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Foto: Celso Junior/ Estadão Conteúdo Brasília, 28 nov (EFE).- O Supremo Tribunal Federal (STF) condenou nesta quarta-feira a nove anos e quatro meses de prisão o ex-presidente da Câmara dos Deputados e atual deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP) por corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro no julgamento do mensalão.
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Cunha, de 54 anos, chegou a ser candidato do PT à prefeitura de Osasco (SP) nas últimas eleições municipais, mas desistiu depois que o Supremo o declarou culpado por estes crimes, restando a definição das penas.
Segundo a acusação, na época do escândalo do mensalão, o então presidente da Câmara recebeu R$ 50 mil em troca de beneficiar a agência do publicitário Marcos Valério - condenado neste processo a 40 anos de prisão - em contratos com a Casa.
Um dos assuntos que o STF ainda deverá decidir é se Cunha e os deputados federais Valdemar Costa Neto (PR-SP) e Pedro Henry (PP-MT), também condenados por este caso, perderão seus mandatos imediatamente depois do processo.
Essa decisão ficará a cargo do Supremo, que estabelecerá se a perda do mandato é determinada pela própria condenação ou se deve ser discutida e referendada em plenário na Câmara dos Deputados.
Na última sessão destinada às sentenças, a Corte também condenou hoje a sete anos e 14 dias de prisão Roberto Jefferson, ex-deputado e ex-presidente do PTB, que em 2005 denunciou a trama de corrupção.
Além disso, nesta quarta foi condenado a quatro anos o ex-tesoureiro do PTB Emerson Palmieri. EFE
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