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segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

São Paulo já aplicou 50.069 vacinas contra febre amarela

O serviço municipal de saúde da cidade de São Paulo já aplicou, na primeira quinzena de janeiro, 50.069 doses de vacina contra a febre amarela. Em todo o ano de 2007, foram aplicadas 62 mil doses, diz Sonia Ramos, gerente do Centro de Controle de Doenças da Coordenação de Vigilância em Saúde da secretaria municipal de Saúde. "Nos dias 1º, 2 e 3 não houve vacinações" contra a doença, diz ela. "A coisa aumentou mesmo a partir do dia 9".

Esse balanço se refere aos postos de aplicação da vacina na cidade de São Paulo - exclui, por exemplo, o Aeroporto de Cumbica, que fica em Guarulhos.

A gerente pede que a população só procure a vacina caso vá, realmente, visitar locais considerados de risco, como áreas silvestres dos Estados do Centro-Oeste ou Norte do País.

A despeito da alta demanda, Sonia diz que, até o momento, não há risco de desabastecimento. "Pode haver faltas pontuais, mas neste final de semana fizemos plantão para remanejar as doses", disse.

Temporão
O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, fez um pronunciamento no domingo, em rádio e TV, para tentar conter a crescente corrida da população para vacinar-se contra a febre amarela. Caso se instale nacionalmente o fenômeno registrado em Brasília, os estoques podem ser insuficientes. Em duas semanas, 37% da população da capital foi imunizada - 893 mil pessoas. Se a procura nacional for semelhante, serão necessárias 68 milhões de doses - quase dois anos da produção atual.

"Só procure os postos de saúde ser morar ou for visitar as áreas de risco e nunca se vacinou ou foi vacinado antes de 1999", afirmou Temporão. A mensagem já havia sido dada pelo ministro na semana passada, mas não surtiu o efeito esperado. A ocorrência de casos em Goiás, São Paulo, Minas Gerais e Paraná, além do Distrito Federal, desencadeou a busca pelos postos.

Desde sexta-feira, o registro de casos em investigação subiu de 15 para 24. Na última semana, também aumentou o número de registros de mortes de animais com suspeita de febre amarela, primeiro sinal antes que uma epidemia se instale entre humanos.Até agora, só dois casos suspeitos do tipo silvestre (veja quadro) foram confirmados e cinco, descartados.

No pronunciamento, o ministro reforçou que não há risco de epidemia. O último caso do tipo urbano foi registrado em 1942.

Agência Estado

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