Ministra destacou resultados das políticas brasileiras de combate à pobreza, durante conversa com jornalistas no Centro Aberto de Mídia, no Rio de Janeiro
Brasília, 24 – "Em um único ano, o Brasil reduziu a pobreza em 21% e conseguiu reduzir em 16% a extrema pobreza. A fome não é mais um fenômeno estendido e sim isolado. Esses dados mostram uma revolução que está acontecendo no Brasil a partir do Bolsa Família", disse a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, citando dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad/2012).
Foto: Marília Cabral/ Divulgação Centro Aberto de Mídia João Saldanha
A informação foi dada durante entrevista para 20 jornalistas estrangeiros e brasileiros que estavam no Centro Aberto de Mídia, no Rio de Janeiro, na segunda-feira (23), para a cobertura da Copa do Mundo FIFA 2014. Ela respondeu perguntas de profissionais interessados em conhecer as políticas brasileiras de combate à pobreza.
Segundo Campello, os resultados obtidos até agora permitem derrubar alguns mitos com relação ao Programa Bolsa Família. O primeiro mito é o de que as mulheres teriam mais filhos para receber mais recursos do programa. Isso não ocorreu: a taxa de fecundidade caiu nesse período, principalmente entre os beneficiários do programa. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de fecundidade no Brasil caiu de 2,4 filhos por mulher no ano 2000 para 1,77 em 2013.
O segundo mito era o de que as pessoas gastariam mal o dinheiro do benefício, mas as pesquisas demonstram que o recurso é gasto prioritariamente com itens como alimentação, roupas, calçados e medicamentos.
O terceiro mito era de que os beneficiários deixariam de trabalhar para viver somente do Bolsa. “Os dados mostram que 70% dos adultos do programa trabalham e já são 1,2 milhão de matrículas feitas no Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), que permitirá a inclusão profissional dos beneficiários no mercado de trabalho”, destacou.
De acordo com a ministra, entre 2002 e 2012, diminuiu em quase 40% a defasagem na relação idade/ano escolar entre os 20% mais pobres, considerando os jovens de 15 anos, e o resto dos estudantes (na mesma faixa etária).
Campello informou ainda que a mortalidade infantil por desnutrição caiu 58% desde 2002. Isso permitiu ao Brasil alcançar já em 2011 a Meta do Milênio para este item, fixada pela Organização das Nações Unidas (ONU) para o ano de 2015. No entanto, ela lembra que há 300 mil famílias fora do Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal e, portanto, sem acesso aos serviços públicos.
Durante a coletiva, ela também reforçou que um dos grandes desafios do Brasil será o de promover alimentação saudável e sustentável a partir da promoção da agricultura familiar e orgânica.
A titular do MDS comentou com os jornalistas que, a pedido do governo brasileiro, a Federação Internacional de Futebol (Fifa) doou ingressos aos beneficiários dos programas sociais. No total, foram sorteados 48 mil ingressos doados para que os alunos de 901 escolas públicas do Programa Mais Educação das 12 cidades-sede tenham a oportunidade de assistir a algum dos 64 jogos da competição.
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