Um estudo realizado pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) e o Instituto Sensus, e divulgado nesta quarta-feira (29), indica que 69,2% dos brasileiros estão otimistas com relação ao governo da presidente eleita Dilma Rousseff. De acordo com o levantamento, 27,7% acham que a presidente fará um "ótimo" governo e 41,5% esperam um "bom" mandato.
Ainda segundo o levantamento, 17,6% acham que a sucessora do presidente Luiz Inácio Lula da Silva fará um governo "regular", 3,7% responderam "ruim" e apenas 2,7%, "péssimo".
Com relação ao andamento da economia, 43,7% acham que o Brasil vai se desenvolver muito nos próximos quatro anos, período do mandato da presidente eleita; 39,8% acreditam que vai haver pouco desenvolvimento e 7,5% acham que não haverá desenvolvimento.
Desenvolvimento social
Do ponto de vista social, 43% acham que o país vai se desenvolver muito no mesmo período; 39,8% acham que vai desenvolver pouco e 8% acham que não vai desenvolver.
Continuidade
Para 65% dos entrevistados, o governo Dilma será a continuidade do governo Lula; 26% discordam da possibilidade de ela levar adiante o trabalho do antecessor e 8,5% avaliam que haverá continuidade "em parte" e 3,6% não sabem ou não responderam.
A 110ª edição da pesquisa CNT/Sensus entrevistou duas mil pessoas, em 136 municípios de 24 estados, entre os dias 23 e 27 de dezembro de 2010. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, para mais ou para menos. O intervalo de confiança é de 95%.
A expectativa dos brasileiros em relação ao governo Dilma é parecida com a que os eleitores tinham em novembro de 2002, a dois meses da posse de Lula, que ocorreu em 2003. Segundo a pesquisa CNT/Sensus da época, 71% dos brasileiros tinham uma avaliação positiva do então presidente eleito. Como a margem de erro da pesquisa de 2002 era de 3 pontos percentuais, para mais ou para menos, a avaliação positiva é próxima da obtida por Dilma, de 69,2% (veja quadro ao lado).
Ministérios
Sobre a formação ministerial do próximo governo, 28,9% dos entrevistados consideraram a equipe de ministros do governo Dilma como "boa"; 16,6% avaliaram como "ótima"; 23,5% como "regular"; 3,9% como "ruim" e 3,1% como "péssima" -- outros 24,2% não souberam ou não responderam.
Com relação às indicações, 26,5% dos entrevistados apontaram o presidente Lula como a pessoa mais influente para a escolha dos ministros; 24,8% consideraram que a mais influente a própria presidente eleita; 18% apontaram os partidos da coligação como responsáveis pela indicação dos novos ministros e 16,7% acreditam que o PT teve influência nos nomes — 13,1% dos entrevistados não sabem ou não responderam.
Reformas
Na avaliação dos entrevistados, entre as reformas sociais prioritárias do governo Dilma, em primeiro lugar está a trabalhista (28,7% das preferências); seguida da política (20,9%); a tributária (11,5%); a previdenciária (10,1%); judiciária (9,4%) e agrária (7,4%). Os que não sabem totalizam 12,2%.
Prioridades
Para os entrevistados, entre os problemas prioritários que a presidente irá enfrentar, o que demanda mais atenção é saúde pública (46%), seguida de educação (19,5%), violência urbana (15,1%), desemprego (9,2%), habitação (3,1%), transporte público (2,8%), estradas (1,5%), saneamento (1,3%).
Nenhum comentário:
Postar um comentário