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quarta-feira, 28 de abril de 2010

Famílias ficam sem abastecimento d´água

Martinópole Um serviço de recuperação na tubulação do sistema de abastecimento d´água deste município, executado pela Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece), tem deixado a população sem condições de abastecimento. O trabalho iniciado há quase um mês não avança e tem deixado os moradores revoltados com a situação. "Sabemos que os operários estão com boa vontade de executar o serviço, mas deveriam ter feito por etapa", disse o morador Obadias Lopes Jonas, que inclusive pede a suspensão da cobrança enquanto o sistema não volta à normalidade.

"Para que a gente não fique sem água dentro de casa, estamos indo até a sede da Cagece", disse a dona de casa Francisca Maria Alves, que mora na Rua 26 de Março, uma das mais prejudicadas. Outros moradores de localidades mais distantes do Centro também enfrentam dificuldades com a falta d´água.

Eles residem nos bairros da Cohab, João Paulo II e Jubina. Francisco das Chagas Moura, conhecido como "Seu Lula", diz que depois que o caos se instalou na cidade, é obrigado a fazer um percurso de três quilômetros para conseguir água.

A solução, segundo ele, seria a colocação de um carro-pipa para atender essas comunidades. "Até um poço que tinha próximo a localidade onde moro, e que servia para a gente se abastecer, a Cagece resolveu fechar", reclama Valdízia Luis Santos Aquino. A localidade que ela se refere é o Barrocão, onde residem cerca de 20 famílias.

Qualidade

Antônio Feijó Farias reclama não só da interrupção do serviço, como também denuncia que a água fornecida não é de boa qualidade. Quando o motor apresenta defeito, a cidade também fica sem água.

"Deveria o órgão ter um outro equipamento para entrar em operação quando esse apresentar defeito", disse. A aposentada Maria Sampaio reclama que, por causa da falta d´água, está sentido dores no corpo. "Como sou uma pessoa doente, estou sofrendo com fortes dores pelo corpo. Acredito que é devido aos baldes d´água que estou carregando", disse a aposentada.

Emergencial

A gerencia regional da Cagece, em Sobral, responsável pela execução do serviço, adiantou que o trabalho foi feito de forma emergencial. "A tubulação ali existente era de cano fabricado de aço carbônico e vinha apresentando problemas. Por isso houve a necessidade da troca imediata da tubulação", disse o gerente da Unidade de Negociação da Bacia do Coreaú e Acaraú, Silvestre Gomes Coelho.

O abastecimento das localidades é feito pelo Açude Jardim, distante oito quilômetros da sede. A água, segundo Silvestre, chega de forma bruta e somente depois que receber o tratamento adequado é fornecida aos moradores de Martinópole.

O gerente da Unidade acrescentou, também, que há cerca de seis anos foi feita uma recuperação em parte da rede de tubulação que leva água para o reservatório. "Houve a troca da tubulação antiga por canos de 200mm de diâmetro, mas ficou faltando 1,8 metros e foi exatamente esse trecho que apresentou problema", disse Silvestre.

Ele assegurou que o abastecimento de água foi normalizado desde o último sábado e, esta semana, outras localidades terão de volta o abastecimento.

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