato são antigas. Ele operou para quase todos os tucanos graúdos. Participou dos esquemas da privataria tucana e dos caixa 2 do partido em todas as suas eleições presidenciais. Há inúmeras matérias e documentos sobre isso. A mídia esconde tudo.

É um caso até parecido com o de Marcos Valério. Operam para tucanos durante anos, e são presos por operar para o PT. O PSDB usa e joga fora.

Os outros dois delatores “homologados” também têm longa relação com o tucanato. Augusto Mendonça é primo de Marcos Mendonça, tucano de alta plumagem, atual presidente da Fundação Anchieta, que controla a TV Cultura. Augusto é envolvido até o pescoço no trensalão e tem interesse em detonar o PT.

É o mesmo caso do outro delator da Toyo Setal, porque o envolvimento com o trensalão é da empresa.

Abaixo, outros delatores, ainda não “homologados”:

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Pedro Barusco já confessou que participa de esquemas na Petrobrás há pelo menos 18 anos, ou seja, bem antes da chegada do PT ao poder.

Estão criando toda uma trama para envolver o PT, repetindo a estratégia bem sucedida da Ação Penal 470.

Não estou dizendo que o PT seja santo ou não tenha culpa no cartório. Estou dizendo que eles manipulam a informação, exageram os fatos, tiram outros partidos do foco, e, com isso, não fazem justiça, mas justiçamento partidário.

O procurador-geral começou a sofrer pressão da mídia e já piou. A sua declaração, agressiva, de que a diretoria da Petrobrás deveria ser substituída, equivaleu a um bater de continência para o quarto poder.

A mídia, que o vinha atacando, imediatamente passou a blindá-lo.

E agora ficamos sabendo que os julgamentos da Lava Jato serão feitos não pelo plenário do STF, mas pela Segunda Turma do tribunal. E quem terá cadeira cativa?

Ele mesmo, Gilmar Mendes.

A Segunda Turma será formada por Teori Zavaski, Carmen Lucia, Gilmar Mendes, Celso de Mello, mais o novato a ser nomeado por Dilma.

Cabe a Dilma agir rápido e nomear um ministro vacinado contra pressões, para que faça um julgamento limpo, imune às eternas tentativas de golpe branco patrocinadas por nossa direita midiática e golpista.

Cabe ao PT, sobretudo, fazer um enfrentamento político à altura, porque a mídia já deixou bem claro que partiu para a guerra total.

E a principal vítima nunca é o PT e sim a democracia e o interesse soberano do povo brasileiro.

http://tijolaco.com.br/blog/?p=23904

Empresário tucano desabafa: “Nunca se roubou tão pouco. Nos anos 70,80 e 90 era pior”

 

http://supernovawebsites.com.br

semler

Não sendo petista, e sim tucano, sinto-me à vontade para constatar que essa onda de prisões de executivos é um passo histórico para este país

Nossa empresa deixou de vender equipamentos para a Petrobras nos anos 70. Era impossível vender diretamente sem propina. Tentamos de novo nos anos 80, 90 e até recentemente. Em 40 anos de persistentes tentativas, nada feito.

Não há no mundo dos negócios quem não saiba disso. Nem qualquer um dos 86 mil honrados funcionários que nada ganham com a bandalheira da cúpula.

Os porcentuais caíram, foi só isso que mudou. Até em Paris sabia-se dos “cochons des dix pour cent”, os porquinhos que cobravam 10% por fora sobre a totalidade de importação de barris de petróleo em décadas passadas.

Agora tem gente fazendo passeata pela volta dos militares ao poder e uma elite escandalizada com os desvios na Petrobras. Santa hipocrisia. Onde estavam os envergonhados do país nas décadas em que houve evasão de R$ 1 trilhão –cem vezes mais do que o caso Petrobras– pelos empresários?

Virou moda fugir disso tudo para Miami, mas é justamente a turma de Miami que compra lá com dinheiro sonegado daqui. Que fingimento é esse?

Vejo as pessoas vociferarem contra os nordestinos que garantiram a vitória da presidente Dilma Rousseff. Garantir renda para quem sempre foi preterido no desenvolvimento deveria ser motivo de princípio e de orgulho para um bom brasileiro. Tanto faz o partido.

Não sendo petista, e sim tucano, com ficha orgulhosamente assinada por Franco Montoro, Mário Covas, José Serra e FHC, sinto-me à vontade para constatar que essa onda de prisões de executivos é um passo histórico para este país.

É ingênuo quem acha que poderia ter acontecido com qualquer presidente. Com bandalheiras vastamente maiores, nunca a Polícia Federal teria tido autonomia para prender corruptos cujos tentáculos levam ao próprio governo.

Votei pelo fim de um longo ciclo do PT, porque Dilma e o partido dela enfiaram os pés pelas mãos em termos de postura, aceite do sistema corrupto e políticas econômicas.

Mas Dilma agora lidera a todos nós, e preside o país num momento de muito orgulho e esperança. Deixemos de ser hipócritas e reconheçamos que estamos a andar à frente, e velozmente, neste quesito.

A coisa não para na Petrobras. Há dezenas de outras estatais com esqueletos parecidos no armário. É raro ganhar uma concessão ou construir uma estrada sem os tentáculos sórdidos das empresas bandidas.

O que muitos não sabem é que é igualmente difícil vender para muitas montadoras e incontáveis multinacionais sem antes dar propina para o diretor de compras.

É lógico que a defesa desses executivos presos vão entrar novamente com habeas corpus, vários deles serão soltos, mas o susto e o passo à frente está dado. Daqui não se volta atrás como país.

A turma global que monitora a corrupção estima que 0,8% do PIB brasileiro é roubado. Esse número já foi de 3,1%, e estimam ter sido na casa de 5% há poucas décadas. O roubo está caindo, mas como a represa da Cantareira, em São Paulo, está a desnudar o volume barrento.

Boa parte sempre foi gasta com os partidos que se alugam por dinheiro vivo, e votos que são comprados no Congresso há décadas. E são os grandes partidos que os brasileiros reconduzem desde sempre.

Cada um de nós tem um dedão na lama. Afinal, quem de nós não aceitou um pagamento sem recibo para médico, deu uma cervejinha para um guarda ou passou escritura de casa por um valor menor?

Deixemos de cinismo. O antídoto contra esse veneno sistêmico é homeopático. Deixemos instalar o processo de cura, que é do país, e não de um partido.

O lodo desse veneno pode ser diluído, sim, com muita determinação e serenidade, e sem arroubos de vergonha ou repugnância cínicas. Não sejamos o volume morto, não permitamos que o barro triunfe novamente. Ninguém precisa ser alertado, cada de nós sabe o que precisa fazer em vez de resmungar.

RICARDO SEMLER, 55, empresário, é sócio da Semco Partners. Foi professor visitante da Harvard Law School e professor de MBA no MIT – Instituto de Tecnologia de Massachusetts (EUA)

reprodução:FolhaSP

A CHAMA DO NATAL

Por Luiz Carlos Amorim – Escritor, editor e revisor – Http://luizcarlosamorim.blogspot.com.br
O Natal está aí e eu percebo que, apesar de saber o que ele significa, sinto que o tempo, passando inexoravelmente, me mostra que minha idade vai avançando e eu vou mudando com ela. Vejo que aquela ansiedade para que o Natal chegasse já não é a mesma da minha infância, da minha juventude, do tempo em que minhas filhotas eram pequenas. Hoje elas estão adultas e a casa está vazia.
O Natal já não é mais tão alegre como outrora. Essa época de reunir a família e os amigos, de nos aproximarmos mais, de comemorarmos juntos a vinda de um Menino que traz sempre, todo ano, um punhado de fé e de esperança pra gente, acaba ficando um pouco triste, quando a gente já perdeu tantas pessoas queridas.
Não estamos sozinhos, é claro, e agradecemos a Deus por termos ao nosso lado muitas pessoas que amamos e poder abraçá-los na noite de Natal é uma bênção. Mas é inevitável lembrar de tantas outras almas abençoadas que não estão mais aqui e que fazem falta, muita falta. Almas que levaram um pedacinho do coração da gente. Então é preciso lembrar do Menino do qual estamos comemorando o nascimento, para não esquecer que nossos entes queridos deixaram, também, um pedacinho do coração deles para cobrir aquele pedacinho do nosso que levaram. Que eles estão, portanto, acolhidos num cantinho do coração e é com o coração que devemos abraçá-los. Coração que ficará mais leve, para dar as boas vindas ao Menino que está chegando para ocupar o seu lugar, se deixarmos.
De maneira que, para espantar a tristeza, para fortalecer a chama do Natal, preciso de crianças, mais do que em outras épocas do ano. Crianças são insubstituíveis no Natal, como se fossem a representação viva do Menino que renasce a cada ano. Podem ser netos, sobrinhos, afilhados, podem ser apenas crianças, simplesmente. Pode ser até nosso animalzinho de estimação, não raro o bebê da casa, por que não? Porque com criança o Natal é mais Natal.

Comissão da Verdade

 

João Baptista Herkenhoff

A Comissão Nacional da Verdade encerrou seus trabalhos e entregou os resultados do esforço à Presidente da República.

Dilma chorou ao receber o relatório. Não foi a Presidente que chorou, mas sim a mulher, a mãe, o ser humano, aquela pessoa que sofreu no corpo e na alma as chagas da tortura.

Esse choro comoveu o Brasil porque nosso povo tem coração. Bendito coração brasileiro, bendito coração das heroínas Bárbara Heliodora (Inconfidência Mineira), Maria Quitéria e Joana Angélica, que pegaram em armas para defender a Independência.

Resgatar o passado não tem o acento da vingança. Não se recapitulam os fatos com laivos de ódio, mas com a finalidade pedagógica de advertir, principalmente os jovens, para que jamais aceitem a tese que justifique a tortura, nesta ou naquela situação.

Nada autoriza o ato de torturar. É sempre inaceitável, seja para descobrir um crime, seja para castigar, seja como advertência intimidadora, seja em nome do interesse nacional. Essa prática ignominiosa fere o torturado e degrada o torturador.

Esta é a grande lição da Comissão Nacional da Verdade e das Comissões Estaduais ou Setoriais fundadas no mesmo objetivo de revelar fatos históricos que mancharam nosso passado.

Não se tenha como prioridade a decisão de punir pessoas envolvidas nesse crime hediondo. Muitos morreram e só simbolicamente a memória poderia ser punida. Outros estão muito idosos e até inválidos. Além disso, alguns agentes da barbárie não tinham plena consciência da enormidade e injustiça dos atos que estavam praticando. Justamente porque a imprensa circulava sob censura, somente a versão oficial era divulgada e, na versão oficial, tratava-se de defender a Pátria contra seus inimigos. A defesa da Pátria era álibi para a brutalidade.

O mais importante é descerrar o véu que cobriu, protegeu e justificou a ignomínia. Vejo as Comissões da Verdade, muito mais olhando com Esperança para o futuro, do que debruçando-se com Asco sobre o passado.

Quando o projeto das Comissões da Verdade foi anunciado, alguns críticos impugnaram a ideia, dizendo que se tratava de uma revanche.

A objeção é, de todo, equivocada.

As Comissões da Verdade têm a finalidade ética e humanitária de dar a palavra aos torturados, permitindo que manifestem a revolta à face do que sofreram, pois um sofrimento suplementar que lhes foi imposto consistiu no silêncio a que foram submetidos.

A Bíblia, que é um livro santo, diz que a palavra liberta (João, 8, 32). O direito de falar, que lhes foi negado, as Comissões da Verdade estão lhes restituindo.

João Baptista Herkenhoff é magistrado aposentado (ES), professor e escritor.

E-mail: jbpherkenhoff@gmail.com

Site: www.palestrantededireito.com.br

Produtores ganham mais prazo para renegociar dívidas

 

Medida aprovada pelo CMN contempla operações do FCO, FNO e FNE

Brasília – (19.12) - Os produtores rurais com operações de crédito rural contratadas com recursos dos Fundos Constitucionais de Financiamento do Centro-Oeste (FCO), do Norte (FNO) e do Nordeste (FNE) ganharam mais um ano para renegociar seus passivos. A decisão está na Resolução 4.387, do Banco Central (BC), que alterou duas resoluções anteriores, prorrogando o prazo, que venceria no final deste mês, para 30 de dezembro de 2015. O voto foi aprovado na última reunião do ano do Conselho Monetário Nacional (CMN).

A medida contempla os produtores rurais inadimplentes em 31 de dezembro de 2012, que contrataram empréstimos junto aos três fundos até 31 de dezembro de 2008. Quem aderir à renegociação deve fazer uma amortização mínima de 10% do saldo devedor, parcelando o restante em até 10 anos, com um ano de carência. A regra vale tanto para as operações com risco total ou parcial do FCO, FNO e o FNE.

Assessoria de Comunicação CNA
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Mais espaço para a educação profissional do SENAR em 2014

 

Só o Pronatec do SENAR atendeu mais de 52 mil jovens este ano, quase 18 mil a mais que em 2013

2014 foi um ano de muito trabalho e bons resultados para o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR), principalmente no que se refere à qualificação profissional dos jovens do meio rural. Somente o Pronatec do SENAR formou mais de 52 mil jovens nas cinco regiões do País, um aumento de mais de 60% em relação ao ano passado, que fechou com 34.713 matrículas.

“O Pronatec é um avanço para a agropecuária porque estimula o interesse do jovem pela terra, fazendo-o permanecer no meio rural. Queremos que nossos jovens percebam, a cada ano, as potencialidades do campo e queiram se profissionalizar para dar continuidade aos negócios da família ou para se inserir no mercado de trabalho, carente de mão de obra qualificada” afirma Daniel Carrara, Secretário Executivo do SENAR.

“Além do número de vagas também aumentamos os municípios atendidos. Em 2013 o Pronatec do SENAR chegou a 763 municípios, este ano, foram atendidos 1130. Esse crescimento reafirma a capilaridade do SENAR, que leva educação profissional para locais onde o acesso à formação e à informação é mais difícil”, comemora a coordenadora de campo do Pronatec do SENAR, Lourdes Hennemann.

Este ano, os cursos mais procurados do programa foram Horticultor orgânico, Piscicultor, Bovinocultor de leite, Avicultor e Assistente de Planejamento e Controle de Produção, capacitação que formará técnicos especializados para atender a carência em assistência técnica e extensão rural que existe atualmente nas propriedades rurais.

Educação a Distância

Este ano, o SENAR iniciou quatro programas de capacitações tecnológicas no portal de educação a distância, nas áreas de floricultura, suinocultura, silvicultura e heveicultura, voltadas especialmente para técnicos que queiram se qualificar nas respectivas áreas. As capacitações começaram no segundo semestre e já conquistaram quase três mil matrículas. Cada programa tem vários cursos com carga horária específica, mas o participante não precisa concluir todos para receber a certificação. Além disso, os cursos têm atividades de aprendizagem e ações interativas como fóruns e chats.

Com espaço cada vez maior no campo da educação a distância, o portal EaD SENAR conquistou, pelo quarto ano seguido, o prêmio Learning & Performance Brasil, que premia as práticas e tendências da produtividade das pessoas e a competitividade das organizações em operação no Brasil. Desta vez, o prêmio foi na categoria Referência Nacional com o programa Inclusão Digital, que em 2014 capacitou 16.885 pessoas.

“O programa Inclusão Digital foi escolhido por ser o curso que sempre apresentou excelentes resultados no decorrer desses anos e grande satisfação dos participantes, de acordo com o depoimento deles. Esse prêmio confirma o objetivo do SENAR em levar conhecimento para o campo, além de promover o acesso dos produtores e trabalhadores rurais e suas famílias ao mundo digital”, destaca a assessora técnica responsável pela educação a distância do SENAR, Larissa Arêa.

Durante todo o ano, o portal EaD SENAR capacitou 40.831 pessoas, em todo o País. Para conhecer todos os programas de educação a distância do SENAR, acesse www.senar.org.br/ead.

Conhecimento tecnológico

Em 2014, o SENAR realizou mais duas capacitações tecnológicas nas áreas de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) e Silvicultura Sustentável – nos Biomas Mata Atlântica e Cerrado, esta última, a com a Embrapa, que desenvolve o Projeto Biomas, em parceria com a CNA. Os cursos são voltados para instrutores da entidade e profissionais formados em qualquer área da atividade agropecuária que queiram se atualizar. Foram gravados e também serão disponibilizados no portal EaD SENAR. Até o momento, os treinamentos atenderam as cadeias produtivas da caprinovinocultura, piscicultura, suinocultura, pecuária de leite, pecuária de corte, silvicultura, heveicultura e floricultura. Para 2015, estão previstos novos cursos com foco na área de assistência técnica e extensão rural para atender o programa de Assistência Técnica Gerencial com meritocracia do SENAR.

Programa de Agricultura de Precisão

Falando em capacitação, o Programa Nacional de Agricultura de Precisão do SENAR qualificou em 2014, 60 instrutores em parceria com empresas de máquinas agrícolas e instituições de pesquisa, como a Embrapa Instrumentação, em São Carlos (SP). Esses profissionais foram responsáveis pelo treinamento de 190 produtores rurais em 32 turmas e a meta para 2015 é realizar 217 turmas e capacitar mais de três mil produtores rurais.

“Temos hoje John Deere, Stara, Falker e AGCO como parceiros na realização dos treinamentos para instrutores. Em 2015 já começaremos o ano com duas turmas de capacitação na John Deere, no início de fevereiro. Queremos alcançar a meta de mais de 3 mil produtores capacitados, estipulada no Plano Anual de Trabalho (PAT)”, explica o coordenador do programa, Rafael Diego da Costa.

Além dos treinamentos, o programa de AP do SENAR teve outras conquistas. A entidade publicou o artigo Transferência de Tecnologia em Agricultura de Precisão, no livro “Resultados de um novo olhar”, lançado pela Embrapa no início do ano. O artigo trata dos nove seminários de agricultura de precisão realizados pelo SENAR em 2012 que serviram para levar informações e desmistificar o tema entre os produtores rurais. Também no livro publicado pela Embrapa, o pesquisador Ricardo Inamasu divulgou o estudo “Adoção da agricultura de precisão no Brasil”, produzido a partir de questionários preenchidos pelos produtores rurais durante os seminários do SENAR. Com esses dados, foi possível levantar o perfil e identificar como os produtores veem a agricultura de precisão, além do quantitativo de quem aplica as técnicas de AP na propriedade. Para conhecer toda a pesquisa, acesse o blog de AP do SENAR – www.canaldoprodutor.com.br/agricultura-precisão.

Este ano, o SENAR também participou da elaboração da agenda estratégica 2015-2030 produzida pela Comissão Brasileira de Agricultura de Precisão, com sugestão sobre capacitações e material didático da área.

Atualmente os estados da Bahia, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, Piauí, Paraná, Rondônia, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Tocantins, Alagoas, Pernambuco e Rio Grande do Norte participam do Programa de Agricultura de Precisão do SENAR.

Programa Sindicato Forte

As novidades do SENAR não param por aí. A entidade nacionalizou a ferramenta GQS – Gestão com Qualidade Sindical, criada pelo SENAR Minas em 2007, e dez estados participaram da capacitação do programa em 2013. Este ano, Santa Catarina e Amazonas já participaram de treinamento da ferramenta e para 2015 está prevista a aplicação do GQS no Pará. “Pretendemos profissionalizar os dirigentes e colaboradores dos sindicatos rurais para que atuem com qualidade total”, explica o coordenador do Sindicato Forte, Celso Botelho.

Além do GQS, o programa Sindicato Forte investiu na formação de 24 assistentes sindicais em 2014. Os estados da Bahia, Ceará, Distrito Federal, Maranhão, Pará, Paraíba, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e Tocantins participaram da capacitação realizada em setembro. A ideia do SENAR é que cada técnico dê assistência a dois sindicatos em seu estado, no prazo de seis meses. A assessoria deve ter 40 horas/mês em cada sindicato, com encontros presenciais. “Queremos ter um retorno imediato dessa ação, por isso vamos acompanhar esse trabalho de perto com relatórios semanais e mensais”, frisa o coordenador.

O programa Sindicato Forte realizou este ano 13 seminários para apresentação de resultados em 158 sindicatos rurais do Pará, Mato Grosso do Sul, Amazonas e Amapá. Desde a implantação do programa em 2010, 842 sindicatos e 1.858 agentes sindicais rurais participaram da capacitação básica, o que corresponde a 43,7 % do total de sindicatos do sistema CNA. Das 27 Federações de Agricultura e Pecuária, 23 aderiram ao programa e 57,6% dos sindicatos ligados a elas passaram pela capacitação básica. E dos sindicatos que participaram da capacitação básica, 64% elaboraram o planejamento estratégico.

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domingo, 21 de dezembro de 2014

George Soros, megainvestidor, faz sua fezinha com ações da Petrobras

 

Jornal GGN - Enquanto a oposição tenta fazer com que a Petrobras seja privatizada por excesso de 'corrupção', tenta grudar na presidente eleita, Dilma Rousseff todos os podres cometidos por uns e outros, George Soros, o megainvestidor, vai fazendo sua fezinha na Petrobras. Sim, é isso mesmo, ele está comprando rapidamente tudo de Petrobras que cai em suas mãos. E a oposição continua depreciando nosso maior bem e a direita raivosa não se informa e ele feliz e contente com as aquisições. Leia a matéria do Estadão.

do Estadão

Megainvestidor George Soros compra mais ações da Petrobrás

ALTAMIRO SILVA JÚNIOR - CORRESPONDENTE DA AGÊNCIA ESTADO

Bilionário vai na direção contrária de grandes fundos dos Estados Unidos e aumenta aposta na estatal

Enquanto grandes fundos dos Estados Unidos reduziram nos últimos meses as apostas em papéis da Petrobrás, um grande investidor está indo na direção contrária, o bilionário George Soros. Desde o começo do ano ele vem aumentando as compras de ações da empresa brasileira e no último trimestre dobrou a quantidade de papéis em suas carteiras.

Soros fechou o terceiro trimestre com 5,1 milhões de ações e opções de compras da Petrobrás. No período anterior, ele tinha 2,4 milhões de papéis, também acima dos 2 milhões do primeiro trimestre, de acordo com dados enviados pela Soros Fund Management, que administra cerca de US$ 28 bilhões, para a Securities and Exchange Commission (SEC, que regula o mercado de capitais norte-americano). Pelas regras dos Estados Unidos, os fundos precisam informar à SEC a cada trimestre como estão suas carteiras no fechamento do período, com a quantidade de ações e as empresas em que investem.

Já outros grandes fundos dos EUA têm vendido ações da Petrobrás. A Millennium Management, que administra cerca de US$ 22 bilhões, reduziu sua exposição em 86% no terceiro trimestre comparado com o segundo período de 2014. A Discovery Capital, que faz a gestão de US$ 15 bilhões, cortou em 28%, e a D.E. Shaw, com recursos de US$ 34 bilhões, em 9%.

Outros fundos foram ainda mais radicais. A AlphaBet Management, que agora se chama Saiers Capital e administra US$ 2 bilhões, zerou a posição. A Arrowstreet Capital, que faz a gestão de US$ 25 bilhões, também se desfez dos 1,1 milhões papéis da petroleira, segundo os dados da SEC compilados pelo site especializado em fundos de hedge InsiderMonkey.

Os American Depositary Receipts (ADRs), recibos que representam ações da Petrobrás e são negociados na Bolsa de Valores de Nova York (Nyse, na sigla em inglês) acumulam queda de 50% este ano. Uma série de notícias negativas nos últimos meses tem ajudado a provocar estas perdas. Entre elas, as denúncias de corrupção na empresa, prisão de executivos da companhia e de prestadoras de serviços, falta de divulgação do balanço do terceiro trimestre, alto endividamento e a queda do preço internacional do petróleo.

Na avaliação dos analistas de petróleo do Credit Suisse, Andre Sobreira e Vinicius Canheu, a Petrobrás já quebrou uma série de promessas feitas aos investidores e é crucial, para restaurar a confiança, que a empresa apresente números e metas confiáveis e que as investigações das denúncias tenham resultados concretos, escrevem em um relatório a investidores.

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