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quarta-feira, 30 de setembro de 2020

Luizianne Lins: enquanto brasileiros sofrem para botar comida na mesa, grandes produtoras lucram com incentivos do desgoverno


Candidata a prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins alertou para a necessidade de ações com o objetivo de garantir a segurança alimentar na capital, que fica num País com sérios riscos de voltar ao mapa da fome. Em tom de crítica, a postulante também afirmou que "grandes empresas produtoras de alimentos lucram com incentivos do desgoverno"

30 de setembro de 2020, 11:27 h Atualizado em 30 de setembro de 2020, 11:53

Luizianne Lins Luizianne Lins (Foto: Rprodução/Facebook)

247 - A candidata do PT à Prefeitura de Fortaleza, Luizianne Lins, criticou os incentivos fiscais concedidos pelo governo Jair Bolsonaro a empresas de alguma forma estão envolvidas no trabalho voltado ao agronegócio. "Enquanto brasileiros sofrem para botar comida na mesa com a alta de preços, grandes empresas produtoras de alimentos lucram com incentivos do desgoverno para exportações e redução de funcionários. ABSURDO!", escreveu ela no Twitter.

Isenções e reduções de impostos somam quase R$ 10 bilhões por ano, apontou um estudo da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), feito por pesquisadores da Fiocruz e da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ).

O valor é quase quatro vezes o orçamento total previsto para o Ministério do Meio Ambiente neste ano (R$ 2,7 bilhões) e mais que o dobro do que o SUS gastou em 2017 para tratar pacientes com câncer (R$ 4,7 bilhões), de acordo com o informações divulgadas pelo Repórter Brasil, em fevereiro deste ano.

Foto do perfil, abre a página do perfil no Twitter em uma nova aba

Luizianne Lins

@LuizianneLinsPT

Enquanto brasileiros sofrem para botar comida na mesa com a alta de preços, grandes empresas produtoras de alimentos lucram com incentivos do desgoverno para exportações e redução de funcionários. ABSURDO! #ForaBolsonaro

10:03 AM · 29 de set de 2020

Enquanto há isenções para o agronegócio, o preço de cinco quilos de arroz, por exemplo, chega a custar cerca de R$ 40. A cesta básica ficou 20% mais cara nos últimos 12 meses. Neste ano o arroz, por exemplo, teve um reajuste de até 320%, de acordo com o ProconsBrasil. Por consequência, supermercados do Rio já limitam a compra dos produtos pelos clientes, para não faltar estoque.

No mês passado, o ministro Paulo Guedes (Economia) culpou os pobres pela alta nos preços. "Os mais pobres estão comprando, estão indo no supermercado, estão comprando material de construção. Então, na verdade, isso é um sinal de que eles estão melhorando a condição de vida", disse.

Em 2020, o governo Bolsonaro concedeu benefícios ao agronegócio ao promulgar, no último dia 19, três pontos da chamada "Lei do Agro" que haviam sido vetados pelo Congresso Nacional. As novas regras foram consequência da Medida Provisória (MP) 897. O governo quer para o acesso a crédito e financiamento de dívidas de grandes produtores rurais. Também desonerou o setor nas contribuições relativas à Seguridade Social e em taxas de cartório.

No Projeto de Lei (PL) 735/2020, que prevê medidas emergenciais para agricultores familiares, Bolsonaro retirou, em agosto, o fomento de R$ 2.500, em parcela única, para cada unidade familiar. O benefício poderia chegar a R$ 6 mil, no caso de mulheres agricultoras.

Também foram retiradas a previsão de mais dinheiro para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), a renegociação de dívidas de pequenos agricultores e a concessão de um auxílio emergencial de cinco parcelas no valor de R$ 600 para o segmento.  

Ao justificar seus vetos, o governo disse que não havia previsão orçamentária e financeira para as medidas.

terça-feira, 29 de setembro de 2020

A mídia ignora plano do PT de reconstrução do País, afirma Gleisi Hoffmann


Postado em 28 de setembro de 2020

Foto; Lula Marques

A presidenta nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), avaliou nesta segunda-feira (28) que chega a ser um “acinte” a postura da mídia comercial de ignorar o Plano Nacional de Reconstrução e Transformação do Brasil. Lançado pelo partido na última semana, o projeto propõe ações para a retomada econômica e social do País, e a superação da crise. “Mas foi invisibilizado por boa parte dos veículos de comunicação tradicionais, que ignoraram a divulgação do plano”, protesta Gleisi.

A proposta, que será aperfeiçoada por outros partidos progressistas e movimentos sociais, contou no lançamento com falas de lideranças e governadores de outras siglas. Assim como dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, e do segundo candidato mais votado nas eleições presidenciais em 2018, Fernando Haddad. “Mas isso não foi relevante (para a mídia comercial)”, como lembra Gleisi ao criticar a mídia.

Gleisi Hoffmann destaca que o PT é reconhecido como o maior partido do Brasil e com um dos maiores quadros e liderança popular, como é o ex-presidente Lula. A presidenta da sigla ressalta que, em qualquer outro país, a divulgação do plano de reconstrução seria notícia. “Isso prova que o Brasil não está em uma democracia mesmo. Temos uma autocracia em relação aos meios de comunicação, à mídia e à elite brasileira”, avalia.

Regulamentação dos meios

“Eles querem que o PT suma do mapa, para eles seria bom o PT não existir, o Lula não existir, e ter um debate só entre a direita e a extrema direita no País, o que é muito triste”, observa a deputada federal aos jornalistas Rafael Garcia e Glauco Faria no programa Brasil TVT. “Eles (da mídia comercial) divulgam o que lhes interessam e tentam induzir a opinião das pessoas dentro dessa lógica”, acrescenta.

O descaso com a pluralidade de opiniões mostra, de acordo com Gleisi em sua crítica à mídia, que um dos maiores desafios do país no campo da comunicação é regulamentar a Constituição Federal. Historicamente o PT sempre foi cobrado por esse projeto, mas essa diretriz acabou não sendo implementada de fato. A medida, dessa vez, está expressa no Plano de Reconstrução e Transformação.

O principal objetivo é garantir o fim dos interesses cruzados e a externalidade da diversidade política que há no Brasil, como é previsto nos artigos da Carta Magna. “Não pode mais ter esse cruzamento de interesses econômicos, um monopólio de TV. Hoje seis, sete famílias têm o monopólio da comunicação no Brasil, das redes de TV, jornais. Então por isso mesmo que o PT passa a ser invisível, porque eles têm um lado, um propósito, jogam na política. Além de tudo têm negócios, atuam também na economia, e isso tem que parar”, destaca a deputada federal.

Renovação programática

Além do trato à comunicação e de outras pautas históricas progressistas, como a presença do Estado, o Bolsa Família e a transição ecológica, usando como referência o Green New Deal – considerado um ambicioso conjunto de metas climáticas solidificado pela esquerda dos Estados Unidos, o plano também traz uma política não discriminatória em relação aos marcos da Lei de Drogas de 2006.

Com maior destaque do que em outros programas anteriores do PT, o plano também trata do combate à política de encarceramento em massa. Até o ano passado, o Brasil tinha mais de 812 mil pessoas presas, de acordo com o Conselho Nacional de Justiça. A terceira maior população atrás das grades do mundo.

Passado o momento de crise, o país deve entrar em reformas mais estruturantes, aponta Gleisi Hoffmann. Entre elas no campo da segurança pública. O partido formou um Núcleo de Acompanhamento de Políticas Públicas na área, o NAPP, que reúne o setor de segurança pública do PT, e vozes de policiais progressistas, da academia e de representantes com ação e vivência no campo.

“Resolvemos apresentar algo mais consistente nessa área, porque sempre foi uma reclamação e uma crítica que o PT não tinha uma proposta para segurança pública. Nós sempre tivemos, discutimos, mas agora está de uma maneira mais organizada no plano. Penso que ainda precisa de complementação e mais debate. (…) Mas é um pouco resgatar aquilo que vínhamos construindo nesses 13 anos de governo do PT e de seus aliados. Tinha uma construção de um Estado forte, participativo, de fortalecimento em políticas públicas, sociais e inclusivas, vamos ter que resgatar. Até porque muitas dessas políticas estão sendo destruídas com o governo Bolsonaro, infelizmente”, explica a deputada federal a presidenta do PT.

Fonte: https://ptnacamara.org.br/portal/2020/09/28/130113/

Rica, ela chamou Lula de marginal. Agora é presa saindo do país com mala de dólares


Por Redação

7 ago 2017 - 10:42

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Socialite e empresária Isabel Christine de Mello Távora, que postou uma foto ao lado de uma placa de sinalização insinuando que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva era “marginal”, foi presa por evasão de divisas.

Da Redação*

Proprietária da CVC Manaus, a socialite e empresária Isabel Christine de Mello Távora, foi presa pela Polícia Federal quando tentava embarcar para Miami (EUA) com uma grande quantia de dólares em uma mala, no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, na zona Oeste de Manaus. Ironicamente, Isabel, que postou uma foto ao lado de uma placa de sinalização, insinuando que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva era “marginal”, foi presa por evasão de divisas.

Ela já havia sido presa na Operação Farol da Colina, deflagrada em 2007 para combater os crimes de sonegação, evasão de divisas, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. Isabel foi condenada pelo juiz federal da 2ª Vara da Seção Judiciária do Estado do Amazonas, Márcio Coelho de Freitas, a seis anos de prisão em regime semiaberto e ao pagamento de 140 dias-multa à razão diária de 5 (cinco) salários-mínimos.

Fonte: https://revistaforum.com.br/brasil/rica-ela-chamou-lula-de-marginal-agora-e-presa-saindo-do-pais-com-mala-de-dolares/

Haddad: bolsonaristas queimam livros, queimam florestas, queimam a língua


Ex-prefeito Fernando Haddad condena a nova prática de bolsonaristas, que agora queimam livros do escritor Paulo Coelho

29 de setembro de 2020, 10:36 h Atualizado em 29 de setembro de 2020, 11:26

Fernando Haddad e bolsonaristas queimam livros de Paulo Coelho Fernando Haddad e bolsonaristas queimam livros de Paulo Coelho (Foto: PT no Senado | Reprodução)

 

247 - O ex-prefeito de São Paulo e ex-ministro da Educação, Fernando Haddad, usou suas redes sociais nesta terça-feira (29) para condenar a nova prática de bolsonaristas, que agora queimam livros do escritor Paulo Coelho.

“Bolsonaristas queimam livros; queimam florestas, queimam recursos públicos; queimam pontes; queimam a língua (no caso da corrupção); mas mantém 1/3 de apoio. Vale lembrar que somos 3% da população mundial, mas contamos com 14% das mortes por Covid. Um feito!”, disse Haddad.

Saiba mais

Um vídeo que circula nas redes sociais mostra um casal de bolsonaristas queimando livros de Paulo Coelho. A senhora explica o motivo do gesto: as críticas que o escritor tem feito contra o Brasil.

Pelo Twitter, ao compartilhar uma postagem das imagens, Paulo Coelho diz que a cena lembra o nazismo. “O bigodinho do cara não deixa esconder a origem da ideia…”. Ele já havia postado na semana passada outro vídeo de alguém queimando seu best-seller “O Alquimista”, o livro mais traduzido no mundo.

Fonte https://www.brasil247.com/regionais/sudeste/haddad-bolsonaristas-queimam-livros-queimam-florestas-queimam-a-lingua

domingo, 27 de setembro de 2020

Conheça a declaração conjunta de Rússia e China que mete medo a Trump


A China e Rússia devem fortalecer a cooperação na luta contra a Covid-19 e em outras áreas para promover as relações bilaterais. Em encontro dos chanceleres Sergey Lavrov e Wang Yi ambos os países atualizaram sua parceria estratégica

27 de setembro de 2020, 10:29 h Atualizado em 27 de setembro de 2020, 15:00

Os chanceleres Wang Yi (China) e Sergei Lavrov (Rússia) Os chanceleres Wang Yi (China) e Sergei Lavrov (Rússia) (Foto: Xinhua)

247 - A Rússia e a China decidiram fortalecer sua cooperação bilateral estratégica. O fato tem dimensões globais que alteram a correlação geopolítica de forças. Leia a íntegra da declaração conjunta firmada pelos dois chanceleres. 

"A Federação Russa e a República Popular da China, em espírito de ampla parceria e interação estratégica, iniciando nova era, baseada numa visão comum da situação internacional atual e de problemas chaves, conclamam a comunidade internacional a reforçar a interação, aprofundar a compreensão mútua, enfrentar conjuntamente os desafios e da estabilidade política e da recuperação econômica mundial.

As partes declaram o seguinte:

1. O mundo moderno passa por fase de transformação profunda, cresce a turbulência, e estão sob ataque os processos de globalização econômica e a implementação de uma agenda de desenvolvimento sustentável para o período até 2030. A pandemia do novo coronavírus tornou-se o mais grave desafio global em tempos de paz.

As partes expressam profunda preocupação de que, contra o pano de fundo de uma pandemia de um tipo novo de coronavírus, estados individuais disseminam informação pouco precisa e falsa. Assim ameaçam a saúde e o bem-estar dos cidadãos, a segurança pública, a estabilidade e a ordem, e também impedem que os povos do mundo conheçam-se uns aos outros.

Quanto a isso, Rússia e China conclamam autoridades estatais, organizações públicas, a mídia e os círculos empresariais a fortalecerem a interação e combaterem unidas a informação falsa. Informação e avaliações disseminadas devem ser baseadas em fatos. E devem excluir qualquer interferência nos assuntos internos de outros países e ataques irracionais à estrutura e aos caminhos de desenvolvimento escolhidos por outros países.

As partes reiteram o seu firme apoio à Organização Mundial de Saúde e ao seu papel de coordenação na cooperação internacional para o combate às epidemias, defendem o aprofundamento da cooperação internacional nesta área, bem como a aceleração do desenvolvimento de medicamentos e vacinas.

As partes conclamam todos a pôr fim à politização do tema da pandemia e a unir todos os esforços para derrotar conjuntamente a infecção por coronavírus, responder conjuntamente aos vários desafios e ameaças e a envidar esforços para acelerar a implementação da Agenda de Desenvolvimento Sustentável 2030.

2. Este ano marca o 75º aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial – a maior tragédia da história da humanidade, que ceifou dezenas de milhões de vidas.

União Soviética e China receberam o golpe principal do fascismo e do militarismo, suportaram o peso da resistência aos agressores, detiveram, derrotaram e destruíram os invasores à custa de enormes perdas humanas, ao mesmo tempo que mostravam dedicação e patriotismo sem paralelo.

As novas gerações estão em dívida com aqueles que caíram em nome da defesa da liberdade e da independência, para o triunfo do bem, da justiça e do humanismo.

Uma moderna relação russo-chinesa, relação de parceria inclusiva e engajamento estratégico quando o mundo embarca numa nova era, é marcada pela carga poderosa e positiva de verdadeira camaradagem forjada nos campos de batalha da Segunda Guerra Mundial.

Preservar a verdade histórica sobre esta guerra é dever sagrado de toda a humanidade.

Rússia e a China se oporão conjuntamente às tentativas de falsificar a história, de converter em heróis os nazistas, os militaristas e seus cúmplices, e de degradar os vencedores. Nossos países não permitirão qualquer ‘revisão’ dos resultados da Segunda Guerra Mundial consagrados na Carta das Nações Unidas e em outros documentos internacionais.

3. No ano do 75º aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial e da formação das Nações Unidas, Rússia e China, como membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, reiteram sua firme adesão aos princípios do multilateralismo, e apoiam a realização de reuniões de alto nível programadas para coincidir com o 75º aniversário da fundação da ONU e o 75º aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial. Reiteram também a importância de convocar a comunidade internacional a proteger conjuntamente o sistema de relações internacionais, no qual a ONU desempenha papel central, e a ordem mundial baseada nos princípios do direito internacional, reafirmar as posições estabelecidas no a Declaração da Federação Russa e da República Popular da China sobre o Reforço do Papel do Direito Internacional de 25 de junho de 2016.

O lado chinês apoia a iniciativa do lado russo de convocar uma reunião de chefes de estado – membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU. Rússia e China pretendem continuar a defender resolutamente os objetivos e princípios da Carta das Nações Unidas, em particular os princípios de igualdade soberana e de não interferência nos assuntos internos de outros Estados, e defender a paz global e estabilidade.

As partes defendem a justiça nos assuntos internacionais, reformando e melhorando o sistema de governança global. As partes rejeitam categoricamente a prática de ações unilaterais e de protecionismo, a política de força e a perseguição entre estados, a introdução de sanções unilaterais que não sejam amparadas por fundamentos jurídicos internacionais; rejeitam também a aplicação extraterritorial de legislação nacional.

4. Há sérios desafios na esfera da segurança internacional, na responsabilidade por apoiar o Velho Pensamento nas categorias da Guerra Fria, forçando uma atmosfera de rivalidade entre as grandes potências. Operar para tentar garantir a própria segurança às expensas da segurança de outros estados compromete seriamente os princípios básicos das relações internacionais, a estabilidade global e regional e a segurança.

As partes destacam a importância de se manterem relações de interação construtiva entre as grandes potências com vistas a resolver problemas mundiais estratégicos em bases de igualdade e em espírito de respeito mútuo. Como membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU e como estados armados com armamento nuclear, as partes desempenham papel especial para preservar a estabilidade estratégica global e trabalham sob o espírito da Declaração Conjunta da Federação Russa e da República Popular da China assinada dia 5/6/2019, para fortalecer a estabilidade estratégica global na era moderna, para continuar a aprofundar a confiança estratégica mútua e manter a interação estratégica global e regional.

Rússia e China conclamam todos os estados que participam dos acordos e tratados para controle de armas, desarmamento e não proliferação a respeitar estritamente o fixado naqueles tratados e a respeitar os procedimentos para resolução de conflitos neles acordados.

5. As Partes continuarão a desenvolver a cooperação no campo da promoção e proteção dos direitos humanos, para promover, no âmbito dos órgãos de direitos humanos da ONU, a igualdade de tratamento de todas as categorias de direitos humanos, para intensificar os esforços em áreas que recebem atenção especial nos países em desenvolvimento: a implementação dos direitos econômicos, sociais e culturais e o direito ao desenvolvimento.

As Partes opõem-se à politização da agenda internacional de direitos humanos e opõem-se ao uso das questões de direitos humanos como pretexto para interferir nos assuntos internos de Estados soberanos.

6 As Partes implementam consistentemente uma política abrangente nessa área, eliminam causas e consequências do problema, promovem a formação de uma frente comum global contra o terrorismo, (???) papel central da ONU, opõem-se à associação ‘automática’ entre determinados estados e (i) terrorismo/extremismos; e (ii) religiões; e (iii) nacionalidades ou civilizações, quaisquer que sejam. E opõem-se à aplicação de duplos critérios nas atividades antiterroristas.

7. As partes conclamam a comunidade mundial a unir esforços na luta contra o uso de tecnologias de informação e comunicação para fins incompatíveis com os objetivos de manter a paz, a segurança e a estabilidade internacional e regional, bem como para atividades criminosas e terroristas executadas mediante tecnologias de informação e da comunicação.

As partes defendem a prevenção de conflitos entre estados que possam surgir como resultado do uso ilegal de tecnologias de informação e comunicação e reafirmam o papel fundamental da ONU no combate às ameaças no campo da segurança da informação internacional.

Nesse contexto, expressam seu apoio às atividades realizadas na ONU para desenvolver regras, normas e princípios de comportamento responsável dos Estados no espaço da informacional.

As partes saúdam e observam a oportunidade do lançamento, de acordo com a Resolução da Assembleia Geral da ONU nº 73/27, sob os auspícios das Nações Unidas, do primeiro mecanismo de negociação sobre o tema, do qual todos os Estados podem participar – o Grupo de Trabalho Permanente sobre Realizações no Campo da Informação e das Telecomunicações no Contexto da Segurança Internacional.

As partes também conclamam todos os Estados a participarem construtivamente do trabalho do Comitê Intergovernamental Ad Hoc de Especialistas, estabelecido de acordo com a Resolução 74/247 da Assembleia Geral da ONU , e do desenvolvimento inicial de uma convenção da ONU contra o uso criminoso de tecnologias de informação e comunicação.

As partes enfatizam a unidade de posições sobre a governança da Internet, incluindo a garantia de direitos iguais para os Estados participarem da governança da rede global, e observam a necessidade de aprimorar o papel da União Internacional de Telecomunicações neste contexto.

As partes concordaram em continuar a aprofundar a cooperação bilateral com base no Acordo entre o Governo da Federação Russa e o Governo da República Popular da China sobre cooperação no campo da segurança da informação internacional datado de 8 de maio de 2015.

8. As partes – cientes do impacto abrangente da economia digital no desenvolvimento socioeconômico dos países do mundo e no sistema de governança global, acreditam que a segurança do armazenamento de dados digitais afeta a segurança nacional, os interesses públicos e os direitos de indivíduos em cada estado – apelam a todos os países para que respeitem os princípios de participação universal para alcançar o desenvolvimento de regras globais de segurança de dados digitais que reflitam as aspirações de todos os estados e respeitem os interesses de todos os países.

O lado russo prestou atenção à “Iniciativa Global de Segurança de Dados Digitais” apresentada pelo lado chinês e saúda os esforços do lado chinês para fortalecer a segurança global dos dados digitais.

As partes expressam sua intenção de desenvolver a cooperação no campo da segurança da informação internacional em um formato bilateral, ONU, BRICS, OCX, Fórum Regional para Segurança das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN Regional Forum for Security) e outras plataformas multilaterais globais e regionais.

As Partes reconhecem o potencial significativo para o desenvolvimento da economia digital, especialmente durante uma pandemia, e apelam à comunidade mundial para que sigam as tendências de desenvolvimento; encorajem novos métodos de gestão econômica, novas indústrias, novos modelos de desenvolvimento; para que, juntos, formem ambiente aberto, justo e não discriminatório, para o desenvolvimento e aplicação de tecnologias de informação, atentos à segurança de dados e fluxos transnacionais; para que apoiem cadeias de abastecimento globais de produtos e serviços de informação.

9. As Partes envidam esforços para preservar o papel de liderança da Organização Mundial do Comércio nas áreas de liberalização e coordenação do comércio no desenvolvimento de regras para o comércio global e apoiar o sistema de comércio multilateral, cuja “pedra angular” é a OMC .

As partes conclamam a comunidade internacional a fortalecer a coordenação no campo da política macroeconômica, proteger a segurança e estabilidade das cadeias de valor globais, estimular o desenvolvimento da globalização econômica em direção a uma maior abertura, inclusão, prosperidade compartilhada, equilíbrio, benefício comum e contribuir para um recuperação inicial da economia mundial.

10. As partes têm em alta consideração a interação para discutir prioridades tópicas regionais, inclusive os casos que tenham a ver com Irã, Afeganistão, Síria e a Península Coreana.

Enfatizam que a única via efetiva para resolver problemas é o diálogo e declaram-se prontas, mediante o consenso, a continuar a participar de consultas multilaterais e do trabalho das plataformas de diálogo, para promover os processos de resolução política e diplomática de problemas relevantes.

11. Rússia e China continuarão seu trabalho de alinhar planos para o desenvolvimento da União Econômica da Eurásia e a construção da Iniciativa Um Cinturão, Uma Estrada, contribuindo para o fortalecimento da conectividade regional e do desenvolvimento econômico no espaço da Eurásia..

As partes confirmam o seu compromisso com a promoção paralela e coordenada da Grande Parceria da Eurásia e da Iniciativa Cinturão e Estrada.

12. O lado chinês apoia firmemente o trabalho feito pela Rússia na presidência dos grupos BRICS e OCX, e ativamente colaborará com o lado na preparação para a reunião dos chefes de estado dos BRICS e para a reunião dos chefes de estado da OCX, esse ano. As partes continuarão a reforçar contatos de coordenação dentro do G20, da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC) e de outros mecanismos multilaterais, reforçando o papel construtivo desses mecanismos.

Fonte: Ministério de Relações Exteriores da Rússia. Tradução não oficial do inglês

Fonte: https://www.brasil247.com/mundo/conheca-a-declaracao-conjunta-de-russia-e-china-que-mete-medo-a-trump

sábado, 26 de setembro de 2020

‘China valoriza ONU, Trump defende cada um por si’, afirma jornalista Aline Piva


Para a jornalista, com experiência em cobertura internacional, a China se colocou na ONU como nova liderança dos países defensores do multilateralismo, enquanto Trump tentou deslegitimar foros internacionais. Assista na TV 247

25 de setembro de 2020, 17:45 h Atualizado em 26 de setembro de 2020, 10:40

(Foto: Reprodução | Reuters)


247 - A jornalista Aline Piva, que já fez diversas coberturas internacionais, tendo morado em Washington (EUA) e Caracas (Venezuela), analisou, em comentário no Boa Noite 247, os discursos no presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e do presidente da China, Xi Jinping, na abertura da 75ª Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) e afirmou que o norte-americano defendeu a estratégia estadunidense do “cada um por si” e das negociações bilaterais, enquanto o chinês pregou o multilateralismo e colocou seu país como possível nova liderança global.

Aline explicou que os Estados Unidos, como tática, defendem políticas externas bilaterais porque nesse tipo de negócio o país consegue exercer uma força muito maior do que quando é obrigado a discutir questões dentro de foros internacionais como a ONU, por exemplo. “Existem dois blocos muito claros de países que são aqueles que têm feito discursos muito semelhantes ao do Trump. Para os Estados Unidos é muito mais vantajoso fazer negociações bilaterais do que você ter que dar um ar de que ‘estamos negociando dentro de foros multilaterais’ onde os países, em conjunto, têm um poder de barganha muito maior e acabam deixando os Estados Unidos em uma posição com um pouco menos de vantagem do que quando eles têm que fazer essas negociações bilaterais, aí os Estados Unidos vêm com tudo e poucos países conseguem fazer frente a ele”.

Segundo a jornalista, a China, juntamente com aliados, fizeram discursos na direção contrária, reforçando a importância e a necessidade do multilateralismo e relembrando que para isso foi fundada a ONU. Com esta linha de raciocínio, segundo Aline Piva, a China se colocou à disposição para assumir a liderança global dentre os defensores do multilateralismo.

“Por outro lado, tem o bloco dos países que vieram para lembrar da importância do multilateralismo. A gente precisa pensar que era muito simbólica a Assembleia Geral da ONU porque celebraria os 75 anos da fundação da ONU. Os países China, Venezuela, Turquia, diversos países que fazem parte desse bloco mais próximo da China lembraram do motivo porque um organismo multilateral foi fundado, da importância, da necessidade de você reformar o Conselho de Segurança, por exemplo. Isso vai na contramão do que o Trump quer. Quando o Trump relembra o ‘cada um por si’ ele está colocando essa política dele de deslegitimar foros internacionais. Por outro lado, a China se coloca como possível líder desse bloco que prefere a multipolaridade. A gente chegou nesse momento, 75 anos depois da fundação da ONU, com os Estados Unidos basicamente abrindo mão de seu papel de liderança global e a China também muito pragmática em termos de relações internacionais”.

Fonte: https://www.brasil247.com/entrevistas/china-valoriza-onu-trump-defende-cada-um-por-si-afirma-jornalista-aline-piva

Vendem Deus e Jesus para fazer Política e Dinheiro. Prisões expõem farsa...

sexta-feira, 25 de setembro de 2020

Submissão de Bolsonaro a Trump custa caro: exportações do Brasil aos EUA caem 32%


As vendas brasileiras aos Estados Unidos caíram 32%, ao passar de US$ 19,8 bilhões entre janeiro e agosto de 2019 para US$ 13,4 bilhões no mesmo período de 2020. Submissão de Jair Bolsonaro a Donald Trump está custando caro ao Brasil, sem qualquer vantagem para o país

25 de setembro de 2020, 09:26 h Atualizado em 25 de setembro de 2020, 10:32

Donald Trump e Jair Bolsonaro Donald Trump e Jair Bolsonaro (Foto: Alan Santos/PR)

247 - As vendas brasileiras aos Estados Unidos caíram 32%, ao passar de US$ 19,8 bilhões entre janeiro e agosto de 2019 para US$ 13,4 bilhões no mesmo período de 2020, tendo petróleo e semi-manufaturados como principais itens. O déficit na balança comercial entre os dois países fechou em mais de US$ 3 bilhões negativos para o Brasil até agosto, contra apenas pouco mais de 200 milhões negativos no ano passado. Os dados foram divulgados pelo jornal El País.

Os negócios com a China, segunda maior potência econômica mundial, aumentaram quase 6%. Criticados por Jair Bolsonaro, os chineses são o maior parceiro comercial brasileiro e os negócios entre os dois países giraram em torno de US$ 69,1 bilhões (cerca de R$ 380 bilhões), com saldo para o Brasil em alta - cerca de US$ 25,5 bilhões. Os EUA são o segundo, com US$ 29,8 bilhões (R$ 164,2 bilhões aproximadamente).

Os dados apontaram para uma falta de rumo na política externa brasileira. Jair Bolsonaro demonstrou em várias ocasiões a sua submissão ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, por motivos como algumas posições em comum, como, por exemplo, a pena de morte para traficantes e outras colocações extremistas, além da abertura do mercado a investidores americanos.

Um dos sinais mais recentes da subserviência a Trump foi dado no mês passado, no Fórum Econômico Mundial de Davos. "Temos muita riqueza na Amazônia e eu adoraria explorar essa riqueza com os Estados Unidos", disse Bolsonaro (vídeo abaixo).

Dando continuidade a uma política que destrói a indústria e fere a soberania nacional, o governo Bolsonaro aprovou, neste mês, uma cota de isenção tarifária para a importação de 187,5 milhões de litros de etanol dos Estados Unidos.

No âmbito militar, o Brasil entregou a base de Alcântara, no Maranhão, aos EUA. Outro detalhe é que o general de brigada Alcides Valeriano de Faria Júnior, ocupa o cargo de subcomandante de interoperabilidade do Comando Sul, unidade militar dos EUA que coordena os interesses estratégicos do país na América do Sul, na América Central e no Caribe. Ou seja, pela primeira vez, um general brasileiro ficou subordinado ao Exército americano.

Fonte: https://www.brasil247.com/economia/submissao-de-bolsonaro-a-trump-custa-caro-exportacoes-do-brasil-aos-eua-caem-32-nrr82ag5

quinta-feira, 24 de setembro de 2020

Em seminário da ONU sobre educação, Lula cita Paulo Freire e critica 'dogma do estado mínimo: Deus do mercado é só um mito'


Em seminário da ONU, o ex-presidente citou o filósofo Paulo Freire, declarado Patrono da Educação brasileira. Também criticou o ultraneoliberalismo pós-golpe. "A economia deve existir, afinal, em função das pessoas, não apenas dos números", disse Lula. "O dogma do estado mínimo é apenas isso, um dogma", afirmou. "O mito do deus mercado é apenas um mito"

24 de setembro de 2020, 11:58 h Atualizado em 24 de setembro de 2020, 12:37

Lula participa do Seminário “Educação e as Sociedades Que Queremos" Lula participa do Seminário “Educação e as Sociedades Que Queremos" (Foto: Reprodução)

247 - Em discurso no Webinário "Educação e as Sociedades Que Queremos", evento com apoio da Organização das Nações Unidas (ONU), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva citou o filósofo Paulo Freire (1921-1997), declarado Patrono da Educação brasileira, em 2012. O ex-presidente também criticou a agenda ultraneoliberal, que se implantou no Brasil após o golpe contra Dilma Rousseff, em 2016, e está baseada no corte de direitos e investimentos, com o objetivo de abrir espaço para o setor privado atuar na execução de políticas socioeconômicas.

"Neste mês de setembro, iniciamos as comemorações do centenário de nascimento do educador Paulo Freire. Foi meu amigo, nasceu na mesma região que eu, no estado de Pernambuco, e foi companheiro na criação do Partido dos Trabalhadores", disse Lula.

"Das muitas lições que Paulo Freire nos deixou, duas são frequentemente destacadas. A primeira é a noção de que aquele que educa também está sendo educado. É um conceito que só poderia ser formulado por quem tinha a grandeza de respeitar a sabedoria dos humildes e reconhecer a existência do outro, acima das barreiras sociais e preconceitos. A segunda lição é a de que a Educação é libertadora no mais amplo sentido que pode ter a palavra liberdade", acrescentou.

Em um contexto de congelamento de investimentos públicos, o ex-presidente afirmou que, mesmo quem defendia "rigidamente a austeridade fiscal", entendeu que "o momento é de gastar porque a vida não tem preço e que a economia deve existir, afinal, em função das pessoas, não apenas dos números".

"E é o estado, em última análise, que pode proporcionar recursos e organizar a sociedade para atravessar este momento tão difícil. Esta é, a meu ver, uma grande lição que a pandemia está nos ensinando. O dogma do estado mínimo é apenas isso, um dogma, algo que não encontra explicação nem se justifica na vida real. O mito do deus mercado é apenas um mito, pois uma vez mais ele se revela incapaz de oferecer respostas para os problemas do mundo em que vivemos", continuou Lula.

Fonte: https://www.brasil247.com/brasil/em-seminario-da-onu-sobre-educacao-lula-cita-paulo-freire-e-critica-dogma-do-estado-minimo-deus-do-mercado-e-so-um-mito

Ministro da Educação ataca homossexuais e diz que não tem nada a ver com banda larga e volta às aulas


O ministro da Educação, pastor Milton Ribeiro, diz em entrevista que volta às aulas presenciais e acesso dos estudantes à Internet não são temas de sua alçada. Ribeiro também fez declarações homofóbicas como ao afirmar que muitos adolescentes homossexuais possuem "famílias desajustadas"

24 de setembro de 2020, 08:52 h Atualizado em 24 de setembro de 2020, 12:14

Milton Ribeiro e aulas durante a pandemia do coronavírus Milton Ribeiro e aulas durante a pandemia do coronavírus (Foto: Isac Nóbrega/PR | Tácio Melo/Secom)

247 - O ministro da Educação, pastor presbiteriano Milton Ribeiro, afirmou em entrevista que a retomada presencial das aulas e as dificuldades de acesso à internet dos estudantes brasileiros não são temas de sua responsabilidade. “Não é um problema do MEC, mas um problema do Brasil”, disse Ribeiro em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo.  Na entrevista, o ministro reafirmou suas posições homofóbicas e fez afirmações falsas sobre educação sexual nas escolas (leia no final)

Segundo ele, as dificuldades de acesso a pandemia evidenciou a questão do acesso à internet, mas o problema afetaria apenas “um número muito pequeno” de estudantes. “Esse problema só foi evidenciado pela pandemia, não foi causado pela pandemia. Mas hoje, se você entrar numa escola, mesmo na pública, é um número muito pequeno que não tem o seu celular. É o Estado e o município que têm de cuidar disso aí. Nós não temos recurso para atender. Esse não é um problema do MEC, é um problema do Brasil”, disse. “Não tem como, vai fazer o quê? É a iniciativa de cada um, de cada escola. Não foi um problema criado por nós”, completou.

O ministro não apresentou qualquer evidência para sua declaração sobre acesso à Internet. Segundo a pesquisa TIC Kids Online 2019, divulgada em maio pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), há no Brasil 4,8 milhões de crianças e adolescentes, na faixa de 9 a 17 anos, sem acesso à internet em casa. Eles correspondem a 17% de todos os brasileiros nessa faixa etária.

Na entrevista, Ribeiro também disse que o MEC está elaborando um protocolo de biossegurança para a retomada das aulas do ensino básico e que o assunto não é da sua “jurisdição”. “A lei é clara. Quem tem jurisdição sobre escolas é Estado e município. Não temos esse tipo de interferência. Se eu começo a falar demais, dizem que estou querendo interferir; se eu fico calado, dizem que se sentem abandonados. Agora, nesta semana, vou soltar um protocolo de biossegurança para a escola básica, como já foi feito com universidades”, destacou.

O ministro também ressaltou que se o retorno das aulas presenciais dependesse apenas dele, os estudantes já teriam voltado às escolas na semana passada . “Não temos o poder de determinar. Por mim, voltava na semana passada, uma vez que já superamos alguns itens, saímos da crista da onda e temos de voltar. Mas essa volta deverá ser de acordo com os critérios de biossegurança”, ressaltou.

Educação sexual e gênero

Na entrevista, Ribeiro apresentou posições homofóbicas e fez afirmações falsas sobre educação sexual nas escolas. Segund0o ele, existem temas sobre educação sexual "que podem ser tocados para evitar que uma criança seja molestada. Mas não o outro lado que é uma erotização das crianças. Tem vídeo que corre na internet das meninas aprendendo a colocar uma camisinha com a boca".

Ainda segundo ele, "A biologia diz que não é normal a questão de gênero. A opção que você tem como adulto de ser um homossexual, eu respeito, não concordo". Vejo menino de 12, 13 anos optando por ser gay, nunca esteve com uma mulher de fato, com um homem de fato e caminhar por aí. Por esse viés, é claro que é importante mostrar que há tolerância, mas normalizar isso, e achar que está tudo certo, é uma questão de opinião. Acho que o adolescente que muitas vezes opta por andar no caminho do homossexualismo (sic) tem um contexto familiar muito próximo, basta fazer uma pesquisa. São famílias desajustadas, algumas. Falta atenção do pai, falta atenção da mãe. Vejo menino de 12, 13 anos optando por ser gay, nunca esteve com uma mulher de fato, com um homem de fato e caminhar por aí. São questões de valores e princípios", completou.

Fonte: https://www.brasil247.com/brasil/ministro-da-educacao-de-bolsonaro-diz-que-volta-as-aulas-e-internet-nas-escolas-nao-sao-tema-do-mec-5wlgwckm

quarta-feira, 23 de setembro de 2020

Dilma aponta as 12 mentiras contadas por Bolsonaro na ONU


Em artigo, a ex-presidente Dilma Rousseff apontou as mentiras presentes no discurso de Jair Bolsonaro na Assembleia Geral da ONU. "Praticamente não há uma sentença no discurso de Bolsonaro na ONU que não cometa pelo menos uma falsificação, uma manipulação, uma adulteração dos fatos” , disse

23 de setembro de 2020, 12:10 h Atualizado em 23 de setembro de 2020, 13:55

Dilma Rousseff e Jair Bolsonaro Dilma Rousseff e Jair Bolsonaro (Foto: Brasil 247 | Marcos Corrêa/PR)

247 - A ex-presidente Dilma Rousseff escreveu um artigo nesta quarta-feira (23) apontando as mentiras presentes do discurso de Jair Bolsonaro na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), nesta terça-feira (22).

"Praticamente não há uma sentença no discurso de Bolsonaro na ONU que não cometa pelo menos uma falsificação, uma manipulação, uma adulteração dos fatos” denunciou Dilma.

Leia a íntegra do artigo:

Praticamente não há uma sentença no discurso de Bolsonaro na ONU que não cometa pelo menos uma falsificação, uma manipulação, uma adulteração dos fatos. O Brasil que Bolsonaro descreve não existe, e não existe por causa dele.

As maiores florestas brasileiras ardem em chamas, com recordes de incêndios, e ele culpa os índígenas, que são as primeiras vítimas desses crimes ambientais.

Os maiores biomas do país são consumidos pelo desmatamento ilegal, e ele diz que exerce controle rigoroso sobre a ação dos destruidores das florestas, o que é falso.

O Brasil voltou a registrar a mazela da fome, que maltrata mais de 10 milhões de pessoas, e ele se jacta de estar alimentando o mundo.

Quase 140 mil brasileiros já morreram de Covid19, e ele diz que agiu com rigor para combater a doença. ao mesmo tempo em que culpa os governadores pelas mortes.

Bolsonaro dissimula de maneira contumaz e o faz por cálculo, não por ignorância. Mesmo quando fala na ONU, não é ao mundo que está se dirigindo, mas ao seus seguidores mais radicalizados, que ele mantém mobilizados à base de fake news e deturpações da verdade. Seu objetivo é manter a iniciativa política e a polarização. Foi assim que, na Itália dos anos 1910 e 1920 e na Alemanha dos anos 1930, o fascismo e o nazismo cresceram até chegar ao poder: mobilizando permanentemente uma minoria de seguidores agressivos, capazes de intimidar o campo democrático da sociedade.O mundo já não acredita em Bolsonaro. Parte dos brasileiros já não acredita nele. Mas não há sinal de que ele pretenda parar. Terá de ser parado.

No texto a seguir, é possível verificar pelo menos 12 falsificações que Bolsonaro apresentou ao mundo, ontem, no seu discurso.

1

A fala – “Desde o princípio, alertei, em meu país, que tínhamos dois problemas para resolver: o vírus e o desemprego, e que ambos deveriam ser tratados simultaneamente e com a mesma responsabilidade.”

A verdade – Bolsonaro negou a gravidade da doença. Tratou-a com desdém, afirmando que era uma gripezinha. Não tomou medidas efetivas para garantir o emprego, propôs R$ 200 de auxílio emergencial e foi apenas diante da pressão da sociedade e da iniciativa da oposição no Congresso que acabou sendo aprovado o valor de R$ 600. Por culpa do governo, o Brasil foi o país que menos aplicou testes. Bolsonaro foi contrário ao isolamento e distanciamento social, ele próprio promovendo e participando de aglomerações e desprezando o uso de máscaras. Defendeu e expandiu a produção de cloroquina, enquanto deixava de adquirir analgésicos para a implantação de tubos respiratórios nos doentes graves.

2

A fala – “Por decisão judicial, todas as medidas de isolamento e restrições de liberdade foram delegadas a cada um dos 27 governadores das unidades da Federação. Ao Presidente, coube o envio de recursos e meios a todo o País.”

A verdade – Bolsonaro vem se escondendo por trás de uma decisão do STF que, supostamente, transferia o poder de enfrentar a Covid-19 para estados e municípios. Trata-se de uma versão inverídica e absurda, pois há uma clara obrigação constitucional da Presidência da República de coordenar ações diante da gravidade da crise sanitária, que já matou 138 mil pessoas; também somos uma Federação e, assim, há o dever intransferível de a União articular a ação dos 26 estados, o Distrito Federal e os 5.570 municípios. O Supremo nunca eximiu o governo federal do dever de agir, nem transferiu seu poder. Apenas deu a estados e municípios o direito de também tomar decisões sobre medidas sanitárias, de isolamento e de distanciamento social, segundo suas circunstâncias específicas.

3

A fala – “Nosso governo, de forma arrojada, implementou várias medidas econômicas que evitaram o mal maior: concedeu auxílio emergencial em parcelas que somam aproximadamente 1000 dólares…”

A verdade – Não houve arrojo, mas mesquinharia. Bolsonaro tentou impor um auxílio emergencial de apenas R$ 200 por mês. O auxílio só foi de R$ 600 por decisão do Congresso, proposta pelo PT e demais partidos de oposição, impondo uma derrota ao governo. Bolsonaro insinua, na fala, que pagou mil dólares por mês. Mas mesmo somadas, as parcelas do auxílio emergencial estarão longe de totalizar mil dólares. Se cumprir o que anunciou, o governo terá pago, até o fim de dezembro, 5 parcelas de R$ 600 e no máximo 4 parcelas de R$ 300. Isto totalizará, na melhor hipótese, R$ 4.200, muito abaixo de mil dólares, que são R$ 5.470. A iniquidade do governo também se fez sentir no tratamento dado aos que têm direito ao auxilio emergencial, na forma de milhões de exclusões injustificadas, atrasos, filas e aglomerações nas agências da Caixa, aplicativos que não funcionam — um labirinto burocrático que transformou a busca por ajuda num grande sofrimento.

4

A fala – “[Nosso governo] assistiu a mais de 200 mil famílias indígenas com produtos alimentícios e prevenção à Covid.”

A verdade – Do projeto aprovado no Senado de apoio às comunidades indigenas, Bolsonaro vetou artigos que obrigavam o governo federal a fornecer água potável, material de higiene e limpeza e cestas básicas às aldeias. Em outro momento, proibiu a entrada de equipes da organização Médicos sem Fronteiras nas comunidades indigenas.

5

A fala – “Não faltaram, nos hospitais, os meios para atender aos pacientes de covid.”

A verdade – O governo federal falhou fragorosamente no planejamento e na distribuição de máscaras, EPIs e respiradores aos hospitais de todo o país. A testagem é uma das mais baixas do mundo. A falta de testes suficientes é uma das causas de o Brasil ter se tornado um dos epicentros da doença no mundo. A maior parte dos recursos federais destinados ao combate à pandemia nos estados não foi liberada de fato, segundo várias reportagens. A maioria das máscaras e equipamentos prometidos não chegou aos hospitais e os estados e prefeituras foram obrigados a agir por conta própria. Faltaram equipamentos e medicamentos nos hospitais, sobrou cloroquina nas prateleiras do ministério da Saúde, comandando por um militar especializado em logística.

6

A fala – “O caboclo e o índio queimam seus roçados em busca de sua sobrevivência, em áreas já desmatadas. Os focos criminosos são combatidos com rigor e determinação.”

A verdade – Praticamente todos os casos de incêndios na Amazônia e no Pantanal identificados ou suspeitos de ação criminosa foram cometidos por fazendeiros, grileiros e invasores de terras públicas e reservas florestais e terras indigenas. Sentiram-se autorizados para tal diante do desmonte das políticas de contenção do desmatamento e da fiscalização. Os caboclos e os indígenas são, sabidamente, vitimas dos incêndios e do desmatamento criminosos, não seus autores. Dados obtidos pelo sistema de monitoramento da NASA mostram que 54% dos focos de incêndios na Amazônia estão relacionados ao desmatamento. No Pantanal, organizações de proteção ambiental informam que incêndios iniciado em 9 fazendas particulares destruiram 141 mil hectares, quase a área da capital de São Paulo. Cinco destas fazendas estariam sendo investigadas pela PF.

7

A fala – “Lembro que a Região Amazônica é maior que toda a Europa Ocidental. Daí a dificuldade em combater, não só os focos de incêndio, mas também a extração ilegal de madeira e a biopirataria. Por isso, estamos ampliando e aperfeiçoando o emprego de tecnologias e aprimorando as operações interagências, contando, inclusive, com a participação das Forças Armadas.”

A verdade – A extração ilegal de madeira e os incêndios criminosos não são combatidos devidamente por causa da leniência deliberada do governo Bolsonaro, que desde ao assumir desautorizou, fragilizou e desmontou a fiscalização, assim como cometeu ataques contra o INPE, tendo, inclusive, demitido seu diretor, um dos cientistas mais respeitados do Brasil. O ministério do Meio Ambiente não apenas suspendeu o trabalho de fiscalização, e cancelou operações, como tem protegido os verdadeiros criminosos ambientais. Chegou a trazer a Brasília, em aviões da FAB, para reunião com o ministro, um grupo de garimpeiros ilegais que atuava em reserva indígena. Em famosa reunião ministerial, filmada e divulgada, o ministro defendeu que o governo aproveitasse a distração criada pela pandemia para, como disse, “passar a boiada” de decretos e portarias que facilitem os crimes ambientais. 

8

A fala – “Somente o insumo da produção de hidroxicloroquina sofreu um reajuste de 500% no início da pandemia.”

A verdade – No Brasil e no mundo, a comunidade científica séria e conceituada alertou o tempo todo, desde o início da pandemia, para o fato de que a cloroquina e a hidroxocloroquina não têm eficácia contra a Covid19, em nenhum estágio da doença, e podem, ao contrário, acarretar efeitos colaterais que levam à morte. Até mesmo Trump, a quem Bolsonaro imitou agindo como garoto-propaganda de um remédio perigoso, abandonou a defesa da cloroquina e, para livrar-se do medicamento que parou de indicar, despachou o estoque para o Brasil.

9

A fala – “No campo humanitário e dos direitos humanos, o Brasil vem sendo referência internacional.”

A verdade – Só se for referência negativa. Desde a posse de Bolsonaro, a situação dos Direitos Humanos no Brasil vem se deteriorando, a ponto de provocar advertências da Alta comissária de Direitos Humanos da ONU, Michelle Bachelet, que denunciou a miliarização de instituições civis, a violência policial, e ataques a ativistas, líderes comunitários e jornalistas.

10

A fala – “Em 2019, o Brasil foi vítima de um criminoso derramamento de óleo venezuelano, vendido sem controle.”

A verdade – Não há nenhuma conclusão ou prova de que a Venezuela tenha contribuído para o derramamento de óleo no Atlântico, trazido pelas correntes marítimas à costa brasileira. O que ficou demonstrado, sobejamente, foi a demora e a inação do governo brasileiro, que levou quase três meses para tomar as primeiras providências em relação ao desastre que atingiu o litoral de 10 estados.

11

A fala – “No primeiro semestre de 2020, apesar da pandemia, verificamos um aumento do ingresso de investimentos, em comparação com o mesmo período do ano passado. Isso comprova a confiança do mundo em nosso governo.”

A verdade – A imprensa informa hoje que do ano passado para cá houve, na verdade, uma queda de 30% nos Investimentos Estrangeiros Diretos no Brasil. E nos primeiros oito meses deste ano o Brasil sofreu uma fuga recorde de capitais, que chegou a US$ 15,2 bilhões. Outra notícia dá conta de que, por causa do estado de paralisia do MEC desde a posse de Bolsonaro, o país deixou de receber os repasses de um empréstimo de US$ 250 milhões do Banco Mundial para dar suporte à reforma do ensino médio.

12

A fala – “O homem do campo trabalhou como nunca, produziu, como sempre, alimentos para mais de 1 bilhão de pessoas. O Brasil contribuiu para que o mundo continuasse alimentado.”

A verdade – O Brasil de fato continua sendo um grande produtor e exportador agropecuário, mas dilapidou a agricultura familiar, que até 2014 era responsável pela produção de 70% dos alimentos consumidos pelo povo brasileiro. Por esta e outras escolhas de índole neoliberal, o Brasil voltou a registrar a calamidade da fome, que aumentou em 43,7% em cinco anos, atingindo mais de 10 milhões de brasileiros.

Fonte: https://www.brasil247.com/mundo/dilma-desmascara-bolsonaro-e-aponta-as-12-falsificacoes-em-seu-discurso-na-onu

Terra arrasada: fuga de dólares, desemprego, e rombo fiscal batem recorde


"Jair Bolsonaro adotou, e infelizmente continua adotando, a política da negação, do empurra-empurra, do “a culpa é dos outros”, mais preocupado com a imagem nas redes sociais do que com a vida real das brasileiras e dos brasileiros", escreve o deputado federal Rogério Correia (PT-MG)

23 de setembro de 2020, 13:58 h Atualizado em 23 de setembro de 2020, 15:26

Jair Bolsonaro e Paulo Guedes Jair Bolsonaro e Paulo Guedes (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)

Cenário de terra arrasada na economia brasileira. Três novos indicadores foram divulgados hoje e demonstram um quadro caótico: a fuga de dólares do Brasil nos oito primeiros meses deste ano bateu recorde; o desemprego no mês passado também é recorde; por fim, o rombo fiscal projetado para este ano igualmente não terá precedentes, chegando perto da casa do R$ 1 trilhão.

Não se deixe enganar: a pandemia de covid certamente impactou esses indicadores, mas está longe de ser a única “culpada”. Na realidade, a fuga de dólares do Brasil é realidade desde o governo Temer, e ganhou impulso a partir do governo Bolsonaro – um governante, bom destacar, com credibilidade baixíssima mundo afora.

Da mesma forma, os números referentes ao mercado de trabalho e às condições fiscais da União vêm apresentando piora novamente desde Temer – e o governo atual não melhorou em nada a situação dos brasileiros sem emprego ou do caixa do Estado. Pelo contrário, a conjuntura só fez piorar.

Não  dá, portanto, para justificar a terra arrasada jogando o peso todo nas costas da pandemia.

Até porque há outros dois motivos para evitar esse jogo de empurra-empurra:

A covid afeta toda a economia global, em todos os continentes, mas tem afetado muito mais a economia brasileira (o real, nossa moeda, por exemplo, é a que mais perde valor no mundo).

Além disso, e aí chegamos ao segundo motivo para evitar o negacionismo de Bolsonaro, é que governos existem não para culpar os outros e chorar mágoas das intempéries da vida. Existem para resolvê-las.

Vários chefes de estado em todos os continentes, diante da pandemia, encararam o problema e buscaram formas de, primeiro, reduzir o contingente de infectados e vítimas fatais, e, segundo, abrandar ao máximo as consequências sobre a economia.

Bolsonaro, como sabemos, não fez nem um nem outro: nem protegeu a população, preferindo minimizar a doença e as formas científicas e reconhecidas de combate-la; nem buscou uma postura ativa para salvar a economia – e cabe lembrar a luta que foi para conseguir o auxílio emergencial de R$ 600 proposto pela oposição contra a equipe do ministro Paulo Guedes, que resistiu até onde pôde contra a ajuda aos mais pobres e desempregados na pandemia.

Jair Bolsonaro adotou, e infelizmente continua adotando, a política da negação, do empurra-empurra, do “a culpa é dos outros”, mais preocupado com a imagem nas redes sociais do que com a vida real das brasileiras e dos brasileiros.

O resultado está aí: terra arrasada, caos econômico e fome voltando a patamares dos anos 1990.

Fonte: https://www.brasil247.com/blog/terra-arrasada-fuga-de-dolares-desemprego-e-rombo-fiscal-batem-recorde

terça-feira, 22 de setembro de 2020

Os Submarinos invisíveis da Rússia

Gleisi: “Vamos juntos reconstruir o Brasil”


Reprodução YouTube

Leia a íntegra do discurso da deputada e presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann (PR), na abertura do lançamento do Plano de Reconstrução e Transformação do Brasil.

VAMOS JUNTOS RECONSTRUIR O BRASIL

O Brasil foi até recentemente um país em que a confiança era tão grande quanto os desafios; uma nação admirada e respeitada porque estava vencendo a pobreza e começando a superar desigualdades históricas por um caminho de paz e democracia. Um país em que todos os dias uma nova escola se abria, um novo emprego era criado, uma nova semente era plantada e um fruto colhido. Um lugar neste mundo em que todos os dias alguém do povo realizava ou podia renovar um sonho.

Este mesmo país está hoje devastado pelo desemprego e pelo agravamento da pobreza e da iniquidade. Ao invés de celebrar a esperança, todos os dias contamos os mortos e as novas vítimas de uma pandemia que, se era inevitável, poderia ao menos ter sido enfrentada com a responsabilidade e o cuidado com vida humana que o atual governo jamais demonstrou. A admiração do mundo deu lugar à repulsa e ao horror com o que se passa no Brasil. E a cada dia uma porta para o futuro é fechada diante das brasileiras e brasileiros.

O processo de destruição do Brasil, iniciado com o golpe que interrompeu o governo constitucional da presidenta Dilma Rousseff, alcançou primeiramente os direitos dos trabalhadores e atingiu os aposentados; avançou sobre a educação e saúde do povo, com a emenda do teto de gastos; minou as bases de qualquer política de desenvolvimento, com o austericídio fiscal e o ataque aos bancos e mecanismos públicos de fomento; entregou as riquezas naturais e o patrimônio do povo, abandonou a população à selvageria das leis do mercado.

Um governo de índole fascista e obscurantista acrescentou a este cenário o discurso do ódio e a incitação à violência, agravando o racismo estrutural da sociedade brasileira, o machismo, a misoginia, a homofobia e o preconceito. Persegue os indígenas, os sem-terra e todos que dele divergem. Ataca a ciência, a cultura e a liberdade de expressão. Destrói a Amazônia ante os olhos alarmados do mundo. Mantém o país sob tutela militar e ajoelhado perante os Estados Unidos.

O que aconteceu no Brasil nesse período não foi uma simples troca de governo, como é natural nas democracias. Para reverter o projeto de desenvolvimento com inclusão social que estava em curso, em que pela primeira vez a maioria pobre, negra e trabalhadora deste país estava no centro e na direção das políticas públicas, foi necessário atacar o cerne do processo democrático. Atacar o voto popular que originou as mudanças, ainda tímidas diante do passivo de desigualdade do país, mas intoleráveis pelos herdeiros históricos da casa grande.

Foi necessário corromper o processo eleitoral de 2018, por meio de uma farsa judicial consentida e estimulada por poderosos agentes do sistema político e da mídia, rasgar os princípios constitucionais do juízo natural, do direito de defesa, da presunção de inocência e até desacatar uma decisão da ONU para impedir que o voto do povo elegesse Lula presidente outra vez. Foi necessário envenenar a sociedade com o ódio destilado nas fábricas de mentiras das milícias digitais, para fazer a História andar para trás.

Mas a História de um país não se interrompe. Por mais duras que sejam as condições do presente, por mais devastadora que tenha sido a destruição, o povo brasileiro continua sonhando com uma vida melhor e um Brasil mais justo. Esta é a verdadeira energia que move as mudanças. Provamos que é possível tirar milhões da pobreza, criar empregos para todos, levar os jovens para a universidade, viver na certeza de que o amanhã será melhor. Se tivermos clareza de onde queremos chegar, podemos construir um novo caminho. É para o povo brasileiro que o Partido dos Trabalhadores apresenta este Plano de Reconstrução e Transformação do Brasil.

É preciso apontar as medidas para enfrentar os efeitos imediatos da pandemia sobre a saúde e a economia, desde a realização dos testes que foram sonegados pelo governo Bolsonaro até o socorro às milhões de famílias que perderam o sustento nesse período. São efeitos que vão se prolongar dolorosamente sobre as empresas, especialmente as pequenas, a renda e o salário das pessoas, a vida escolar e a capacidade financeira dos estados e municípios, gravíssimos problemas que Jair Bolsonaro recusou-se a enfrentar, em sua aposta macabra para tirar proveito político de uma crise que, até este momento, já custou mais de 135 mil vidas.

É urgente retomar obras e investimentos públicos para enfrentar o maior e mais prolongado período de desemprego das últimas décadas; ampliar o alcance e aumentar o valor do Bolsa Família e do seguro-desemprego, para enfrentar a pobreza crescente e a fome que voltou a assolar o país. É urgente reorganizar a cadeia produtiva da cesta básica, apoiando a agricultura familiar que põe comida na mesa do brasileiro, regulando estoques e combatendo a especulação com o preço dos alimentos. É inadiável cuidar de quem está sofrendo.

Ao mesmo tempo, é preciso dizer como pretendemos reconstruir as bases do desenvolvimento inclusivo, social e ambientalmente sustentável. Promover a transição ecológica da economia, a reforma urbana e retomar a reforma agrária. Aprovar uma reforma tributária justa e solidária, para que os ricos paguem mais e a maioria seja aliviada, e a reforma bancária para democratizar o acesso ao crédito e reduzir os juros e taxas extorsivas.

Além de reverter o processo desmonte do estado brasileiro, será necessário torná-lo mais forte e presente, capaz de responder democraticamente e de maneira eficaz às necessidades do país e aos justos anseios da maioria pobre e excluída de nosso povo.

A reconstrução do Brasil exige fortalecer a democracia, traumatizada pelos processos do golpe de 2016 e da cassação da candidatura Lula em 2018, para torná-la cada vez mais representativa e também suas instituições.

O conjunto de ideias que apresentamos, para fortalecer a democracia e o estado a serviço do país e do povo, para a adoção de medidas econômicas de emergência e de longo prazo, a recuperação de direitos dos trabalhadores e a retomada da soberania nacional apontam os primeiros passos de um novo caminho para reconstruir e transformar o Brasil.

Este documento é fruto dos debates e reflexões de centenas de companheiros e companheiras não apenas do PT, mas de amplos setores democráticos da sociedade, movimentos sociais, centrais sindicais, dirigentes e militantes de diversos partidos que fazem oposição ao atual governo e têm como referência as aspirações populares por justiça social.

Apesar de sua amplitude, o Plano que apresentamos não está pronto e acabado. Além de continuar aberto ao debate e à natural evolução da conjuntura social, econômica e política nacional e global, o Plano de Reconstrução e Transformação do Brasil terá de incorporar propostas mais elaboradas para temas novos ou que foram recolocados para o país, como por exemplo o papel constitucional das Forças Armadas no estado democrático e o impacto das novas tecnologias sobre as relações de trabalho.

Qualquer que seja a evolução dos debates e desta proposta, estamos seguros de que o Brasil não pode mais conviver com um governo declaradamente inimigo da democracia, da liberdade, do direito e da paz. A superação da profunda crise nacional passa necessariamente pelo fim do governo Bolsonaro e pela instalação de um governo que seja fruto do voto popular, em eleições livres e limpas, com a participação de todas as forças políticas sem exceção, o que exige o restabelecimento pleno dos direitos do ex-presidente Lula, com a anulação da sentença ilegal de Sergio Moro no julgamento de sua suspeição pelo STF.

Também estamos seguros de que não cabem, para enfrentar a crise nacional, as velhas saídas negociadas por cima, entre os sócios da iniquidade, como ocorreu em tantos momentos históricos, sempre relegando ao povo o papel de expectador. Ou o povo estará no centro da reconstrução e da transformação do Brasil ou vamos continuar reproduzindo os mecanismos da desigualdade secular em nosso país, uma desigualdade que não pode ser mais tolerada em qualquer lugar do mundo. Nas palavras do papa Francisco, que exerce enorme liderança moral num mundo contaminado pelo individualismo e pela ganância: “Não há democracia com fome, nem desenvolvimento com pobreza, nem justiça na desigualdade”.

No discurso que fez ao Brasil no Sete de Setembro, o presidente Lula expressou com absoluta clareza as raízes profundas da crise brasileira, que não se resume aos efeitos da pandemia, do modelo neoliberal e do governo de destruição que estão sendo impostos aos Brasil. “Jamais haverá crescimento e paz social em nosso país enquanto a riqueza produzida por todos for parar nas contas bancárias de meia dúzia de privilegiados”, disse Lula, ao propor a reconstrução de “uma Nação comprometida com a libertação do nosso povo, dos trabalhadores e dos excluídos.”

É para o povo brasileiro, portanto, que o PT apresenta este plano. Vamos juntos reconstruir o Brasil.

GLEISI HOFFMANN, presidenta do Partido dos Trabalhadores

Discurso da Presidenta do PT

Fonte: https://ptnacamara.org.br/portal/2020/09/21/gleisi-vamos-juntos-reconstruir-o-brasil/

Bolsonaro mente sem pudor na ONU: culpa indígenas por incêndios e Venezuela por óleo no Nordeste


Jair Bolsonaro usou sua tribuna na 75ª Assembleia Geral das Nações Unidas para mentir descaradamente e voltou a culpar indígenas pelas queimadas. "Índios queimam em busca de sobrevivência", disse. Ao rebater críticas à sua política ambiental, ele afirmou que o Brasil "foi vítima de um criminoso derramamento de óleo venezuelano". Também fez ataques à imprensa

22 de setembro de 2020, 11:18 h Atualizado em 22 de setembro de 2020, 11:37

Jair Bolsonaro, Pantanal em chamas e óleo no Nordeste Jair Bolsonaro, Pantanal em chamas e óleo no Nordeste (Foto: Reprodução | Reuters)

247 - Em discurso gravado para a Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), transmitido nesta terça-feira (22), Jair Bolsonaro voltou a culpar índios pelas queimadas e citou uma "campanha brutal" contra a política ambiental do seu governo. 

"Índios queimam em busca de sobrevivência. Focos criminosos são combatidos com rigor e determinação. Mantenho tolerância zero com crime ambiental". Também afirmou que, em 2019, o Brasil "foi vítima de um criminoso derramamento de óleo venezuelano, acarretando sérios prejuízos na atividade de pesca e turismo".

"Somos vítimas brutais de campanhas de desinformação", disse ele, acrescentando que há "campanha ancorada em interesses escusos".

Com o País batendo recordes de queimadas, ele voltou a exaltar o agronegócio. "A produção rural não parou. O homem do campo produziu como sempre" afirmou.

Segundo Bolsonaro, o Brasil produz alimentos para mais de 1 bilhão de pessoas. "O agronegócio segue pujando e respeitando a melhor legislação ambiental do planeta", continuou. "O mundo depende do Brasil para se alimentar. Nossa floresta é úmida e não permite a propagação do fogo".

Bolsonaro também disse que o Brasil "vem sendo referência internacional no campo dos direitos humanos". Ele citou a operação de acolhida dos venezuelanos e falou em paz, cooperação internacional e respeito aos direitos humanos como três pilares do seu governo.

Covid-19

"Alertei em meu país que tínhamos dois problemas: vírus e emprego. Ambos devem ser tratados simultaneamente", disse. "Todas as medidas de isolamento foram delegadas a cada um dos 27 governadores", afirmou.

De acordo com Bolsonaro, uma parcela da "imprensa politizou o vírus disseminando o pânico". "Sob o lema 'fique em casa', quase trouxeram o caos social ao País". "O nosso governo implementou medidas econômicas que evitaram o mal maior", complementou.

Fonte: https://www.brasil247.com/brasil/bolsonaro-mente-sem-pudor-na-onu-culpa-indigenas-por-incendios-e-venezuela-por-oleo-no-nordeste

segunda-feira, 21 de setembro de 2020

Eleições 2020: Mulheres são destaque nos partidos de esquerda


Essa é a análise do jornalista Rodrigo Vianna

Por Pensar Piauí, em 20/09/2020 às 16:00

Foto: PensarPiauíMulheres de esquerda

Mulheres de esquerda

Ontem estreiou a revista semanal Tempero da Notícia, conduzida pelo jornalista Rodrigo Vianna, que trará informações sobre os principais fatos políticos e econômicos brasileiros.

O programa terá dois quadros fixos: "Receita da Semana", que trará um comentário de Vianna sobre o fato que teve mais repercussão durante a semana, e "Panela de Pressão", nota sobre um tema que tenha gerado grande crise. Outro quadro é o  "Um cafezinho para", No programa de estréia, Vianna ofereceu o café para “as mulheres que vão à luta agora nas eleições municipais num país que tem os menores índices de participação feminina na política”.

Ele disse mais: “De 27 estados temos uma governadora mulher, a Fátima Bezerra, do PT, no Rio Grande do Norte. De cada 100 parlamentares no Congresso Nacional, só 15 são mulheres. E elas são mais da metade da população brasileira. Então, chama a atenção quando a gente observa as pesquisas eleitorais e as candidaturas já registradas, que nos partidos progressistas, de esquerda, as mulheres são o grande destaque. Olha só! No Recife, Marília Arraes, do PT, é favorita; em Fortaleza, Luizianne Lins, também do PT é uma das que tem mais chances de ganhar; em Salvador duas candidaturas de mulheres do PT e do PCdoB. A gente vai lá para o sul do país, Manuela D’Avila, em Porto Alegre é a candidata do PCdoB com apoio do PT e está nos primeiros lugares nas pesquisas. No centro-oeste, em Goiânia, Adriana Corsi, apareceu em primeiro numa das pesquisas eleitorais, ela que é filha de um ex-prefeito petista de Goiânia. São muitos exemplos. No Rio de Janeiro, a chapa formada por Benedita da Silva, do PT, e Enfermeira Rejane, do PCdoB, duas mulheres negras e para a surpresa de muitos apareceram já em segundo lugar nas últimas pesquisas. As mulheres são uma força decisiva de oposição a Jair Bolsonaro, isso aparece também nas pesquisas, elas rejeitam o Bolsonaro...”

Fonte: https://pensarpiaui.com/noticia/eleicoes-2020-mulheres-sao-destaque-nos-partidos-de-esquerda.html

Dívidas das igrejas à União são quase o triplo das de todos os times de futebol de SP e RJ


Publicado em 21 setembro, 2020 12:59 pm

Da Revista Piauí

Igrejas e institutos ligados a todas as religiões devem ao menos 1,3 bilhão de reais à União, segundo os dados da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN). É uma dívida formada sobretudo por tributos não pagos à Previdência – em geral, contribuições ao INSS que as igrejas deixaram de recolher. Também entram para a conta multas criminais e valores não pagos ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Isso é praticamente o triplo da dívida de todos os times de futebol dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro – juntos, eles devem R$ 491 milhões.

A dívida se concentra na mão de alguns poucos religiosos. A Igreja Internacional da Graça de Deus, do missionário R.R. Soares, deve R$ 145 milhões à União. É um débito tão grande quanto o do Corinthians, que tem R$ 149 milhões a pagar, segundo a PGFN.

Atualmente está em discussão, na Câmara dos Deputados, o Projeto de Lei 1581/2020, que pode perdoar a dívida bilionária das igrejas. A emenda que prevê essa anistia foi apresentada pelo deputado federal David Soares (DEM-SP), filho do pastor R.R. Soares.(…)

Fonte: https://www.diariodocentrodomundo.com.br/essencial/dividas-das-igrejas-a-uniao-sao-quase-o-triplo-das-de-todos-os-times-de-futebol-de-sp-e-rj/

domingo, 20 de setembro de 2020

Brasil em chamas


"A destruição do Pantanal, da Amazônia e do que resta do Cerrado faz parte do programa da coalizão governista, que reúne grileiros, mineradores, madeireiros ilegais e vândalos do agronegócio", diz o escritor Frei Betto

20 de setembro de 2020, 06:48 h Atualizado em 20 de setembro de 2020, 07:08

Queimadas atingem área da Amazônia em Porto Velho; Jair Bolsonaro e Ricardo Salles Queimadas atingem área da Amazônia em Porto Velho; Jair Bolsonaro e Ricardo Salles (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino | Marcos Corrêa/PR)

Muito antes de a revista “The Economist” qualificar o presidente do Brasil de BolsoNero, eu já havia cunhado a antonomásia. O que não esperava é que os fatos comprovariam a semelhança de atitudes entre o imperador romano, conhecido por tocar lira enquanto Roma pegava fogo, e o principal ocupante do Palácio do Planalto.

      O Brasil é incendiado pelo descaso do governo, enquanto o presidente ignora o desastre ambiental e econômico, assim como faz com o genocídio sanitário que já ceifou a vida de quase 140 mil vítimas da Covid-19.

      Na primeira quinzena de setembro, houve mais queimadas na Amazônia do que em todo o mês de setembro de 2019. Até o dia 15 foram registrados 20.485 focos de calor no bioma amazônico pelo programa Queimadas do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). No mesmo período do ano passado foram 19.925 focos.

      A média é de 1.400 novas queimadas por dia. Nessa época do ano, em que a seca predomina na Amazônia, os desmatadores (latifundiários, mineradoras, garimpeiros, grileiros e empresários do agronegócio) aproveitam para queimar os recursos biológicos derrubados para abrir espaços ao gado, à soja, à exploração de minerais preciosos.

      Segundo a Global Forest Watch, que mantém plataforma online de monitoramento de florestas, o Brasil foi responsável pela destruição de um terço de todas as florestas tropicais virgens desmatadas no planeta em 2019: 1,3 milhão de hectares perdidos.

      O governo brasileiro ignora suas próprias leis. Em 16 de julho deste ano, proibiu o uso de fogo na Amazônia e no Pantanal por 120 dias. No entanto, os incendiários agem impunemente e os órgãos de fiscalização são sucateados. O vice-presidente, general Mourão, reclama que algum funcionário impatriota do Inpe deve estar vazando informações... “Há alguém lá dentro (do Inpe) que faz oposição ao governo”, declarou. Falta apenas mandar prender o satélite do órgão que detecta as queimadas.

      Este ano houve aumento de 34% no desmatamento da Amazônia brasileira. E o presidente insiste: “Essa história de que a Amazônia arde em fogo é uma mentira”, declarou em reunião virtual com chefes de Estado da América do Sul (“Folha de S. Paulo”, 16/9, p. B7).

      O fogo se alastra também, sem controle, no Pantanal, uma das regiões de maior biodiversidade do planeta. Já foram destruídos 16% da maior planície alagada do mundo. Ali as queimadas reduziram a cinzas 23mil km2 de riquezas vegetais e animais (área pouco maior que a de El Salvador ou o triplo da área da região metropolitana de São Paulo, onde vivem quase 22 milhões de pessoas em 39 cidades). Foi também devastado o maior refúgio do mundo de araras-azuis, e estão sob ameaça projetos de preservação de onças. São comoventes as imagens exibindo a quantidade de animais mortos por queimadura ou asfixia, ou em busca de água em estradas e cidades.

      De acordo com estimativa do Ibama/Prevfogo, em três biomas que cruzam o território sul-mato-grossense - Pantanal, Cerrado e Mata Atlântica - a área atingida pelo fogo já ultrapassa 1.450.000 hectares.

      O governo age na contramão da preservação ambiental. Para 2021, cortou os orçamentos dos dois principais órgãos federais de defesa da natureza e fiscalização de crimes ambientais, o Ibama (-4%) e o ICMBio (-12,8%).

       A destruição do Pantanal, da Amazônia e do que resta do Cerrado faz parte do programa da coalizão governista, que reúne grileiros, mineradores, madeireiros ilegais e vândalos do agronegócio.

      O secretário da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do Mato Grosso, Flávio José Ferreira, afirmou em entrevista ao “Fórum Café”, dia 15/9, que o Ministério da Defesa tem proibido o Exército de atuar no combate aos incêndios no Pantanal. Bombeiros e voluntários são os principais responsáveis por conter as chamas no bioma. Ferreira também criticou o avanço do agronegócio no Pantanal e disse que o meio ambiente tem sido “desrespeitado” na região há anos.

      BolsoNero é mestre em se eximir de culpas. Faz de conta que nada tem a ver com o genocídio da pandemia no Brasil, a invasão de terras indígenas, a interferência na Polícia Federal do Rio para defender os filhos, os milicianos condecorados por seus familiares, os cheques do Queiroz, a alta do preço do arroz, o crescimento do desemprego (13 milhões de trabalhadores) e tantas outras medidas de seu governo que arruínam o nosso país. 

      Ao cantar o hino nacional, em vez de proclamar “Se em teu formoso céu risonho e límpido, a imagem do Cruzeiro resplandece”, é mais condizente com a realidade entoar “Sob teu cinzento céu tristonho e enfumaçado, as labaredas das queimadas resplandecem”.

Frei Betto é escritor, autor, em parceria com Marcelo Gleiser e Waldemar Falcão, de “Conversa sobre fé e ciência” (Agir/Nova Fronteira), entre outros livros. Site e livraria virtual: www.freibetto.org

Fonte: https://www.brasil247.com/blog/brasil-em-chamas-kooxqjr7

Ex-chanceleres apoiam Rodrigo Maia em sua crítica à visita de Pompeo ao Brasil e postura submissa de Bolsonaro


FHC, Aloysio Nunes Ferreira, Celso Amorim, Celso Lafer e José Serra, Rubens Ricupero, entre outros, apoiaram Rodrigo Maia, que condenou a submissão do governo brasileito ao receber o secretário de Estado americano, Mike Pompeu, numa ação de completa submissão a Trump

20 de setembro de 2020, 12:08 h Atualizado em 20 de setembro de 2020, 13:23

Ernesto Araújo com Mike Pompeo, Celso Amorim, Rubens Ricupero, Rodrigo Maia, FHC e Aloysio Nunes Ernesto Araújo com Mike Pompeo, Celso Amorim, Rubens Ricupero, Rodrigo Maia, FHC e Aloysio Nunes (Foto: Rafael Beltrami/Itamaraty | Senado | Reuters | Brasil 247)

247 - Ex-chanceleres, como Fernando Henrique Cardoso, Aloysio Nunes Ferreira, Celso Amorim, Celso Lafer e José Serra e diplomatas como Rubens Ricupero, entre outros, resolveram apoiar o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, que condenou a submissão do governo brasileito ao receber o secretário de Estado americano, Mike Pompeu, numa ação de completa submissão de Jair Bolsonaro a Donald Trump .

Maia disse que visita de secretário de Trump a Roraima foi uma 'afronta' tradição da política externa brasileira.

Pompeo visitou nesta sexta-feira (18) instalações da Operação Acolhida, na fronteira com a Venezuela, numa clara intimidação ao presidente Nicolás Maduro. Para Maia, a visita 'não condiz com a boa prática diplomática internacional'.

Segundo o jornalista Lauro Jardim, em sua coluna no jornal O Globo, os ex-chanceleres e ex-diplomatas vão divulgar uma nota oficial neste domingo (20) se congratulando com o presidente da Câmara que "repudiou a visita do Secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, a instalações da Operação Acolhida, em Roraima, junto à fronteira com a Venezuela". "Foi o intérprete dos sentimentos do povo brasileiro", escreveram.

Veja  a íntegra da nota:

"Responsáveis pelas relações internacionais do Brasil em todos os governos democráticos desde o fim da ditadura militar, os signatários se congratulam com o Deputado Rodrigo Maia, Presidente da Câmara dos Deputados, pela Nota de 18 de setembro, pela qual repudia a visita do Secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, a instalações da Operação Acolhida, em Roraima, junto à fronteira com a Venezuela.
Na qualidade de Presidente do órgão supremo da vontade popular, o Deputado Rodrigo Maia foi o intérprete dos sentimentos do povo brasileiro ao constatar que tal visita, “no momento em que faltam apenas 46 dias para a eleição presidencial norte-americana, não condiz com a boa prática diplomática internacional e afronta as tradições de autonomia e altivez de nossas políticas externa e de defesa”.
De igual forma que o Presidente da Câmara dos Deputados, os signatários se sentem no dever de reafirmar o disposto no Artigo 4º da Constituição Federal, em especial os seguintes princípios pelos quais o Brasil deve guiar suas relações internacionais: (I) Independência nacional; (III) Autodeterminação dos povos; (IV) Não-intervenção e (V) Defesa da Paz.
Conforme salientado na Nota do Presidente da Câmara, temos a obrigação de zelar pela estabilidade das fronteiras e o convívio pacífico e respeitoso com os vizinhos, pilares da soberania e da defesa. Nesse sentido, condenamos a utilização espúria do solo nacional por um país estrangeiro como plataforma de provocação e hostilidade a uma nação vizinha.
Lembramos que representantes eleitos do povo de Roraima como o Senador Telmário Mota vêm repetidamente chamando a atenção para os prejuízos de toda a ordem causados às populações fronteiriças brasileiras por ações extremas do Itamaraty em relação à Venezuela, algumas das quais objetos de suspensão pelo ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal.
Finalmente, fazemos votos para que, dando sequência à Nota do Presidente Rodrigo Maia, as duas Casas do Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal, guardiões da Constituição de 1988, exerçam com plenitude as atribuições constitucionais de velar para que a política internacional do Brasil obedeça rigorosamente no espírito e na letra aos princípios estatuídos no Artigo 4º da Constituição Federal."

Fonte: https://www.brasil247.com/mundo/ex-chanceleres-apoiam-rodrigo-maia-em-sua-critica-a-visita-de-pompeo-ao-brasil-e-postura-submissa-de-bolsonaro

sábado, 19 de setembro de 2020

Ex-Relações Exteriores, Aloysio Nunes diz que visita de Pompeu ao Brasil foi ‘palanque de Vassalagem’ de Bolsonaro para Trump


‘Brasil deve cultivar relações pautadas pela reciprocidade com os Estados Unidos, o que é muito diferente de vassalagem a um presidente-candidato’, disse o ex-ministro

19 de setembro de 2020, 14:58 h Atualizado em 19 de setembro de 2020, 15:13

Aloysio Nunes quer o PSDB suba o tom contra Bolsonaro Aloysio Nunes quer o PSDB suba o tom contra Bolsonaro (Foto: Pedro França/Agência Senado)

247- O ex- ministro das relações Relações Exteriores Aloysio Nunes criticou duramente a visita do secretário de Estado estadunidense, Mike Pompeu, ao Brasil, que se dirigiu a Roraima nesta sexta-feira (18) em uma clara ameaça à Venezuela.

Nunes disse que “o norte de nossa política externa deve ser o interesse nacional. É o caso de perguntarmos o que nos acrescenta a montagem de um palanque eleitoral para um discurso provocativo de interesse exclusivo de Donald Trump”,

O presidente da Câmara Rodrigo Maia também criticou a postura do governo brasileiro na agenda com Pompeu.

“Não condiz com a boa prática diplomática internacional e afronta as tradições de autonomia e altivez de nossas políticas externa e de defesa", disse Maia.

Fonte: https://www.brasil247.com/mundo/ex-relacoes-exteriores-aloysio-nunes-diz-que-visita-de-pompeu-ao-brasil-foi-palanque-de-vassalagem-de-bolsonaro-para-trump

Zanin: é fake que foram apreendidos R$ 237 milhões em minha conta. Além do lawfare, trabalham com a mentira


O advogado de Lula Cristiano Zanin expôs as tentativas de promovem um linchamento moral contra sua conduta. “É fake a notícia de que foi apreendido o valor de R$ 237 milhões das minhas contas. Para além do abuso de autoridade e do lawfare, trabalham com a mentira”, disse

19 de setembro de 2020, 11:05 h Atualizado em 19 de setembro de 2020, 18:17

O advogado Cristiano Zanin Martins, que defende o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O advogado Cristiano Zanin Martins, que defende o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. (Foto: Rodolfo Buhrer/Reuters)

247 - O advogado de Lula Cristiano Zanin expôs em suas redes sociais neste sábado (19)  as tentativas de promovem um linchamento moral contra sua conduta. “É fake a notícia de que foi apreendido o valor de R$ 237 milhões das minhas contas. Para além do abuso de autoridade e do lawfare, trabalham com a mentira e a desinformação mesmo contra alguém que sempre atuou na iniciativa privada”, disse.

Saiba mais

A ação deflagrada pelo juiz Marcelo Bretas contra o advogado Cristiano Zanin Martins, que comanda a defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e a outros profissionais do direito, mereceu dura condenação da Rede Americana para a Democracia, que viu na ação uma agressão à democracia e aos direitos civis no Brasil. Confira, abaixo, a nota da entidade:

A Rede americana para a Democracia no Brasil (USNDB) é uma rede nacional descentralizada, democrática e não partidária nos Estados Unidos que inclui acadêmicos, estudantes, sociais ativistas, ambientalistas, trabalhadores, sindicalistas, artistas, advogados e profissionais, dedicados a: 1- educar o público americano sobre a situação atual no Brasil; 2- defendendo avanços sociais, econômicos, políticos e culturais no Brasil; e 3- apoio às ONGs brasileiras, sindicatos, comunidades indígenas e afrodescendentes, ambientalistas, professores universitários e estudantes, e outros movimentos sociais e ativistas.

Fonte: https://www.brasil247.com/poder/zanin-e-fake-que-foi-apreendido-r-237-milhoes-em-minha-conta-alem-do-lawfare-trabalham-com-a-mentira

‘Política externa de Bolsonaro é inconstitucional e falta ação do Congresso’, avalia Celso Amorim


Para o embaixador e ex-ministro Celso Amorim, a política externa do atual governo “está colocando em risco sistematicamente a soberania nacional”. Ele cobra uma reação do Congresso Nacional. Assista

18 de setembro de 2020, 19:13 h Atualizado em 18 de setembro de 2020, 21:11

Celso Amorim, Jair Bolsonaro e Ernesto Araújo Celso Amorim, Jair Bolsonaro e Ernesto Araújo (Foto: Agência Brasil)

247 - O embaixador e ex-ministro das Relações Exteriores e da Defesa Celso Amorim disse à TV 247 que a submissão do Brasil aos Estados Unidos é inconstitucional porque está “colocando em risco sistematicamente a soberania nacional”. O mais recente episódio de subserviência brasileira aos norte-americanos é a visita programada do Secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, à cidade brasileira de Boa Vista, Roraima, com o objetivo de afrontar a Venezuela, país vizinho a Boa Vista.

Celso Amorim cobrou uma reação do Congresso Nacional aos atos inconstitucionais que são parte da política externa do governo Jair Bolsonaro. “Eu acho que falta uma ação mais nítida e mais forte no Congresso para falar a verdade. O que tem acontecido na política externa. Você não pode admitir que uma coisa inconstitucional esteja ocorrendo, eu acho que nós estamos vivendo uma coisa de uma gravidade que nunca houve na história do Brasil, nunca houve. Não é uma coisa de gostar, de eu achar que a política externa tem que ser mais isso, mais aquilo, claro que eu tenho as opiniões que todos conhecem, mas acho que não é isso. Está colocando em risco sistematicamente a soberania nacional. Não posso dizer que só uma ida do Mike Pompeo a Boa Vista configura uma agressão, é um contexto”.

Fonte: https://www.brasil247.com/entrevistas/politica-externa-de-bolsonaro-e-inconstitucional-e-falta-acao-do-congresso-avalia-celso-amorim