“A Câmara dos Representantes dos EUA aprovou, por 234 a 190 votos, o projeto de lei “corte, restrinja e equilibre” que impõe limites rígidos em todos os futuros gastos federais, ao mesmo tempo em que torna mais difícil aumentar impostos.
O “corte, restrinja e equilibre” também prevê que o governo limite seus gastos a menos de 20% do PIB (hoje em quase US$ 15 trilhões); e permite elevar o teto da dívida em US$ 2,4 trilhões apenas se o Congresso aprovar os cortes.
A Câmara, que é controlada pelos republicanos, desafiou a ameaça presidencial de veto ao aprovar a emenda constitucional que exige um orçamento federal equilibrado.
O presidente Barack Obama disse que usaria seu poder de veto caso a emenda também fosse aprovada pelo Senado.
Os democratas no Senado disseram, no entanto, que iriam derrubar a medida aprovada pela Câmara dos Representantes.
PLANO BIPARTIDÁRIO
No Senado, o senador Jon Kyl, do Arizona, disse que uma proposta de apoio bipartidária — trabalhada pelo líder da minoria, o republicano Mitch McConnell, e o líder da maioria, o democrata Harry M. Reid — deve ser aprovada. No entanto, ele não soube precisar se essa proposta conseguiria a aprovação na Câmara dos Representantes.
Na manhã desta terça-feira, Obama aprovou o plano bipartidário apresentado pelo Senado de cortes de gastos é “um passo significativo” na discussão sobre o aumento do teto da dívida do país.
Pelo plano do Senado, o governo Obama poderia elevar o teto da dívida americana — atualmente em US$ 14,3 trilhões — em troca do corte de US$ 1,5 trilhões em gastos pelos próximos dez anos.
Separadamente, um plano mais ambicioso eliminaria de seu Orçamento US$ 3,7 trilhões nos próximos dez anos ganhava força.
Se a alta do teto de endividamento não for aprovada pelo Congresso, o Tesouro anunciou que o país seria obrigado a declarar-se em moratória a partir de 2 de agosto.
Republicanos e democratas continuam sem chegar a um acordo em relação ao aumento dos impostos pagos pelos americanos com rendas mais altas.
O presidente Barack Obama e os democratas o consideram um ponto fundamental, que compensaria o sacrifício que representarão os cortes nos programas sociais.
Já os republicanos dizem que a questão é inegociável, já que prejudicaria a criação de postos de trabalho, em um momento no qual a taxa de desemprego está acima dos 9%.
Timothy Geithner, secretário do Tesouro, reconheceu a viabilidade do plano de Harry Reid e Mitch McConnell, mas ressaltou que o governo continua “trabalhando com ambas as partes para tentar obter um pacto que não só evite a entrada em moratória, mas garanta que o país faça algo útil para resolver o problema do deficit fiscal a longo prazo”.
CONGRESSO
A agência de classificação de risco Moody’s declarou nesta segunda-feira que os Estados Unidos deveriam modificar a normativa que deixa nas mãos do Congresso a decisão de elevar ou reduzir o limite de endividamento do país.
“O processo legislativo de elevar o limite de endividamento cria uma incerteza periódica sobre a habilidade do governo para cumprir suas obrigações”, afirmou a Moody’s em relatório publicado e assinado pelo analista Steven Hess.”
(Portal Uol)
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