Sobral, onde mantém uma criação de aproximadamente 250 cabeças de gado, as perdas podem ser comparadas com a que aconteceu no ano de 1994. “Por pouco não perdi quatro cabeças de gado que ficaram presas em uma cerca. Tive que agir rápido para não ter prejuízo”, disse. Ele avaliou que, se não tivesse salvado o rebanho, teria tido um prejuízo de cerca de R$ 5 mil.
Outro pecuarista que também tem uma propriedade no mesmo local, José Maurício Guariguasi, informou que seu prejuízo no momento é incalculável. “Estou com a produção de leite interrompida há mais de um mês. Quando as águas do rio invadiram minha propriedade, tive que contratar dez pessoas para retirar todo meu rebanho que corria risco de se afogar. Isso levou a noite toda”. Ele avalia que haverá perda também na pastagem. “Mantenho uma plantação de capim para alimentar meu gado e toda ela ainda está submersa, não sei ainda de quanto será o meu prejuízo”, disse.
O presidente da Associação dos Criadores da Zona Norte, José Valdeci Vasconcelos, informou que somente em Sobral existem aproximadamente 25 mil cabeças de animais, entre bovinos, caprinos e suínos. Ele classificou como precária a situação em toda região. “Vamos precisar da ajuda do Estado para que os nossos pecuaristas não fiquem no prejuízo total”.“O pasto verde permanece inundado, o que podemos considerar perda total. Sem esse tipo de vegetação, a produção do leite cai. Com isso deverá ocorrer aumento no preço do produto em breve”, disse ele.
Por Wilson Gomes
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