Um diplomata americano e seu motorista sudanês morreram em um ataque de homens armados em Cartum, anunciaram a embaixada dos Estados Unidos na capital do Sudão e as autoridades locais. O diplomata foi atingido por cinco balas enquanto circulava em seu carro num bairro do leste da capital Cartum. "Mais cedo nesta manhã, 1º de janeiro de 2008, em Cartum, Sudão, um oficial americano da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) foi atingido por tiros", afirma um comunicado da embaixada. "Esta tarde, o funcionário americano não resistiu aos ferimentos e faleceu. Nós estamos trabalhando com as autoridades locais para investigar o incidente", acrescenta. O motorista sudanês do diplomata americano morreu no ataque, que aconteceu ao amanhacer em um bairro da zona leste de Cartum, segundo o ministério sudanês do Interior. O ministério divulgou um comunicado no qual não classifica o ocorrido de atentado porque os primeiros dados sobre o ataque parecem confirmar a hipótese que se tratou de um assalto. Segundo a fonte, o veículo do diplomata, um 4X4, foi interceptado por outro carro numa rua do bairro residencial de Riad e seus ocupantes abriram fogo. "O motorista morreu no ato enquanto o outro ocupante do carro diplomático recebeu cinco disparos na mão, no ombro direito e no estômago", afirma o comunicado. O texto identifica o diplomata falecido como John Michael Granfield, de 33 anos, que trabalhava para a USAID no sul semiautônomo do Sudão. O motorista foi identificado como Abdel Rahman Abas, de 40 anos. No entanto, o ministério das Relações Exteriores ofereceu outra versão dos fatos, apesar de também descartar a pista terrorista. Para a chancelaria sudanesa, o carro do diplomata se viu envolvido numa briga enquanto um grupo de sudaneses comemorava o Ano Novo. Uma fonte que não quis ser identificada e ligada aos serviços secretos, citada pela agência sudanesa Media Center (SMC), afirmou que não existe qualquer "pista de uma ação terrorista organizada". O ataque, em todo caso, acontece num país onde cresceu a hostilidade em relação aos Estados Unidos por causa da posição do governo americano ante a crise de Darfur. Washington acusa Cartum de protagonizar um "genocídio" nessa região do oeste sudanês, onde 200.000 pessoas morreram nos últimos cinco anos.
AFP
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