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domingo, 31 de outubro de 2021

China anuncia que tem o computador quântico mais rápido do mundo


China anuncia que tem o computador quântico mais rápido do mundo

Créditos: Reprodução / GlobalTimes / University of Science and Technology of China

Máquina é capaz de fazer em milissegundo segundo o trabalho que demoraria 30 trilhões de anos em um PC convencional

Por Willian Ferreira 29/10/2021 às 09:56:42 3

A China vem cada vez mais mostrando que é uma das principais protagonistas na indústria mundial de tecnologia, agora o país asiático anunciou seu mais novo feito: o computador quântico mais rápido do mundo. Com o nome referenciando um dos  matemáticos chinês que viveu no século V, o Zuchangzhi 2.1 promete ser até 1 milhão de vezes mais rápido que o Sycamore, que é o processador quântica criado pelo o Google em 2019.

28/10/2021 às 18:56

Notícia

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Segundo afirmado pelo físico Pan Jianwei, da Universidade de Ciência e Tecnologia da China, ao portal Global Times, uma tarefa de apenas um milissegundo nessa nova máquina da China demoraria cerca de 30 trilhões de anos para ser feita em uma máquina doméstica. Para fim de comparação, o portal PlayCrazyGame aponta o fato de que nem o planeta Terra tem essa idade, existindo apenas cerca de 4,5 bilhões de anos.

Esse feito é impressionante e o poder total do Zuchangzhi 2.1 chama bastante a atenção, isso porque é a primeira vez que a China conseguiu alcançar o lugar de vantagem quântica com um computação quântica supercondutor. Ao todo essa máquina é 10 milhões de vezes mais rápida que o atual supercomputador mais rápido do mundo, além de também superar o processador Sycamore do Google com um desempenho 1 milhão de vezes maior.


Créditos: Reprodução / PlayCrazyGame / University of Science and Technology of China

Com esse novo computador os pesquisadores chineses agora poderão ter uma maior velocidade em trabalhar e pesquisar coisas além dos computadores não quânticos ou clássicos. Entretanto, como apontado pelo pesquisador Yuan Lanfeng ao Global Times, esse tipo de máquina serve apenas para pesquisas e nunca irá substituir os computadores caseiros.

Atualmente a equipe do físico Pan Jianwei já está trabalhando em sua próxima máquina, que será um protótipo de computador quântico baseado em luz chamado de 'Jiuzhang 2.0'. Essa máquina é capaz de detectar 113 fótons, que é um grande avanço em relação ao aparelho anterior, que era capaz de detectar 76, isso é um avanço bastante impressionante, principalmente porque a dificuldade vai sendo aumentada exponencialmente com cada fóton adicional detectado.

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Fonte: Global Times, PlayCrazyGames

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Willian Ferreira

@willidmt

Willian Ferreira se formou em jornalismo pela Universidade Federal de Santa Catarina em 2019 e começou a estudar Sistemas na Estácio. Desde criança é um aficionado por games, essa paixão acabou despertando o interesse na área de tecnologia. Joga de tudo um pouco, mas tem uma preferencia para jogos de ação, FPS e Fable.

Fonte: https://mundoconectado.com.br/noticias/v/21287/china-anuncia-que-tem-o-computador-quantico-mais-rapido-do-mundo

sexta-feira, 29 de outubro de 2021

Rachadinha: esquema no gabinete do senador Davi Alcolumbre rendeu R$ 2 milhões, diz revista


Senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) durante sessão plenária do Senado Federal, em Brasília

© Folhapress / Pedro Ladeira

Por anos, o senador ficou com salários de seis assessoras do gabinete. Alcolumbre é ex-presidente do Senado e atual presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa.

Seis mulheres denunciaram o gabinete do senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), ex-presidente do Senado, de ter recebido R$ 2 milhões em um esquema de rachadinha na Casa, reporta a revista Veja nesta sexta-feira (29).

De acordo com a mídia, pessoas de confiança do parlamentar recolhiam parte do salário das seis assessoras, que ganhavam na época entre R$ 4 mil e R$ 14 mil reais. O esquema teria funcionado entre janeiro de 2016 e março deste ano.

"O senador me disse assim: 'Eu te ajudo e você me ajuda'. Estava desempregada. Meu salário era mais de R$ 14 mil, mas topei receber apenas R$ 1.350. A única orientação era para que eu não dissesse para ninguém que tinha sido contratada no Senado", afirmou Marina Ramos Brito dos Santos, 33 anos, diarista, à revista.

Assim como Marina, as demais mulheres que participaram do esquema, Lilian Alves Pereira Braga, Erica Almeida Castro, Larissa Alves Braga, Jessyca Priscylla de Vasconcelos Pires e Adriana Souza de Almeida, afirmaram que passavam por dificuldades financeiras e estavam desempregadas quando foram abordadas.

​Moradoras de regiões periféricas do Distrito Federal, as seis mulheres não tinham ensino superior completo nem experiência em trabalhar no Legislativo.

A estudante Erica Almeida Castro também tinha salário de R$ 14 mil, mas, segundo ela, ficava apenas com R$ 900: "Eles ficavam até com a gratificação natalina. Na época, eu precisava muito desse dinheiro. Hoje, tenho vergonha disso".

Alcolumbre afirmou à mídia que se concentra nas atividades legislativas e que questões administrativas ficavam a cargo de seu então chefe de gabinete, Paulo Bouden, que foi exonerado em 2020.

Alcolumbre foi presidente do Senado de fevereiro de 2019 a dezembro do ano passado. Atualmente, ele está à frente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), uma das mais importantes da Casa.

Fonte: https://br.sputniknews.com/brasil/2021102918173241-rachadinha-esquema-no-gabinete-do-senador-davi-alcolumbre-rendeu-r-2-milhoes-diz-revista/

Mídia chinesa destaca Livro Branco sobre ações do governo para enfrentar as mudanças climáticas


Comentário da Rádio Internacional da China afirma que o governo chinês China responde às alterações climáticas com ações práticas

29 de outubro de 2021, 05:28 h Atualizado em 29 de outubro de 2021, 05:38

(Foto: Xinhua)

247 - O governo chinês lançou na quarta-feira (27) um livro branco sobre políticas e ações do país em resposta às mudanças climáticas, apresentando suas realizações neste campo de trabalho.

É a segunda vez que a China publica um livro branco sobre as alterações climáticas depois de 2011. Ainda no período do 12º Plano Quinquenal (2011-2015), o país já havia incluído a resposta às mudanças climáticas na estratégia nacional e alcançou progressos notáveis, informa a Rádio Internacional da China.

Segundo o livro branco, em 2020 a emissão de carbono da China diminuiu 18,8% em comparação com a de 2015 e 48,4% comparando com 2005. Energias não fósseis representaram 15,9% do consumo de energia em 2020, e essa cifra aumentou 8,5 pontos percentuais em relação a 2005.

O presidente chinês, Xi Jinping, declarou no debate da Assembleia Geral da ONU em setembro de 2020 que a China atingirá o pico de emissão de dióxido de carbono em 2030 e a neutralidade das emissões em 2060. Esse plano ambicioso representa a maior redução de emissão de carbono no mundo e com um tempo muito mais curto do que os países desenvolvidos. Com isso, a China enfrentará uma tarefa árdua de transformação energética e industrial.

Ao mesmo tempo, a China participa ativamente da governança climática global, promovendo a conclusão, entrada em vigor e implementação do Acordo de Paris e a cooperação Sul-Sul nesta questão, e desde 2011 tem dedicado um total de 1,2 bilhão de yuans nas colaborações Sul-Sul para responder às mudanças climáticas, assinando 40 documentos com 35 países e formando 2 mil funcionários e técnicos para 120 países em desenvolvimento.

Enfim, a China mostra ao mundo sua forte determinação e ação em resposta às alterações climáticas, não importando como a situação internacional mude, continuará mantendo suas promessas, defendendo o multilateralismo, o princípio das responsabilidades comuns, mas diferenciadas, e a cooperação ganha-ganha, além de implementar a meta de contribuições nacionalmente determinadas de maneira prática, de modo a ajudar o Acordo de Paris a alcançar progressos a longo prazo.

Fonte: https://www.brasil247.com/mundo/midia-chinesa-destaca-livro-branco-sobre-acoes-do-governo-para-enfrentar-as-mudancas-climaticas

STF decide que crime de injúria racial não prescreve


O colegiado negou o Habeas Corpus em que a defesa de uma mulher condenada por ter ofendido uma trabalhadora com termos racistas pedia a declaração da prescrição da condenação, porque tinha mais de 70 anos quando a sentença foi proferida

29 de outubro de 2021, 11:00 h Atualizado em 29 de outubro de 2021, 11:37

(Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

STF - O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, nesta quinta-feira (28), que o crime de injúria racial configura um dos tipos penais de racismo e é imprescritível. Por maioria de votos, o colegiado negou o Habeas Corpus (HC) 154248, em que a defesa de uma mulher condenada por ter ofendido uma trabalhadora com termos racistas pedia a declaração da prescrição da condenação, porque tinha mais de 70 anos quando a sentença foi proferida.

L.M.S., atualmente com 80 anos, foi condenada, em 2013, a um ano de reclusão e 10 dias-multa pelo juízo da Primeira Vara Criminal de Brasília (DF) por ter ofendido uma frentista de posto de combustíveis, chamando-a de “negrinha nojenta, ignorante e atrevida”. A prática foi enquadrada como crime de injúria qualificada pelo preconceito (artigo 140, parágrafo 3º, do Código Penal). Ao analisar recurso, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) entendeu que o crime de injúria racial seria uma categoria do crime de racismo, que é imprescritível.

Em voto apresentado em novembro de 2020, o relator do HC, ministro Edson Fachin, concordou com o entendimento do STJ e negou o habeas corpus. Segundo o ministro, com a alteração legal que tornou pública condicionada (que depende de representação da vítima) a ação penal para processar e julgar os delitos de injúria racial, o crime passou a ser equivalente ao de racismo e, portanto, imprescritível, conforme previsto na Constituição Federal (artigo 5º, inciso LXII).

Único a divergir, o ministro Nunes Marques considerou que os crimes de racismo e injúria racial não se equiparam, o que possibilita a decretação da prescrição.

Crime inafiançável

Em voto-vista apresentado nesta tarde, o ministro Alexandre de Moraes observou que a Constituição é explícita ao declarar que o racismo é crime inafiançável, sem fazer distinção entre os diversos tipos penais que configuram essa prática. O ministro lembrou que, segundo os fatos narrados nos autos, a conduta praticada por L.M.S. foi uma manifestação ilícita, criminosa e preconceituosa em relação à condição de negra da vítima. “Como dizer que isso não é a prática de racismo?”, indagou.

Inferiorização da vítima

Segundo ele, não é possível reconhecer a prescrição em um caso em que foi demonstrado que a agressora pretendeu, claramente, inferiorizar sua vítima. Ele considera necessário interpretar de forma plena o que é previsto pela Constituição quanto ao crime de racismo, incluindo a imprescritibilidade, para produzir resultados efetivos para extirpar essa prática, “promovendo uma espécie de compensação pelo tratamento aviltante dispensado historicamente à população negra no Brasil e viabilizando um acesso diferenciado à responsabilização penal daqueles que, tradicionalmente, vêm desrespeitando os negros”, afirmou.

No mesmo sentido, o ministro Luís Roberto Barroso observou que, embora com atraso, o país está reconhecendo a existência do racismo estrutural. Ele salientou que não são apenas as ofensas, pois muitas vezes a linguagem naturalizada embute um preconceito. “Não podemos ser condescendentes com essa continuidade de práticas e de linguagem que reproduzem o padrão discriminatório”, disse.

Também para a ministra Rosa Weber, as ofensas decorrentes da raça, da cor, da religião, da etnia ou da procedência nacional se inserem no âmbito conceitual do racismo e, por este motivo, são inafiançáveis e imprescritíveis.

No mesmo sentido, a ministra Cármen Lúcia considera que, nesse caso, o crime não é apenas contra a vítima, pois a ofensa é contra a dignidade do ser humano. Ela ressaltou que, de acordo com o Atlas da Violência, em 2018, os negros foram 75,7% das vítimas de homicídio. “Vivemos numa sociedade na qual o preconceito é enorme, e o preconceito contra pessoas negras é muito maior”, apontou.

Tratados internacionais

O ministro Ricardo Lewandowski salientou que a Constituição, ao estabelecer que a prática de racismo é imprescritível, não estipulou nenhum tipo penal. Segundo ele, isso ocorre porque, ao longo do tempo, essas condutas criminosas se diversificam e é necessário que os delitos específicos sejam definidos pelo Congresso Nacional. Lewandowski também lembrou que o Brasil é signatário de tratados e convenções internacionais em que se compromete a combater o racismo.

O ministro Dias Toffoli também acompanhou o entendimento pela imprescritibilidade do delito de injúria racial.

Efetividade das normas

Para o ministro Luiz Fux , presidente do STF, a discussão sobre a questão racial veio se desenvolvendo para assegurar proteção às pessoas negras e vem passando por uma série de mutações, alcançando uma dimensão social, e não meramente biológica. “As normas constitucionais dessa sociedade, que já foi escravocrata durante 400 anos e um péssimo exemplo para todo o mundo, só se podem tornar efetivas através não só da previsão em abstrato, mas da punição”, afirmou.

Fonte: https://www.brasil247.com/regionais/brasilia/stf-decide-que-crime-de-injuria-racial-nao-prescreve

Brasil tem pior perspectiva de crescimento em 2022 entre todos os países do G20


A crise da economia brasileira se aprofunda, indicando que o país terá o pior desempenho no próximo ano entre as maiores economias do mundo

29 de outubro de 2021, 06:05 h Atualizado em 29 de outubro de 2021, 06:44

(Foto: @MST_Oficial)

247 - O Brasil está assolado por fenômenos econômicos indicativos de uma crise extensa e profunda. A inflação, juros e dólar em alta devem fazer o Brasil ter pior desempenho entre as maiores economias do mundo no próximo ano. O cenário aponta para turbulências.

Na pauta da reunião do G20, que engloba as maiores economias do mundo e se reúne neste fim de semana (30 e 31 de outubro), estarão temas como a criação de um tributo global sobre empresas multinacionais, os preços do petróleo, a crise energética que afeta diversos países do mundo, e os gargalos logísticos e de fornecimento de insumos, que também têm prejudicado o desempenho da economia mundial, informa a BBC Brasil.

O momento em que o grupo se reúne é de dificuldades econômicas, em que sobressai numa desaceleração do crescimento. Mesmo nesse cenário desfavorável generalizado, o Brasil se destaca negativamente e deve registrar o menor crescimento em 2022 entre os membros do G20, segundo estimativas do FMI (Fundo Monetário Internacional).

De acordo com as projeções desse organismo financeiro internacional, o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro deve crescer apenas 1,5% no ano que vem. O crescimento projetado para 2022 é menor do que o esperado para outros emergentes, como Rússia (2,9%), Argentina (2,5%) e África do Sul (2,2%).

Essa situação pode piorar, alterando as projeções. Depois da escalada dos juros, analistas econômicos preveem recessão no Brasil em 2022.

A crise econômica brasileira, que ficará evidente na reunião do G20, desmente a fala do ministro da Economia, Paulo Guedes, que na sexta-feira da semana passada disse que "o Brasil é um país bem visto lá fora".

Fonte: https://www.brasil247.com/economia/brasil-tem-pior-perspectiva-de-crescimento-em-2022-entre-paises-do-g20

Judiciário brasileiro aposenta o Código Penal e implanta o Código da Conivência


Perfil do Colunista 247

Hildegard Angel

Jornalista, ex-atriz, filha da estilista Zuzu Angel e irmã do ex-militante político Stuart Angel Jones

"Esse se tornou o padrão, desde que Moro perdoou Onyx. A nossa Justiça é a do pré-primário: 'Se fizer de novo, vai ficar de castigo'. O Código Penal caiu em desuso, agora vale o Código da Conivência'", escreve Hildegard Angel, do Jornalistas pela Democracia

28 de outubro de 2021, 18:25 h Atualizado em 28 de outubro de 2021, 21:37

(Foto: Dir.: Reuters)

Por Hildegard Angel, para o Jornalistas pela Democracia

O relator, ministro Luís Felipe Salomão, do TSE, poderia hoje ter salvo o Brasil e feito História. Não fez. A sentença do TSE se resumiu a uma simples ameaça: se fizer de novo, será preso. Cometer crime de primeira, então, tá de boas, TSE? Disse o ministro Xandão: “A Justiça pode ser cega, mas não é tola!”,

Tolos devemos ser nós. As palavras engasgadas na garganta são Decepcionante e Revoltante.

Bolsonaro deveria ter sido preso ANTES do estrago monumental perpetrado no Brasil, que ele antecipou que faria, mas os doutos juízes do TSE decidiram HOJE que, se ele fizer DE NOVO, será preso.

Por sua negligência e insensibilidade, mais de seiscentos mil brasileiros morreram; por sua ignorância e presunção, a Amazônia foi queimada; por sua falta de compaixão, as armas foram liberadas, estimuladas, e seu controle cancelado. Por sua sabujice e falta de patriotismo, o Brasil foi destruído, com a entrega dos gasodutos, do pré-sal, das refinarias.

O Brasil virou a piada do mundo. Enquanto a direita não encontrar a terceira via, o país permanecerá na mesma. Esse 7×0 do TSE é prova de que nosso judiciário perdeu a mão, o pé, os músculos, o equilíbrio, a energia. A direita brasileira se garante entre eles: Judiciário, Mercado, Forças Armadas, Jornalismo, tudo farinha do mesmo saco, com objetivos comuns.

Não podemos ter ilusões. É essa a verdade que temos que elaborar internamente e aceitar.

Esse se tornou o padrão, desde que Moro perdoou Onyx. A nossa Justiça é a do pré-primário: “Se fizer de novo, vai ficar de castigo”. O Código Penal caiu em desuso, agora vale o Código da Conivência.

Alguma dúvida de que um surto legalista do TSE aguarda o PT?

Fonte: https://www.brasil247.com/blog/judiciario-brasileiro-aposenta-o-codigo-penal-e-implanta-o-codigo-da-conivencia

Fake news desta vez passa, mas em 2022...


Perfil do Colunista 247

Denise Assis

Jornalista. Passou pelos principais veículos, tais como: O Globo; Jornal do Brasil; Veja; Isto É e o Dia. Autora de "Propaganda e cinema a serviço do golpe - 1962/1964" e "Imaculada". Membro do Jornalistas pela Democracia

Fake news desta vez passa, mas em 2022...

"E na maior incoerência jurídica de que se tem notícia – isto vai virar case nas faculdades de Direito -, apesar do arquivamento, a maioria dos ministros optou por uma tese segundo a qual os reconhecidos (no caso) disparos em massa contendo desinformação podem configurar abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação social. A “advertência” servirá de parâmetro para as eleições de 2022", escreve a jornalista Denise Assis

28 de outubro de 2021, 17:59 h Atualizado em 28 de outubro de 2021, 19:28

Jair Bolsonaro Jair Bolsonaro (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino | Reprodução)

Por Denise Assis, para o Jornalistas pela Democracia

No dia 21 de outubro de 2018, um domingo nublado, a ministra Rosa Weber tirou do armário uma vistosa echarpe da Victor Hugo, barrada de azul, escolheu cuidadosamente os óculos de armação escura, escovou os cabelos e rumou para uma “coletiva de imprensa” na sede do TSE, que então presidia. As aspas são por conta do fato de que naquela coletiva os jornalistas não puderam fazer perguntas, o que caracteriza a atividade. O modelo adotado foi, na real, uma palestra, em que por 1h40 os representantes de todas as instituições sediadas em Brasília que compunham a mesa (nunca, antes na história...) tiveram voz e discorreram sobre um pleito empelotado desde o início. Primeiro, por uma facada pra lá de suspeita, que fortuitamente retirou dos debates o inapto candidato lanterninha e o alçou à posição de favorito. Segundo, porque quatro dias antes a jornalista Patrícia Campos Mello, do jornal Folha de São Paulo, havia feito uma denúncia que mereceu não só reflexão de alguns dias para ser respondida, como colocava o pleito – já cercado de controvérsias -, à presidência da República, sob suspeição.

A reportagem tratava de um escândalo na corrida eleitoral: a compra, por apoiadores de Jair Bolsonaro e seu vice, Hamilton Mourão, de pacotes de mensagens no WhatsApp que custaram R$ 12 milhões de reais, para distribuir fake News contra o adversário, o candidato Fernando Haddad, que concorria pelo PT, na vaga de Lula, impedido de disputar, por conta de um tuíte disparado pelo então comandante do Exército, o general Villas Boas, que vinha a ser contraparente de um dos integrantes da vasta mesa montada por Rosa Weber. No caso, o general Sergio Etchegoyen, ocupando o cargo de ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), e um dos artífices do golpe contra a presidente Dilma Rousseff. Sérgio é primo da mulher do general Villas Boas. Uma situação, por si, constrangedora.

A presidente do TSE não escondia o nervosismo. Tampouco a sua pouca intimidade com o tema. E depois de gastar o precioso tempo dos jornalistas, discorrendo sobre um pleito largamente conhecido, pediu a Deus que cuidasse do assunto, pois com fake news o TSE não sabia lidar. Apesar de termos estabelecido um marco regulatório sobre o uso da Internet e sabermos todos que um crime - ainda que sobre um tema “novo” - tem cara de crime, cheiro de crime e deve ter o que todo crime pede: apuração. Ainda assim, a ministra encerrou a coletiva. Em casa, esperávamos pelo óbvio. Que não aconteceu.

Tivesse ela algum conhecimento da história do futebol e, naquele momento, teria feito como Didi, no jogo da final do Brasil contra a Suécia - que jogava em casa - e aos três minutos da partida fez um gol contra o nosso time. Zagalo, mercurial, entrou em crise. Gritava ao lado de Didi, vendo a viola em cacos. Quanto a Didi, com o seu porte de príncipe etíope - como o chamava o cronista Nelson Rodrigues -, pegou a bola, a colocou debaixo do braço e atravessou o gramado, da pequena área até o meio de campo, com a lentidão que os seus nervos de aço e a inteligência emocional lhe permitiram.

O estádio urrava em torno dele, que desfilava toda a sua elegância e garbo numa caminhada que durou uma eternidade. Era preciso “esfriar” os ânimos. Era necessário ganhar tempo e acalmar o seu time e o do adversário, que já se via com a taça na mão. O desfecho, todos nós sabemos. A explosão do grito: “É campeão”, numa época em que o verde e amarelo nos enchia de orgulho e gosto.

Àquela altura, com os ânimos exaltados, o ódio grassando por toda parte e um tenente do Exército a esbravejar ameaças de morte à presidente do TSE, nas redes sociais, a ministra Rosa deixou-se intimidar. Pelos gritos do oficial e, talvez, pela presença do general, que vinha escrevendo aquela história com esmero. Como contrariá-lo? Com a letra da lei, eu responderia, caso fosse perguntada. Mas em não sendo, engolimos a frustração de ver que a ministra não parou o jogo, não botou a bola no meio do campo para retomar a partida em condições mais tranquilas. Era tudo o que deveria ter feito. Só que não.

Patrícia Campos Mello havia trazido à luz provas consistentes. Fez o dever da apuração redondinho. Nítido estava que ali havia a mão experiente de Steve Bannon, o “mago dos disparos” da campanha de Ronald Trump. Ele havia aparecido em foto recente ao lado de Eduardo Bolsonaro, o filho do candidato beneficiado. Já na campanha Eduardo dizia a que veio: fecharia o Supremo – a que Rosa Weber pertencia – com um cabo e um soldado. Tudo claro e documentado.

Hoje, por unanimidade, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) rejeitou o pedido de cassação dos diplomas e a consequente inelegibilidade por oito anos do presidente da República, Jair Bolsonaro, e do seu vice, Hamilton Mourão, por abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação. O julgamento das ações foi interrompido de véspera e retomado nesta nessa manhã (28/10). Todos os sete ministros da Corte votaram pelo arquivamento “por falta de provas que demonstrassem o impacto de disparos em massa no resultado das eleições de 2018”. E mais: com a ressalva de que falharam os derrotados, que não anexaram ao processo provas suficientes! Tal como no assassinato de Ângela Diniz, (1976) por Doca Street, a culpa era da vítima.

E na maior incoerência jurídica de que se tem notícia – isto vai virar case nas faculdades de Direito -, apesar do arquivamento, a maioria dos ministros optou por uma tese segundo a qual os reconhecidos (no caso) disparos em massa contendo desinformação podem configurar abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação social. A “advertência” servirá de parâmetro para as eleições de 2022, quando os atores serão os mesmos. No caso em tela, houve “um lapso temporal”.

Mas ouçamos quem entende do riscado. O ministro Alexandre de Moraes: — O lapso temporal pode ser impeditivo de uma condenação, mas não é impeditivo da absorção, pela Justiça Eleitoral, do modus operandi que foi realizado (reconheceu), e que vai ser combatido nas eleições 2022. Se houver repetição do que foi feito em 2018, o registro será cassado.

Tradução: “Ai, ai, ai, meninos! Não façam mais isto!!! Desta vez vocês podem ver Round-6 na TV, mas da próxima ficarão proibidos!

Ora, ora, ora... Houve crime, mas não vamos punir o crime! Passou... Lavou tá novo! Não vamos desarrumar o que está “arrumadinho” ... E depois, o país está tão sofrido se recuperando da pandemia... E o Brasil já ficou tão traumatizado com dois impeachments em tão pouco tempo... E tem a economia... E nós ainda não formatamos o candidato-sabonete da terceira via... E pode ser que ele não emplaque... Então nós já combinamos que vamos torcer por esse mesmo, basta que fique quietinho, não suje a roupinha e não se despenteie... (Como “ensinou” o presidente do BTG-Pactual/dublê de empresário da Comunicação).

Ontem, Bolsonaro mostrou a que veio. Largou falando sozinho o primeiro entrevistador que disparou uma pergunta indigesta para ele. Em outra gravação, ensinou como pedir propina e mostrou toda a sua verve de cervejeiro de boteco. E então, André Esteves, vai ficar com ele mesmo?

Fonte: https://www.brasil247.com/blog/fake-news-desta-vez-passa-mas-em-2022-ygfitcwu

quinta-feira, 28 de outubro de 2021

TSE decide cassar deputado Francischini, que postou fake news sobre urna eletrônica


Em 2018, Delegado Francischini fez um vídeo propagando desinformação sobre as urnas eletrônicas. "Levou a erro milhões de eleitores", constatou o relator do caso, ministro Luis Felipe Salomão

28 de outubro de 2021, 12:28 h Atualizado em 28 de outubro de 2021, 12:41

(Foto: Memória EBC/Divulgação)

247 - O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) formou maioria nesta quinta-feira (28) para cassar e tornar inelegível por oito anos o deputado estadual do Paraná Delegado [Fernando] Francischini (PSL).

Ele era acusado de disseminação de notícias falsas acerca de uma suposta fraude nas eletrônicas durante as eleições de 2018.

O relator, ministro Luis Felipe Salomão, disse em seu voto que o vídeo gravado por Francischini, que teve 6 milhões de visualizações, “levou a erro milhões de eleitores”. “Me chamou a atenção que eram denúncias absolutamente falsas, manipuladoras”.

Francischini é, portanto, o primeiro parlamentar a ter o mandato cassado por fake news, o que abre um importante precedente para a punição de outros propagadores de fake news que atuam na política.

Fonte: https://www.brasil247.com/regionais/sul/tse-decide-cassar-deputado-francischini-que-postou-fake-news-sobre-urna-eletronica

"Gasolina chegará a R$ 8 e Petrobrás precisa ser reestatizada", diz Jorge Solla


Estatal vem trabalhando para seus acionistas privados e contra o povo brasileiro desde o golpe de 2016

28 de outubro de 2021, 05:49 h Atualizado em 28 de outubro de 2021, 13:24

Jorge Solla Jorge Solla (Foto: Cleia Viana - Câmara dos Deputados)

247 – A política de preços da Petrobrás, que foi adotada após o golpe de 2016 contra a ex-presidente Dilma Rousseff para prejudicar o povo brasileiro e favorecer os acionistas privados da estatal, fará com que a gasolina chegue em breve a oito reais, segundo alerta o deputado Jorge Solla (PT-BA), que defende a reestatização urgente da empresa. Confira:

Jorge Solla

@depjorgesolla

Barril do petróleo está em US$ 85. Wall Street estima que preço sobe 10 dólares até estabilizar por longo período. Litro da gasolina chegará a R$ 8 – se real seguir perdendo valor, chega a R$ 10. Reestatizar a Petrobras integralmente virou questão de sobrevivência para o Brasil.

1:07 PM · 27 de out de 2021

1,9 mil

29

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Fonte: https://www.brasil247.com/economia/gasolina-chegara-a-oito-reais-e-petrobras-precisa-ser-reestatizada-diz-jorge-solla

quarta-feira, 27 de outubro de 2021

Petroleiros farão greve nacional se Câmara pautar projeto de privatização da Petrobrás


Categoria já se mobiliza contra planos de Bolsonaro e Guedes de vender a estatal: "não vamos aceitar de forma alguma"

27 de outubro de 2021, 08:32 h Atualizado em 27 de outubro de 2021, 08:45

(Foto: FUP)

Revista Fórum - O presidente Jair Bolsonaro, bem como seu ministro da Economia, Paulo Guedes, intensificaram nos últimos dias as declarações sobre planos para privatizar a Petrobras e trabalhadores da empresa reagiram rápido. Em comunicado divulgado nesta nesta terça-feira (26), a Federação Única dos Petroleiros (FUP) informou que prepara uma greve nacional contra a ideia de vender a estatal.

Na segunda-feira (25), após anúncio do novo aumento no preço dos combustíveis, Bolsonaro afirmou que a privatização da Petrobras “está no radar”. Ele já havia afirmado em outubro que tem “vontade” de privatizar a petroleira.

Guedes, que desde o início do governo expõe publicamente seu desejo de entregar a empresa estatal ao capital privado, por sua vez, disse, também nesta segunda-feira, que “a Petrobras vai valer zero daqui a 30 anos” e que por isso é preciso vendê-la”.

Leia a íntegra na Fórum.

Fonte: https://www.brasil247.com/brasil/petroleiros-farao-greve-nacional-se-camara-pautar-projeto-de-privatizacao-da-petrobras

Exclusivo: traficantes da FAB combinaram assassinato de testemunhas

Os investigados se encontraram na casa de Marcos Daniel, o Chico Bomba. A mansão é avaliada em R$ 4 milhões

Mirelle Pinheiro

Carlos Carone

27/10/2021 5:45,atualizado 27/10/2021 9:05

Mansão

Uma mansão localizada no Lago Sul (foto principal), região nobre de Brasília, serviu de palco para uma reunião macabra de narcotraficantes da capital federal. Os suspeitos, também apontados como financiadores do tráfico internacional de cocaína por meio de aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB), se encontraram, em fevereiro deste ano, com o intuito de planejar o assassinato de duas testemunhas que teriam delatado os criminosos à Polícia Federal.

A reunião foi convocada após quatro homens serem alvo da Operação Quinta Coluna, deflagrada em 2 de fevereiro pela PF. São eles: o filho de um diplomata italiano, Michelle Tocci, conhecido como Barão do Ecstasy; Marcos Daniel Penna Borja Rodrigues Gama, o Chico Bomba; Augusto César de Almeida Lawal, o Guto; e Márcio Moufarrege, vulgo Macaco.

Os investigados teriam marcado o encontro na casa de Marcos Daniel, um imóvel de luxo avaliado em R$ 4 milhões. A “conferência” do crime ainda contou com a participação de Alexandre Fuão, um amigo do grupo. Na ocasião, os homens debateram o tema e chegaram à conclusão de que ao menos duas pessoas poderiam ter feito denúncias anônimas à corporação federal.

Márcio Moufarrege é o personal trainer alvo de mandado de busca e apreensão cumprido pela PF

Marcos Daniel Penna Borja Rodrigues Gama, conhecido como “Chico Bomba”

Marcos Daniel Penna Borja Rodrigues Gama, conhecido como Chico BombaReprodução redes sociais

Mansão

Mansão no Lago Sul

Márcio Moufarrege é o personal trainer alvo de mandado de busca e apreensão cumprido pela PF

Marcos Daniel Penna Borja Rodrigues Gama, conhecido como “Chico Bomba”

Marcos Daniel Penna Borja Rodrigues Gama, conhecido como Chico BombaReprodução redes sociais

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Os nomes dos dois supostos delatores foram colocados na mesa, e o quinteto decidiu “passar” (matar) ambos. O grupo chegou a garantir que a informação sobre a identidade dos denunciantes era fidedigna, pois “uma fonte, um policial civil,” havia confirmado. Esse mesmo servidor ainda teria alertado um advogado do bando sobre denúncias recebidas por outra corporação.

Apesar da mobilização da rede criminosa, os homicídios não chegaram a ocorrer.

Mais sobre o assunto
Prisão

Conforme o Metrópoles revelou, em 18 de outubro deste ano, as investigações da PF resultaram na prisão de Chico Bomba. Agentes e delegados colheram provas de que Marcos Daniel estava ameaçando testemunhas. Ele pode responder pelos delitos de tráfico internacional de drogas e associação para o tráfico, com penas que chegam a 30 anos de prisão.

Em fevereiro de 2021, a reportagem teve acesso a trechos do inquérito que culminou na Operação Quinta Coluna. Os documentos detalham como os criminosos se associaram a militares com o objetivo de transportar entorpecentes à Europa.

Chico Bomba seria o chefe da quadrilha especializada em tráfico internacional, que contou com integrantes da FAB para levar cocaína a outros países.

Gama é apontado como um dos donos da droga encontrada na mala do sargento Manoel Silva Rodrigues, em 2019. O flagrante foi realizado durante uma escala em Sevilha, na Espanha. O militar estava a bordo de uma aeronave de apoio à comitiva do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), que viajava ao Japão para reunião da cúpula do G20.

Lavagem de dinheiro

O narcotraficante também tem negócios que, de acordo com a Polícia Federal, serviriam para lavagem de dinheiro. É sócio da Premier Academia Ltda., localizada na Asa Sul; da Belix Incorporações, na Asa Norte; e da PCL Serviços Administrativos, em Santa Catarina. As empresas foram alvo da PF.

Segundo informações da Receita Federal do Brasil, há duas propriedades milionárias no nome de Chico Bomba, uma de R$ 1,6 milhão e outra avaliada em R$ 2,3 milhões.

O outro lado
Michele Tocci, por meio do advogado Frederico Donati Barbosa, explicou que não ameaçou – direta ou indiretamente, por si ou ou por intermédio de terceiros – qualquer pessoa. “No ponto, é importante rememorar que o depoimento anônimo juntado aos autos textualmente indica desconhecimento sobre a participação de Michele Tocci em episódios envolvendo aviões da FAB, ainda que a título de financiamento. Limita-se, quando muito, a vinculá-lo a evento que teria ocorrido – no aeroporto de Brasília – há mais de 15 anos. Ocorre, no entanto, que Michele Tocci – quanto a essa exata suspeita – foi absolvido pelo mérito em sentença já transitada em julgado”, diz a nota.

O advogado segue reforçando que “Michele Tocci já prestou depoimento para os investigadores, respondendo absolutamente todos os questionamentos realizados”. A reportagem não conseguiu localizar a defesa dos demais suspeitos. O espaço segue aberto para manifestação.

Fonte: https://www.metropoles.com/distrito-federal/na-mira/exclusivo-traficantes-da-fab-combinaram-assassinato-de-testemunhas

A gasolina de Bolsonaro: veja as promessas e como era o preço com Dilma


Quando candidato, o atual presidente garantia combustível barato nas bombas e reclamava dos R$ 2,69 por litro na gestão de petista. Agora, com o produto ultrapassando os R$ 7, a culpa é de todo mundo, menos dele

27 de outubro de 2021, 08:35 h Atualizado em 27 de outubro de 2021, 08:45

Dilma Rousseff e Jair Bolsonaro Dilma Rousseff e Jair Bolsonaro (Foto: Brasil 247 | Marcos Corrêa/PR)

Portal Fórum - Durante o mês de abril de 2016, que culminou com o impeachment da presidenta Dilma Rousseff, o preço médio da gasolina nos postos brasileiros era de R$ 2,69. Não foram poucos os casos de brasileiros indignados nas bombas de combustíveis que gravavam vídeos esculhambando com a chefe do Executivo federal, clamando por seu impedimento para que o preço do produto recusasse.

Quem aproveitou para surfar essa onda foi o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). Ele gravou um vídeo, nos EUA, ao lado de uma amiga, identificada como Karol Eller, protestando contra o preço “alto” da gasolina, que à época girava em torno de R$ 2,50 no Brasil. Nas imagens, o filho 03 de Jair Bolsonaro debocha após a mulher abastecer meio tanque e pagar US$ 12.

“Já pensou pagar R$ 24 e colocar meio tanque? Nós somos os donos do petróleo e somos autossuficientes! Agora você tá aí pagando o preço da Lava Jato, da corrupção do pessoal do PT lá atrás”, falou em 2016.

Sonho e promessas com Bolsonaro

O então candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro encheu a mente de seu eleitorado com sonhos em relação ao preço dos combustíveis. Ele chegou a utilizar material de campanha que prometia o litro da gasolina a R$ 2,50. Num evento em outubro de 2018, no auge da disputa eleitoral, Bolsonaro disse o seguinte a líderes políticos que o apoiavam, durante um ato de campanha no Rio:

“Se cada litro de gasolina que você paga aqui no Rio de Janeiro, você bota R$1,60 a partir do ICMS (…) O que nós pretendemos fazer, junto com a equipe econômica, é buscar de fato a independência do petróleo. Sabemos a dificuldade que a empresa (Petrobras) tem de explorar, porque é uma empresa que foi quebrada pelo PT. Mas temos que buscar uma maneira, já que temos uma estatal que pratica o monopólio, de tirar o combustível e colocar o combustível na bomba dos postos do Brasil com preço compatível com a realidade brasileira.”

Realidade com Bolsonaro

O coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar, explicou em entrevista à Fórum, no final de setembro, como é formado o preço dos combustíveis no país e desmistificou as teorias de Jair Bolsonaro que atribuem culpa a vários atores, exceto a ele mesmo.

“O verdadeiro culpado pelos sucessivos reajustes dos combustíveis é a política de preço de paridade de importação (PPI), adotada pela gestão da Petrobrás, que se baseia nas cotações internacionais do petróleo, na variação do dólar e nos custos de importação, sem levar em conta que o Brasil produz internamente cerca de 90% do petróleo que consome”, afirmou Bacelar

O preço médio na gasolina no Brasil já bateu vários recordes em 2021 e atualmente é o maior da história: R$ 6,36 em média. Há postos de quatro estados cobrando mais de R$ 7 no litro do combustível. Os dados são da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O aumento, só de janeiro a julho deste ano, no primeiro semestre, foi de 27,51%, muito acima da inflação, que ficou em 4,76% naquele período.

Leia a íntegra da matéria no portal Fórum

Fonte: https://www.brasil247.com/economia/a-gasolina-de-bolsonaro-veja-as-promessas-e-como-era-o-preco-com-dilma

segunda-feira, 25 de outubro de 2021

EUA pretendem sabotar cooperação econômica entre China e Paquistão, afirma autoridade paquistanesa


Amizade entre os dois países é  maior do que o Himalaia, mais profunda do que o oceano e mais doce do que o mel, segundo o ministro paquistanês Ahsan Iqbal

© AFP 2021 / FAROOQ NAEEM

O chefe do Corredor Econômico China-Paquistão (CPEC, na sigla em inglês) acusou os EUA de sabotar o projeto multimilionário, por sua vez fator importante na vida econômica do Paquistão.

O CPEC foi lançado em 2015, quando o presidente chinês, Xi Jinping visitou, o Paquistão. O objetivo deste projeto é conectar a China ocidental ao porto marítimo de Gwadar, no sudoeste do Paquistão, através de uma rede de estradas, ferrovias, entre outras infraestruturas.

"Do ponto de vista da emergente situação geoestratégica, uma coisa é clara: os EUA, apoiados pela Índia, são adversários do CPEC. Eles não deixarão que [o projeto] seja bem-sucedido. É aí que temos que tomar uma posição", disse Khalid Mansoor, assessor especial do primeiro-ministro do Paquistão, Imran Khan, para assuntos do CPEC no sábado (23), citado pelo The Hindu.

Islamabad é o sétimo maior beneficiário do financiamento chinês no exterior, com 71 projetos totalizando cerca de US$ 27,3 bilhões (aproximadamente R$ 151,8 bilhões) atualmente em andamento como parte do CPEC.

O assessor do primeiro-ministro disse que os EUA e a Índia continuam a "conduzir tentativas para fazer com que o Paquistão se retire" da iniciativa Um Cinturão, Uma Rota (BRI, na sigla em inglês) da China.

Mansoor disse que Islamabad está buscando a expansão do CPEC para o Afeganistão, e já discutiu a possibilidade do país da Ásia Central, liderado pelo Talibã (organização terrorista proibida na Rússia e em outros países), se juntar ao corredor econômico multibilionário, informa a mídia.

De igual modo, o acessor do premiê paquistanês também disse haver um "profundo interesse" em desenvolver a conectividade econômica entre o Afeganistão e o Paquistão, bem como com outros países vizinhos, incluindo o Irã.

Fonte: https://br.sputniknews.com/asia_oceania/2021102518161714-eua-pretendem-sabotar-cooperacao-economica-entre-china-e-paquistao-afirma-autoridade-paquistanesa/

Outubro Vermelho


Biden desencadeia conspiração de “outubro vermelho” para apreender todas as contas bancárias na América

Um novo relatório arrepiante do Conselho de Segurança (SC) de hoje notando que a especulação nos mercados europeus elevou os preços do gás natural à medida que o jogo do "culpa da Rússia" continua, diz em resposta à alegação infundada de que a Rússia tem tudo para fazer com esta crise que o Ocidente infligiu a si mesmo com suas políticas de energia verde insanas, o presidente Putin afirmou factualmente: “O primeiro tubo do Nord Stream 2 já foi abastecido com gás ... Se amanhã o regulador alemão der permissão para o fornecimento, então o no dia seguinte começarão as entregas, 17,5 bilhões de metros cúbicos ... Considerando que a escassez de gás no mercado europeu, segundo nossos cálculos, será de 70 bilhões de metros cúbicos, 55 bilhões de metros cúbicos é um bom volume ”.

Como os Estados Unidos impuseram sanções repetidas ao gasoduto Nord Stream 2, em uma tentativa ainda fracassada de impedir que o gás natural russo chegue à União Europeia faminta por energia, é importante notar que os americanos acabam de ser atingidos por petróleo que atinge múltiplos máximas do ano com oferta global restrita - em resposta aos crescentes preços do gás natural e do petróleo que esmagam os americanos à medida que o inverno se aproxima, na semana passada viu o líder socialista supremo Joe Biden prometendo de forma demente que "a América está de volta", o que foi rapidamente acompanhado por especialistas em defesa global perguntando: "Enquanto a paz se estilhaça nos Bálcãs, isso significa ainda mais desventuras dos EUA no exterior?" - uma pergunta seguida pelo aliado de guerra americano a Ucrânia proclamando que seus mísseis apontados para Moscou serão "o fim do exército russo e o fim do Federação Russa ”- uma ameaça de guerra agora acompanhada pelos Estados Unidos, colocando a Rússia em sua lista de“ nacionalidades sem-teto ”de nações com as quais não tem relações, o que significa que os cidadãos russos que queiram ir aos EUA precisam viajar para a Polônia para obtê-los - e em resposta a isso, viu a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Maria Zakharova, declarar: “Algo importante quebrou no Departamento de Estado dos EUA há muito tempo e eles não podem consertá-lo”.

Os membros do Conselho de Segurança nesta transcrição discutindo a questão da capacidade dos Estados Unidos de travar uma guerra total contra a Rússia, observaram o presidente Donald Trump, a instigadora do impeachment, Fiona Hill, advertindo no início deste mês: “Os Estados Unidos estão oscilando à beira da guerra aqui ... Já estamos, eu acho, em uma guerra civil fria ”- uma advertência que Hill juntou na semana passada com sua declaração:“ A guerra civil aberta é possível se Trump for eleito em 2024 porque os democratas verão sua vitória como ilegítima ”.

Desde que Biden e suas forças do Partido Democrata socialista tomaram o poder em janeiro, detalha este relatório, eles, junto com seus aliados cachorrinhos no establishment da mídia de propaganda de esquerda, produziram um fluxo contínuo de alarmismo da guerra civil - embora, na realidade, nenhuma evidência firme existe que o povo americano, ou qualquer um de seus Estados individuais, está se preparando para tal conflito.

Na tentativa de entender esse alarmismo da guerra civil, esta transcrição mostra os membros do Conselho de Segurança observando que Biden e suas forças socialistas se fixaram em um dos principais resultados da Guerra Civil Americana, que foi a Lei da Moeda Nacional de 1863, posteriormente alterada pela Lei do Banco Nacional, que criou o Gabinete do Controlador da Moeda (OCC) - e desconhecido para a maioria dos americanos, hoje vê o OCC tendo controle total sobre todos os bancos nos Estados Unidos e todas as suas contas bancárias.

Com Biden e seus socialistas democratas controlando o Congresso dos Estados Unidos, esta transcrição mostra os membros do Conselho de Segurança observando sua importância crítica devido ao que é conhecido como "nomeações em recesso", que são nomeações para altos cargos governamentais feitas pelo presidente quando o Senado dos Estados Unidos está em recesso, e evita que os indicados tenham que passar pelo processo de confirmação do Senado dos Estados Unidos - é por isso que sempre se leva em consideração as pessoas cujas nomeações são feitas no início de outubro, cujo processo de confirmação termina quando o Senado dos Estados Unidos entra em seu recesso anual de feriado de Ação de Graças-Natal . Em 3 de outubro, continua este relatório, um dos artigos mais alarmantes da história americana moderna foi publicado, intitulado “Surpresa de outubro: Outubro Vermelho”, no qual afirmava com medo: “Certamente alguém no governo de Biden está nos perseguindo; nomeando um comunista não reformado como Controlador da Moeda ... No entanto, esta não é uma história da Cebola nem da Abelha da Babilônia ... Em vez disso, o conselho editorial do Wall Street Journal pigarreou para protestar profusamente ... Ainda assim, confie, mas verifique - fácil demais, o registro público é claro e assustador ... O que é o Controlador da Moeda, quem é Saule Omarova, e por que você deveria se importar? ... Em suma: uma posição-chave controlando nosso sistema bancário, uma imigrante da ex-União Soviética que acredita na economia centralizadora da URSS planejada e controlada era melhor, mais justa, mais “democrática” do que a economia americana, e os democratas querem confiscar sua conta corrente e poupança ”. Saule Omarova, que o líder socialista Biden nomeou para chefiar o OCC, detalha este relatório, nasceu e foi criada na ex-União Soviética, era um membro leal do movimento de massa jovem do Partido Comunista "Jovens Pioneiros" e educada em ensino superior na Universidade estatal de Moscow , onde ela produziu sua tese "Análise Econômica de Karl Marx e a Teoria da Revolução no Capital" - em 1991, ela viajou para os Estados Unidos com um visto de estudante, mas após o colapso da União Soviética optou por ficar lá - e o mais tarde em 2019, ela era membro de um grupo marxista do Facebook que diz sobre si mesmo: “Este grupo marxista é uma plataforma para análise, política e polêmica a partir das perspectivas de uma ampla gama de visões socialistas e anticapitalistas ... Somos contra a exploração, desigualdade, discriminação racial e destruição ecológica no cerne das relações sociais capitalistas ... A classe trabalhadora tem o potencial e a capacidade de mudar o capitalismo e no processo de mudar a si mesmo ... Somente os trabalhadores, por seus próprios esforços, podem se libertar do capitalismo ... Defendemos a auto-emancipação da classe trabalhadora e do socialismo ”. No documentário "Assholes: A Theory", este relatório observa, ele viu Omarova chamando os fundos de hedge de Wall Street de "uma indústria idiota por excelência" - em seu white paper de 2009 "The Quiet Metamorphosis: How Derivatives Change the 'Business of Banking' ”, Vê Omarova defendendo o uso do National Back Act como meio para permitir que o OCC assuma o controle de todos os bancos na América - e hoje vê Omarova dizendo que quer transferir a maior parte do setor bancário de consumo das instituições privadas para as mãos do Federal Reserve. Quatro meses após o líder socialista Biden ter assumido o poder, este relatório continua, o Federal Reserve, em 20 de maio, publicou um aviso agourento afirmando: “O dinheiro do banco central tradicionalmente assume duas formas: dinheiro e reservas mantidas por instituições financeiras elegíveis no banco central ... Banco Central da moeda digital (CBDC) é um termo genérico para uma terceira versão da moeda que poderrá usar um registro eletrônico ou token digital para representar a forma digital da moeda de uma nação ... CBDC é emitido e gerenciado diretamente pelo banco central e pode ser usado para uma variedade de finalidades por indivíduos, empresas e instituições financeiras ... Até o momento, nenhuma decisão foi tomada sobre a emissão de um CBDC no sistema de pagamentos dos EUA ... No entanto, dado o papel importante do dólar globalmente, é essencial que o Federal Reserve permaneça totalmente engajado na pesquisa e no desenvolvimento de políticas da CBDC ”- as implicações chocantes das quais Omarova detalha em seu artigo do documento constantemente revisado (última revisão em 15 de outubro) “O Livro do Povo: Como Democratizar o Dinheiro e Financiar a Economia”, em que ela apresenta o plano diretor socialista para confiscar as contas bancárias de todos os americanos e substituir seus dólares por moeda digital controlada pelo Federal Reserve, e em cuja descrição disso plano mestre afirma exatamente: A crise do COVID-19 ressaltou a urgência de digitalizar dinheiro soberano e garantir o acesso universal aos serviços bancários.

Empurrou duas ideias relacionadas - a emissão de moeda digital do banco central e o fornecimento de contas de depósito de varejo pelos bancos centrais - para a vanguarda do debate de política pública. Este artigo responde a esse desafio. Ele oferece um plano para uma reestruturação abrangente do balanço do banco central como base para redesenhar a arquitetura central das finanças modernas. Com foco no Sistema da Reserva Federal dos EUA, o artigo descreve uma série de reformas estruturais que redefinirão radicalmente o papel de um banco central como a plataforma pública final para gerar, modular e alocar recursos financeiros em uma economia democrática - o Livro do Povo. Os membros do Conselho de Segurança na seção de conclusão desta transcrição observam que Omarova voltou ao seu treinamento socialista gritando "Eu sou um alvo fácil: uma imigrante, uma mulher, uma minoria" em face da severa oposição do Partido Republicano que ela enfrenta no Senado dos EUA - uma tática que os socialistas sempre usam para retratar qualquer um que se opõe a eles como racista - na realidade, deveria ver Omarova dando ouvidos às palavras do falecido legislador do Partido Democrata, senador Daniel Inouye, que advertiu: “Existe um governo obscuro com o sua própria Força Aérea, sua própria Marinha, seu próprio mecanismo de arrecadação de fundos e a capacidade de perseguir suas próprias idéias de interesse nacional, livre de todos os freios e contrapesos e livre da própria lei ”- e se Biden e seus lunáticos socialistas democratas realmente desejam uma guerra civil, o confisco das contas bancárias dos americanos irá, com certeza, dar-lhes exatamente o que eles estão sempre alertando.

https://www.whatdoesitmean.com/index3725.htm

Fonte: https://undhorizontenews2.blogspot.com/

Aumento da gasolina chega a 73,4% em 2021; diesel subiu 65,3%

Após segundo reajuste em menos de um mês, gasolina e diesel acumulam altas expressivas desde janeiro

Judite Cypreste

25/10/2021 17:51,atualizado 25/10/2021 18:44

A Petrobras anunciou nesta segunda-feira (25/10) que irá elevar mais uma vez os preços da gasolina e do diesel nas refinarias. É a segunda alta em menos de um mês. Com 15 reajustes no valor do litro da gasolina (11 para cima e quatro para baixo), o combustível acumula aumento de 73,4% apenas neste ano. O preço médio de venda passará, a partir desta terça-feira (26/10), de R$ 2,98 para R$ 3,19, alta de 7,04%.

O diesel teve o preço elevado de R$ 3,06 para R$ 3,34 por litro, um aumento de 9,15%. Com isso, acumula alta em 2021 de 65,3% no valor exigido das distribuidoras.

Segundo a Petrobras, o reajuste foi necessário para “garantir que o mercado siga sendo suprido em bases econômicas e sem riscos de desabastecimento pelos diferentes atores responsáveis pelo atendimento às diversas regiões brasileiras: distribuidores, importadores e outros produtores, além da Petrobras”.

Fonte: https://www.metropoles.com/brasil/aumento-da-gasolina-chega-a-734-em-2021-diesel-subiu-653

domingo, 24 de outubro de 2021

Aviso importante

Eu ainda mantenho um dos E-mail do Jornal A FOLHA, para quem interessar pode enviar mensagens através dele: afolhacontatodigital@gmail.com

PUBLICIDADE “Petrobrás foi esquartejada e anda na contramão do mundo”, diz ex-presidente da estatal Sergio Gabrielli


Em entrevista à TV 247, Gabrielli explica que não há política de preços capaz de conter as pressões negativas geradas sobre a Petrobrás pelos governos Temer e Bolsonaro. A privatização de operações da companhia, aliada à diminuição do refino interno, levaram ao seu “esquartejamento”. Assista

22 de outubro de 2021, 20:04 h Atualizado em 22 de outubro de 2021, 20:33

(Foto: Reprodução | REUTERS/Sergio Moraes)

247 - O ex-presidente da Petrobrás e professor da UFBA Sergio Gabrielli, que ocupou o cargo de 2005 a 2012, criticou, em entrevista à TV 247, o desmonte da companhia observado durante os governos pós-golpe de 2016. Para ele, os problemas vão muito além da política de preços atual, estando relacionados à venda dos principais ativos estratégicos da companhia.

A privatização dos setores de gás e de distribuição, aliada à diminuição da capacidade de refino, inviabilizam qualquer política de preços, advertiu Gabrielli. “O governo está colhendo o que plantou. Na medida em que o governo impediu a expansão da capacidade de refino no Brasil, em que o governo estimulou a criação de novos importadores de derivados e abriu crescentemente o Brasil à importação de derivados, na medida em que a Petrobrás privatizou a BR distribuidora, em que privatizou a Liquigás e em que a Petrobrás reduziu as cargas processadas nas suas refinarias e está num processo de desmonte de seu parque de refino, o país começou a ficar dependente do preço internacional do petróleo”, disse.

As pressões negativas sobre a Petrobrás também vêm de fora. O ciclo de aumento nos preços do petróleo e gás deve durar pelo menos mais dois anos, alertou o ex-presidente da Petrobrás. “Se você não analisa esse conjunto de políticas tomadas pelo governo Temer e pelo governo Bolsonaro, você não vai entender se focar apenas na política de preços. A política de preços é uma consequência desse tipo de situação”, afirmou.

De acordo com Gabrielli, caso o desmonte continue, a Petrobrás se tornará no futuro próximo uma mera exportadora de petróleo, ao contrário de suas principais concorrentes, que seguem o caminho da integração das operações. “A Petrobrás está passando por um processo de esquartejamento. Ela está se reduzindo a uma empresa produtora de petróleo do pré-sal e exportadora do petróleo cru. Essa é a tendência da Petrobrás no momento. Ela vai sair cada vez mais do refino, já saiu da distribuição, e se tornar uma empresa exportadora de petróleo cru. Isso significa que ela está na contramão do que as grandes empresas de petróleo, privadas e públicas, fazem no mundo. A maior parte das grandes empresas do mundo são empresas integradas, que produzem, refinam e distribuem o petróleo e derivadas”, completou.

Fonte: https://www.brasil247.com/economia/petrobras-foi-esquartejada-e-anda-na-contramao-do-mundo-diz-ex-presidente-da-estatal-sergio-gabrielli

Estudo aponta queda na desigualdade entre 2003 e 2015, mas Folha não cita Lula, Dilma e PT


Gleisi Hoffmann criticou a postura do jornal: “O que espanta é que em nenhum momento falam que neste período era o PT, que governava o Brasil”

23 de outubro de 2021, 16:36 h Atualizado em 23 de outubro de 2021, 17:40

Dilma Rousseff e Lula Dilma Rousseff e Lula (Foto: Cláudio Kbene)

247 - Uma reportagem do jornal Folha de S.Paulo destacou um estudo que mostra a queda da desigualdade social nas gestões dos governos do PT. No entanto, em nenhum momento a reportagem revela que as políticas sociais foram aplicadas pelos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.

“Feito por economistas do Insper, o trabalho inédito, ao qual a Folha teve acesso, mostra que a disparidade na distribuição de recursos no país caiu de forma ininterrupta entre 2002 e 2015, voltando a aumentar em 2016 e 2017, mas para um nível inferior ao da virada do milênio. Os resultados do novo trabalho indicam que todas as fatias da população adulta brasileira —dividida em cem partes iguais, os chamados centésimos da distribuição— situadas abaixo dos 29% mais ricos tiveram crescimento em suas rendas anuais acima da média nacional de 3%, no período analisado”, diz a reportagem, sem atribuir o mérito às gestões petistas.

A deputada federal Gleisi Hoffmann condenou a postura do jornal: “Desigualdade de renda no Brasil ainda é muito grande. Mas este estudo mostra que pode ser diminuída e revertida, com políticas públicas adequadas e presença forte do Estado. O que espanta é que em nenhum momento falam que neste período era Lula, o PT, que governavam o Brasil”.

Gleisi Hoffmann

@gleisi

Desigualdade de renda no BR ainda é muito grande. Mas este estudo mostra q pode ser diminuída e revertida, c/ políticas públicas adequadas e presença forte do Estado. O q espanta é q em nenhum momento falam q neste período era Lula, o PT, q governavam o BR

Desigualdade de renda no Brasil caiu de 2002 a 2015, aponta estudo inédito - 23/10/2021 - Mercado -...

Resultado contraria pesquisas que mostravam estabilidade ou aumento da iniquidade neste século

folha.uol.com.br

4:09 PM · 23 de out de 2021

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sábado, 23 de outubro de 2021

"O Brasil não tem nada o que fazer na Otan", diz Celso Amorim


O ex-chanceler denunciou o plano de incorporar o Brasil à Organização do Tratado do Atlântico Norte e afirmou que isso geraria riscos, pois tornaria o País um competidor de países como Rússia e China. Assista na TV 247

22 de outubro de 2021, 19:47 h Atualizado em 22 de outubro de 2021, 20:33

Celso Amorim Celso Amorim (Foto: Adonis Guerra/SMABC)

247 - O ex-chanceler Celso Amorim criticou, em entrevista à TV 247, a oferta para que o Brasil se torne um parceiro global da Otan (Organização Tratado Atlântico Norte) e revogue a condição de aliado extra-Otan, concedida ao País ainda no governo de Donald Trump.

Um grupo de 63 congressistas dos Estados Unidos enviou uma carta ao presidente Joe Biden em que pedem a revisão da recomendação. “O Brasil não deve ter nada a ver com isso”, defendeu o ex-ministro.

A presença na Otan abasteceria o Exército brasileiro, mas o alinharia de vez aos interesses do Ocidente, explicou Amorim. “63 parlamentares norte-americanos estão conclamando o presidente dos Estados Unidos a primeiro retirar o status de aliado extra-Otan, que foi ‘dado’ depois da visita do Bolsonaro, e também a não seguir adiante com a outra ideia de o Brasil ser membro associado da Otan. Eu quero dizer o seguinte: o Brasil não tem nada o que fazer na Otan. Primeiro que a Otan é sobre o Atlântico Norte, e o Brasil está no Atlântico Sul. Há a parte brasileira que está acima do Equador, mas geopoliticamente é Atlântico Sul. Os velhos conflitos do Atlântico Norte não têm nada a ver conosco. Nós não queremos nada a ver com eles. Nós queremos ter boas relações com os Estados Unidos, obviamente, mas queremos manter também boas relações com a Rússia”, defendeu ele.

Além disso, Amorim lembrou que a Otan teve forte presença no Afeganistão e “busca o apoio europeu, que não conseguiu até hoje, para a competição com a China”. Segundo ele, o Brasil não deve ser arrastado para esses conflitos.

Fonte: https://www.brasil247.com/mundo/o-brasil-nao-tem-nada-o-que-fazer-na-otan-diz-celso-amorim

sexta-feira, 22 de outubro de 2021

ALLAN DOS SANTOS É MAIS UM DOS BOLSONARISTAS COM PRISÃO DECRETADA | Cort...

Eduardo Moreira: o caos econômico começou


Economista Eduardo Moreira aponta que Paulo Guedes está cada vez mais enfraquecido e se vê chantageado pelo Centrão, após a revelação de seus mais de R$ 50 milhões em esconderijo fiscal

21 de outubro de 2021, 21:23 h Atualizado em 21 de outubro de 2021, 21:39

Eduardo Moreira / Paulo Guedes Eduardo Moreira / Paulo Guedes (Foto: Divulgação)

247 - O economista Eduardo Moreira comentou nesta quinta-feira (21) as demissões de auxiliares de Paulo Guedes no Ministério da Economia. Para o economista, o movimento pode deflagrar uma crise econômica sem precedentes no País.

"O que aconteceu foi muito sério e mostra que a gente pode ter hoje pode lembrar por muito tempo como o começo de um caos total na nossa economia, levando a gente no final deste processo a algo similar ao que aconteceu com a Argentina de Mauricio Macri ou até pior", afirmou.

O secretário especial do Tesouro e Orçamento, Bruno Funchal, e o secretário do Tesouro Nacional, Jefferson Bittencourt, pediram demissão de seus cargos no Ministério da Economia.

Deixaram ainda o governo a secretária especial adjunta do Tesouro e Orçamento, Gildenora Dantas, e o secretário-adjunto do Tesouro Nacional, Rafael Araújo.

Segundo Moreira, o que aconteceu nos últimos dias foi uma "perda de controle total" de Guedes em relação ao rumo econômico do País. "E não é à toa que isso acontece nas semanas seguintes ao escândalo do Pandora Papers", disse o economista, citando o caso que revelou que Paulo Guedes mantém R$ 53 milhões numa conta offshore nas Ilhas Virgens Britânicas.

"Guedes nos últimos dias viu sua imagem de guardião da austeridade fiscal e do teto de gastos desmoronar completamente e está sem força, porque está se vendo chantageado pelo Centrão, que sabe da sua fraqueza", afirmou.

Fonte: https://www.brasil247.com/economia/eduardo-moreira-o-caos-economico-comecou

Ambev, Vivo, Pão de Açúcar: conheça os 10 maiores devedores dos Estados brasileiros, segundo a Fenafisco


  • Thais Carrança
  • Da BBC News Brasil em São Paulo

21 outubro 2021

Logos da Ambev, Pão de Açúcar e Vale

Crédito, Divulgação

Legenda da foto,

Dívida das empresas com Estados somava R$ 896 bilhões em 2019. Companhias negam irregularidades e dizem que valores são fruto de 'divergências na interpretação da lei tributária'

Os Estados brasileiros somavam R$ 896,2 bilhões em dívidas a receber de empresas em 2019, aponta estudo inédito realizado pela Fenafisco (Federação Nacional do Fisco Estadual e Distrital), entidade sindical que representa os servidores públicos fiscais tributários.

Entre 2015 e 2019, esse montante de dívida cresceu 31,4%. E o valor devido pelas empresas aos Estados equivale a 13,2% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro, diz o levantamento.

São impostos, contribuições e multas que deixaram de ser pagos pelo setor privado, registrados como dívida ativa após o fim do prazo legal para pagamento ou após decisão final em processo administrativo regular.

As empresas negam irregularidades e dizem que os valores são fruto de "divergências na interpretação da lei tributária" e que ainda contestam as obrigações na Justiça.

O Atlas da Dívida Ativa dos Estados Brasileiros foi feito a partir de dados de 17 Estados que divulgaram seus números publicamente na internet ou mediante requisição da Fenafisco. Não há sigilo sobre a dívida ativa, os dados são públicos, mas alguns Estados ainda falham na transparência desses dados, conforme revelou a dificuldade na obtenção dos números.

Segundo o economista Juliano Goularti, autor do estudo encomendado pela entidade, o levantamento revela como bilhões de reais em recursos públicos estão indevidamente em poder da iniciativa privada, quando poderiam estar sendo destinados para políticas públicas de saúde, educação e segurança pública, por exemplo.

"No Brasil, não tem crime tributário", diz Goularti. "Se você rouba uma caixa de leite ou um pacote de bolachas, está sujeito ao Código Penal. Mas, na tributação, você faz planejamento tributário e elisão fiscal e não é criminalizado."

O planejamento tributário e a elisão fiscal são manobras feitas para evitar o pagamento de taxas, impostos e outros tributos dentro da legalidade — diferentemente da evasão fiscal, que tem o mesmo objetivo, mas por meios ilícitos.

"Nesse momento no Brasil, estamos passando por um período longo de ajuste fiscal, de corte de despesas e de teto de gastos, para ajustar a despesa pública. Mas não vemos uma política ativa, tanto por parte da União, como dos Estados, para recuperar essa dívida ativa", observa.

"Essa dívida vai crescendo ao longo do tempo, enquanto crescem em paralelo os problemas sociais: a desigualdade, a fome", observa Charles Alcantara, auditor Fiscal de Receitas do Estado do Pará e presidente da Fenafisco. Segundo ele, caso a dívida fosse recuperada, seria possível pagar 11 anos de Bolsa Família aos mais vulneráveis com valor de R$ 400.

A média nacional de recuperação da dívida ativa estadual gira em torno de 0,6%. "Isso chega a ser vexatório, o Estado que é tão preocupado em honrar a dívida pública, diminuindo recursos da saúde e educação e não combatendo a fome e a miséria para pagar seus credores, deixa os privados que devem ao Estado sem ser incomodados", critica Alcantara.

Goularti avalia que um dos fatores que estimulam as empresas a não pagarem devidamente suas obrigações tributárias é a realização recorrente de programas do tipo Refis (Programa de Recuperação Fiscal), em que as dívidas são renegociadas a valores muito mais baixos e com prazos longos. Como as empresas sabem que sempre vai haver uma nova edição desse tipo de negociação, elas já fazem seu planejamento tributário contando com isso.

Para Goularti a solução para o problema da dívida ativa crescente é apertar o cerco na fiscalização e na cobrança e criar regras que inibam a elisão e o planejamento tributário, como a criminalização dessas práticas.

Ele reconhece, no entanto, que isso é desafiador, como mostrou a tramitação da reforma do imposto de renda, que incluía um pacote antielisão bastante ousado, cujas principais medidas — como a tributação do patrimônio de brasileiros em offshore e alíquotas diferenciadas sobre dividendos para paraísos fiscais — foram derrubadas pelo Congresso.

"A dívida ativa se dá a partir de relações de poder políticas e econômicas. São lobbies muito fortes e essas relações de poder contribuem para a formação dos estoques da dívida ativa", diz o economista. "Por trás dessa dívida ativa existe um conjunto de lobbies."

Confira os dez maiores devedores dos Estados brasileiros, segundo a Fenafisco:

1) Refinaria de Petróleo de Manguinhos (R$ 7,7 bilhões) — refinaria de petróleo brasileira localizada no Estado do Rio de Janeiro. Entrou com pedido de recuperação judicial (mecanismo usado para tentar evitar a falência de empresas através de negociações com seus credores) em 2013. O processo foi encerrado em 2020 e a empresa mudou de nome para Refit.

2) Ambev (R$ 6,3 bilhões) — cervejaria que domina cerca de 55% do mercado brasileiro e 26% do mercado mundial, dona de marcas como Brahma, Skol, Antarctica, Stella Artois e Budweiser, além dos refrigerantes Guaraná Antarctica e Pepsi. Tem como controladores os bilionários Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira. Lemann é o segundo brasileiro mais rico do mundo, segundo ranking da revista Forbes.

3) Telefônica - Vivo (R$ 4,9 bilhões) — empresa de telecomunicação controlada pela espanhola Telefónica, atua em telefonia fixa móvel, banda larga e TV por assinatura. Formada pela fusão de antigas empresas de telefonias estatais brasileiras.

4) Sagra Produtos Farmacêuticos (R$ 4,1 bilhões) — distribuidora de medicamentos.

5) Drogavida Comercial de Drogas (R$ 3,9 bilhões) — rede varejista de medicamentos com sede em Ribeirão Preto (SP).

6) Tim Celular (R$ 3,5 bilhões) — empresa de telefonia celular, subsidiária no Brasil da Telecom Italia.

7) Cerpa Cervejaria Paraense (R$ 3,3 bilhões) — fabricante tradicional de cerveja controlada pela família Seibel. Dona das marcas Cerpa Export, Cerpa Prime, Tijuca, Draft Sound, Gold e Nevada, além de refrigerantes e do energético Amazon Power.

8) Companhia Brasileira de Distribuição (R$ 3,1 bilhões) — mais conhecida como Grupo Pão de Açúcar (GPA) e controlada pelo grupo francês Casino, atua no ramo de supermercados com as bandeiras Pão de Açúcar, Extra e Compre Bem.

9) Athos Farma Sudeste (R$ 2,9 bilhões) — distribuidora de medicamentos, em recuperação judicial.

10) Vale (R$ 2,8 bilhões) — mineradora brasileira que é uma das maiores produtoras e exportadoras de minério de ferro do mundo. Fundada em 1942 como Companhia Vale do Rio Doce, foi privatizada em 1997.

O que dizem as empresas

A BBC News Brasil procurou as empresas para se posicionarem sobre o estudo.

A Vale informou que "cumpre rotineiramente todas as suas obrigações fiscais", que "mantém discussões tributárias na esfera estadual em decorrência de divergências de interpretação da legislação tributária desses entes", e que todas as discussões estão garantidas ou com a exigibilidade suspensa, o que lhe confere o certificado de regularidade fiscal nessas jurisdições.

O GPA afirmou que não tem dívida em aberto, e que todos os débitos estão em discussão judicial e devidamente garantidos.

A Ambev afirmou que "os valores indicados são fruto de discussões em que discordamos da cobrança e que ainda estão em andamento nos tribunais. Considerando o porte da empresa e, ainda, por sermos uma das maiores pagadoras de impostos do país é natural que, na soma, o valor em discussão seja expressivo."

A TIM e a Vivo optaram por não se pronunciar. A Refit, antiga Refinaria Manguinhos, não retornou ao pedido de posicionamento e a BBC News Brasil tentou contato com a Sagra Produtos Farmacêuticos, Drogavida Comercial de Drogas, Cerpa Cervejaria Paraense e Athos Farma Sudeste, mas não obteve resposta.

Caso as empresas se manifestem, os posicionamentos serão publicados em versão atualizada desta reportagem.

Fonte: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-59004660

quinta-feira, 21 de outubro de 2021

PF cita vínculo de Allan dos Santos com organizadores da invasão do Capitólio nos EUA


Allan dos Santos teria relações com Owen Shroyer, colaborador do site Infowars, um dos maiores da extrema direita dos EUA. O norte-americano foi acusado de invadir a sede do Legislativo

21 de outubro de 2021, 19:30 h Atualizado em 21 de outubro de 2021, 19:38

(Foto: Alessandro Dantas/Agência Senado)

247 - A Polícia Federal (PF) indicou que existe proximidade entre o blogueiro bolsonarista Allan dos Santos e organizadores da campanha pela invasão do Capitólio (Parlamento dos Estados Unidos), ocorrida em janeiro deste ano para denunciar suposta fraude eleitoral nas eleições em que Donald Trump foi derrotado.

Allan teria relações com Owen Shroyer, colaborador do site Infowars, um dos maiores da extrema direita dos EUA. O norte-americano foi acusado de invadir a sede do Legislativo.

"Identifica-se articulação de [Allan dos Santos] com pessoas diretamente envolvidas na invasão ao capitólio, inclusive utilizando o canal de [Jonathan] Owen Shroyer [...] para reiterar e reverberar, dessa vez em solo americano, a difusão de teorias conspiratórias voltadas a desacreditar sistema eleitoral brasileiro", afirmou a representação da PF, assinada pela delegada Denisse Ribeiro, em setembro.

Prisão de Allan dos Santos

Nesta quinta-feira, 21, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a prisão preventiva de Allan dos Santos e que o Ministério da Justiça inicie imediatamente o processo de extradição, pois ele está nos EUA, com o visto vencido.

Moraes também determinou bloqueio de contas e suspensão de pagamentos para o blogueiro bolsonarista.

Allan dos Santos é investigado no Supremo em dois inquéritos: o que apura a divulgação de fake news e ataques a integrantes da Corte e também no que identificou a atuação de uma milícia digital que trabalha contra a democracia e as instituições no

Fonte: https://www.brasil247.com/brasil/pf-cita-vinculo-de-allan-dos-santos-com-organizadores-da-invasao-do-capitolio-nos-eua

ALLAN DOS SANTOS ESTÁ ATUALMENTE NOS EUA, COM O VISTO VENCIDO | Cortes 247

Quando o Ocidente morria de vontade de ir para a China


Perfil do Colunista 247

Pepe Escobar

Pepe Escobar é jornalista e correspondente de várias publicações internacionais

Embarquemos em uma viagem no tempo, retornando quase dois milênios, até um tempo em que o Império Romano se via fascinado pelas oportunidades de negócios oferecidas por aquelas "misteriosas" terras do Oriente

21 de outubro de 2021, 19:37 h Atualizado em 21 de outubro de 2021, 19:37

Caravana passando por Samarcanda, um dos maiores centros comerciais da Rota Caravana passando por Samarcanda, um dos maiores centros comerciais da Rota (Foto: Reprodução / Joel Lobo)

Por Pepe Escobar, para o Asia Times

Tradução de Patricia Zimbres, para o 247

Esqueçam o incessante martelar da Guerra Fria 2.0 contra a China. Esqueçam os bobalhões dos think tanks projetando seus desejos irrealistas no perpétuo "fim da ascensão da China".

Esqueçam até mesmo as poucas mentes racionais de Bruxelas – sim, elas existem - dizendo que a Europa não quer a contenção da China, que ela quer engajamento, o que quer dizer negócios.

Embarquemos em uma viagem no tempo, retornando quase dois milênios, até um tempo em que o Império Romano se via fascinado pelas oportunidades de negócios oferecidas por aquelas "misteriosas" terras do Oriente.

Após a queda de Roma e da metade ocidental do Império no século V, Constantinopla – a segunda Roma – que era na verdade grega, transformou-se na encarnação máxima dos únicos verdadeiros "romanos".

Mas, ao contrário dos gregos helenistas que se seguiram a Alexandre o Grande, que se sentiam tão fascinados pela Ásia, os romanos, do fim da República até a criação do Império, foram impedidos de seguir viagem por aquelas estradas  por terem sempre sido bloqueados pelos partas: não esqueçamos da espetacular derrota romana em Carras, em 53 A.C.

Por mais de quatro séculos, na verdade, a limes oriental do Império manteve-se notavelmente estável, estendendo-se das montanhas do Leste da Armênia até o curso do Eufrates e os desertos da Síria-Mesopotâmia.

Então, tínhamos na verdade três limes naturais: montanha, rio e deserto.

A grande estratégia de Roma era não deixar que os partas - e, em seguida, os persas – dominassem por completo a Armênia, alcançassem o Mar Negro e ultrapassassem o Cáucaso para atingir as planícies russo-ucranianas que abriam caminho para a Europa.

Os persas, enquanto isso, limitavam-se a fortalecer as fronteiras do Eufrates, que só foram rompidas muitos séculos mais tarde pelos turcos seljuques, em fins do século XII, e pelos mongóis em inícios do século XIII.

Essa é uma fratura absolutamente crucial na história da Eurásia – porque essa fronteira, mais tarde perpetuada entre os impérios Otomano e Persa, ainda está bem viva nos dias de hoje, entre a Turquia e o Irã.

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Esse fato explica, por exemplo, a alta tensão hoje verificada entre o Irã e o Azerbaijão, e que continuará a ser incessantemente explorada pelos atores do Dividir e Dominar.

Sigam as trilhas das caravanas

Algo de extraordinário aconteceu no ano de 166: mercadores romanos chegaram na corte do Imperador chinês Huan-ti, o 27º imperador da dinastia Han. Aprendemos na História da Han Tardia que um "enviado romano" – provavelmente mandado por ninguém menos que o Imperador Marco Aurélio  - foi recebido por Huang Ti em Luoyang.

Esses romanos tomaram a rota que os chineses do século XXI rebatizariam de Rota da Seda Marítima – indo do Oceano Índico até o Mar do Sul da China seguindo até o Vietnã do Norte, continuando então por terra até Chang’an (hoje, Xian).

Os romanos vinham comprando seda da Ásia desde fins do século I A.C., das terras de "Seres", sobre a qual um bom número de estudiosos discorda:  alguns afirmam que se tratava da China, outros que era a Caxemira.

O comércio ao longo da Rota da Seda era, na verdade, conduzido por uma série de intermediários: ninguém percorria todo o caminho, do começo ao fim.

Mercadorias de luxo - seda, pérolas, pedras preciosas, pimenta – da China, Índia e Arábia só chegavam às mãos dos mercadores romanos em um dos lendários centros dos "corredores de comunicação" entre Oriente e Ocidente: Alexandria, Petra ou Palmira. Então, as mercadorias eram levadas a portos do Leste do Mediterrâneo, seguindo então até Roma.

O comércio de caravanas era controlado por nabateus, egípcios e sírios. Os mercadores "romanos" mais eficientes eram, na verdade, gregos do Leste do Mediterrâneo. O estudioso J.N. Robert mostrou que, desde Alexandre, o grego era uma espécie de língua universal (como o inglês é hoje) de Roma às montanhas do Pamir, do Egito aos reinos nascidos do Império Persa.

O que nos leva à personalidade literalmente revolucionária: Maes Titianus, um mercador greco-macedônio que vivia na Antióquia, na Síria romana, durante o século I.

Mesmo antes daquele enviado de Marco Aurélio à corte Han, Maes Titianus conseguiu fazer com que uma grande caravana cruzasse toda a Ásia Central e chegasse à terra de Seres.

A viagem foi épica – e durou mais de um ano. Eles partiram da Síria, cruzaram o Eufrates, seguiram até a Báctria (que tinha como capital a lendária Bactro) através do Khorasan, cruzaram as montanhas Tian Shan, chegaram ao Turquestão chinês e então atravessaram o corredor Gansu e o deserto de Gobi até chegar a Chang’an.  

Desde o lendário Guia Geográfico de Claudio Ptolomeu, a caravana de  Maes Titianus é reconhecida como a única fonte da Antiguidade Clássica a descrever por completo o principal corredor terrestre da Antiga Rota da Seda, que ia da Síria romana até a capital chinesa.

Uma super-rodovia Roma-Xian?

É importante observar que a Báctria, hoje situada ao norte do Afeganistão, àquela época era o limite oriental do mundo, segundo os romanos. Mas a Báctria era mais que isso: ela era a principal encruzilhada entre China, Índia, os partas, a Pérsia e o Império Romano.

As montanhas Pamir – o "teto do mundo "– e o deserto de Taklamakan ("você consegue entrar mas não vai conseguir sair", reza do ditado uigur) durante séculos, foram as principais barreiras naturais no caminho entre o Ocidente e a China.

De modo que foi a geologia que manteve a China em esplêndido isolamento com relação ao Império Romano e ao Ocidente. Em termos militares, os romanos, e mais tarde os bizantinos, jamais conseguiram cruzar essa fronteira oriental que os separava dos persas. Portanto, eles nunca conseguiram levar adiante suas conquistas até a Ásia Central e a China, como Alexandre notoriamente tentou. 

Mas os árabes, durante a expansão-relâmpago do Islã, conseguiram. Mas essa é uma outra - e longa - história.

A aventura da caravana de  Maes Titianus ocorreu nada menos que um milênio antes das viagens de Marco Polo. Mas Polo contava com um aparelho de relações públicas muito mais sofisticado - e foi sua a narrativa que ficou gravada nos livros de história ocidentais.

Evocá-la hoje nos faz lembrar dos primeiríssimos passos das Antigas Rotas da Seda, e de como essa interconexão continua gravada no inconsciente coletivo de grandes partes da Eurásia. Os povos que vivem ao longo dessas rotas entendem instintivamente o porquê de a evolução de um corredor de comércio unindo China-Paquistão-Afeganistão-Irã-Leste do Mediterrâneo faz total sentido.

O primeiro-ministro caído de pára-quedas Mario "Goldman Sachs" Draghi pode insistir à vontade que a Itália é atlanticista, e pode caçoar o quanto quiser da Iniciativa Cinturão e Rota. Mas os mais perspicazes dentre os herdeiros do Império Romano veem que parcerias empresariais ao longo das Novas Rotas da Seda, hoje, fazem tanto sentido quanto nos tempos de Maes Titianus.   

Este artigo não representa a opinião do Brasil 247 e é de responsabilidade do colunista.

Fonte: https://www.brasil247.com/blog/quando-o-ocidente-morria-de-vontade-de-ir-para-a-china