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terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Ministro japonês diz que idosos devem 'se apressar e morrer'

 

DE SÃO PAULO

O ministro das Finanças do Japão, Taro Aso, 72, disse na última segunda-feira (21), que os idosos devem ser autorizados a "se apressar e morrer" para aliviar a pressão sobre o Estado, responsável pelo pagamento das despesas médicas.

"Deus o livre de ser forçado a viver quando se quer morrer. Eu acordaria me sentindo cada vez pior sabendo que [o tratamento] estaria sendo integralmente pago pelo governo".

As declarações de Aso foram feitas durante o encontro do conselho nacional de reformas do seguro social.

"O problema não será resolvido a não ser que eles [os idosos] possam se apressar e morrer".

Quase um quarto dos 128 milhões de japoneses tem mais de 60 anos. A proporção deve aumentar para 40% nos próximos 50 anos.

Kimimasa Mayama - Efe

Ministro das Finanças do Japão, Taro Aso, disse nesta segunda (21) que idosos devem "se apressar e morrer"

Ministro das Finanças do Japão, Taro Aso, 72, disse nesta segunda que idosos devem "se apressar e morrer"

O aumento nos custos sociais, especialmente para os idosos, está por trás de uma decisão --tomada no ano passado-- que aumenta em 10% os impostos sobre as vendas nos próximos três anos.

O ministro disse também que pretende recusar os "cuidados no fim da vida". "Eu não preciso desse tipo de atendimento". Segundo a mídia local, Aso disse ainda que deixou recomendações à sua família para que negue prolongar sua vida por meio de tratamentos médicos.

Mais tarde, Aso falou sobre seus comentários e disse que sua linguagem havia sido "inapropriada" para um evento público e que ele estava falando apenas sobre sua preferência pessoal.

De acordo com um relatório divulgado nesta semana, 40% das famílias que recebem assistência social tem algum membro maior de 65 anos.

O governo japonês planeja reduzir gastos com assistência no próximo orçamento, que deve entrar em vigor em abril. Os detalhes sobre os cortes devem ser divulgados nos próximos dias.

Com informações do "The Guardian"

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Jacinto Pereira

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