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terça-feira, 18 de setembro de 2007

OUTRO DESCUIDO POLÍTICO

O Brasil vive uma época conturbada, não apenas pela corrupção e a violência, mas também pelo menosprezo com que é tratado o idioma pátrio.A conseqüência é desastrosa para o destino da comunicação verbal, quando brasileiros, inclusive políticos, não se tocam com esta verdade: um bom domínio da língua e o seu uso equilibrado funcionam como verdadeiras cartas de apresentação.Tudo bem, um político é um ser humano como outro qualquer, tem os seus momentos de conturbação, mas precisa saber se posicionar, na hora em que seja preciso comunicar-se, usando um vocabulário condizente com o cargo que ocupa, já que os eleitores se chocam, mais ainda, com um palavreado grosseiro, do que com um erro gramatical. Por sinal, certos políticos deveriam consultar os dicionários, estudar a gramática normativa e ler os bons autores.Foi esse desequilíbrio que trouxe à tona grosserias do tipo : caipira, vagabundo, cambada de desocupados ... Proferidas contra fração de eleitores. E outras impensadas do tipo: aquilo roxo, filho da..., relaxa e goza, nojento. Que força interior detêm esses falantes para segurarem as rédeas da Nação?A "indigência" gramatical, vocabular, educacional e ética que experimenta a maior parte da população brasileira, com certeza, vai influir no procedimento do alto escalão, quando alguns políticos não procuram se comportar de acordo com as exigências dos cargos que ocupam, e a linguagem correta e moderada sinaliza um bom desempenho em qualquer área.Imaginem, caros leitores, se comissões resolvem sair, Brasil afora, registrando os destemperos gramaticais, a impropriedade de palavras e expressões empregadas pela classe política, que resultaria? Provavelmente, mais um destrambelhamento da publicação e da comunicação das autoridades, provavelmente, mais bem pagas da América Latina.Eliane Maria Arruda Silva (Eliane Arruda)

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