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quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Compromisso Todos pela Educação completa um ano

Para marcar o primeiro ano do Compromisso Todos Pela Educação, foi realizado na noite de terça-feira, 18, no SESC Vila Mariana em São Paulo, um evento para apresentar o balanço do primeiro ano de atividades e o lançamento de uma grande campanha que será veiculada pelas rádios e TV’s do Brasil.

Participaram do evento representantes da sociedade, políticos como o Ministro da Educação Fernando Haddad, Senador Cristóvão Buarque e o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab. Empresários como Jorge Gerdau, que também é presidente do movimento, educadores e instituições de ensino como a ESAB - Escola Superior Aberta do Brasil, artistas e apresentadores como Chico Pinheiro, Maria Fernanda Cândido, o rapper MV Bill, religiosos e diversas entidades como Unicef, Unesco, Pastoral da Criança, Andifes, ANJ, ABERT e IBGE também se fizeram presentes.

Metas

O Compromisso Todos pela Educação, estabeleceu cinco metas que devem ser cumpridas até 2022, ano do bicentenário da Independência do Brasil: colocar todas as crianças e jovens de 4 a 17 anos na escola; alfabetizar todas as crianças de até 8 anos plenamente; oferecer aos alunos aprendizado adequado à sua série; dar oportunidade para que todos os alunos concluam o ensino médio até os 19 anos de idade; ampliar o investimento em educação, além de cobrar medidas para que ele seja bem gerido.

"Pela primeira vez na história do país, nós fixamos metas de qualidade. Nós estávamos habituados a fixar metas exclusivamente de quantidade, de número de crianças matriculadas por faixa etária. Nós verificamos que isso produziu efeitos bons, no sentido da inclusão, mas do ponto de vista da aprendizagem o Brasil não avançou", disse o ministro Fernando Haddad.

Mobilização

Mozart Neves Ramos, diretor executivo do Todos pela Educação apresentou um balanço do primeiro ano de atividades. No primeiro ano do movimento, a prioridade foi a mobilização, buscando a adesão de associações, empresas, prefeituras, secretarias de Educação, Ministério Público e organizações sociais.

Segundo Viviane Senna, uma das integrantes do movimento, neste primeiro ano também foram estabelecidas projeções para o cumprimento das metas. "O que a gente alcançou foi a condição de fazer projeções, ano a ano, para que cada uma dessas metas possa ser planejada em cada município e estado e ser atingida nos prazos necessários".

Todos Pela Educação

O compromisso nasceu em junho de 2005, a partir de reuniões entre educadores e líderes sociais. Este grupo refletiu que a educação poderia ser uma bandeira capaz de unir os mais diversos setores do país, visando a repensar um novo projeto de Nação. Ao primeiro documento, discutido com base em um diagnóstico, deu-se o nome de 10 Causas e 26 Compromissos. A seguir passou a se chamar Pacto Nacional pela Educação e, em pouco tempo, recebeu a adesão convicta de representantes da União (inclusive do ministro da Educação), Estados, municípios, empresas e organizações. Com rodadas de planejamento, o pacto resultou no Todos Pela Educação.

Lançado no dia 6 de setembro de 2006 no Museu do Ipiranga, o Compromisso Todos Pela Educação completa o primeiro dos 16 anos estabelecidos como prazo para o Brasil melhorar a qualidade de sua educação pública. O diretor da ESAB - Escola Superior Aberta do Brasil em São Paulo, Paulinho Uda, esteve presente nos dois eventos e declarou, “O Brasil merece ser um país de primeiro mundo, e precisa acabar com a desigualdade social e não tem outro jeito de chegar lá, se não for através da educação de qualidade para todos”.

Relatório OCDE

O Jornal O Estado de São Paulo, publicou hoje, 19, uma reportagem que mostra que o Brasil é o país com o menor gasto por aluno entre os 34 analisados pelo relatório anual da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) sobre educação, divulgado ontem, dia 18. O valor que é investido em cada estudante - somando-se gastos do ensino básico e do superior - é de US$ 1.303 por ano. Noruega e Suíça investem quase dez vezes mais, mas o Brasil perde ainda para latino-americanos como Chile e México, que gastam o dobro.

Para ver as fotos do evento acesse:

http://www.esab.edu.br/site/biblioteca/newsver.cfm?idnoticia=114

Fonte: ESAB

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