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quinta-feira, 30 de junho de 2016

Aécio se alia a Temer na defesa de Cunha

Um grupamento de inspirar o velho Barão
Um grupamento de inspirar o velho Barão
De onde menos se espera é que não sai nada mesmo. O Barão de Itararé, com sua mordacidade, não se cansa de acertar na mosca mesmo no mundo político distante do período em que deixou este planeta. Apparicio Torelly, o Barão, morreu em 71, mas continua atualíssimo. E o que será que ele pensaria deste jogo político que reúne o réu Eduardo Cunha, o presidente interino Michel Temer e o último candidato da oposição à Presidência, Aécio Neves?

Trata-se, portanto, de uma força tarefa que busca salvar o mandato de Eduardo Cunha - o mais pernicioso político a ocupar a presidência da Câmara. Bata lembrar que, com uma base parlamentar particular maior do que a de qualquer partido, controla votos de parlamentares capazes de aprovar ou rejeitar qualquer projeto enviado à Câmara. Envolvido em corrupção e lavagem de dinheiro, prestes a deixar a vida pública, portanto, ele recebe agora a ajuda do presidente interino e do senador tucano - ambos também citados em projetos da Lava-Jato.
Leia no final da reportagem outras frases do Barão de itararé
Enrolado até o pescoço com a Lava Jato e sob risco de perder o mandato no plenário da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB) demandou ajuda do interino Michel Temer (PMDB) para emplacar o sucessor na Casa e, dessa maneira, continuar controlando aliados e aumentar suas chances de reverter a cassação. Solidário, Temer acionou "pessoalmente" o presidente do PSDB, senador Aécio Neves, para cumprir a missão de salvar a pele do correligionário.
Segundo informações da Folha de S. Paulo desta quinta (30), esse foi o motivo da visita de Cunha ao Palácio do Jaburu, no último domingo. Mas edição de O Globo diz que Temer conversou com Aécio sobre o assunto já na semana passada.
A ideia, de acordo com fontes anônimas ouvidas pelos dois jornais, é que a antiga oposição ao governo Dilma Rousseff deixe de tentar eleger um sucessor para Cunha e apoio o nome sugerido pelo PMDB. Este nome, claro, deve agradar a Cunha e aliados - uma maneira de manter a influência do presidente afastado da Casa pelo Supremo Tribunal Federal.
Se conseguir fazer valer a demanda, Temer também evitará uma disputa "fraticida" em sua base em torno da presidência da Câmara - indesejável para um presidente interino que aguarda o desfecho do processo de impeachment.
Segundo O Globo, "Temer explicou a Aécio que desejava ajudar na eleição de um presidente da Câmara que não trabalhe pela cassação do mandato de Cunha. O nome que melhor se encaixa nesse perfil, na análise do Planalto, é o do deputado Rogério Rosso (PSD)."
"Segundo relatos, Temer demonstrou preocupação com Cunha, que tem buscado a ajuda do governo para não ter o mandato cassado", acrescentou o periódico.
Aécio, de acordo com os jornais, sinalizou que o bloco formado por PSDB, PPS, PSB e DEM só deixaria de entrar na disputa atual pelo sucessor de Cunha caso o PMDB apoio um nome indicado por eles para presidir a Câmara no mandato 2017-2018.
A negociação ainda sofre resistência de parte do próprio PSDB, que teme associar sua imagem à eventual salvação de Eduardo Cunha - que precisa manter o mandato para ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal. Caso contrário, seus inquéritos na Lava Jato, entre outros, serão remetidos à primeira instância.
Pela edição da Folha, uma ala do PSDB está "desconfortável" não só com o pedido para abrir mão da disputa pela presidência da Câmara agora, mas com a pressão para salvar o mandato de Cunha no plenário caso o parlamentar renuncie. Ao O Globo, um tucano não identificado disse que o partido não apoia essa parte da negociação.
Na próxima semana, a antiga oposição ao governo Dilma se reúne para debater o desfecho da história.
"A ideia é ter um acordo o mais breve possível, já que a renúncia de Cunha à presidência da Câmara está prevista para o próximo mês. Interlocutores de Cunha dizem que ele está disposto a apresentar sua renúncia em 11 de julho, antes da votação do relatório sobre o processo de cassação do seu mandato na Comissão de Constituição de Justiça", endossou o jornal.
Se Cunha renunciar à presidência, seus processos no Supremo deixariam de ser apreciados pelo plenário - prerrogativa de presidente da Câmara - e passariam para a Segunda Turma, presidida por Gilmar Mendes.
Além disso, ele ganha a chance de angariar votos a seu favor para quando seu processo de cassação chegar ao plenário. Seus aliados dizem que sem a renúncia, é impossível votar contra a cassação, dado o prejuízo com a população em pleno ano eleitoral para muitos deputados que querem concorrer ou emplacar aliados em prefeituras.
Resta saber o que Temer ganha - ou deixa de perder - salvando a pele de Eduardo Cunha.
Do GGN
Barão , o mordaz,  não aliviaria os políticos atuais
Barão , o mordaz, não aliviaria os políticos atuais
Sobre o Barão do Itararé, é sempre bom recordar algumas frases:

Da Redação
O que se leva desta vida é a vida que a gente leva.
A criança diz o que faz, o velho diz o que fez e o idiota o que vai fazer.
Os homens nascem iguais, mas no dia seguinte já são diferentes.
Dizes-me com quem andas e eu te direi se vou contigo.
A forca é o mais desagradável dos instrumentos de corda.
Sábio é o homem que chega a ter consciência da sua ignorância.
Não é triste mudar de ideias, triste é não ter ideias para mudar.
Mantenha a cabeça fria, se quiser ideias frescas.
O tambor faz muito barulho, mas é vazio por dentro.
Genro é um homem casado com uma mulher cuja mãe se mete em tudo.
Neurastenia é doença de gente rica. Pobre neurastênico é malcriado.
De onde menos se espera, daí é que não sai nada.
Quem empresta, adeus.
Pobre, quando mete a mão no bolso, só tira os cinco dedos.
O banco é uma instituição que empresta dinheiro à gente se a gente apresentar provas suficientes de que não precisa de dinheiro.
Tudo seria fácil se não fossem as dificuldades.
A televisão é a maior maravilha da ciência a serviço da imbecilidade humana.
Este mundo é redondo, mas está ficando muito chato.
Precisa-se de uma boa datilógrafa. Se for boa mesmo, não precisa ser datilógrafa.
O fígado faz muito mal à bebida.
O casamento é uma tragédia em dois atos: um civil e um religioso.
A alma humana, como os bolsos da batina de padre, tem mistérios insondáveis.
Eu Cavo, Tu Cavas, Ele Cava, Nós Cavamos, Vós Cavais, Eles Cavam. Não é bonito, nem rima, mas é profundo.
Tudo é relativo: o tempo que dura um minuto depende de que lado da porta do banheiro você está.
Nunca desista do seu sonho. Se acabou numa padaria, procure em outra!
Devo tanto que, se eu chamar alguém de "meu bem", o banco toma!
Viva cada dia como se fosse o último. Um dia você acerta.
Tempo é dinheiro. Paguemos, portanto, as nossas dívidas com o tempo.
As duas cobras que estão no anel do médico significam que o médico cobra duas vezes, isto é, se cura, cobra, e se mata, cobra.
O voto deve ser rigorosamente secreto. Só assim, afinal, o eleitor não terá vergonha de votar no seu candidato.
Em todas as famílias há sempre um imbecil. É horrível, portanto, a situação do filho único.
Negociata é um bom negócio para o qual não fomos convidados.
Quem não muda de caminho é trem.
A moral dos políticos é como elevador: sobe e desce. Mas em geral enguiça por falta de energia, ou então não funciona definitivamente, deixando desesperados os infelizes que confiam nele.
Veja também:
>> Mídia brasileira é vista como parcial em pesquisa de opinião
>> Rede, de Marina e Molon, faz aliança com PSC, de Feliciano e Bolsonaro
>> Federal prende Carlinhos Cachoeira. Crimes somariam R$ 370 milhões
>> Cruvinel e a falta de pudor de Michel Temer
>> Sobe para 41 o número de mortos na Turquia
http://www.conexaojornalismo.com.br/colunas/politica/brasil/aecio-se-alia-a-temer-na-defesa-de-cunha-73-44327

Comissão de Ética acata denúncia da Bancada do PT e vai apurar conduta de “notáveis” do governo golpista

quarta-feira, 29 de junho de 2016

‘REUNIÃO ENTRE TEMER E CUNHA É O ÚLTIMO GRAU DE DESMORALIZAÇÃO DO PAÍS’

Pedro Revillion : <p>PORTO ALEGRE, RS, BRASIL, 29.05.13: Governador Tarso Genro grava o programa Mateando com o Governador. Foto: Pedro Revillion/Palácio Piratini</p> Quem avalia é o ex-governador do Rio Grande do Sul Tarso Genro (PT) em referência ao encontro entre presidente interino, Michel Temer, e o deputado federal Eduardo Cunha (RJ), ambos do PMDB; a assessoria de imprensa do Palácio do Planalto confirmou que a reunião aconteceu no domingo (26), em Brasília; "Se Temer realmente recebeu Cunha no Palácio chegamos ao último grau de desmoralização da Republica e o Ciro tem razão em dizer o que diz", disparou Tarso pelo Twitter; pré-candidato do PDT à presidência em 2018, Ciro havia dito que Temer é "chefe de quadrilha" e um "desastre completo"
28 DE JUNHO DE 2016 ÀS 09:58 //
Rio Grande do Sul 247 - O ex-governador do Rio Grande do Sul Tarso Genro (PT) avalia que o sistema político chegou ao "último grau de desmoralização" após o encontro entre presidente interino, Michel Temer, e o deputado federal Eduardo Cunha (RJ), ambos do PMDB. A assessoria de imprensa do Palácio do Planalto confirmou que a reunião aconteceu no domingo (26), em Brasília.
"Se Temer realmente recebeu Cunha no Palácio chegamos ao último grau de desmoralização da Republica e o Ciro tem razão em dizer o que diz", disparou Tarso pelo Twitter.
O petista citou o ex-ministro e pré-candidato do PDT para a eleição presidencial de 2018, Ciro Gomes (CE), em referência à declaração do pedetista de que Temer é "chefe da quadrilha". “Eu conheço Temer. É bandido. É chefe de quadrilha. Como pode ter um filho de 7 anos com patrimônio de R$ 2 milhões e ninguém questionar a origem? Imagina se fosse o Lula", afirmou Ciro, aos jornalistas Marcelo Godoy e Kiko Nogueira, no DCM na TVT (leia aqui).
Em outra ocasião, Ciro voltou a disparar contra Temer, ao classificar o peemedebista como "um desastre completo". "E está ferindo de morte a nossa jovem democracia", disse ele, na sexta-feira (24), durante evento em Goiás (veja aqui).
Cunha afirmou que, embora ele e Temer se falem "com regularidade", não houve encontro no domingo. Questionado pelo G1 sobre quando esteve pela última vez com o presidente interino, o parlamentar respondeu: "Isso não falarei". Depois ele foi confrontado com a informação da da assessoria do Planalto de que o encontro ocorreu no domingo. "Só que eu não confirmo", disse Cunha.
http://www.brasil247.com/pt/247/rs247/240787/%E2%80%98Reuni%C3%A3o-entre-Temer-e-Cunha-%C3%A9-o-%C3%BAltimo-grau-de-desmoraliza%C3%A7%C3%A3o-do-Pa%C3%ADs%E2%80%99.htm

“Moro simplesmente deixou de lado a lei. Isso está escancarado”, diz ministro do STF


Marco Weissheimer no Sul 21
Nas últimas semanas, Marco Aurélio Mello, ministro do Supremo Tribunal Federal, tem erguido a voz contra o que considera ser um perigoso movimento de atropelo da ordem jurídica no país. Em recentes manifestações, Marco Aurélio criticou a flexibilização do princípio da não culpabilidade, e a liberação para a Receita Federal do acesso direto aos dados bancários de qualquer cidadão brasileiro. Na semana passada, o ministro criticou a conduta do juiz Sérgio Moro, no episódio do vazamento do conteúdo das interceptações telefônicas, envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidenta Dilma Rousseff.
Em entrevista concedida por telefone ao Sul21, Marco Aurélio fala sobre esses episódios e critica a conduta de Sérgio Moro: “Ele não é o único juiz do país e deve atuar como todo juiz. Agora, houve essa divulgação por terceiro de sigilo telefônico. Isso é crime, está na lei. Ele simplesmente deixou de lado a lei. Isso está escancarado. Não se avança culturalmente, atropelando a ordem jurídica, principalmente a constitucional”, adverte.
Sul21: Considerando os acontecimentos dos últimos dias, como o senhor definiria a atual situação política do Brasil? Na sua avaliação, há uma ameaça de ruptura constitucional ou de ruptura social?

Marco Aurélio Mello
: A situação chegou a um patamar inimaginável. Eu penso que nós precisamos deixar as instituições funcionarem segundo o figurino legal, porque fora da lei não há salvação. Aí vigora o critério de plantão e teremos só insegurança jurídica. As instituições vêm funcionando, com alguns pecadilhos, mas vêm funcionando. Não vejo uma ameaça de ruptura. O que eu receio é o problema das manifestações de rua. Mas aí nós contamos com uma polícia repressiva, que é a polícia militar, no caso de conflitos entre os segmentos que defendem o impeachment e os segmentos que apoiam o governo. Só receio a eclosão de conflitos de rua.
Sul21: Algumas decisões do juiz Sérgio Moro vêm sendo objeto de polêmica, como esta mais recente das interceptações telefônicas envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidenta Dilma Rousseff. Como o senhor avalia estas decisões?
Marco Aurélio Mello: Ele não é o único juiz do país e deve atuar como todo juiz. Agora, houve essa divulgação por terceiros de sigilo telefônico. Isso é crime, está na lei. Ele simplesmente deixou de lado a lei. Isso está escancarado e foi objeto, inclusive, de reportagem no exterior. Não se avança culturalmente, atropelando a ordem jurídica, principalmente a constitucional. O avanço pressupõe a observância irrestrita do que está escrito na lei de regência da matéria. Dizer que interessa ao público em geral conhecer o teor de gravações sigilosas não se sustenta. O público também está submetido à legislação.
Sul21: Na sua opinião, essas pressões midiáticas e de setores da chamada opinião pública vêm de certo modo contaminando algumas decisões judiciais?
Marco Aurélio Mello: Os fatos foram se acumulando. Nós tivemos a divulgação, para mim imprópria, do objeto da delação do senador Delcídio Amaral e agora, por último, tivemos a divulgação também da interceptação telefônica, com vários diálogos da presidente, do ex-presidente Lula, do presidente do Partido dos Trabalhadores com o ministro Jacques Wagner. Isso é muito ruim pois implica colocar lenha na fogueira e não se avança assim, de cambulhada.
Sul21: Os ministros do Supremo, para além do que é debatido durante as sessões no plenário, têm conversado entre si sobre a situação política do país?
Marco Aurélio Mello: Não. Nós temos uma tradição de não comentar sobre processos, nem de processos que está sob a relatoria de um dos integrantes nem a situação política do país. Cada qual tem a sua concepção e aguarda o momento de seu pronunciar, se houver um conflito de posições. Já se disse que o Supremo é composto por onze ilhas. Acho bom que seja assim, que guardemos no nosso convívio uma certa cerimônia. O sistema americano é diferente. Lá, quando chega uma controvérsia, os juízes trocam memorandos entre si. Aqui nós atuamos em sessão pública, que inclusive é veiculada pela TV Justiça, de uma forma totalmente diferente.
Sul21: A Constituição de 1988 incorporou um espírito garantista de direitos. Na sua avaliação, esse espírito estaria sob ameaça no Brasil?
Marco Aurélio Mello: Toda vez que se atropela o que está previsto em uma norma, nós temos a colocação em plano secundário de liberdades constitucionais. Isso ocorreu, continuo dizendo, com a flexibilização do princípio da não culpabilidade e ocorreu também quando se admitiu, depois de decisão tomada há cerca de cinco anos, que a Receita Federal, que é parte na relação jurídica tributária, pode ter acesso direto aos dados bancários.
Sul21: A expressão “ativismo jurídico” vem circulando muito na mídia brasileira e nos debates sobre a conjuntura atual. Qual sua opinião sobre essa expressão?
Marco Aurélio Mello: A atuação do Judiciário brasileiro é vinculada ao direito positivo, que é o direito aprovado pela casa legislativa ou pelas casas legislativas. Não cabe atuar à margem da lei. À margem da lei não há salvação. Se for assim, vinga que critério? Não o critério normativo, da norma a qual estamos submetidos pelo princípio da legalidade. Ninguém é obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei. Se o que vale é o critério subjetivo do julgador, isso gera uma insegurança muito grande.
Sul21: Esse ativismo jurídico vem acontecendo em um nível preocupante, na sua opinião?
Marco Aurélio Mello: Há um afã muito grande de se buscar correção de rumos. Mas a correção de rumos pressupõe a observância das regras jurídicas. Eu, por exemplo, nunca vi tanta delação premiada, essa postura de co-réu querendo colaborar com o Judiciário. Eu nunca vi tanta prisão preventiva como nós temos no Brasil em geral. A população carcerária provisória chegou praticamente ao mesmo patamar da definitiva, em que pese a existência do princípio da não culpabilidade. Tem alguma coisa errada. Não é por aí que nós avançaremos e chegaremos ao Brasil sonhado.
Sul21: Como deve ser o encaminhamento da série de ações enviadas ao Supremo contestando a posse do ex-presidente Lula como ministro?
Marco Aurélio Mello: Eu recebi uma ação cautelar e neguei seguimento, pois havia um defeito instrumental. Nem cheguei a entrar no mérito. Nós temos agora pendentes no Supremo seis mandados de segurança com o ministro Gilmar Mendes e duas ações de descumprimento de preceito fundamental com o ministro Teori Zavaski, além de outras ações que tem se veiculado que existem e que estariam aguardando distribuição. Como também temos cerca de 20 ações populares em andamento.
No tocante aos mandados de segurança, a competência quanto à medida de urgência liminar é do relator. Não é julgamento definitivo. Quanto à arguição de descumprimento de preceito fundamental, muito embora a atribuição seja do pleno, este não estando reunido – só teremos sessão agora no dia 28 de março – o relator é quem atuaad referendum do plenário.
Temos que esperar as próximas horas. A situação se agravou muito com os últimos episódios envolvendo a delação do senador Delcídio e a divulgação das interceptações telefônicas. Não podemos incendiar o país.
Sul21: O STF deverá ter um papel fundamental para que isso não ocorra…
Marco Aurélio Mello: Sim. É a última trincheira da cidadania. Quando o Supremo falha, você não tem a quem recorrer. Por isso é que precisamos ter uma compenetração maior, recebendo não só a legislação e as regras da Constituição Federal, que precisam ser um pouco mais amadas pelos brasileiros, como também os fatos envolvidos.
http://aesquerdavalente.blogspot.com.br/2016/06/moro-simplesmente-deixou-de-lado-lei.html

segunda-feira, 27 de junho de 2016

Um espetáculo desnecessário

:
A prisão de Paulo Bernardo foi um despropósito do princípio ao fim. Prisão preventiva? Prevenir o que? Um processo iniciado em meados de 2015, sem nenhuma diligência feita, nenhuma oitiva realizada, mesmo por diversas vezes ter ele solicitado para depor?
Qual risco oferecia meu marido à ordem pública? A instrução processual? A aplicação da lei? Sempre esteve à disposição das autoridades, em endereço conhecido, há mais de dois anos não ocupa nenhum cargo público, é aposentado pelo Banco do Brasil, depois de 38 anos de contribuição previdenciária.
Conheço o Paulo há muitos anos. Sei de suas virtudes e de seus defeitos. Sei especialmente o que não faria. E não faria uso de dinheiro alheio para benefício próprio. Não admitiria desvios de recursos públicos para sua satisfação ou da família. Tenho certeza de que não participou ou se beneficiou de um esquema como o que estão acusando-o. Ele sabe que eu nunca o perdoaria!
O patrimônio que construímos ao longo de nossa vida nem de perto chega ao que estão acusando-o de ter se beneficiado. São dois imóveis adquiridos antes de 2004 e um, no qual moramos em Curitiba, adquirido em 2009, financiado junto ao Banco do Brasil, por 20 anos. É uma dívida, mais que do que um patrimônio, constantes das declarações de imposto de renda.
A imprensa noticiou nosso apartamento como uma grande cobertura. O condomínio tem 160 apartamentos, com vários prédios pequenos. O que dizem ser cobertura é o último apartamento, no oitavo andar, um pouco maior que os demais. É confortável, jamais luxuoso.
A operação montada para a busca e apreensão em nossa casa e para a prisão do Paulo foi surreal. Até helicópteros foram usados, força policial armada, muitos carros! Pra que isso, chamar atenção? Demonstração de força? Humilhação? Gasto de dinheiro público desnecessário, é isso!
Foi uma clara tentativa de humilhar um ex-ministro nos governos Lula e Dilma, que colheu muitos elogios no exercício de seu cargo. É também uma tentativa de abalar emocionalmente o trabalho de um grupo crescente de senadores que discordam dos argumentos que ora vêm sendo usados para afastar uma presidenta legitimamente eleita por mais de 54 milhões de votos.
O que vemos é a mesma e repetida seletividade que vem marcando decisões do Ministério Público e de juízes que promovem carnavais midiáticos contra alguns políticos, ao mesmo tempo em que protegem e retardam decisões de outros, sobre os quais há provas mais do que suficientes para uma ação contundente, definitiva.
Não estou aqui a reclamar o respeito como parlamentar com mandato popular e prerrogativa de foro, sobre o qual, aliás, já me manifestei contrária e assinei uma Proposta de Emenda Constitucional para extingui-lo. Mas o respeito com que qualquer mulher ou homem deve ser tratado por agentes de estado, principalmente os que exercem a função policial. Senti na própria pele o que aflige diariamente milhares de pessoas, homens e mulheres, atingidos pelo abuso do poder legal e policial.
Nas remexidas em minha casa, sequer o computador que meu filho adolescente utiliza em seus trabalhos escolares foi poupado. Agora, é prova de processo criminal. Senti naquele momento todo o mal que pode causar o controle de segmentos do Estado sem limitações. Tentei impedir. Disseram que iriam devolvê-lo no mesmo dia. Sou uma pessoa de fé. Acreditei e liguei no final da tarde de quinta-feira porque meu guri sente falta do computador que usa para jogar e comunicar-se com os amigos. Responderam que só hoje, segunda, 27, começariam a analisar o disco rígido e não há mais data para devolvê-lo. Buscavam achar dinheiro? Cofres? Documentos que pudessem nos incriminar? Não acharam nada, nada! O que provavelmente tenha frustrado a operação espetáculo.
Minha luta aqui e agora é pela restauração da dignidade do nome de meu companheiro, duramente atingido pelas precipitações do noticiário. Sei que é uma cruzada difícil, contrariar a onda corrente.
Ainda não encontrei alívio para a minha dor, para a dor dos nossos filhos, apesar do testemunho de amigos e companheiros que, mesmo na adversidade, não perdem a fé e ousam falar com coragem, o melhor instrumento de combate que temos.
Quero agradecer aqui, publicamente, minha bancada de senadores e senadoras, que na primeira hora fizeram-me uma linda nota de solidariedade. Também a todos e todas que externaram carinho, confiança e apoio através de telefonemas, e mails, mensagens.
Muito obrigada aos que se solidarizaram comigo e com todas as pessoas da minha família. Tudo que tenho para oferecer de volta é a minha amizade e compromisso na luta por um mundo melhor. Podem contar comigo. Hoje e sempre.
http://www.brasil247.com/pt/colunistas/gleisihoffmann/240549/Um-espetáculo-desnecessário.htm

Pesquisa Ipsos: Temer já é rejeitado por 70%

Marcelo Camargo/Agência Brasil: <p>Brasília - O vice-presidente, Michel Temer, fala à imprensa ao deixar seu gabinete no Palácio do Planalto (Marcelo Camargo/Agência Brasil)</p> Divulgada pelo colunista José Roberto de Toledo, a primeira pesquisa sobre a imagem do interino Michel Temer mostra resultados muitos ruins; ele é rejeitado por 70% da população brasileira, num empate técnico com a presidente Dilma Rousseff (75%), uma vez que a margem de erro é de três pontos percentuais; no entanto, enquanto a imagem dela vem melhorando, a dele piora; o levantamento do instituto Ipsos também revela que a classe política foi dizimada, pois nomes como Lula, Aécio, Marina, Serra e Alckmin têm rejeição superior a 50%; salvam-se apenas candidatos a "salvadores da pátria", como os juízes Sergio Moro e Joaquim Barbosa
27 de Junho de 2016 às 04:44 //
247 – Mais de dois terços dos brasileiros desaprovam a conduta do interino Michel Temer. Os números fazem parte da primeira pesquisa sobre a imagem do governo provisório, divulgada nesta segunda-feira pelo colunista José Roberto de Toledo, do Estado de S. Paulo.
Temer é rejeitado por 70% da população brasileira, num empate técnico com a presidente Dilma Rousseff (75%), uma vez que a margem de erro é de três pontos percentuais. No entanto, enquanto a imagem dela vem melhorando, a dele piora. A desaprovação a Temer foi de 61% em fevereiro para 70% agora.
O interino é mal avaliado em vários pontos de sua administração: combate ao desemprego (44%), Minha Casa, Minha Vida (43%), Bolsa Família (43%), crise política (42%), combate à inflação (40%) e combate à corrupção (40%).
O levantamento do instituto Ipsos também revela que a classe política foi dizimada pelos escândalos de corrupção decorrentes da Operação Lava Jato, pois todos os presidenciáveis tradicionais têm rejeição superior a 50%. É o caso de Marina Silva (56%), Aécio Neves (63%), Lula (68%), Geraldo Alckmin (55%) e José Serra (55%).
Nesse contexto, salvam-se apenas candidatos a "salvadores da pátria", como os juízes Sergio Moro e Joaquim Barbosa. O primeiro é aprovado por 55% da população brasileira e o segundo por 42%.
http://www.brasil247.com/pt/247/poder/240501/Pesquisa-Ipsos-Temer-já-é-rejeitado-por-70.htm

Reforma de Temer prevê aposentadoria aos 70

ANDRESSA ANHOLETE: De acordo com a proposta de reforma da Previdência a ser enviada ao Congresso pelo governo interino de Michel Temer, a partir da aprovação do texto, a idade mínima para aposentadoria passaria a 65 anos, e uma segunda faixa, de 70 anos, seria aplicada daqui a 20 anos para uma futura geração; hoje, a idade média das pessoas se aposentarem é de 54 anos; centrais sindicais resistem à mudança; querem a manutenção da regra 85/95 (soma entre idade e tempo de contribuição para mulheres e homens, respectivamente) e pedem, em vez de mudanças estruturais no sistema, que o governo faça uma fiscalização rigorosa nos gastos com os recursos previdenciários; “Queremos que o governo abra a caixa-preta da Previdência. O trabalhador não é o responsável pelo déficit que existe no sistema”, disse ontem o vice-presidente da Força Sindical, Miguel Torres
27 de Junho de 2016 às 06:20 //
247 – O governo de Michel Temer pretende elevar a idade mínima para aposentadoria aos 70 anos no caso da futura geração. A medida só seria aplicada daqui a 20 anos, mas já constaria da proposta de reforma da Previdência a ser enviada ao Congresso, segundo reportagem de Simone Iglesias.
A ideia seria estabelecer a primeira faixa com idade mínima de 65 anos a partir da aprovação do texto, e a segunda, de 70 anos, para ser aplicada só daqui a 20 anos. Hoje, a idade média das pessoas ao se aposentarem é de 54 anos.
Os que entrarem no mercado de trabalho a partir da sanção da nova regra se enquadrarão integralmente na faixa de 65 anos. As regras de transição ainda estão sendo analisadas, mas devem levar em conta o tempo de contribuição dos trabalhadores e o período que falta para a aposentadoria.
Diante da resistência dos movimentos sindicais contra a mudança, a expectativa do governo interino é receber algumas ideias na reunião prevista para amanhã. Os sindicatos querem a manutenção da regra 85/95 (soma entre idade e tempo de contribuição para mulheres e homens, respectivamente) e pedem, em vez de mudanças estruturais no sistema, que o governo faça uma fiscalização rigorosa nos gastos com os recursos previdenciários.
“Queremos que o governo abra a caixa-preta da Previdência. O trabalhador não é o responsável pelo deficit que existe no sistema”, disse ontem o vice-presidente da Força Sindical, Miguel Torres.
http://www.brasil247.com/pt/247/economia/240503/Reforma-de-Temer-prevê-aposentadoria-aos-70.htm

SUPLICY MANDA RECADO PARA MARTA: “APELO QUE VOTE CONTRA ESTE GOLPE”

: Ex-senador Eduardo Suplicy (PT-SP) mandou um recado à ex-mulher, a senadora Marta Suplicy (PMDB-SP), durante o Festival Internacional da Utopia, realizado em Maricá (RJ); "A Marta sabe que não tem crime para impedir Dilma, sabe da seriedade da presidente. Não há enriquecimento ilícito. O trabalho, ainda que com erros, visava ao bem do povo. Quero mandar um recado para Marta: pense com carinho neste voto. Eu apelo a você que vote contra este golpe", disse Suplicy; Marta ouvirá o apelo?
Revista Fórum - O ex-senador Eduardo Suplicy (PT-SP) mandou um recado à ex-mulher, a senadora Marta Suplicy (PMDB-SP), durante o Festival Internacional da Utopia, realizado nessa semana em Maricá (RJ). Ao falar sobre o processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, ele pediu que Marta reflita melhor para se posicionar na votação do Senado.
O Festival reuniu, de 22 a 26 de junho, ativistas brasileiros e internacionais, em programação com debates, shows, acampamento, intervenções, rodas de conversa e oficinas. Em sua fala, Suplicy ressaltou que a peemedebista tem consciência de que não há motivos que justifiquem o impedimento.
"A Marta sabe que não tem crime para impedir Dilma, sabe da seriedade da presidente. Não há enriquecimento ilícito. O trabalho, ainda que com erros, visava ao bem do povo. Quero mandar um recado para Marta: pense com carinho neste voto. Eu apelo a você que vote contra este golpe", enfatizou.
http://www.brasil247.com/pt/247/sp247/240557/Suplicy-manda-recado-para-Marta-%E2%80%9CApelo-que-vote-contra-este-golpe%E2%80%9D.htm

GOVERNO INTERROMPE BOLSAS DO CIÊNCIA SEM FRONTEIRAS NO EXTERIOR

: Reportagem da Folha de S. Paulo desta segunda-feira, 27, mostra vários casos de bolsistas do programa Ciências Sem Fronteiras que tiveram a bolsa mensal interrompida indefinidamente após parecer negativo da Capes; especulação entre os estudantes é que o governo está cortando bolsas no exterior para reduzir custos, diante da atual crise econômica; investimento mensal para manter um bolsista de doutorado pleno nos EUA é de R$6.000, e no Reino Unido, de R$ 8.000; Capes nega que haja cortes de bolsas
247 - Estudantes de doutorado pleno no exterior do programa federal de intercâmbio Ciência sem Fronteiras estão enfrentando problemas para renovar a concessão de suas bolsas –o que já tem deixado alguns deles sem dinheiro ou em situação ilegal no país em que estudam.
Reportagem da Folha de S. Paulo desta segunda-feira, 27, mostra vários casos de bolsistas que tiveram a bolsa mensal interrompida indefinidamente após parecer negativo da Capes, agência federal que participa do programa Ciência sem Fronteiras pelo MEC (Ministério da Educação).
Há 2.713 alunos de doutorado com bolsa plena do governo federal fora do país. A especulação entre os estudantes é que o governo está cortando bolsas no exterior para reduzir custos, diante da atual crise econômica. Para se ter uma ideia, o investimento mensal para manter um bolsista de doutorado pleno nos EUA –onde há 573 deles–, em cidade considerada "de alto custo", é de U$1.700 (quase R$6.000). No Reino Unido, que tem 504 bolsistas de doutorado pleno, o investimento mensal do governo com cada doutorando é de quase R$8.000 em cidades de alto custo.
A Capes negou que haja cortes e que renovação da concessão da bolsa não é automática.
Criado em 2011 como pupila do governo Dilma Rousseff com objetivo de enviar 101 mil estudantes para as melhores universidades do mundo, o Ciência sem Fronteiras tem sido alvo de críticas.
http://www.brasil247.com/pt/247/brasil/240572/Governo-interrompe-bolsas-do-Ci%C3%AAncia-sem-Fronteiras-no-exterior.htm

CIRO: TEMER É "CHEFE DA BANDIDAGEM"

: <p>SONY DSC</p> Em entrevista ao DCM na TVT, ex-ministro e ex-governador do Ceará Ciro Gomes atribui ao ex-presidente Lula a responsabilidade por ter levado Michel Temer a ser vice em 2010; “É testa de ferro da bandidagem corrupta. Como pode botar um cara desse de vice?”; sobre FHC, disse que, para se manter no governo, o ex-presidente "deu rasteira" no hoje senador Tasso Jereissatti, ex-governador do Ceará, que caminhava para a candidatura presidencial tucana em 1998; segundo Ciro, FHC promoveu um processo de privatizações que foi uma “imundice” e fez acordo com o PFL para emplacar a emenda da reeleição – “num processo em que se soube quem vendeu, quem comprou e nada se fez”
Por Rede Brasil Atual
São Paulo – Para o ex-ministro e ex-governador do Ceará Ciro Gomes, a ideia de “pegarem o Lula” é improvável. “Não há culpa para isso”, ao se referir ao esforço de setores do Judiciário e do Ministério Público para criminalizar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e retirá-lo da cena política. E chegou a ironizar a seletividade a parcialidade do processo contra o ex-presidente. “Num país como o Brasil, presidente corrupto dá apartamento para o filho em Paris, e não um tríplex cafona no Guarujá ou um sítio cafona em Atibaia.” Ciro considera impraticável uma eventual dobradinha com Lula nas eleições presidenciais. Diz que não aceita ser vice, que o tamanho de Lula não permite o contrário e que as forças progressistas tampouco podem se dar ao luxo de se dividir na atual conjuntura. Deu a entender que se Lula estiver na disputa, ele não entra.
Nesta entrevista a Marcelo Godoy e Kiko Nogueira, no DCM na TVT, Ciro não poupa o presidente da Câmara, Eduardo Cunha – “vai ser preso em breve” – nem o vice-presidente Michel Temer. “Eu conheço Temer. É bandido. É chefe de quadrilha. Como pode ter um filho de 7 anos com patrimônio de R$ 2 milhões e ninguém questionar a origem? Imagina se fosse o Lula”. O ex-ministro lamenta que Lula o tenha conduzido ao posto de vice na chapa de Dilma em 2010. “É testa de ferro da bandidagem corrupta. Como pode botar um cara desse de vice?” Ciro sugere a Dilma que “parta para cima” de Temer, exponha todas as suspeitas de corrupção que pairam sobre ele, especialmente em negócios relacionados ao Porto de Santos, a ponto de descredenciá-lo a permanecer no comando e a promover destruições como a que está pretendendo com a estrutura estratégica da Petrobras.
O entrevistado critica o juiz Sérgio Moro por executar e divulgar escuta telefônica de uma presidente da República, exorbitando do processo judicial para um ato político. “Isso me fez desmerecer a torcida que eu tenho para que esse jovem juiz siga dentro da lei, dos autos e não se encante com gravata borboleta para receber homenagens nos salões da grande burguesia.”
Ciro menciona ainda da ambição por poder de Fernando Henrique Cardoso, com quem rompera nos anos 1990. Diz que, para se manter no governo, o ex-presidente "deu rasteira" no hoje senador Tasso Jereissatti, ex-governador do Ceará, que caminhava para a candidatura presidencial tucana em 1998. Segundo Ciro, FHC promoveu um processo de privatizações que foi uma “imundice”, fez acordo com o PFL para emplacar a emenda da reeleição – “num processo em que se soube quem vendeu, quem comprou e nada se fez”.
http://www.brasil247.com/pt/247/ceara247/240518/Ciro-Temer-%C3%A9-chefe-da-bandidagem.htm

“Velha política ameaça a Lava Jato”, diz Transparência Internacional

: Para o presidente da Transparência Internacional, organização voltada ao combate à corrupção de influência mundial, José Ugaz, "na ausência de novas lideranças, existe um risco real de que a velha política consiga sabotar os avanços da luta contra a corrupção"; questionado sobre ministros do governo interino de Michel Temer citados na Lava Jato, afirma que, “lamentavelmente, não vemos melhora substancial com a mudança de autoridade no mais alto nível, e isso mostra um problema de corrupção estrutural”; ele cita ainda um agravante: "Há sinais preocupantes de desmobilização da cidadania"
27 de Junho de 2016 às 05:42 //
247 - Para o presidente da Transparência Internacional, organização voltada ao combate à corrupção de influência mundial, José Ugaz, "na ausência de novas lideranças, existe um risco real de que a velha política consiga sabotar os avanços da luta contra a corrupção".
Questionado em entrevista à “Folha de S. Paulo” sobre ministros do governo interino de Michel Temer citados na Lava Jato, afirma que, “lamentavelmente, não vemos melhora substancial com a mudança de autoridade no mais alto nível, e isso mostra um problema de corrupção estrutural”.
Ele cita ainda um agravante: "Há sinais preocupantes de desmobilização da cidadania".
“O monitoramento contínuo da cidadania é fundamental, acompanhado de pressão por reformas estruturais. Do contrário, a frustração da população fomenta atitude generalizada de descrença, alienação e cinismo sobre a política, e isso põe em risco o sistema democrático”, diz (leia aqui).
http://www.brasil247.com/pt/247/brasil/240495/“Velha-política-ameaça-a-Lava-Jato”-diz-Transparência-Internacional.htm

Jatinho e laranjal dos pneus implodem o legado de Eduardo Campos; danos na política atingem base de Temer e a “terceira via”

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Da Redação
Depois do PT, do PMDB e do PSDB, agora quem vai ocupar as manchetes dos jornais é a autodenominada “terceira via”: Eduardo Campos (PSB) e Marina Silva (Rede) se apresentaram assim nas eleições presidenciais de 2014.
Porém, a Operação Turbulência poderá demonstrar que a campanha de ambos foi financiada por um grupo de empresários metido num esquema de propinas levantadas em obras locais — um deles, associado ao que policiais definiram como a “máfia dos pneus”.
A história vem de longe.
Em 18 de janeiro de 2005 autoridades brasileiras pediram formalmente a um tribunal federal dos Estados Unidos que o FBI investigasse um grupo de pessoas e indivíduos suspeitos de fraude e lavagem de dinheiro.
Da lista faziam parte Apolo Santana Vieira, Matteo Bologna, Marco Arce, Rodrigo Arce (Rodrigo Tavares ou Rodrigo Tavares Arce), Eduardo Manoel Priori Ferreira da Silva, Maria das Graças Queiroz Gomes, Antônio Henrique Vieira Nunes, Carlos Rafael de Santana, Maria Silza Ferreira de Lavor, Joselma Gonçalves da Silva, Eudes Queiroz Gomes, Walter da Silva Vieira, Robson Magno Conceição Fonsêca, Gil Tavares de Freitas (Gil Tavares Freitas) e Evandro Antônio do Nascimento.
No pedido eram mencionadas as empresas Alpha Pneus, Alpha Trading Comércio Importação e Exportação Ltda. e a RAM Trading International Inc.
Os brasileiros só tomaram conhecimento da existência do grupo, ainda que superficialmente, depois que o empresário Apolo Santana Vieira foi identificado como um dos donos do Cessna Citation 560 XLS que espatifou com o candidato ao Planalto Eduardo Campos (PSB-PE) a bordo durante a campanha eleitoral, em 2014. Apolo era um dos donos da aeronave, em parceria com João Carlos Lyra.
Quando investigou a propriedade do avião acidentado, a PF chegou ao laranjal que deu origem à Operação Turbulência, deflagrada nesta terça-feira 21.
Nela, além de Apolo, foram presos os empresários João Carlos Lyra Pessoa de Mello Filho, Eduardo Freire Bezerra Leite e Arthur Roberto Lapa Rosal. Paulo César de Barros Morato está foragido.
CENTO E UM MILHÕES DE REAIS
Apolo foi alvo de ao menos três outras investigações. Uma de 2005 e duas de 2009, quando ele e seu grupo foram denunciados pelo Ministério Público Federal por sonegação de R$ 101.370.753,17.
Isso mesmo, mais de R$ 100 milhões.
Segundo o MPF, “a organização criminosa tinha seu núcleo no Recife e ramificações em outras cidades brasileiras, dentre as quais Brasília (DF), Salvador (BA) e Fortaleza (CE). O esquema fraudulento também ocorria em Miami, nos Estados Unidos”.
“O grupo montou uma estrutura para forjar documentos que eram apresentados à Secretaria da Receita Federal e, com isso, reduzir a incidência dos tributos devidos pela importação dos pneus”, informou o MPF.
“Os acusados estabeleceram oito sociedades brasileiras e três estrangeiras no intervalo de aproximadamente 12 anos. O objetivo de se criar diferentes sociedades, uma após a outra, era dificultar o trabalho do fisco, da polícia judiciária, do Ministério Público Federal e do Poder Judiciário, bem como a identificação de responsabilidades”, acrescentou.
“As fraudes nas importações permitiam a revenda dos pneus no mercado interno a preços com os quais as empresas em funcionamento lícito não poderiam competir, em razão da menor carga tributária incidente sobre as mercadorias do grupo criminoso. As fraudes foram realizadas entre os anos de 1997 e 2001″.
Ficaram sujeitos a pegar penas de até 55 anos de cadeia, por crimes contra a ordem tributária e o sistema financeiro nacional: Apolo Santana Vieira, Matteo Bologna, Marco Arce, Rodrigo Arce, Eduardo Manoel Priori Ferreira da Silva, Maria das Graças Queiroz Gomes, Antônio Henrique Vieira Nunes, Carlos Rafael de Santana, Maria Silza Pereira de Lavor, Joselma Gonçalves da Silva, Eudes Queiroz Gomes, Walter da Silva Vieira, Robson Magno Conceição Fonsêca, Gil Tavares de Freitas e Evandro Antônio do Nascimento.
Empresas relacionadas a eles: Alpha Internacional Comércio, Importação e Exportação Ltda., Alien Road Pneus Representações, Comércio, Exportação e Importação Ltda.,Mixim Comércio Importação e Exportação Ltda.,Vieira Nunes Comércio Ltda. ME, Maryland Comércio, Importação e Exportação Ltda.,Kruger Comércio, Importação e Exportação Ltda.,Austin Importação e Exportação Ltda.,D’Marcas Comércio Ltda.,Ama Import & Export, Corp.,Free Way Capitals, Corp. (às vezes também identificada como Freeway Capitals, Inc., ou Freeway Capitals Corp. ou Freeway Capital Corp.) e RAM Trading International, Inc.
Portanto, o laranjal começou a ser montado quase duas décadas antes da Operação Turbulência.
Como os pneus eram importados da China, é óbvio que a “máfia dos pneus” dispunha de uma estrutura internacional, mas autoridades nunca identificaram relações dela com o crime organizado. Pelo menos, não até agora.
O APOIO INSTITUCIONAL
A Bandeirantes Comércio e Renovação de Pneus, baseada em Jaboatão de Guararapes, obteve em 19.04.2004 os benefícios do Prodepe, o Programa de Desenvolvimento de Pernambuco. No papel, é a redução dos impostos pagos a título de estimular o desenvolvimento local. Na prática, isso abre espaço para muitas fraudes.
À época Pernambuco era governado por Jarbas Vasconcelos, tendo como vice Mendonça Filho, hoje ministro da Educação no governo interino de Michel Temer.
Em 2006, quando “herdou” o Palácio das Princesas, Mendonça estabeleceu cotas que regulamentavam a importação de pneus pela Bandeirantes: 4 mil pneus para veículos e máquinas industriais, 4 mil para máquinas agrícolas ou florestais e 5 mil para veículos diversos. Ou seja, um total de 13 mil pneus.
Em janeiro de 2007, Eduardo Campos assumiu o governo. Uma de suas medidas foi extinguir os limites para a importação de pneus existentes anteriormente. Além disso, em 7 de novembro de 2011, ele prorrogou os benefícios do Prodepe à Bandeirantes até 2018. A empresa já era associada então a Apolo Santana Vieira.
Em 30 de julho de 2015, os benefícios foram ampliados pelo governador Paulo Câmara. Desconto de até 10% no ICMs para vendas locais e de até 47,5% para operações interestaduais passou a valer para uma série de pneus especiais importados pela empresa.
Um trecho do decreto assinado por Paulo Câmara, sucessor de Eduardo Campos, poderia muito bem ter sido escrito pelo lobista da empresa:
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A SIMBIOSE COM A POLÍTICA
A captura do Estado é uma necessidade do empresário que busca vantagens competitivas com seus concorrentes.
Daí a imbricação com a política.
Andrea Pinho, delegada da Polícia Federal: “O que temos na nossa investigação, através dos dados cruzados com o STF (Supremo Tribunal Federal), é que Fernando Bezerra Coelho teria sido a pessoa encarregada de colher os valores do percentual devido para a campanha de Eduardo Campos”. Fernando Bezerra é pai do ministro das Minas e Energia do governo interino de Michel Temer, Fernando Filho.
O ministério das Minas e Energia é poderosíssimo. Sinal de que o apoio do PSB a Temer era essencial para a montagem da coalizão que afastou Dilma Rousseff e que pretende cassá-la no Senado.
A base pernambucana do governo interino pode sair fortemente abalada do escândalo.
NÃO DÁ EM NADA
Quando Ronaldo passou mal nos vestiários do Stade de France e o Brasil perdeu a final da Copa do Mundo, em 1998, um terremoto abalou as bases do futebol brasileiro.
Circunstâncias políticas daquele período levaram à criação de duas CPIs no Congresso.
Muita roupa suja foi lavada em público, com a produção de manchetes e fartas provas contra a cartolagem.
Porém, de prático, nada aconteceu. O ímpeto investigativo e punitivo foi desmantelado decisão a decisão, na Justiça, bem longe da opinião pública.
Teixeira só caiu mais de uma década depois, por conta de uma investigação na Suiça que abalou sua base de apoio na FIFA.
Hoje, ele não pode deixar o Brasil, mas desfruta de uma aposentadoria de ouro em sua mansão no Rio de Janeiro.
Por isso diz-se que o Brasil é o país do Big Bang.
Decisões portentosas, daquelas que parecem prenunciar novos tempos, se perdem na fricção do dia-a-dia.
Lembram-se da busca e apreensão do FBI na Flórida, em 2005, a pedido das autoridades brasileiras?
Aquele primeiro processo contra o laranjal dos pneus morreu de inanição.
O TRF5, baseado em Recife, decidiu pelo descarte das principais provas.
O próprio MPF pediu a absolvição dos acusados.
Em 14 de setembro de 2015, a juíza Carolina Souza Malta absolveu os réus, inclusive Apolo Santana Vieira, agora preso.
Dois meses antes, a Bandeirantes tinha obtido novos benefícios fiscais do governo de Pernambuco, concedidos pelo sucessor de Eduardo Campos.
http://www.viomundo.com.br/denuncias/jatinho-e-laranjal-dos-pneus-implodem-o-legado-de-eduardo-campos-danos-na-politica-comprometem-base-de-temer-e-a-terceira-via.html

domingo, 26 de junho de 2016

Juiz que mandou prender Paulo Bernardo é orientando de Janaina Paschoal

Do Cristal Vox:
O Brasil conheceu na manhã desta quinta, 23, o “peso da caneta” do jovem e qualificado Juiz Federal, Paulo Bueno de Azevedo(37 anos), responsável pela condução do processo que deu origem a Operação “Custo Brasil” que prendeu mais de uma dezena de “figurões” da política brasileira, envolvidos em “falcatruas” no setor público.
Saiba quem é Paulo Bueno de Azevedo:
“Paulo Bueno de Azevedo tem 37 anos e ingressou na magistratura em 2009, depois de atuar seis anos como procurador federal na Advocacia-Geral da União. Entrou em dezembro de 2014 na 6ª Vara Criminal Federal, um dos três juízos de São Paulo especializados em lavagem de dinheiro e crimes contra o sistema financeiro nacional. Outrora liderada pelo juiz Fausto de Sanctis, a vara concentra hoje cerca de 450 processos. Até dezembro, Azevedo vai acumular ainda atividade na 3ª Vara Criminal Federal.
Formado em Direito no ano 2000, pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, tem especialização em Direito Tributário e abordou a culpabilidade no crime de evasão fiscal no seu mestrado, também pela Mackenzie. Hoje faz doutorado na USP e é orientado pela professora Janaina Conceição Paschoal, que o classifica como um estudante “aplicado, muito sério, comprometido, atento a questões técnicas e sensível a perspectivas literárias”.
Conheça o pensamento do Juiz Paulo Bueno de Azevedo: “o combate à impunidade deve ser encarado como “pretensão moral ou social, e nunca como uma obrigação jurídica do Estado-Juiz, encarnado pelo Poder Judiciário”.
“o juiz “não pode decidir temendo a crítica da mídia ou de doutrinadores autodenominados progressistas”, pois a fundamentação é a melhor defesa contra ataques à decisão judicial.”
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http://www.diariodocentrodomundo.com.br/essencial/juiz-que-mandou-prender-paulo-bernardo-e-orientando-de-janaina-paschoal/

Cai a máscara de Moro; ao se recusar investigar oposição, ele assume ser parcial

Fabio Rodrigues Pozzebom: <p>O juiz federal Sergio Moro participa na Comiss�o de Constitui��o, Justi�a e Cidadania (CCJ) do Senado de audi�ncia p�blica sobre projeto que altera o C�digo de Processo Penal (Fabio Rodrigues Pozzebom/Ag�ncia Brasil)</p>
De repente, não mais do que de repente – como repetia o Poeta, o noticiário político no Brasil começa a ser tomado por insuspeitas reportagens pontuando uma sequência de acusações de desvios de recursos através de Lista da Odebrecht envolvendo os principais lideres da Oposição – Aécio, Serra, Alckmin, Cássio, Roberto Freire, Paulinho da Força, etc, todos sem exceção – os mesmo que clamam Ética ao PT e a Lula, agora diante do beneficio processual com a decisão do Juiz Sérgio Moro de não mais querer investigá-los levando o magistrado a assumir assim postura Parcial deplorável no trato judicante, algo já identificado ao longo da Operação Lava Jato.
ARGUMENTO PÍFIO
O Juiz alega ter tomado a decisão de poupar os lideres da Oposição sob o argumento de que não tem como determinar se os pagamentos na Lista de contabilidade paralela da Odebrecht a mais de duzentos políticos são ilegais ou não, embora nesta famosa relação recusada por Moro exista ainda denúncia de repasse de R$ 15 milhões ao “Mineirinho” – atribui-se ser Aécio Neves -, durante a campanha presidencial.
Mas, dentro da obviedade processual presumida, por que o Douto Juiz não quis proceder com investigações a fundo contra os lideres de Oposição no mesmo nível do que processara na relação com o PT e o ex-presidente Lula?
Por que esta conduta parcial, flagrantemente desprovida de razão? Por que, enfim, não investiga Aécio e todos os relacionamento na Lista?
ACUSAÇÕES MUITO GRAVES
Não precisa ser Expert em Contabilidade para identificar que de todos os documentos apreendidos pela Lava Jato nenhum tem mais consistência mais profunda e detalhada do que a Lista oferecida pela Odebrecht ao Juiz relator da Lava Jato, que insiste em recusar a delação premiada tão defendida por ele ao longo do processo – cenário este que desvenda atitude incompatível com mister judicante.
Ao se manter desta forma, ainda levando em conta as ações ilegais que cometera em vários momentos da Operação anteriormente, cada vez mais Moro perde a condição de Magistrado isento, portanto, já não desfruta de mesmas condições morais para se manter à frente da Lava Jato.
Pelo enredo processante, o Juiz não estava disposto a agir com senso de Justiça em todos os níveis e sim ser o Carrasco contra o PT e, sobretudo Lula, cuja missão a serviço de outros interesses – em especial prender Lula - ao que tudo indica ele não conseguirá o intento.
Em síntese, Moro não é Juiz isento e isto afasta definitivamente a aura de Justiceiro.
Tudo faz crer e o leva mais à condição de Perseguidor, ator de uma trama que começou há anos para extinguir Lula e o PT – algo que não conseguirá, assim como não conseguiu o ex-Ministro Joaquim Barbosa.
UM DETALHE A DESVENDAR A OPERAÇÃO ABAFA
Está lá no Blog “Do Cafezinho” expondo números impressionantes envolvendo os partidos de Oposição. Diz o site:
“Um internauta se deu ao trabalho de cruzar os números da planilha da Odebrecht com os dados do TSE. O resultado, segundo ele, explica porque a mídia e a Lava Jato resolveram abafar a planilha. O cruzamento revela que PMDB e PSDB, somados, omitiram de suas declarações a cifra de R$ 8 milhões em doações. O PT, em oposição, teve redução do valor legalmente declarado de R$ 336,00.”
Trocando em miúdos, com os novos fatos registrados a Operação Lava Jato acabou, perdeu de vez o sentido e destinação legal.
ÚLTIMA
“Onde houver trevas/ que eu leve a luz...”
http://www.brasil247.com/pt/colunistas/waltersantos/222763/Cai-a-m%C3%A1scara-de-Moro;-ao-se-recusar-investigar-oposi%C3%A7%C3%A3o-ele-assume-ser-parcial.htm

Parlamentares petistas criticam ação midiática da PF na sede do PT

PimentaWandiZaratti
Parlamentares do Partido dos Trabalhadores criticaram, nesta quinta-feira (23), a ação midiática de busca e apreensão realizada na sede nacional do partido em São Paulo. Em nota, o PT afirmou que “nada tem a esconder, sempre esteve e está à disposição das autoridades para quaisquer esclarecimentos”.
O deputado Paulo Pimenta (PT-RS) destacou que essas ações só existem porque os governos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidenta eleita Dilma Rousseff estabeleceram autonomia para a instituição.
Ele criticou, também, o tom de espetacularização dada à operação da manhã desta quinta. “Para cumprir mandato de busca e apreensão na sede do PT, se vê policiais federais vestidos como se fossem fuzileiros navais, com fuzis e armas de grosso calibre. Qual é o sentido de, para cumprir mandato de busca e apreensão de computador e coisas assim, montar uma operação de grande monta?”
Para ele, a razão é produzir fotos e imagens que servirão para a disputa política. “Não se vê esse espetáculo quando o alvo prioritário é o PMDB, que teve seu presidente de honra, do Senado e da Câmara denunciados num esquema de milhões de dólares e contas no exterior”.
O deputado Wadih Damous (PT-RJ) também criticou o tom midiático dado à operação. “Um fato inquestionável sobre as notícias do dia: querem destruir o PT a qualquer custo. Utilizam o aparato policial para enriquecer o espetáculo político e midiático contra o PT”, disse.
Governo golpista - Em sua página no Facebook, o deputado Carlos Zarattini (PT-SP) também criticou a ação do PF que, na sua avaliação, visa ocultar a corrupção do governo golpista. “Foi uma ação comandada pelo Palácio do Planalto onde hoje governa o golpista Temer. O objetivo dessa ação é tentar ocultar os crimes desta camarilha que tomou o poder”, afirmou. Zarattini questionou ainda por que se investiga apenas o PT. “Por que não se vai a fundo nas denúncias que atingem o pr
http://www.ptnacamara.org.br/index.php/manchetes/item/28166-parlamentares-petistas-criticam-acao-midiatica-da-pf-na-sede-do-pt

Nota do Partido dos Trabalhadores sobre a Operação Custo Brasil

estrelaPT
O Partido dos Trabalhadores divulgou nota, nesta quinta-feira (23), em que condena a operação da Polícia Federal na sede nacional de São Paulo, realizada de maneira “desnecessária” e “midiática”. O partido considerou que a ação da PF ocorreu justamente num momento em que os fatos e denúncias envolvem outros agentes políticos, o que denotaria ser uma “operação diversionista na tentativa renovada de criminalizar o PT”.
Leia íntegra da nota.
Nota Oficial do PT
O Partido dos Trabalhadores condena a desnecessária, midiática, busca e apreensão realizada na sede nacional de São Paulo.
Em meio à sucessão de fatos e denúncias envolvendo políticos e empresários acusados de corrupção, monta-se uma operação diversionista na tentativa renovada de criminalizar o PT.
A respeito das acusações assacadas contra filiados do partido, é preciso que lhes sejam assegurados o amplo direito de defesa e o princípio da presunção de inocência.
O PT, que nada tem a esconder, sempre esteve e está à disposição das autoridades para quaisquer esclarecimentos.
São Paulo, 23 de junho de 2016.
Comissão Executiva Nacional do PT
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Deputada acusa Romário e pode derrubá-lo: 'trocou voto no impeachment por cargo'

Acusação contra Senador pode prejudicá-lo durante campanha pela prefeitura do Rio.


Deputado recebe forte acusação de deputada federal
O Senador Romário Farias, do PSB, anunciou recentemente sua campanha pela Prefeitura do Rio de Janeiro. Nem bem começou a campanha e ele já vem sendo alvo de acusações. Uma delas feita pela deputada federal Mara Gabrilli, do PSDB de São Paulo, que é cadeirante e conhecida justamente pelo seu trabalho em prol dos deficientes físicos. Ela é muito respeitada pelos colegas.
De acordo com uma reportagem publicada pelo colunista Lauro Jardim do jornal 'O Globo' nesta quinta-feira, 23, Cabrilli não teria gostado nada de como aconteceu a nomeação de uma ex-deputada para o cargo de Secretária da Pessoa com Deficiência do governo do presidente em exercício Michel Temer, do PMDB.
A nomeação de Rosinha da Adefal foi publicada na segunda-feira, 21, pelo Diário Oficial da União. É bom lembrar que Mara não poderia ocupar o cargo, já que a Secretaria não tem mais status de Ministério. Ela precisaria abdicar do cargo de deputada para atuar na função, que ela considera muito importante.
Mara não reduzir o poder de suas palavras. Para ela, a nomeação de Rosinha foi um acordo entre o Senador Romário e o Palácio do Planalto, sob representação, é claro, de Temer. "Romário trocou o voto no impeachment por este cargo. Ele, que se diz honesto, está fazendo o jogo mais podre da política", detonou a política. De acordo com ela, o Congressista teria realizado barganha para que Rosinha ganhasse o cargo.
Ela lembrou o fato de que Romário chegou a dizer na imprensa que poderia alterar seu voto em relação ao impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff. De fato, isso ocorreu, mas recentemente o "baixinho" mandou avisar ao Senador Magno Malta, do PSC do Espírito Santo, que não faria "gol contra o Brasil", preferindo continuar a favor do impedimento. Ele foi um dos 55 Senadores que votou pelo afastamento da petista no dia 12 de maio.
"Romário usa a causa das pessoas com deficiência para autopromoção", continuou criticando a deputada, que reconheceu, no entanto, que o Congressista também era um militante por ter uma filha com Síndrome de Down.

http://br.blastingnews.com/brasil/2016/06/deputada-acusa-romario-e-pode-derruba-lo-trocou-voto-no-impeachment-por-cargo-00980833.html?_utm_source=1-2-2

Alexandrino, da Odebrecht, queria contar tudo, mas Ministério Público só quer saber do PT

: Preso por quatro meses na Operação Erga Omnes, 14ª fase da Java Jato, o executivo, libertado há cerca de um mês, tem dito a amigos que, em seus depoimentos na prisão, propôs contar tudo o que sabia sobre as relações da companhia com os governos brasileiros ao longo de mais de 20 anos como funcionário de carreira do grupo; “Mas, não se interessaram em saber tudo. Só quiseram informações dos últimos 12 anos”; Alexandrino (na foto com Eliseu Padilha, ministro dos Transportes de FHC) foi diretor de Relações Institucionais da Odebrecht e ex-vice-presidente da Braskem; declaração evidencia que houve malfeitos também nos dois governos de Fernando Henrique Cardoso (PSDB)
26 de Junho de 2016 às 15:17
247 - O ex-executivo da Odebrecht Alexandrino de Alencar, que ficou preso por quatro meses com a deflagração da 14ª fase da operação Lava Jato, e libertado há cerca de um mês, tem dito a amigos que, em seus depoimentos na prisão, propôs contar tudo o que sabia sobre as relações da companhia com os governos brasileiros ao longo de mais de 20 anos como funcionário de carreira do grupo. “Mas, não se interessaram em saber tudo. Só quiseram informações dos últimos 12 anos”, assim Alexandrino tem dito.
O período a que o Ministério Público Federal (MPF) se interessa é relativo tão somente aos anos do PT no poder. Alexandrino, que foi diretor de Relações Institucionais da Odebrecht e ex-vice-presidente da Braskem, deixa implícito que houve malfeitos também nos dois governos do tucano Fernando Henrique Cardoso (1995-2001). A recusa do MPF é mais um indício evidente de que a Operação Lava Jato não se propõe à decantada uma faxina ética no país, mas resume-se a expurgar o PT do poder.
Quando da prisão de Alexandrino na Operação Erga Omnes, a PF informou ao juiz federal Sérgio Moro que o ex-presidente Lula havia conversado com o executivo em 15 de junho de 2015. Quatro dias depois do telefonema, Alexandrino Alencar foi preso.
Segundo o relatório, Lula estaria preocupado com ‘assuntos do BNDES’. Em depoimento, em 12 de maio deste ano, Alexandrino afirmou à Polícia Federal que recebeu ’em quatro ou cinco oportunidades’ Rafael Ângulo Lopez, apontado pela força-tarefa da Operação Lava Jato como carregador de malas de dinheiro do doleiro Alberto Youssef.
Na ocasião, Alexandrino contou que se reuniu em pelo menos duas ocasiões em hotéis de São Paulo com o ex-deputado José Janene (PP-PR) – morto em 2010 -, e com o ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás Paulo Roberto Costa.
Segundo o executivo da maior empreiteira do País também participaram dos encontros o doleiro Alberto Youssef e o ex-assessor parlamentar João Cláudio Genú, homem de confiança de Janene no Congresso.
Como se vê, nada foi relatado a respeito do período tucano no poder.
http://www.brasil247.com/pt/247/poder/240458/Alexandrino-da-Odebrecht-queria-contar-tudo-mas-MP-só-quer-saber-do-PT.htm

Folha elimina Aécio. Quem sobra no PSDB?

: Citado em inúmeras delações premiadas, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) sofreu, neste fim de semana, o mais duro golpe de sua carreira política, com a acusação, feita por Léo Pinheiro, da OAS, de que cobrava propina de 3% nas obras da Cidade Administrativa, por meio de Oswaldo Borges da Costa, seu tesoureiro informal e dono do avião utilizado pelo parlamentar; com isso, o presidente nacional do PSDB fica praticamente excluído da próxima disputa presidencial, abrindo espaço para três nomes no PSDB: os governadores Geraldo Alckmin e Marconi Perillo, assim como o chanceler José Serra; depois de quase chegar ao poder em 2014, Aécio apostou no 'quanto pior, melhor', incentivou o golpe parlamentar contra a presidente Dilma, mas se deu mal
26 de Junho de 2016 às 06:31 //
247 – Em outubro de 2014, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) era dono de um imenso capital político. Havia conquistado 48,5% dos votos e por muito pouco não chegou à presidência da República. Depois de tal desempenho, o melhor entre todos os candidatos tucanos nas quatro derrotas presidenciais sofridas pelo PSDB desde 2002, Aécio tinha tudo para se preparar com calma para 2018.
O parlamentar mineiro, no entanto, decidiu ser menos Tancredo Neves e mais Carlos Lacerda. Assumiu um discurso moralista e apostou no 'quanto pior, melhor', quando até as montanhas de Minas sabiam que esse não seria um caminho apropriado para seu sucesso na política.
Resultado: ainda que a presidente Dilma Rousseff tenha sido provisoriamente afastada do seu cargo, graças à aliança entre Aécio e Eduardo Cunha (PMDB-RJ), poucos políticos sofreram tantos danos nos últimos anos quanto o presidente nacional do PSDB.
Aécio já foi citado por diversos réus da Lava Jato como chefe de um mensalão em Furnas, por Delcídio Amaral como responsável por maquiar dados da CPI dos Correios (o que será confirmado por Marcos Valério) e agora será citado por Léo Pinheiro, da OAS, como cobrador de uma propina de 3% nas obras da Cidade Administrativa de Minas Gerais (leia aqui).
Léo Pinheiro diz ter provas e documentos para provar como os recursos ilícitos eram pagos, por meio de Oswaldo Borges da Costa, tesoureiro informal de Aécio e dono do avião utilizado pelo parlamentar.
Alckmin, Marconi e Serra
Com isso, o presidente nacional do PSDB fica praticamente excluído da próxima disputa presidencial, abrindo espaço para três nomes no PSDB: os governadores Geraldo Alckmin, de São Paulo, e Marconi Perillo, de Goiás, assim como o chanceler José Serra. Contra Alckmin, pesa o fato de ser o político mais rejeitado pela juventude brasileira, por seu perfil extremamente conservador. Contra Serra, há a sua associação com o governo ilegítimo de Michel Temer e também o fator da idade já avançada.
Aécio seria o candidato natural do PSDB. Mas depois de quase chegar ao poder em 2014, ele apostou no 'quanto pior, melhor', incentivou o golpe parlamentar contra a presidente Dilma e acabou se dando mal.
http://www.brasil247.com/pt/247/poder/240396/Folha-elimina-Aécio-Quem-sobra-no-PSDB.htm

FHC admite: “nosso sistema político acabou”

: O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) reconheceu que o sistema político brasileiro está em frangalhos; e a culpa é da Constituição; "Nosso sistema político acabou e a culpa disso é da Constituição de 1988 e as interpretações que foram dadas a ela", disse FHC durante evento promovido pela corretora XP Investimentos; "Nenhum país no mundo funciona quando você tem 30 partidos no Congresso e outros 20 em preparação. Isso é a receita para o desastre. Não tem como governar, fazer maioria", acrescentou; FHC disse também que a corrupção virou uma "coisa patológica", que minou todo o País; "Houve um processo de desmoralização de muitas instituições pela corrupção que generalizou"; FHC falou antes de saber que o presidente nacional do seu partido, Aécio Neves, seria delatado pela OAS como cobrador de propina
26 de Junho de 2016 às 09:59 //
Paula Barra, do Infomoney - Chegamos a esse ponto porque o governo errou e com apoio da sociedade", disse o ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso em plenária realizada na manhã deste sábado na Expert 2016, evento promovido pela XP Investimentos para premiar os principais escritórios e assessores credenciados à corretora.
"Hoje, conseguimos ter essa visão crítica, mas há cinco anos a situação econômica ainda era tratada como um certo "oba-oba", o Cristo Redentor levantando o voo, mas depois explodiu. Nenhuma das duas coisas foi verdadeira. Nunca levantamos tanto o voo e talvez não tenhamos também explodido tanto", comentou.
Segundo ele, erros fatais na condução da políticas econômicas levaram a essa situação. "Houve no Brasil e ainda há uma incompreensão por parte de setores críticos de que equilíbrio orçamentário é coisa de direita e ter orçamento frouxo é ter uma posição de esquerda. Isso é um erro. Equilíbrio orçamentário é necessário, sobretudo porque o mundo está globalizado, então não adianta fazer uma coisa muito diferente, já que os outros seguem uma regra".
Isso, no entanto, não quer dizer que os países não possam se endividar, acrescenta o ex-presidente, mas é preciso ter controle: "Quando estourou a crise mundial, o governo fez a política correta, anti-cíclica, mas aí de repente veio o estalo e acharam que sabiam como manter o crescimento: aumenta o credito público e o consumo. Mas fazer isso sem aumentar crescimento era a receita para o desastre. Foi um erro. Não diferente o Brasil teve esse resultado. E é de se lamentar que tenha demorado tanto para se deter esse processo. Por isso eu disse, houve aplausos da sociedade brasileira. Todos acham que estavam bem e não viam as vozes críticas".
Segundo o ex-presidente, o Brasil entrou em contramão ao processo global. "Quebramos. A verdade é que nos quebramos e houve um processo de desmoralização de muitas instituições pela corrupção que generalizou e mudou de qualidade". A corrupção virou uma "coisa patológica", que minou todo o País, disse.
Para ele, não será fácil colocar o País de volta aos trilhos, mas isso pode acontecer. "É importante chamar atenção para o fato de que alguns setores da sociedade amadureceram. Quando você olha hoje para essa meninada que se tornou Procurador da República, Polícia Federal, ou se tornaram juízes, vemos que é uma outra geração. Isso é reflexo da Constituição de 1988, que definiu o Ministério Público como um órgão independente do governo e a Polícia Federal que está amadurecendo nessa direção. Há também hoje a imprensa, que é livre, e a sociedade que sabe mais das coisas e quer participar. As forças renovadoras colocaram em xeque o sistema político, mas corrigir tudo isso leva tempo", ressaltou.
Impeachment pode passar, mas teremos 2 meses difíceis pela frente
Segundo FHC, ele foi resistente ao impeachment na época de Collor, assim como foi agora. Naquela época sua preocupação era se as estruturas resistiriam, agora o risco era se a população iria apoiar. "Demorou mas aconteceu. Era o que a sociedade queria. Chegou a um ponto de paralisia de decisões de tal forma que alguém precisava governar", disse.
Para ele, o Congresso não vai mudar sua posição e vai aprovar o impeachment, mas há dois meses pela frente que não podem ser ignorados. "O impeachment vai ser aprovado, mas teremos dois meses difíceis pela frente". "É um momento perigoso porque dá uma força enorme a alguns senadores, que podem começar a desencadear o jogo de barganhas que a população tem horror". Ou seja, "se correr o gato pega, se ficar o bicho come". Segundo ele, é preciso dar um certo espaço de tempo para isso acontecer e, passado essa situação, começar a reorganizar o Brasil, que já foi dado a largada pela área econômica. "No conjunto, a equipe econômica está sendo composta por pessoas competentes", comentou.
"Nosso sistema político acabou"
Segundo FHC, "nosso sistema político acabou e a culpa disso é da Constituição de 1988 e as interpretações que foram dadas a ela". "Nenhum país no mundo funciona quando você tem 30 partidos no Congresso e outros 20 em preparação. Isso é a receita para o desastre. Não tem como governar, fazer maioria", disse.
Segundo ele, a população cria a ilusão que o presidente eleito tem toda a força, porque foi eleito por maioria absoluta, mas ele precisa de ter o apoio do Congresso. "O maior partido é o PMDB, que tem 66 deputados, sobre um total de 513. Não é nada. O segundo é o PT, que tem 62, e o terceiro, o PSDB. E esses três não se somam. Então, como é que você governa? Essa é a raiz do problema. Nosso sistema é democrático e nosso Congresso é pulverizado, por conta da constituição de 88, que tinha horror ao regime autoritário e não criou limites à criação de partidos", disse.
Volta à corrida presidencial?
Questionado se pensa em voltar à se candidatar à Presidência da República, FHC respondeu: "Se tivesse 10 anos a menos até me arriscaria, porque a situação é muito difícil, mas tenho 85 anos, voltar é abreviar a minha vida". Na sequência, o ex-presidente disse que não acredita em "salvadores da pátria" e que não é pessimista - antes de tudo. "Olhe para a economia brasileira. Temos um dinamismo brutal, fomos capaz de ter uma agricultura fantástica. Somos o único país da América Latina que tem industria. Podem ter saqueado a Petrobras, mas ela ainda é uma grande empresa. Vocês são exemplos disso. Temos uma força renovadora grande no Brasil. Eu vou apoiar com energia quem me pareça que tem pinta para avançar", destacou.
Antes de finalizar a plenária, FHC disse não queria deixar como sua mensagem final se voltaria ou não, porque ele não volta. "O que eu quero deixar é que temos que continuar acreditando, porque vai dar certo".
http://www.brasil247.com/pt/247/economia/240420/FHC-admite-“nosso-sistema-político-acabou”.htm

Gaspari: Temer pedala debaixo de aplausos

: Segundo o jornalista, em crítica feroz ao governo do vice interino, povo está encantado com a desenvoltura com que Temer pedala, dentro da lei e debaixo de aplausos; ele questiona o refresco na dívida dos Estados, que deixa rombo de R$ 50 bilhões nas contas da União: “Quando disseram a Eremildo que a maior parte da dívida estava com São Paulo, Rio e Minas Gerais, enquanto o Piauí nada devia, ele achou que isso era conversa de petista mentiroso. Era verdade, ele não entendeu, mas conformou-se. Afinal de contas, é um idiota”
26 de Junho de 2016 às 15:47 //
247 - O Jornalista Elio Gaspari, em sua última crônica envolvendo o personagem Eremildo, o Idiota – uma alusão à massa ignara do Brasil –, diz que o vice interino Michel Temer continua a ter um apoio imotivado.
Segundo o jornalista, “o cretino tem uma bicicleta, sabe que as pedaladas fiscais da doutora Dilma tinham um ingrediente de maquiagem contábil e está encantado com a desenvoltura com que Temer pedala, dentro da lei e debaixo de aplausos”.
Gáspari faz uma crítica feroz à negociação de Temer para refrescar a dívida dos estados, aliviando para maus pagadores como Rio, Minas e São Paulo, enquanto indigentes como Piauí já honraram seus compromissos.
Temer “pedalou” a conta dando às unidades federadas uma moratória de seis meses, seguida de um desconto decrescente nas prestações, deixando um rombo de R$ 50 bilhões nas contas da União.
“Quando disseram a Eremildo que a maior parte da dívida estava com São Paulo, Rio e Minas Gerais, enquanto o Piauí nada devia, ele achou que isso era conversa de petista mentiroso. Era verdade, ele não entendeu, mas conformou-se. Afinal de contas, é um idiota.”
http://www.brasil247.com/pt/247/midiatech/240460/Gaspari-Temer-pedala-debaixo-de-aplausos.htm

Corrupção na Lava Jato?

Tijolaço: “caixinha da leniência” é ilegal e imoral

: Jornalista Fernando Brito, do Tijolaço, condena a insidiosa tentativa da Força Tarefa da Lava Jato de ficar com 10% dos acordos de leniência firmados no âmbito da operação; os 10% valem para os grandes acordos; para os menores é de 20%; “Será possível que não escandalize ninguém que um grupo de promotores tenha nas mãos uma fortuna destas para “distribuir” a unidades policiais – e a quem mais, empresas, ongs, o que seja? – a seu exclusivo critério?”, questiona o blogueiro
26 de Junho de 2016 às 15:55 //
Jornalista Fernando Brito, do Tijolaço, condena duramente a insidiosa tentativa do Ministério Público Federal de ficar com 10% dos acordos de leniência firmados no Âmbito da Operação Lava Jato. Os 10% valem para os grandes acordos. Para os menos é de 20%. “Será possível que não escandalize ninguém que um grupo de promotores tenha nas mãos uma fortuna destas para “distribuir” a unidades policiais – e a quem mais, empresas, ongs, o que seja? – a seu exclusivo critério, ou “combinado” com o Dr. Sérgio Moro?”, questiona o blogueiro.
Leia:
FERNANDO BRITO
O assunto já tinha surgido, estranhamente, na “ajudinha” do Juiz Sergio Moro para a Polícia Federal do Paraná que estaria “sem dinheiro” para pagar luz e conserto de automóveis – e comprovou-se que não estava.
Agora, porém, toma dimensões assustadoras.
Noticia a Folha que os promotores da “Força Tarefa” – um ente, aliás, sem existência jurídica – está incluindo uma “caixinha” de 10% para si mesma nos acordos de leniência com as empreiteiras envolvidas na Lava Jato.
10% nos “grandes” acordos, aliás, porque a taxa é de 20% nos de menor valor.
Nos dois acordos em negociação, segundo a Folha os “acordos renderiam, ao longo dos próximos anos, R$ 170 milhões aos órgãos que cuidam das investigações”. O próprio “decano” da “Força”, Carlos Fernando de Lima, admite que ” a força-tarefa pode arrecadar mais de R$ 300 milhões”.
Será possível que não escandalize ninguém que um grupo de promotores tenha nas mãos uma fortuna destas para “distribuir” a unidades policiais – e a quem mais, empresas, ongs, o que seja? – a seu exclusivo critério, ou “combinado” com o Dr. Sérgio Moro?
Com que tipo de critério, com que tipo de acompanhamento, com que controle financeiro?
Ah, mas os objetivos são nobres, “combater o crime e a corrupção”…
Boas intenções, como se sabe, lotam o inferno…
Não falta dinheiro ao Ministério Público e ao Judiciário, como se vê pelos vencimentos e montes de penduricalhos que se auto concedem em seus contracheques.
A ideia de uma “caixinha do bem” é tão repugnante como qualquer outra caixinha. Dinheiro público tem de ir para a conta do Tesouro, mesmo reservado a fundos específicos, que sejam voltados para o combate ao crime.
Do contrário, estaremos instituindo um poder fora dos Poderes, que pode financiar, a seu bel prazer, setores da polícia e da Justiça. Quem sabe, até, para aplicar em campanhas político legislativas, com a das das “medidas contra a corrupção”, com que o Ministério Público quer usurpar as funções legislativas.
O que está acontecendo é muito grave: a criação do PMP, o “partido do Ministério Público”, que não precisa de votos, tem um “fundo” milionário para dispor e, desagradado por alguém, ainda pode desmoralizar publicamente quem quiser com acusações.
A “República de Curitiba” parece estar montando sua própria estrutura de impostos.
O que mais falta para se constituir em um “estado” dentro do Estado?

O deus-dinheiro, o impeachment e a volta da caça às bruxas

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As novas ações midiáticas patrocinadas pela juristocracia tupiniquim (desta vez tendo à frente um pupilo da tresloucada autora do pedido de impeachment), recolocam no debate a questão acerca dos maiores interessados no golpe, esse estupro à democracia brasileira. Cada vez fica mais claro que, para além dos pastelões, corruptos e fanfarrões que abundam no Congresso e no governo interino, os verdadeiros interessados no imediato retorno de nosso país à velha categoria das repúblicas das bananas são os ricos e poderosos. Por isso, é fundamental entendermos o que está por detrás do jogo jogado do impeachment fajuto.
Giorgio Agamben, um dos principais intelectuais contemporâneos, professor em diversas universidades europeias e norte-americanas explicou, em entrevista recente (leia na íntegra, aqui), como funciona a atual fase do capitalismo (concentrador de riqueza, fundamentalmente rentista e excludente, que move todos os interesses, inclusive a determinar os rumos da política e da vida das pessoas). Agamben foi definido pelo Times e pelo Le Monde como uma das dez mais importantes cabeças pensantes do mundo. Sua obra, influenciada por Michel Foucault e Hannah Arendt, centra-se nas relações entre filosofia, literatura, poesia e, fundamentalmente, política.
Quando lemos com atenção algumas considerações de Agamben sobre a democracia, por exemplo, entendemos com mais clareza o que está por detrás de afrontas à cidadania em várias partes do mundo, como o golpe em curso no país. Para ele, “a nova ordem do poder mundial funda-se sobre um modelo de governabilidade que se define como democrática, mas que nada tem a ver com o que este termo significava em Atenas”.
Para manter um empreendimento dito democrático e que, paradoxalmente, produz imensa concentração de renda e riqueza nas mãos do 1% mais ricos em detrimento à dignidade da absoluta maioria das pessoas, o capitalismo, atualmente, sobrevive da fabricação de crises: “Crise e economia atualmente não são usadas como conceitos, mas como palavras de ordem, que servem para impor e para fazer com que se aceitem medidas e restrições que as pessoas não têm motivo algum para aceitar. “Crise” hoje em dia significa simplesmente “você deve obedecer! ”.
Neste sentido, explica Agamben, “é preciso tomar ao pé da letra a ideia de Walter Benjamin, segundo o qual o capitalismo é, realmente, uma religião, e a mais feroz, implacável e irracional religião que jamais existiu, porque não conhece nem redenção nem trégua. Ela celebra um culto ininterrupto cuja liturgia é o trabalho e cujo objeto é o dinheiro. Deus não morreu, ele se tornou dinheiro. ”
Nos dizeres do professor Ladislau Dowbor, "a expansão dos lobbies, a compra dos políticos, a invasão do judiciário, o controle dos sistemas de informação da sociedade e a manipulação do ensino acadêmico representam alguns dos instrumentos mais importantes da captura do poder político geral pelas grandes corporações. Mas o conjunto destes instrumentos leva em última instância a um mecanismo mais poderoso que os articula e lhe confere caráter sistêmico: a apropriação dos próprios resultados da atividade econômica, por meio do controle financeiro em pouquíssimas mãos."
Ademais, a associação entre os grandes oligopólios do capitalismo internacional com a manipulação da mídia, serviçal desses grupos, naturaliza todo o tipo de violência real e simbólica contra a democracia: “É mais simples manipular a opinião das pessoas através da mídia e da televisão do que dever impor em cada oportunidade as próprias decisões com a violência. ”
No caso brasileiro, a liturgia formal do voto popular deixou de ser um “esquema” a beneficiar os históricos usurpadores das riquezas e do trabalho nacionais e, assim sendo, não mais interessa aos donos do deus-dinheiro respeitar as regras procedimentais da democracia. O resultado eleitoral pode, portanto, ser anulado com desculpas das mais esfarrapadas. Os capachos tupiniquins do grande sistema de corrupção internacional que move o capitalismo atualmente resolveram jogar no lixo as deliberações eleitorais para tocarem um impeachment sem crime de responsabilidade. O que é isso? Simples: é golpe.
Essa percepção acerca do estupro à nossa democracia parece se tornar cada vez mais clara. Mesmo não apreciando certo culturalismo dependente que gosta de bajular as “inteligências” alienígenas como se fossem melhores que a produção da reflexão autóctone, é digno de destaque o fato de, nesta semana, intelectuais de referência em todo o mundo, como os filósofos alemães Jürgen Habermas, Axel Honneth e Rainer Forst, a filósofa norte-americana Nancy Fraser e o filósofo canadense Charles Taylor terem assinado um manifesto internacional de repúdio ao que classificaram como “golpe branco” contra a democracia brasileira. Expressão também já utilizada, mais de uma vez, pelo Papa Francisco. (Veja aqui >>>).
Segundo o manifesto internacional, a oposição no Brasil, formada por partidos de direita, aproveitou-se da crise econômica para levar adiante uma campanha “violenta” contra um governo eleito democraticamente. Por isso, o objetivo do impeachment da presidenta Dilma Rousseff é atacar direitos sociais, desregulamentar a economia e frear as investigações de corrupção.
Noutro documento, com mais de mil assinaturas, artistas e intelectuais estrangeiros também manifestaram solidariedade ao Brasil. O texto diz que os movimentos sociais “estão sujeitos a uma ofensiva política de grande magnitude que leva o Brasil a um período de grande retrocesso democrático” e obscuridade.
Talvez, pelo fato de ameaçar a hegemonia dos donos do capital especulativo e rentista não somente daqui, mas do mundo (haja vista as potencialidades nacionais, como nossas reservas de petróleo e a biodiversidade – ativos valiosíssimos no presente e no futuro), a caçada ao PT voltou com toda a força nesta semana. Curiosamente, depois de uma reunião entre a ninfa justiceira e um ministro interino e, para o delírio dos moralistas sem moral, foram retomados mais uma vez os espetáculos policialesco-midiático-seletivos. Incrivelmente, logo após a divulgação de dezenas de áudios a comprovarem a corrupção endêmica e sistêmica envolvendo o PMDB, o PSDB e o DEM há anos, nestas plagas. A justiça brasileira é uma bênção para os homens e as mulheres de ben$, com cifrão no final.
Não serei eu a defender Paulo Bernardo e ninguém que, eventualmente, tenha praticado atos de corrupção. Mas, até para um idiota político valem as perguntas: alguém já viu ou ouviu falar que a polícia (política) federal tenha vasculhado as sedes nacionais de partidos inúmeras vezes citados em casos de corrupção como o PSDB, DEM, PP, PMDB? Alguém conhece pelo menos um tesoureiro nacional desses partidos que tenha sido investigado? Quantos ministros do governo FHC, flagrados em escutas comprometedoras em diferentes ocasiões, foram conduzidos à prisão, tiveram condução coercitiva ou prestaram depoimentos (cobertos ao vivo pela mídia?) Em síntese: a juristocracia seletiva tupiniquim faz com que o Tomás de Torquemada, no túmulo, sinta-se apequenado.
O fato é que, como nenhum partido conseguiu ganhar quatro eleições seguidas para a Presidência em toda história republicana brasileira (e, não obstante o massacre midiático-justiceiro contra o ex-presidente Lula, uma liderança que continua firme numa provável disputa presidencial futura), o PT ainda é um perigo real e simbólico aos donos do capital internacional e seus capachos daqui e, portanto, deverá ser aniquilado. E o primeiro passo, dado o fracasso da cavalar campanha midiática contra o partido, é consolidar a empreitada golpista.
Os gigolôs do capitalismo rentista, sacerdotes e sacerdotisas do deus-dinheiro, e seus prepostos das coalizões que articulam o golpe nessas plagas (veja aqui >>>) querem manter o país como eterna colônia. E farão de tudo para trucidar quaisquer pessoas e grupos que se opuserem aos seus intentos.
http://www.brasil247.com/pt/colunistas/robsonsavioreissouza/240358/O-deus-dinheiro-o-impeachment-e-a-volta-da-caça-às-bruxas.htm