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quarta-feira, 13 de maio de 2009

Petista critica o projeto de Cid.

Sob a alegação de que não poderia ser contra o abono, Artur Bruno vota a favor, mas condena o projeto do Governo

O deputado Artur Bruno (PT) tentou assegurar que o Governo providenciasse desde já, a efetivação da progressão horizontal para os professores da rede estadual de ensino, mas não conseguiu. A mensagem do Governo que concede o abono de 5%, sem a progressão horizontal, foi aprovada ontem, por unanimidade, na Assembléia, incluindo o voto favorável do petista, que alegou não poder ser contrário a um abono oferecido à categoria.

A emenda do parlamentar que recebeu apoio da deputada Rachel Marques (PT), garantia a progressão horizontal , mas foi derrubada nas comissões temáticas da Casa. A progressão, ao contrário do abono, permite ao professor subir de um nível para outro dentro de suas carreiras. “O Governador perdeu uma grande oportunidade de enviar a esta Casa algo que vai melhorar a situação salarial dos professores”, ressaltou.

Bruno argumenta que a luta por uma educação de qualidade passa pela melhoria salarial dos professores. A garantia de uma progressão horizontal, segundo ele, se faz pela necessidade que esses profissionais têm em garantir uma remuneração frente à importância do seu trabalho. Ele aponta que hoje, um professor no nível 23, trabalhando 40 horas semanais, com pós-graduação recebe R$ 1.920, 00 que segundo o parlamentar, é uma renda insatisfatória. “Não teremos educação de qualidade se o professor continuar a ganhar esse salário vergonhoso”, alerta.

Mesmo criticando ele votou a favor, alegando não poder ser contra. “Lamentavelmente, hoje vamos votar não a reivindicação dos professores, não aquilo que foi negociado, mas um abono que vai de setembro a junho. Os recursos são bem-vindos, mas acabado esse processo nada estará garantido que terão essa progressão nas suas carreiras”, deduz.

Para o deputado Osmar Baquit (PSDB), Bruno jogou para a platéia ao criticar o projeto e ter votado a favor, argumentando que se o petista acreditava que a mensagem não agrada a categoria, então deveria ter votado contra a mensagem. Antes, Fernando Hugo (PSDB) havia indagado se o petista votaria a favor ou contra, recomendando, ao fim que ele encaminhasse o processo de votação .

O líder do Governo, deputado Nelson Martins (PT), atestou que a emenda apresentada pelo colega petista além de ser inconstitucional era anti-regimental, visto que ao propor a progressão horizontal, a emenda impõe a incorporação do abono no vencimento base dos professores, e isso gera despesa ao erário estadual.


Fonte: Diário do Nordeste.

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