A preocupação com a possibilidade de contaminação por febre amarela provocou um aumento estimado em 60% na procura pela vacina na capital, nos últimos dez dias. A informação é do secretário municipal de Saúde, Jesus Pinheiro, que disse não ver motivos ainda para essa "corrida desenfreada". Ele destacou que o último caso de febre amarela urbana no país foi registrado em 1942 e que há vacina para todos – nos últimos três anos, segundo o Ministério da Saúde, mais de 60 milhões de pessoas foram imunizadas. "É difícil conter o medo coletivo e por isso o número de vacinações cresceu. E esse medo é justificável, porque o índice de mortalidade é muito alto quando se contrai o vírus da febre amarela. Mas Manaus está em situação privilegiada: temos vacina em quantidade superior à nossa necessidade", disse. Na capital, as 160 unidades de vacinação gratuita estão abertas durante todo o ano. A Secretaria recomenda a imunização preventiva aos que vão viajar para países vizinhos ou que tenham mais contato com áreas de floresta. "Quem com freqüência transita entre as áreas de floresta e a cidade pode passar a integrar os chamados grupos de risco, porque pode ser infectado e retransmitir o vírus se picado pelo mosquito Aedes aegypti. Essas pessoas têm prioridade na vacinação", informou Pinheiro. No interior do estado, segundo a Secretaria de Saúde do Amazonas (Susam), também não há motivos para preocupação, já que a vacinação contra febre amarela está incluída no calendário básico das crianças. De acordo com a Fundação de Vigilância Sanitária (FVS), atualmente a cobertura vacinal contra a doença é de 80% em todo o estado, mas o índice deve crescer em função da procura por parte da população. Já em Roraima, a secretaria de estado de Saúde alerta para que todos se vacinem contra a febre amarela. Segundo o Departamento de Epidemiologia, em fevereiro do ano passado a doença fez uma vítima no estado. As áreas de risco, ou seja, as que mantém circulação do vírus da febre amarela na natureza são a Região Norte e a Centro-Oeste e ainda os estados do Maranhão e de Minas Gerais.
Agência Brasil
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