Sem a confirmação dessa teoria, durante o eclipse visto no Brasil, este seria mais um eclipse semelhante a muitos outros estudados. Mas a partir daquele longínquo 29 de maio, a Teoria da Relatividade e seu autor ficaram universalmente conhecidos. O fato é que o fenômeno astronômico possibilitou a enorme popularidade da Teoria da Relatividade e do seu criador, Albert Einstein.
O intento da comissão inglesa era comprovar a previsão de Einstein, segunda a qual os raios luminosos, ao passarem próximo ao Sol, deveriam sofrer um desvio duas vezes superior ao previsto pela teoria de Newton. Para investigar a veracidade da tese einsteiniana, publicada em novembro de 1915, a Comissão Permanente de Eclipse da Royal Society e da Royal Astronomical Society organizou duas expedições.
No dia 29 de maio, o céu amanheceu completamente encoberto. Às 8h25, uma abertura entre as nuvens permitiu ver o eclipse; às 8h52, ocorreu uma grande abertura onde se achava o sol. Teve início uma série de fotografias. O eclipse realmente tinha sido um sucesso no Brasil. Por outro lado, na Ilha de Príncipe, as nuvens haviam encoberto o disco solar.
Assim, eclipse total do Sol observado em Sobral (CE) confirmou tese de Albert Einstein. Dois dias depois do eclipse, a comissão inglesa dirigiu-se a Fortaleza, voltando a Sobral em meados de julho para obter as fotografias da região do campo estelar ocupado pelo sol durante o eclipse, confirmando o desvio da luz previsto pela Teoria da Relatividade. (DN).
Por Wilson Gomes
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