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Por Jack Kim e Ju-min Park
SEUL, 26 Mar (Reuters) - A Coreia do Norte repetiu nesta terça-feira sua ameaça de atacar bases militares dos EUA, enquanto Washington e seus aliados endureceram as sanções econômicas contra o isolado país.
A retórica da Coreia do Norte, que já ameaçou os EUA com uma guerra nuclear e ensaiou ataques teleguiados à Coreia do Sul, e a dura reação de Washington geram preocupações na China, única aliada importante de Pyongyang, que disse ver uma situação "delicada".
A Coreia do Norte diz que as sanções da ONU, definidas depois do terceiro teste nuclear norte-coreano, em fevereiro, é parte de um complô liderado pelos EUA para derrubar seu regime comunista.
"A partir deste momento, o Comando Supremo do Exército Popular Coreano colocará na postura de combate número 1 todas as unidades de artilharia de campo, incluindo as unidades de artilharia de longo alcance e as unidades de foguetes estratégicos, que farão mira em todos os objetos inimigos em bases invasoras dos EUA no seu território continental, no Havaí e em Guam", disse a agência estatal de notícias norte-coreana, a KCNA.
O ministério sul-coreano da Defesa disse não ver sinais de ação militar iminente por parte da Coreia do Norte, e a maioria dos analistas militares considera que Pyongyang não correrá o risco de travar e perder um conflito contra os EUA.
A Coreia do Sul e os militares dos EUA estão conduzindo exercícios militares até o final de abril, mas garantem que seu objetivo é estritamente defensivo. O Norte acusa os EUA de fazerem preparativos para uma guerra, e anunciou ter desconsiderado o armistício que encerrou a Guerra da Coreia (1950-53).
Autoridades disseram que Japão e Austrália planejam impor sanções ao Banco de Comércio Exterior da Coreia do Norte, como parte dos esforços dos EUA e seus aliados para cortar o financiamento ao programa nuclear norte-coreano.
A China novamente pediu moderação às partes. "No momento, a situação na península coreana continua sendo complexa e delicada", disse Hong Lei, porta-voz da chancelaria.
A agressiva retórica de Pyongyang parece marcar mais uma tentativa de reforçar as credenciais militares do líder Kim Jong-un, que assumiu o poder em dezembro de 2011, após a morte do seu pai.
A KCNA disse na terça-feira que Kim orientou uma operação de pouso de unidades combinadas, incluindo da Marinha.
"Essa é a construção de um mito para o comandante", disse Jeung Young-tae, analista-sênior do Instituto de Unificação Nacional da Coreia, em Seul.
Na terça-feira, faz três anos que um navio militar sul-coreano foi afundado, causando a morte de 46 marinheiros. A Coreia do Norte nega ter torpedeado a embarcação.
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