Na era dos celulares e da comunicação via computador, o número de telefones fixos no Brasil continua a crescer, mas isso só ocorre porque as linhas são vendidas em "pacotes" pelas empresas de telefonia. Os clientes procuram as operadoras para assinar uma conexão de internet e as teles colocam no pacote a linha de telefone - o inverso do que costumava acontecer até recentemente. Na Telefônica, a maior parte das linhas fixas vendidas atualmente é feita a reboque dos novos acessos de banda larga. Na Oi, essa também é a realidade nas vendas feitas para consumidores de maior poder aquisitivo. "A banda larga é o carro-chefe do crescimento", afirma o diretor de mercado da Oi, João Silveira.
Ainda assim, o telefone fixo continua representando a maior parte da receita das operadoras tradicionais, mas vão longe os dias em que ele era o item central - e, em alguns casos, o único - na estratégia dessas empresas.
Por causa dessa tendência, a Oi adota estratégias segmentadas conforme o perfil socioeconômico de seus assinantes. Para os consumidores mais abastados, a estratégia é "empacotar" o telefone fixo com uma série de outros serviços (celular, TV por assinatura e banda larga) numa conta só. Para a camada intermediária, o maior apelo comercial está nos planos de banda larga, mas a operadora costuma apresentar ofertas que preveem o uso ilimitado da linha fixa. Somente entre os consumidores de menor renda o telefone residencial ainda preserva uma importância maior.
Também é esse movimento - primeiro a demanda por internet, depois pelo serviço de voz - que explica a expansão da base de assinantes de telefonia fixa de empresas como Net e GVT, que concorrem com as operadoras tradicionais.
Autores: Talita Moreira e Gustavo Brigatto, de São Paulo
Fonte: Site Valor ONLINE
Postado por Denilson Pereira
Nenhum comentário:
Postar um comentário