“Nós, brasileiras e brasileiros, vivemos sem dúvida um momento especial. Estamos diante da tarefa de continuar trilhando o caminho da democracia, da tolerância, do respeito às diferenças, da convivência democrática e solidária”, disse a presidente Dilma Rousseff, na noite de ontem, ao participar da cerimônia de entrega da Ordem do Mérito Cultural a diversas personalidades e instituições, no Palácio do Planalto; embora tenha arrefecido, movimento golpista ainda não foi totalmente superado; o poeta Augusto de Campos afirmou que sempre viu a presidente como “heroína na luta pela democracia nos abomináveis tempos da ditadura” e disse que ainda a vê “neste momento resistir com a mesma firmeza e coragem àqueles que tencionam ingloriamente mal ferir a integralidade das nossas instituições democráticas”
10 de Novembro de 2015 às 05:44
Paulo Victor Chagas – Repórter da Agência Brasil
Ao participar ontem à noite (9) da cerimônia de entrega da Ordem do Mérito Cultural a diversas personalidades e instituições, no Palácio do Planalto, a presidenta Dilma Rousseff disse ao discursar que o país passa por um momento “especial”. “Nós, brasileiras e brasileiros, vivemos sem dúvida um momento especial. Estamos diante da tarefa de continuar trilhando o caminho da democracia, da tolerância, do respeito às diferenças, da convivência democrática e solidária”, afirmou.
Presidenta Dilma Rousseff e o ministro da Cultura, Juca Ferreira, entregam a Ordem do Mérito Cultural 2015 ao Marcelo Yuka, em cerimônia no Palácio do Planalto Valter Campanato/Agência Brasil
A Ordem do Mérito Cultural é entregue anualmente a pessoas e entidades que contribuíram para o desenvolvimento da identidade cultural do país em segmentos como música, audiovisual, moda, artes plásticas, literatura, gastronomia, culturas populares e tradicionais.
Este ano, na 21ª edição do evento, foram agraciados, dentre outros, os músicos Arnaldo Antunes, Daniela Mercury, Rolando Boldrin e Marcelo Yuka, o cineasta Walter Carvalho, o maestro Adylson Godoy, o escritor Rui Mourão, o fotógrafo Luís Humberto e o mestre de capoeira João Grande.
Presidenta Dilma Rousseff e o ministro da Cultura, Juca Ferreira, entregam a Ordem do Mérito Cultural 2015 ao mestre João Grande, em cerimônia no Palácio do PlanaltoValter Campanato/Agência Brasil
De acordo com a presidenta, todos os homenageados merecem “o nosso aplauso e nosso agradecimento”. “Falam com a alma e fazem a alma da nossa nacionalidade. São todos à sua maneira, cada um, tradutores dos símbolos, sentidos, crenças, necessidades utopias, defeitos e características do povo brasileiro. Vocês representam melhor nossa tradição e nossa vanguarda”, disse.
Representante da Articulação dos Povos Indígenas, a índia Sônia Guajajara, que tem atuado em Brasília de mobilizações em favor dos direitos dos índios, e a Mãe Beth de Oxum, pelo trabalho de valorização das matrizes africanas, também foram homenageadas.
Apoio a Dilma
Ao discursar durante a cerimônia, o homenageado especial da Ordem do Mérito Cultural, Augusto de Campos, prestou o que chamou de “gesto cívico” à presidenta, que enfrenta pedidos de impeachment protocolados no Congresso Nacional.
Presidenta Dilma Rousseff e o ministro da Cultura, Juca Ferreira, entregam a Ordem do Mérito Cultural 2015 a Augusto de CamposValter Campanato/Agência Brasil
Augusto de Campos elogiou Dilma, dizendo que sempre a viu como “heroína na luta pela democracia nos abomináveis tempos da ditadura”. Em uma fala aplaudida pelos presentes, o artista disse que a vê “neste momento resistir com a mesma firmeza e coragem àqueles que tencionam ingloriamente mal ferir a integralidade das nossas instituições democráticas”.
Presidenta Dilma Rousseff e o ministro da Cultura, Juca Ferreira, entregam a Ordem do Mérito Cultural 2015 a Sônia Guajajara, em cerimônia no Palácio do Planalto (Valter Campanato/Agência Brasil)Valter Campanato/Agência Brasil
Cortes para a Cultura
O ministro da Cultura, Juca Ferreira, em entrevista a jornalistas antes do evento, disse que o ministério tem conseguido prestar os serviços mesmo com a redução do Orçamento. Juca Ferreira informou que se reuniu com Dilma para discutir o assunto, mas que continua em negociação com o objetivo de, caso haja contingenciamento no próximo ano, ser o mínimo possível.
“Temos deficiências, é evidente. Estamos em processo de construção, e o corte pode nos fazer retroceder a situações que nós já ultrapassamos no ministério”, afirmou.
Duante a cerimônia, o cantor e compositor Caetano Veloso fez um show em que cantou sucessos do seu repertório, como Tropicália e Alegria, Alegria.
http://www.brasil247.com/pt/247/poder/204469/'Brasil-deve-continuar-na-trilha-da-democracia'.htm
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