Cerca de 20 alunos, que prestaram exame para o vestibular do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia (IFECe) campus de Sobral, afirmam que estão sendo prejudicados pelo resultado do concurso realizado pela instituição. Eles explicaram que seus nomes foram publicados na internet como aprovados na seleção, porém, quando foram realizar a matrícula, souberam que seus nomes estavam fora da relação.
Esses candidatos se inscreveram no último concurso, realizado em dezembro passado, que oferecia 120 vagas para os cursos de Técnico em Eletrônica, Técnico em Fruticultura e Técnico em Meio Ambiente. "Como meu nome estava na lista de aprovado no concurso pedi demissão da empresa onde trabalhava como professor para me dedicar aos estudos", disse Francisco Igor de Sousa.
Francisca Juliana Cordeiro do Nascimento, outra candidata que participou do exame de seleção para Técnico em Fruticultura, também se mostrava indignada com a situação. "Na relação publicada no site do Instituto no dia 28 do mês passado eu estava aprovada entre as 40 vagas disponíveis e quando chego aqui estou fora da lista. Que explicação vou dar para a minha família?".
De acordo com o chefe do Departamento de Ensino Lattes do IFECe, Vicente de Paulo Miranda Leitão, o que ocorreu foi uma falha no sistema de divulgação em Juazeiro do Norte. "Foi um erro no sistema, que desconsiderou a pontuação do candidato obtida na prova, que fez a classificação por idade, que é segundo item, no entanto, conseguimos detectar a falha a tempo de não prejudicar quem realmente foi aprovado", disse Paulo Miranda.
A situação ficou bastante tensa na manhã de ontem quando a maioria desses candidatos chegou para fazer a matrícula. Eduardo Duarte de Sousa disse que seu nome aparecia em 10º lugar na primeira lista e ontem estava fora dos aprovados. "Estou aqui para fazer a matrícula, não sei como lidar com essa situação", disse. Situação idêntica foi vivida pelo candidato Wagner Linhares Monte, que teve seu nome publicado como aprovado no exame de Técnico em Eletrônica.
Especiais
Nem mesmo quem é portador de necessidades especiais fugiu da situação. A dona-de-casa, Jocília da Silva, estava na fila para a fazer a matrícula do filho David Tarciano, que prestou concurso para Técnico em Fruticultura. Ela classificou a situação como preconceituosa. "Meu filho estava aprovado e agora vai ter que se contentar com uma lista de espera". Acrescentou que por três vezes esteve no Instituto para saber se seu filho havia sido ou não aprovado.
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