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sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

FBI tem linhas telefônicas cortadas por inadimplência

O FBI, a polícia federal americana, tem enfrentado sérios problemas para ouvir espiões e outros alvos de escuta telefônica porque não pagou suas contas de telefone em dia. Com dezenas de milhares de dólares em contas não pagas, as companhias telefônicas cortaram os grampos do FBI usados em escutas de suspeitos, uma auditora do Departamento de Justiça revelou ontem. Apenas em um escritório do FBI, as contas telefônicas atrasadas com uma companhia totalizam US$ 66 mil. Em pelo menos um caso, uma linha telefônica usada pelo serviço de inteligência de investigações estrangeiras "foi interrompida devido ao atraso de pagamento", descobriu a auditoria. Esse serviço trata das mais sensíveis e secretas investigações envolvendo supostos terroristas e espiões.

"Também descobrimos que os pagamentos atrasados resultaram em corte de linhas telefônicas, acarretando perda de provas", afirmou o auditor Glenn Fine. A auditoria culpa a má administração do dinheiro utilizado para investigações secretas pelo atraso nos pagamentos, que também permitiu a um empregado furtar US$ 25 mil. O diretor-assistente do FBI John Miller disse que as linhas telefônicas foram cortadas apenas algumas vezes, devido ao não pagamento das contas, não atrasando as investigações em curso. Ele disse que o FBI "não vai tolerar má administração financeira" e que está trabalhando para corrigir os problemas.

O relatório divulgado é uma versão editada da auditoria de 87 páginas que o FBI diz ser muito delicado para ser divulgado. A organização American Civil Liberties Union pediu que o FBI o publique integralmente. O grupo tem sido um duro crítico do governo em casos de escutas e também atacou as companhias telefônicas que permitem as escutas apenas enquanto forem pagas."Parece que as telefônicas, que dizem ser apenas patriotas ao permitir que o governo nos espione sem garantias, estão menos interessadas em ajudar as investigações de segurança nacional quando o governo não paga suas contas", disse Michael German, ex-agente do FBI e conselheiro do grupo.
Agência Estado

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