Presidente poderia ser alvo de pedido de impeachment no mesmo dia em que faz novo teste de contaminação por coronavírus
Por Redação Exame
Bolsonaro em manifestação no domingo: atitude considerada “irresponsável” pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (Adriano Machado/Reuters)
De Brasília à Faria Lima, parte das atenções estarão voltadas, nesta terça-feira, à crescente pressão que vem sofrendo o presidente Jair Bolsonaro por suas respostas erráticas à crise do coronavírus no Brasil. O país já tem oficialmente mais de 230 doentes, além de mais de 2 mil casos suspeitos.
Nesta terça-feira o presidente deve fazer um novo teste. Ele é suspeito de ter contraído a doença depois de voltar dos Estados Unidos, na semana passada. Numa situação sui generis, 14 pessoas próximas a ele estão com coronavírus, o que dá cerca de 6% de todos os doentes do país.
Ainda assim, Bolsonaro segue afirmando que a crise do coronavírus está “superdimensionada” e no domingo, como se sabe, participou de manifestações contra o Congresso mesmo após recomendação de ficar em isolamento por suspeitas de estar doente.
Sua atitude foi criticada pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que o chamou de “irresponsável”. Ontem, Alcolumbre e Maia, junto com o presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, se reuniram com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.
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