O presidente George W. Bush ameaçou o Irã com uma resposta militar, em caso de agressão, três dias depois de um perigoso enfrentamento entre as Marinhas americana e iraniana nas águas do Golfo. "O conselheiro de Segurança Nacional queria dizer, claramente, que todas as opções estão sobre a mesa para proteger nossos interesses", disse Bush, em entrevista coletiva conjunta com o premier israelense, Ehud Olmert, em Jerusalém, referindo-se a declarações dadas mais cedo por seu conselheiro Stephen Hadley. Ao falar em "todas as opções", Bush utilizava uma fórmula consagrada para evocar a possibilidade de recorrer à força contra o Irã. "Esclarecemos o fato publicamente e já conhecem nossa posição, haverá conseqüências sérias se atacarem nossos navios, nem mais nem menos. Eu aconselho que não o façam", frisou, ao ser perguntado sobre o incidente do fim de semana entre lanchas iranianas e navios de guerra americanos no estreito de Ormuz. Mais cedo, Hadley alertou o Irã, de forma vigorosa, para as conseqüências de um novo incidente militar parecido com o que ocorreu no domingo. O episódio "quase desencadeou uma troca de tiros entre nossas forças e as forças iranianas", disse. "Esta é uma advertência para eles: devem prestar muita atenção porque, se isso acontecer novamente, deverão sofrer as conseqüências de um incidente como esse", comentou Hadley. De acordo com as gravações de áudio e vídeo divulgadas pelo Pentágono, lanchas iranianas provocaram e ameaçaram atacar três navios americanos nessas águas eminentemente estratégicas, entre a costa do Irã e a Península Arábica. "Achamos que é preciso mostrar aos iranianos que eles pescam em águas perigosas. Trata-se de uma provocação (...) e eles devem assumir as responsabilidades pelas conseqüências, caso façam isso novamente", insistiu Hadley.
AFP
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