segunda-feira, 12 de agosto de 2013
MAIS UM ASSALTO! ESTOU COM MEDO! FALTA SEGURANÇA! A VÍTIMA FOI BALEADA! CADÊ A POLÍCIA? QUEM SERÁ A PRÓXIMA VÍTIMA?
Cruz. Estas são algumas das muitas palavras, que demonstram inquietude, mais pronunciadas nos últimos dias em nossa região. A população está em desespero. As mães não dormem enquanto os filhos não chegam, seja da festa ou do trabalho. Quando o telefone toca, é um momento de desespero, pois, só pensam em maus notícias. Pensam logo no que poderá ter acontecido com alguém da família ou vizinhos. Se veem alguém desconhecido, penso logo ser um assaltante. O estado psicológico das pessoas está abalado. Não tem mais sossego. Se estão ouvindo rádio e entre uma notícia extraordinária, já preveem uma notícia sobre assalto. Os comerciantes já não sabem mais o que fazer, pois, quando não sofrem um assalto, recebem a notícia de que um colega foi vítima de um assalto. Os vendedores são humilhados, baleados e, alguns, assassinados. Os carros que fazem entrega de mercadorias são constantemente assaltados, sendo que alguns, somente viajam com escolta policial.
Todos são alvos dos marginais. Os Bancos de Cruz, Jijoca de Jericoacoara, Bela Cruz e Acaraú, todos, já foram assaltados várias vezes, inclusive, com explosão a bombas. Os caixas eletrônicos e casas lotéricas, o comercio, postos de abastecimento, os carros que fazem entregas de mercadorias, as Igrejas, os aposentados ao saírem dos bancos, ônibus de passageiros, residências, hotéis e pousadas, Agencia dos Correios, sítios e fazendas. Até as bancas de jogos de caipira estão sendo assaltadas. Derrame de dinheiro falso também é frequente em nossa região. Haja vulnerabilidade!
A população reage como pode. Colocam seguranças, instalam redes elétricas, alarmes, circuitos internos com câmaras e gravação de imagens, mas tudo isso parece não intimidar os criminosos.
Vez por outra, a polícia captura alguns destes elementos, mas, geralmente, logo são soltos e voltam a praticar os mesmos crimes com a certeza quase que absoluta da impunidade. Tranquilidade mesmo, a população só tem um pouco quando sabe que alguns destes elementos são eliminados, o que já aconteceu com dezenas destes criminosos. Mas, mesmo assim, outros logo aparem e a criminalidade continua. Como dizia o Rei do Baião: “O Lampião se apagou, mas outros Lampiões ficaram e matando muito mais”. Este é o senário vivido pela população dos municípios de Cruz, Bela Cruz, Acaraú e Jijoca de Jericoacoara, que não difere muito de outras regiões, conforme se pode constatar através da mídia. Seja na cidade, nos aglomerados rurais ou sítios e fazendas, onde mora alguém, tem sempre um bandido disposto a praticar um crime.
Na zona rural, a situação é desoladora. Os fazendeiros estão abandonado tudo e indo para a cidade, aonde também não tem segurança, mas, alegam que vão morar em um lugar onde as famílias ficam mais próximas umas das outras facilitando o socorro na hora de um assalto.
Esta situação é vivida por todos os fazendeiros nordestinos que, por força da criminalidade, são obrigados a abandonarem uma atividade secular que vem passando de geração para geração, desde os tempos coloniais.
Os fazendeiros e comerciantes já pensam em voltar aos velhos tempos do cangaço e formarem um grupo de homens armados para defenderem suas famílias e seus patrimônios.
As vítimas já não querem mais registrarem o BO, por que, além da dificuldade, dá pouco resultado e ainda ficam marcados pelos marginais.
A polícia prende os bandidos em Progressão Aritmética, mas, os bandidos e a criminalidade crescem em Progressão Geométrica.
Dr. Lima
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