A Polícia Federal intimou a deputada federal bolsonarista Carla Zambelli para depor no inquérito que apura o financiamento de atos pelo fechamento do STF e do Congresso. Ministro da Corte Alexandre de Moraes já havia determinado a quebra de sigilo bancário da parlamentar. Carlos Bolsonaro já depôs no inquérito; Eduardo Bolsonaro foi intimado
18 de setembro de 2020, 09:44 h Atualizado em 18 de setembro de 2020, 11:33
Carla Zambelli, Polícia Federal e atos contra a democracia (Foto: Najara Araújo/Câmara dos Deputados | ABr | Reprodução/Twitter)
247 - A Polícia Federal intimou a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) para depor no inquérito que apura o financiamento de atos pelo fechamento do Supremo Tribunal Federal e do Congresso. Foram sugeridas três datas para a parlamentar, que está definindo o dia com sua defesa.
Carla Zambelli e mais dez deputados bolsonaristas tiveram sigilos bancários quebrados, após determinação do ministro do Supremo Alexandre de Moraes, relator do inquérito na Corte.
OA corporação também intimou o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) para depor. O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) já depôs.
O inquérito sobre atos antidemocráticos foi aberto a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), em maio, quando a PF também cumpriu mandados de busca e apreensão no âmbito das investigações sobre fake news.
Nesse outro inquérito, um dos alvos da PF foi Zambelli (PSL-SP), que ameaçou a Corte e pediu o "impeachment" do responsável pela ação.
As investigações nos dois inquéritos ocorrem num contexto de outra apuração, sobre uma suposta tentativa de interferência de Bolsonaro na PF, que o intimou a depor pessoalmente. Ele quer se pronunciar por escrito, o que levou a hashtag #BolsonaroFujão a bombar nas redes sociais.
As ações do Judiciário sobre a relação entre Bolsonaro e a PF aconteceram a partir do final de abril, quando o então ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, denunciou crime de responsabilidade. "O presidente me relatou que queria ter uma indicação pessoal dele para ter informações pessoais. E isso não é função da PF", disse o ex-juiz em coletiva de imprensa no dia 24 daquele mês.
Dias depois o ministro do STF Celso de Mello autorizou a abertura de inquérito para investigar as declarações de Moro.
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