Por Leonencio Nossa
Uma comissão de representantes de trabalhadoras rurais entregou hoje ao Planalto uma pauta de reivindicações para melhorar a vida no campo. A lista inclui pedidos de investimentos em assentamentos rurais e projetos sociais para reduzir os problemas nas cidades que abrigam grandes obras de infraestrutura. No próximo dia 17, durante a Marcha das Margaridas, as líderes do movimento serão recebidas pela presidente Dilma Rousseff.
Carmem Foro, uma das integrantes da comissão, adiantou que, durante a marcha e na audiência com Dilma, o grupo fará críticas à política das grandes obras de infraestrutura do governo e às ações na área da reforma agrária. Ela citou os problemas sociais que ocorrem em volta dos canteiros de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) na Amazônia, em especial a exploração sexual de mulheres e crianças. "Reconhecemos que as grandes obras garantem emprego, mas não queremos desenvolvimento a qualquer custo", afirmou.
A uma pergunta sobre se espera sensibilidade de Dilma para os problemas enfrentados pelas mulheres no interior, Carmem respondeu: "Não se trata de uma questão de sensibilidade, mas de assumir compromissos". "O governo pode ser de um homem ou uma mulher, o nosso papel é fazer críticas e pressão para mudar a realidade das mulheres no campo".
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