Morre jornalista Lustosa da Costa
Faleceu nesta noite de quarta-feira, (3), aos 74 anos em Brasília, por falência múltipla dos órgão, o jornalista Lustosa da Costa, que lutava contra câncer de pulmão. O corpo do jornalista deverá ser cremado e, segundo a família, as cinzas deverão ser jogadas no Rio Acaraú em Sobral (Zona Norte do Estado).
Lustosa da Costa, natural de Cajazeiras iniciou suas atividades no Correio da Semana, em Sobral, cenário dos vinte e cinco livros que publicou, inclusive dois em Portugal, Vida, paixão e morte de Etelvino Soares e Clero, nobreza e povo de Sobral. O escritor foi editor dos jornais Correio do Ceará e Unitário e trabalhou na TV Ceará e na Ceará Rádio Club, todos veículos dos Diários Associados. Trabalhou como repórter no jornal O Estado de São Paulo e foi colunista do Correio Braziliense, em Brasília. Atualmente, era colunista do Diário do Nordeste. Formado em direito e foi também professor de sociologia brasileira da Universidade Federal do Ceará, procurador do IPASE e técnico em comunicação da Câmara dos Deputados. Em 2000, elege-se para a Academia Braziliense de Letras e ganha o “Prêmio Ideal de Literatura” com o livro de crônicas “Rache o Procópio,” de 1998. Em 2002, na Embaixada do Brasil em Lisboa, lança o romance “Vida, Paixão e Morte de Etelvino Soares.” Em 2002, na Embaixada do Brasil em Lisboa, lança o romance “Vida, Paixão e Morte de Etelvino Soares.”
O sobralense-paraibano diz ser de Sobral por decisão pessoal e daqui já recebeu da Câmara Municipal, o título de “Cidadão Sobralense,” o título de Doutor Honoris causa, pela Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA)
Saiba mais: Lustosa da Costa amava Sobral, e em 31 de dezembro de 2008, foi homenageado pelo ex-prefeito Cid Gomes e pelo prefeito da época Leônidas Cristino, com seu nome dado a Biblioteca Pública de Sobral. O jornalista, que tinha Sobral como seu berço cultural, chegou em nossa cidade no ano de 1942. Na época, com quatro anos de idade, morou na terra de Dom José até o final de 1955. Estudou no seminário e de lá saiu em 1953 para o colégio sobralense. Chegou a participar ativamente de movimentos estudantis criando dois jornais em 1955: o Clarim, com Aldo Melo e o Idealista, com João Alberto Bezerra. Mordido pela paixão política chegou ainda a participar de vários comícios da época e estrelou como articulista, em agosto de 1954, no Correio da Semana. Recebeu da Câmara Municipal o título de “cidadão sobralense”. “Escolhi a cidade para ser minha, estudei sua história, mergulhei fundo em seu passado”, comenta Lustosa, que se diz apaixonado por Sobral. Quando cumpriu temporada de estudos em Paris, em 1995, ele escreveu a obra“Sobral não é uma cidade, é uma saudade chorando baixinho em mim”.
Há quem diga que Lustosa da Costa seja sobralense por demonstrar tão clara e criticamente em seus livros, fatos históricos da cidade, servindo-se de personagens reais, de seus filhos ilustres, pessoas polêmicas (conflitos entre partidos políticos e retomada de discussões pelos jornalistas locais, como Deolindo Barreto, fundador de A Lucta, responsável por despertar o ódio da oligarquia cearense, tendo fim trágico) e o clero como instituição dominante em todas as áreas política, social e, claro, religiosa, tendo Dom José Tupinambá da Frota como defensor dos bons costumes e da fé cristã de toda a sociedade sobralense. No entanto, o autor é paraibano, natural de Cajazeiras, nascido a 10 de setembro de 1938, vindo a Sobral aos quatro anos de idade, residindo no sobrado do Palácio do Bispo, atual Museu Dom José.Nesta cidade, Lustosa cresceu e desde cedo mostrava aptidões para a escrita, habilidade a qual sua mãe, Maria Dolores Lustosa da Costa, muito zelava, e para questões políticas, influenciado pelo pai, Francisco Ferreira Costa. Lustosa costumava estar entre os adultos, principalmente os políticos, prestando atenção às suas conversas e fazendo anotações dos assuntos discutidos.
Por Elenilton Roratto
O Ceará e o Brasil perderam um filho ilustre que dedicou sua vida as causas sociais e culturais deste país. A nossa literatura empobre, mas o seu legado ficou para a posteridade, principálmente, para quem quiser seguir um homem culto, um grande patriota. Dr. Lima/Engenheiro Agronomo/Radialista/Colaborador do Blog d FOLHA.Um Potyguar em Terras Alencarinas
ResponderExcluirgosto muito das suas postagens,e sempre estou postando os seus conteúdos.
ResponderExcluirporque quando queremos crescer,temos que ver coisas boa.
e coisa boa é o que você posta.