Oito corpos foram levados nesta quarta-feira, 2, para o necrotério de Kisumu (oeste do país), após uma nova noite de distúrbios no Quênia, que também terminou com a morte de dois policiais em Kericho (sudoeste), o que aumenta para 316 o balanço de mortos em seis dias de enfrentamentos de caráter político e tribal.
"Quatro corpos foram trazidos à noite e outros quatro ao amanhecer. Os corpos tinham ferimentos de bala", afirmou à AFP um funcionário do necrotério de Kisumu que pediu anonimato.
"Eles foram mortos nas favelas de Nyalenda e de Nyamasaria", acrescentou.
Além disso, dois policiais não resistiram aos ferimentos e faleceram à noite em Kericho.
"Um grupo de jovens armados com arcos e flechas atacou os dois policiais na cidade de Kericho e roubou uma pistola. Os dois morreram quando eram levados para o hospital", declarou uma fonte policial que também pediu anonimato.
Pelo menos 316 pessoas morreram em atos de violência étnica e distúrbios desde as eleições de 27 de dezembro, que reelegeram o presidente Mwai Kibaki, segundo um balanço estabelecido pela AFP com base em informações divulgadas pela polícia e pelos necrotérios do país.
No entanto, um documento oficial do governo quenianos informa 177 vítimas fatais.
"Pelo menos 177 pessoas morreram, 209 propriedades foram destruídas e 260 pessoas detidas", afirma um relatório do governo de Nairóbi.
Nesta quarta-feira, lojas e bancos reabriram em Nairóbi, cidade que estava totalmente paralisada há uma semana por causa da profunda crise que afeta o país.
No centro da cidade, a polícia liberou várias ruas ao tráfego. Os veículos dos transportes públicos voltaram a circular na cidade, com exceção do centro da capital queniana.
Nas portas dos bancos, clientes faziam longas filas para retirar dinheiro.
AFP
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