Por algum tempo quando alguma pessoa renomada falava uma palavra diferente, a imprensa, especialmente os programas de televisão, ouvia as pessoas nas ruas sobre o significado. A palavra que precisa ser explicada nas ruas do Brasil atualmente é basta. Imperativa!
Poderia ser utilizada em muitas áreas e para outros problemas eternos, mas preferiria, pela urgência, empregá-la para encerrar tantos argumentos descabidos para justificar a gravidez precoce.
Motivos existem. Isso não quer dizer que sejam convincentes. Argumentar que falta informação é de uma tolice como achar que a criança de hoje prefere a boneca de pano às que representam estrelas da mídia.
Não se tem a pretensão de dizer o que falta, por absoluta desnecessidade. Com certeza, não falta conhecimento. Garotos e garotas de qualquer classe social, indistintamente, sabem disso! Todas que transam sabem o quê sai do pênis e no que pode resultar.
Podem não saber que camisinha, pílulas e outros métodos são contraceptivos, mas sabem perfeitamente que evitam filho. Está faltando enfrentamento real desse problema. Para satisfazerem às filhas que engravidam sem planejamento, os pais e alguns responsáveis utilizam-se de desculpinhas esfarrapadas seguindo as idéias de especialistas comprometidos com dogmas religiosas.
Falta seriedade, serenidade, compromisso social, e até projeto de vida aos jovens. As autoridades deveriam cobrar a responsabilidade de alimentar, cuidar da saúde e da educação das crianças com muita ênfase, sem condolências. Com a certeza da penalização, acabaria a enxurrada de crianças jogadas nas ruas como bichos.
Claro como a luz: quem não pode cuidar, não deve ter filhos. Há exceções, mas está havendo mesmo é a banalização da gravidez. O resto é muita desculpa fútil, fundamentações sem consistência de todos os segmentos sociais.
O “coitadismo” ajuda a difundir que basta ser pobre e dizer que “não há diálogo com os pais” para justificar a gravidez. Pode faltar tudo ao jovem, mas faltará tudo ao quadrado se tiver um filho sem estrutura material e até psicológica. Como diria Boris Casoy: isso é uma vergonha!
A sociedade brasileira precisa aprender a reagir a certas medidas drasticamente, com a força que se faça necessária, principalmente com relação aos abusos dos parlamentares. No caso da gravidez de jovens, precisa-se dar um basta com muita ênfase a tanta acomodação e hipocrisia.
Pedro Cardoso da Costa
Interlagos/SP
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