Em delação feita em setembro aos procuradores da Operação Lava Jato, o lobista Fernando Baiano afirmou que o responsável pela permanência de Nestor Cerveró na diretoria Internacional da Petrobras era o senador Delcídio do Amaral (PT-MS); "De acordo com informação repassada ao depoente pelo próprio Nestor Cerveró, ele foi nomeado para a Diretoria Internacional da Petrobrás, em 2003, por indicação de Delcídio Amaral", diz Baiano; declaração contradiz depoimento de Delcídio à Polícia Federal e ao Ministério Público, que creditou à presidente Dilma Rousseff a indicação de Cerveró
30 de Novembro de 2015 às 16:14
Paraná 247 - Em depoimento de delação premiada aos procuradores da Operação Lava Jato, o lobista Fernando Falcão Soares, o Fernando Baiano, afirmou que o responsável pela permanência de Nestor Cerveró na diretoria Internacional da Petrobras era o senador Delcídio do Amaral (PT-MS), preso por tentar atrapalhar as investigações da Lava Jato.
"De acordo com informação repassada ao depoente pelo próprio Nestor Cerveró, ele foi nomeado para a Diretoria Internacional da Petrobrás, em 2003, por indicação de Delcídio Amaral. Pelo que depoente sabe, a indicação e nomeação de Nestor Cerveró foram tratadas com o então ministro da Casa Civil José Dirceu. Na época se dizia que todas as nomeações de diretores da Petrobrás passavam pela Casa Civil da Presidência da República", diz Baiano, em depoimento realizado no dia 9 de setembro.
A declaração de Fernando Baiano contradiz o depoimento de Delcídio à Polícia Federal e ao Ministério Público. Segundo Delcídio, Nestor Cerveró havia sido nomeado para a área Internacional da Petrobras por indicação da presidente Dilma Rousseff, quando ela era ministra de Minas e Energia (leia mais).
Baiano, supostamente ligado ao PMDB, é acusado de ser um dos operadores de propina no esquema de corrupção instalado na estatal petrolífera entre 2004 e 2014.
Fernando Baiano disse ao Ministério Público Federal que 'não tomou conhecimento de um repasse periódico' de valores da Diretoria Internacional da Petrobrás para o senador. "O depoente acredita que apenas negócios pontuais levados por Delcídio Amaral para a Diretoria Internacional possivelmente geravam para ele alguma vantagem financeira indevida", afirmou, sem especificar quais seriam os negócios e os valores.
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