CINGAPURA, 30 de novembro (Reuters) - A publicidade seria tão irritante de ver se você fosse pago para prestar atenção nela? Uma pesquisa mundial revelou que embora a maioria das pessoas acredite que há publicidade demais na televisão, na Internet e em outras mídias, mais de 40 por cento dos entrevistados estariam dispostos a aceitar ainda mais anúncios se isso reduzisse seus custos.
A ideia se provou especialmente popular na Espanha, Austrália, Estados Unidos, Reino Unido e China. O grupo de pesquisa mundial de marketing Synovate, que conduziu a pesquisa, disse que era uma ideia digna de consideração pelo setor publicitário, que vem sendo prejudicado pela crise econômica mundial.
"Apesar da grande maioria de pessoas em cada mercado... dizer que há publicidade demais na TV, 42 por cento delas estariam dispostas a aceitar ainda mais anúncios em troca de um desconto em suas assinaturas", informou Steve Garton, diretor executivo de mídia da Synovate em um comunicado.
A pesquisa foi conduzida em setembro com entrevistas na Austrália, Brasil, Canadá, China, Espanha, Estados Unidos, Holanda, Hong Kong, Índia, Reino Unido e Taiwan.
Em termos mundiais, 41 por cento dos entrevistados se declararam dispostos a aceitar mais publicidade na Internet se em troca disso recebessem descontos.
"O modelo é uma ideia interessante para o setor. Se pudesse ser vinculado a publicidade mais dirigida, mais relevante... talvez resultasse em maiores receitas em uma audiência cada vez mais fragmentada", acrescentou Garton.
Para a pesquisa, a Synovate pediu que 8,6 mil pessoas em 11 países falassem sobre o que pensam sobre mídia e publicidade.
Mais de dois terços dos entrevistados disseram que há comerciais demais na TV, e 39 por cento deles disseram haver propaganda demais na Internet. Quase todos, 87 por cento, tentavam de forma ativa evitar publicidade no rádio e TV, desligando os aparelhos ou mudando de canal, enquanto dois terços evitam sites que apresentam publicidade intrusiva.
Quanto à mídia mundial favorita, a Internet foi considerada como veículo mais indispensável por 70 por cento dos entrevistados, superando por ligeira margem a televisão, considerada indispensável por 69 por cento das pessoas.
Retirado do: Site do BOL Notícias
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