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quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Brasil apoiou Kirchner em caso de reféns, informa jornal

O jornal argentino Ámbito Financiero afirmou na edição de hoje que o Brasil "respaldou" o presidente da Argentina, Néstor Kirchner, "com firmeza" depois do fracasso na libertação de reféns pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). "O governo brasileiro respaldou o papel que Néstor Kirchner cumpriu na frustrada operação de liberação de reféns na Colômbia e advertiu que é injurioso considerar que o ex-mandatário foi utilizado pelo presidente venezuelano Hugo Chávez.

"É injusto, quase uma injúria dizer que um homem com as características do presidente Kirchner possa ser utilizado", afirmou o assessor de assuntos internacionais do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Marco Aurélio Garcia, segundo a agência NA (Notícias Argentinas). "O funcionário do governo de Lula da Silva, que desempenhou junto com Kirchner o papel de avalista internacional na Colômbia, descartou que os dirigentes opositores argentinos tenham razão em suas críticas dirigidas ao ex-presidente", afirmou o Infobae.

"Não creio que tenham razão. O presidente Kirchner foi uma pessoa chave na negociação. Sem ele a negociação teria sido distinta. Deu muito peso à delegação e ofereceu sempre uma palavra muito coerente", declarou Garcia, segundo ressaltou a mídia argentina. Garcia disse, segundo a NA, que Kirchner "exerceu uma função de liderança no grupo". Por outra parte, o assessor brasileiro também considerou que a negociação com as Farc "não foi um fracasso", mas reconheceu que houve "uma frustração".

Porém, ele afirmou que "não estava nas mãos dos avalistas" conseguir a liberação dos reféns. Em sua opinião, poderia haver futuras negociações similares à anterior para liberar os reféns. Ao ser consultado sobre a responsabilidade das Farc na frustrada operação, Garcia afirmou que "não as estava acusando", mas considerava que "houve responsabilidade". "Eles sinalizaram que houve uma intensificação das ações militares do governo colombiano, o que foi negado pelo governo colombiano.

Agência Estado

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