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quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Brasil é apenas o 72º na lista de países menos corruptos

O Brasil aparece na modesta 72ª colocação na lista anual do índice de percepção da corrupção, que inclui 180 países, divulgada nesta quarta-feira, 26, pela organização não governamental Transparência Internacional (TI). O índice, estabelecido por meio de pesquisas realizadas entre homens de negócios e especialistas em 180 países, vai de 10 para um Estado considerado "limpo" a 0 para um Estado considerado "corrupto". No caso do Brasil, a nota ficou em apenas 3,5. De acordo com a TI, a corrupção afeta a recuperação de países devastados pela violência, incluindo Iraque e Somália, que se uniram a Mianmar na relação dos países mais afetados por este mal, segundo o relatório divulgado em Londres. O informe anual da Transparência Internacional (TI) destaca que muitos dos países mais pobres do planeta também se encontram entre os mais prejudicados por este problema. Os países "limpos", encabeçados por Dinamarca, Finlândia e Nova Zelândia - todos com nota 9,4 -, também deveriam fazer mais esforços para evitar que suas empresas tentem corromper os políticos de outros Estados ou não fazer mais vista grossa para a procedência de fundos suspeitos depositados em suas instituições financeiras, segundo a TI. A lista dos 10 países mais transparentes se completa com Cingapura, Suécia, Islândia, Holanda, Suíça, Canadá e Noruega. Os Estados Unidos aparecem na 20ª posição com a nota 7,2. Além de Iraque (1,5), Somália e Mianmar (1,4 cada), os três últimos países da lista, a relação das nações mais corruptas inclui Haiti, Uzbequistão, Tonga, Sudão, Chade e Afeganistão. "Os países do final da classificação devem levar a sério estes resultados e agir já para fortalecer a responsabilidade de suas instituições públicas", destacou Huguette Labelle, presidente da TI. "Porém, as ações dos países bem classificados também são importantes, sobretudo para combater a corrupção no setor privado", acrescentou. Quase 40% dos países com índice abaixo de três - onde se considera que a corrupção afeta todos os setores - são classificados como "pobres" pelo Banco Mundial. O país sul-americano mais bem colocado é o Chile (7,0), com a 22ª posição. A Argentina, com 2,9, aparece como o número 105 na relação da TI.

AFP

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