“Ele já havia pedido licença da presidência, mas somente hoje, durante a sessão ordinária do pleno do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Teodorico Menezes deverá ser formalmente afastado da cadeira mais poderosa da Corte. Mais que isso: ele também ficará temporariamente destituído da função de conselheiro, até que se apurem as supostas irregularidades denunciadas no “escândalo dos banheiros”. Mesmo assim, continuará recebendo o salário do Tribunal, avaliado em cerca de R$ 20 mil, por mês.
De acordo com depoimentos dos membros do pleno ouvidos ontem pelo O POVO, a decisão pelo afastamento deve ser unânime.
Junto com a medida, abre-se também um processo administrativo contra Menezes na Corregedoria do Tribunal – setor que se une ao Ministério Público, à inspetoria do TCE e à Secretaria de Cidade na lista de órgãos que apura a situação dos banheiros. Conforme O POVO tem publicado, parte dos kits sanitários prometidos por associações do Interior não foi localizada. Algumas das entidades que receberam dinheiro do Governo são presididas por pessoas ligadas a Teodorico.
As investigações no âmbito da Corregedoria serão comandadas pelo conselheiro e colega Pedro Timbó, que mantinha relação de proximidade com o presidente afastado. Entretanto, ele afirmou que não conversou com Teodorico desde que as denúncias vieram à tona.
Uma vez sem afastado, o ex-presidente será substituído por um dos auditores do TCE: Itacir Todero ou Paulo César de Souza.
Aposentadoria
A abertura de processo para averiguar o possível envolvimento de Teodorico no escândalo pode impedir, pelo menos por enquanto, que ele solicite aposentadoria do Tribunal – hipótese que surgiu nos bastidores do TCE desde que se intensificaram as denúncias.
Para a conselheira Soraia Victor, por exemplo, qualquer medida definitiva só poderá ser tomada após a apuração dos fatos.”
(O POVO)
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