Corrupto de US$ 100 milhões, o ex-gerente Pedro Barusco revelou em detalhes como funcionava a engrenagem da corrupção no setor público; ele guardou dados de contas bancárias, nomes de executivos que receberam propina e de operadores financeiros; depois de sair da Petrobras, Barusco foi para a Sete Brasil, controlada pelo BTG Pactual; promotores consideram sua delação "excelente"
3 de Dezembro de 2014 às 08:28
247 – Um delator exemplar. Ex-gerente de Engenharia da Petrobras, Pedro Barusco revelou em depoimentos à Justiça detalhes de como funcionava o esquema de propina em contratos da estatal, tendo guardado até mesmo dados de contas bancárias, nomes de executivos beneficiados no esquema e de operadores financeiros.
Na visão dos promotores, sua delação é "impressionante", "excelente mesmo", e foi "muito além" do que a força-tarefa da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, esperava, de acordo com relatos de fontes ouvidas pelo Valor Econômico.
Barusco prometeu devolver aos cofres públicos US$ 97 milhões que recebeu em propina, uma quantia que espantou até mesmo os investigadores. Segundo ele, o montante foi acumulado porque participava do esquema de propina desde 1996, sob o governo do então presidente Fernand Henrique Cardoso.
"O depoimento dele está impressionante. Excelente mesmo. Várias coisas novas que a gente não sabia. A investigação continua sendo ampliada. Não está indo para um rumo de finalização, de aparar arestas, mais. Nada disso. Está é ampliando. O caso está crescendo", disse uma fonte ao jornal. A delação já foi concluída e aguarda a homologação do juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Criminal da Justiça Federal de Curitiba.
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