Jornalista fez duras críticas ao encontro que o PMDB realiza nesta terça-feira 17 em Brasília; Ricardo Boechat lembrou que o PMDB integrou "rigorosamente" todos os governos desde o fim da ditadura e que assumiu fatias importantes de poder nos governos Lula e Dilma; "Nossa inflação está sendo pressionada sucessivamente por conta dos aumentos na tarifa de energia elétrica e isso é obra do Ministério de Minas e Energia, que esteve nas mãos do PMDB durante os últimos muitos anos", afirmou; "Essa reunião de hoje é um movimento de traição mais vil que possa acontecer. Vocês são o maior aglomerado de salteadores que a República brasileira já viu", criticou
17 de Novembro de 2015 às 09:28
247 - O jornalista Ricardo Boechat, comentarista da rádio Band News, fez duras críticas na manhã desta terça-feira, 17, ao encontro que o PMDB realiza nesta terça, em Brasília, que deve marcar um primeiro movimento de afastamento gradual do partido da administração da presidente Dilma Rousseff.
Boechat lembrou que o PMDB integrou "rigorosamente" todos os governos desde o fim da ditadura. "E não integrou com uma fatiazinha de poder, com um Ministério da Pesca, o partido sempre teve pastas importantes, estatais, diretorias e fundos de pensão importantes, detendo uma parcela significativa de poder", afirmou.
E exemplificou: "A nossa inflação está sendo pressionada sucessivamente por conta dos aumentos na tarifa de energia elétrica e isso é obra do Ministério de Minas e Energia, que esteve nas mãos do PMDB durante os últimos muitos anos. O preço dos combustíveis, comprimido do jeito que foi, quebrando a Petrobras, esteve na mãos do PMDB", disse Boechat.
"Então, o partido vem querer dizer agora que não tem nada a ver com a degradação da zona? Não conheço as moças que trabalhavam aqui? Não me locupletei de seus corpos? Que papo é esse, PMDB, que conversa fiada é essa? Essa reunião de hoje é um movimento de traição mais vil que possa acontecer", afirmou.
Ricardo Boechat também questionou o distanciamento do vice-presidente Michel Temer em relação à responsabilidade por eventuais erros do governo. "Michel Temer querer dizer que não tem nada a ver com o que está aí. Ele foi vice-presidente nos últimos quatro anos. Não chegou Dilma e disse 'generala, essa política econômica vai dar caca'?", questionou.
O jornalista da Band News terminou seu comentário com uma frase dura contra o partido. "Vocês são o maior aglomerado de salteadores que a República brasileira já viu", afirmou.
Programa de governo
Durante o encontro do PMDB, organizado pela Fundação Ulysses Guimarães, entre os temas discutidos está o documento "Uma Ponte ara o Futuro", encarado com o programa de uma eventual governo do PMDB, que faz duras críticas à política econômica e fiscal do governo Dilma Rousseff e faz propostas polêmicas, como o fim da política de valorização do salário mínimo e a desvinculação de receitas para a Saúde e Educação".
A ministros petistas, o vice Michel Temer afirmou que o encontro será para discutir um programa para o país, que poderia ser debatido com o governo Dilma e, se as ideias peemedebistas não forem adotadas, podem ser um programa de governo do partido para 2018. O vice disse ainda que a ala que pede a saída do PMDB do governo é minoritária (leia mais).
PMDB do Rio ignora encontro
Estado em que o partido é mais forte, caciques do PMDB decidiram não participar de evento da sigla desta terça. “Tenho a inauguração de uma fábrica de tintas e o príncipe da Noruega, Haakon”, disse o governador Luiz Fernando Pezão. “Vou não. Muito trabalho por aqui. Tem uma Olimpíada ano que vem no Rio”, alegou o prefeito do Rio, Eduardo Paes. Já o líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani, está em Boston, num evento da Faculdade de Direito de Harvard (leia mais).
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