Já está demarcado o ponto onde será construída a primeira estação elevatória bem como o percurso da adutora que levará água até a futura usina de exploração de urânio e fosfato de Itataia. Resta agora definir a data da licitação para saber qual a empresa que irá construir a obra, com valor estimado entre R$ 60 milhões e R$ 95 milhões, e que deverá ser construída num prazo de 12 meses. O investimento já está no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e terá contrapartida do Estado.
A adutora, que levará água do Açude Edson Queiroz para a mina, também deverá beneficiar famílias e comunidades que ficam situadas no percurso traçado pelos técnicos da Secretaria de Recursos Hídricos do Estado. Eles visitaram a região fazendo levantamentos topográficos e de quanto vai custar a desapropriação dos terrenos.
Entre as comunidades está o Assentamento de Riacho das Pedras, onde cerca de 100 famílias sofrem a cada ano com a falta d´água no período de estiagem. A aposentada Maria do Socorro, 63 anos, é uma das moradoras de Riacho Pedras, que sofre todo ano com o desabastecimento. "A vida fica mais difícil, quando o inverno vai embora. Temos que andar quase um quilômetro para pegar água. Com a chegada da adutora, acredito que ficará mais fácil, pois poderemos realizar um sonho antigo que é ter água encanada dentro de casa", disse.
O presidente da Associação Comunitária, Francisco Paiva Júnior, conta que durante o inverno as pessoas se beneficiam com a água do Açude Riacho das Pedras. "A água, neste período em que estamos agora, só se for de cacimbão. Quando a coisa se complica, temos que contar com ajuda de carro-pipa. O bom mesmo seria que esse povo tivesse água encanada", disse.
Por Wilson Gomes
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