A Colônia Agropastoril do Amanari, em Maranguape (Região Metropolitana de Fortaleza), terá que ser desativada em, no máximo, dois anos. A decisão foi proferida, ontem, pela Justiça diante da superlotação de presos nos fins de semana. A unidade é destinada a brigar os detentos em regime semiaberto e aqueles que executam trabalhos fora da prisão e são obrigados a dormir todas as noites da Colônia.
A determinação partiu do juiz de Direito, Luiz Bessa Neto, da Vara das Execuções Penais e Corregedoria dos Presídios. Além da interdição, o magistrado recomendou "cautela na preservação da integridade física e psicológica dos presos", tendo em vista as deficiências daquela unidade do Sistema Carcerário.
Irregularidades
A denúncia de que a Colônia do Amanari vem sendo palco de constantes fugas e motins foi revelada, com exclusividade, pelo Diário do Nordeste, há cerca de um mês. Nos fins de semana, o acúmulo de presos ali tornou-se um festival de irregularidades. Muitos detentos dormem até dentro de veículos, pois não há lugar para todos. A Colônia tem capacidade real para receber apenas 120 presos, mas, a cada fim de semana esse número chega a cerca de 1.200 presos. Ali estão oficialmente abrigados 151 internos nas celas, além de 485 que fazem trabalho no campo, e outros 1.052 que são obrigados a se apresentarem todas as sextas-feiras e ali permanecerem até o início da semana seguinte. (Diário do Nordeste).
Por Wilson Gomes
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