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segunda-feira, 26 de novembro de 2012

CALOTE

Por Romão Silva

Caros amigos

Tenho o ingrato desprazer de fazer uma coisa que não gostaria de fazer com ninguém. Porém, me sinto na obrigação de cientificar às pessoas que, geralmente são desinformadas, para evitar que sejam tapeadas, assim como eu fui, conforme relato abaixo:

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Há dois anos atrás, constituí um advogado sobralense, Dr. Francisco Alciedes Ferreira Andrade, para me representar numa ação de Exoneração de Encargos Alimentícios, cujo filho beneficiário da pensão já é maior de 28 anos e quebrou um acordo feito em juízo, de receber a pensão até a conclusão do curso superior que frequentava, na UVA, o qual abandonou o o referido curso, perdendo, desse modo, o direito ao benefício.

Para solucionar tal problema, contratei o mesmo advogado que me defendera antes, por ocasião do acordo feito, já que este conhecia o processo em profundidade, o que, ao meu ver, facilitaria mais a resolução do caso. Ledo engano.

Este, por sua vez, após assinatura da Procuração de praxe exigiu a antecipação dos seus honorários que, após entrarmos em acordo quanto à importância, entreguei-lhe um cheque ao portador.

Acontece que o sr. advogado, Dr. Alciedes, apesar do tempo e de o haver procurado por inúmeras vezes ao longo desse período, tem se justificado com respostas evasivas e desconexas e o que é mais estarrecedor, AINDA NÃO DEU ENTRADA NO PROCESSO.

Ele, quando o encontro, pede que lhe procure, mas, quando vou atrás, ele se esquiva; fica de telefonar e... nadica de nada! E assim vai empurrando com a barriga, só me levando no bico.

Já tentei a OAB secção de Sobral, mas lá só atende com documento, (recibo ou outro equivalente) coisa que ele não me deu. O canhoto do cheque que poderia servir, foi perdido. E assim o tempo vai passando e eu, qual desventurado mendigo urbano, somente recebo “perdoe”.

Certo dia, ao encontrá-lo por um acaso no Beco do Cotovelo, pedi-lhe de volta os documentos inerentes à ação que estão em seu poder, para procurar os serviço de outro profissional do direito e novamente, ouvi desculpas tais como: “não tem juiz, o Judiciário está abarrotado de processos... etc.”. Mesmo assim solicitou-me mais uma semana para dar entrada no processo, no que concordei, dando-lhe, desse modo, mais um voto de confiança, isso há cerca de um mês atrás, e até hoje!

Resumindo: o cidadão nem cumpre seu dever como defensor, não devolve o pagamento junto com os documentos e nem dá satisfações. Assim fica difícil!

Não gostaria, repito, de divulgar tal informação até porque também estou me expondo. Mas, como o que é ruim é da conta de todo mundo, que o mundo tome conhecimento e sirva isto de alerta a todos.

Antônio Romão Silva

2 comentários:

  1. Meu nobre cidadão,Antonio Romão,

    Sou solidário a Vossa Excelencia.Poderia até tercer um grande comentário para complementar o seu depoimento, mas vou apenas perguntar: Com atitude como esta, que não é caso exclusivo, faz parte da rotina do nosso judiciário, como podemos confiar em uma instituição que deveria ser o máximo em exemplo de dignidade e seriedade?
    Em quem mais poderemos confiar.
    Antonio dos Santos de Oliveira Lima
    Cruz - CE

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  2. Meu nobre cidadão,Antonio Romão,

    Sou solidário a Vossa Excelencia.Poderia até tercer um grande comentário para complementar o seu depoimento, mas vou apenas perguntar: Com atitude como esta, que não é caso exclusivo, faz parte da rotina do nosso judiciário, como podemos confiar em uma instituição que deveria ser o máximo em exemplo de dignidade e seriedade?
    Em quem mais poderemos confiar.
    Antonio dos Santos de Oliveira Lima
    Cruz - CE

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