RIO - O prefeito de Teresópolis, Mauro Jorge (PT), afirmou nesta sexta que serão necessários cerca de R$ 590 milhões para reconstruir a cidade. Na segunda-feira, ele e os prefeitos de Petrópolis e Nova Friburgo vão formar um consórcio para requisitar os recursos ao governo federal e tocar as obras. Segundo Mauro Jorge, o trabalho de recuperação dos municípios vai durar dois anos. Segundo ele, são até agora 2,5 mil desabrigados ou desalojados, além de mais duas mil pessoas em casas de parentes.
O número de mortos da tragédia que assolou o município de Teresópolis não para de crescer. De acordo com o comandante da Defesa Civil do município, coronel Flávio Castro, 17 bairros e sub-bairros foram atingidos pelas chuvas e pela avalanche de lama. Os bairros com mais danos são Posse, Campo Grande, Parque Imbuí, Caleme, Granja Florestal, Jardim Salaco e Poço dos Peixes.
Devido à possibilidade de novos desabamentos, a Defesa Civil municipal evacuou e interditou todo o Caleme. Para retirar os poucos moradores que insistiam em permanecer em suas casas, a Defesa Civil usou a força policial. Ainda segundo informações do órgão, a água da chuva abriu uma fenda enorme na montanha acima do Caleme. Com isso, poderá haver novo deslizamento no caso de outra chuva forte. Duzentas famílias foram retiradas da área. Equipes também estudam a interdição de vez dos bairros de Parque Imbuí, Campo Grande e Posse, mas ainda avaliam as condições das encostas.
- Não há como ficar lá. Vamos tirar todos os moradores do Caleme. No bairro ficarão somente homens da Defesa Civil e máquinas trabalhando - disse o comandante da Defesa Civil.
Equipes do Corpo de Bombeiros de vários municípios vizinhos e da capital foram para Teresópolis, ajudar no resgate de mortos e feridos. No Instituto Médico-Legal da cidade, até policiais civis e peritos aposentados se ofereceram para ajudar na identificação das vítimas da enxurrada.
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