inda esta semana, a Rede Nacional de Advogadas e Advogados Populares no Nordeste (Renap) deve entrar com um pedido junto ao Ministério Público do Estado para que a investigação do assassinato do líder comunitário José Maria Filho seja federalizado. A decisão foi tomada durante reunião realizada, na manhã de ontem, na sede da Cáritas Diocesana, na Capital cearense. O agricultor foi brutalmente assassinado na última quarta-feira, em Limoeiro do Norte. José Maria Filho era conhecido pela luta contra o uso irregular de agrotóxicos e a concentração fundiária na Chapada do Apodi. O agricultor foi executado com 19 tiros no tórax e, também, na cabeça. Seu corpo foi encontrado por populares jogado no asfalto, ao lado da moto que pilotava.
"Como este é um caso que envolve direitos humanos e teve grande repercussão nacional, a legislação prevê que a investigação possa ficar a cargo da Polícia Federal", argumenta o advogado da Recap, Davi Rocha, acrescentando que o pedido não exclui uma participação conjunta das Polícias Federal e Civil, que atualmente é responsável pelo caso. (DN).
Clima de medo
Apesar da expectativa em conseguir a federalização do caso, o advogado da Recap reconhece que este é um processo difícil. "No caso da freira Dorothy Stang, que foi assassinada no Pará, não se conseguiu a federalização mesmo com toda a repercussão que causou. Mas vamos lutar para que este caso no Ceará seja diferente", reforça Davi Rocha.
A reunião foi realizada a portas fechadas, as fotos foram tiradas antes do início. Foi argumentado que muitas pessoas estavam com medo de falar com a presença da imprensa, por conta do clima de medo na região desde que ocorreu o assassinato. Durante a reunião, que contou com a participação de diversas entidades e movimentos sociais, também se discutiu o fato de os moradores do Sítio Tomé e Cabeça Preta, localidades mais atingidas pelo problema dos agrotóxicos denunciados por José Maria Filho, estarem assustados com a possibilidade de represálias depois da morte do líder comunitário.
O assessor de comunicação da Cáritas Diocesana, Eduardo Campelo, comentou que, durante a reunião, um morador ligou dizendo que havia sido convocado para depor no caso, mas que estava com medo e pediu orientação jurídica dos advogados do Renap. Outras pessoas também devem receber este suporte.
"Como este é um caso que envolve direitos humanos e teve grande repercussão nacional, a legislação prevê que a investigação possa ficar a cargo da Polícia Federal", argumenta o advogado da Recap, Davi Rocha, acrescentando que o pedido não exclui uma participação conjunta das Polícias Federal e Civil, que atualmente é responsável pelo caso. (DN).
Clima de medo
Apesar da expectativa em conseguir a federalização do caso, o advogado da Recap reconhece que este é um processo difícil. "No caso da freira Dorothy Stang, que foi assassinada no Pará, não se conseguiu a federalização mesmo com toda a repercussão que causou. Mas vamos lutar para que este caso no Ceará seja diferente", reforça Davi Rocha.
A reunião foi realizada a portas fechadas, as fotos foram tiradas antes do início. Foi argumentado que muitas pessoas estavam com medo de falar com a presença da imprensa, por conta do clima de medo na região desde que ocorreu o assassinato. Durante a reunião, que contou com a participação de diversas entidades e movimentos sociais, também se discutiu o fato de os moradores do Sítio Tomé e Cabeça Preta, localidades mais atingidas pelo problema dos agrotóxicos denunciados por José Maria Filho, estarem assustados com a possibilidade de represálias depois da morte do líder comunitário.
O assessor de comunicação da Cáritas Diocesana, Eduardo Campelo, comentou que, durante a reunião, um morador ligou dizendo que havia sido convocado para depor no caso, mas que estava com medo e pediu orientação jurídica dos advogados do Renap. Outras pessoas também devem receber este suporte.
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