Assessoria de Comunicação CNA
A Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) confirmou a sanidade do rebanho brasileiro e declarou erradicada a febre aftosa nos estados de Alagoas, Maranhão, Paraíba, Ceará, Piauí, Rio Grande do Norte, Pernambuco e o norte do Pará. Com isto, toda a região Nordeste está, oficialmente, livre da doença, embora a maioria dos estados ainda tenha que vacinar os animais duas vezes por ano. A condição sanitária foi atestada nesta quinta-feira (29), pelos 178 países integrantes da OIE, reunidos em Paris, França.
O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas (FAEAL), Álvaro Arthur Lopes de Almeida, comemorou a decisão, ao lado do presidente da Federação do Maranhão, José Hilton Coelho de Sousa. “A classificação do nosso rebanho era de risco desconhecido. Foram 14 anos de muito trabalho, até o reconhecimento da área como de médio risco e, agora, livre de febre aftosa com vacinação”, explicou Álvaro de Almeida.
Para ele, o posicionamento da OIE vai impulsionar a atividade pecuária do Estado de Alagoas, até aqui restrita ao comércio de animais para estados onde também havia risco médio da doença. “Além de estimular a pecuária, o trânsito fica legalizado e caem as barreiras para os produtos lácteos”, afirmou presidente da FAEAL. Lembrou, ainda, a excelente qualidade genética do rebanho de seu estado, composto principalmente pelas raças zebu, holandês e girolando.
Com a certificação internacional, os pecuaristas de Alagoas poderão expor seus animais nas feiras agropecuárias mais importante do Brasil, que só permitem a participação do gado oriundo de regiões reconhecidas como livres da aftosa. A partir deste reconhecimento obtido pelos oito estados, sobe para 210 milhões o total de animais que estão em zonas livres de febre aftosa, ou seja, aproximadamente 99% do rebanho nacional de bovinos e bubalinos em 78% do território brasileiro.
Álvaro Almeida afirmou que o compromisso dos pecuaristas dos oito estados com a sanidade dos rebanhos continua. “Temos que seguir vacinando os animais em maio e novembro. Nossa responsabilidade agora é maior, porque temos que manter esta conquista. Não podemos recuar”, afirmou. A próxima meta é o reconhecimento de Alagoas como área livre de febre aftosa sem vacinação, status sanitário que, até agora no Brasil, é exclusividade de Santa Catarina.
Publicado em: 29/05/2014
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