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segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Em Sobral - Faltam dados sobre processos de adoção

É uma verdadeira "via-crúcis" a ser percorrida neste município para encontrar informações sobre como andam os processos de adoção. Pode ser comparado ao sofrimento das pessoas que desejam adotar uma criança no Brasil. Apesar da atual legislação brasileira que trata de assunto ter procurado avançar para incentivar os processos, a situação em Sobral caminha a passos lentos.

No Abrigo São Francisco, mantido pela comunidade Shalon, da Igreja Católica, que mantém crianças aptas adoção ou que estavam em situação de risco, foi informado que a única pessoa capaz de falar sobre a situação de cada criança sob suas tutelas estava viajando. Os funcionários não estavam autorizados a dar entrevistas ou a fornecer telefones de contato do responsável.

Na sede do Conselho Tutelar, o conselheiro Francisco José de Sousa Mesquita disse que ainda não existe dados estatísticos sobre os processos de adoção no município.

Em outubro do ano passado,um desses casos de possível adoção, noticiado com exclusividade por este jornal, aconteceu por parte da dona-de-casa Edilene Caetano Alves, de 24 anos, residente na cidade de Varjota. Ao dar à luz a duas filhas gêmeas, mostrou-se interessada em doar as recém-nascidas, justificando não ter condições financeiras para criá-las. Porém, poucos dias depois, se arrependeu. O caso chegou a envolver o Ministério Público, Conselho Tutelar e a Polícia Civil da cidade. Perante a promotora Rosina Lúcia Frota Aragão, Edilene chegou a assinar um Termo de Declaração de Doação. Contou que quando soube que os bebês eram do sexo feminino e temendo não poder dar-lhes uma condição digna de vida, demonstrou interesse em doá-las, mesmo sem consultar a família. As crianças que nasceram de um parto cesariano e com saúde perfeita, ficaria sob os cuidado de um casal interessado na adoção vindo do Estado do Rio Grande Sul. Porém, a mãe não levou adiante a decisão.

Casos de mães que doam os filhos por falta de condições financeiras são comuns no Interior. Muitos deles não passam pelo Juizado da Infância das comarcas nos municípios.

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