Por Daniela Amorim | Estadão Conteúdo – 2 horas atrás
A geração de renda permanece extremamente concentrada no País, segundo os dados do Produto Interno Bruto dos Municípios 2011 divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apenas três municípios foram responsáveis por um quinto do PIB brasileiro em 2011, o equivalente a 20,6% de toda a geração de renda no País.
São Paulo liderou o ranking, seguido por Rio de Janeiro e Brasília. Quando considerados os seis primeiros municípios da lista, figuram ainda Curitiba, Belo Horizonte e Manaus, mesmo resultado verificado em 2010. A ordem de importância na geração de riqueza permanece a mesma desde 2008.
Juntos, os seis municípios foram responsáveis por 25% do PIB e 13,7% da população brasileira. Segundo o IBGE, todos são concentradores da atividade de Serviços - Intermediação financeira comércio e administração pública, com exceção de Manaus, onde há equilíbrio entre a participação da Indústria de transformação e dos Serviços.
Em 2011, apenas São Paulo gerou 11,5% de toda a renda do País. Rio de Janeiro foi responsável por uma fatia de 5,1% do PIB, enquanto Brasília ficou com 4,0%; Curitiba, com 1,4%; Belo Horizonte, 1,3%; e Manaus, 1,0%. Em 2011, o País era dividido em 5.565 municípios. No ano, o PIB brasileiro cresceu 2,7%, totalizando R$ 4,143 trilhões em valores correntes.
SP na frente
O Estado de São Paulo emplacou nove municípios na lista dos 25 maiores geradores de renda do País, segundo dados do Produto Interno Bruto dos Municípios 2011 do IBGE. Em 2011, apenas a capital São Paulo gerou 11,51% de toda a renda do Brasil. Os outros grandes geradores de renda no Estado foram: Guarulhos (1,05% do PIB), Campinas (0,98%), Osasco (0,95%), São Bernardo do Campo (0,88%), Barueri (0,77%), Santos (0,76%), São José dos Campos (0,61%) e Jundiaí (0,53%). Juntos, os nove municípios foram responsáveis por 18,04% do PIB brasileiro.
No ranking dos 50 maiores geradores de renda, há 15 municípios paulistas, que produziram o equivalente a uma fatia de 20,19% do PIB. Além dos citados acima estão ainda Ribeirão Preto (0,45%), Sorocaba (0,43%), Santo André (0,43%), Diadema (0,28%), São Caetano do Sul (0,28%) e Piracicaba (0,28%).
Já na lista dos cem principais responsáveis pelo PIB de 2011, a participação do Estado de São Paulo sobe para 31 municípios, com a participação também de Louveira (0,26%), Taubaté (0,24%), São José do Rio Preto (0,23%), Mogi das Cruzes (0,23%), Paulínia (0,20%), Bauru (0,19%), Sumaré (0,19%), Mauá (0,18%), Limeira (0,18%), Vinhedo (0,18%), Cotia (0,17%), Americana (0,17%), Hortolândia (0,16%), Itapevi (0,15%), Indaiatuba (0,14%) e Cajamar (0,14%). Juntos, os 31 municípios paulistas responderam por quase um quarto do PIB, o equivalente a 23,2%.
Perdas de SP
A indústria continua bastante concentrada no País, segundo dados do PIB dos Municípios. Em 2011, apenas 12 municípios concentravam cerca de 25% do valor adicionado bruto da indústria brasileira. Naquele mesmo ano, metade da renda do setor industrial foi gerada por somente 68 dos 5.565 municípios existentes no País.
Em 2011, a indústria perdeu participação no PIB brasileiro, puxada pelos maus resultados da indústria de transformação. No entanto, a indústria extrativa teve crescimento. Como resultado, os municípios que tinham suas economias vinculadas às commodities minerais tiveram um ganho de participação maior que o de regiões com indústria diversificada.
São Paulo manteve-se como principal polo industrial do País, com participação de 7,9% no valor adicionado bruto da indústria. Entretanto, o município vinha de uma fatia de 8,2% em 2010, o equivalente a uma perda de 0,3 ponto porcentual. Também perderam participação os municípios de Manaus, de 2,2% em 2010 para 2,0%; Betim, de 1,4% para 1,2%, e Duque de Caxias, de 0,9% para 0,8%, entre outros.
Na direção oposta, o expressivo aumento do preço do petróleo em 2011 motivou o ganho de participação dos municípios produtores. Campos dos Goytacazes (RJ) cresceu de 2,0% em 2010 para 2,9% em 2011, à frente até do Rio de Janeiro (com uma fatia de 2,4% em 2011).
Outros estados produtores que tiveram aumento na fatia no PIB industrial em decorrência do encarecimento do petróleo foram: Rio das Ostras (de 0,5% para 0,7%), Cabo Frio (de 0,4% para 0,6%), São João da Barra (de 0,3% para 0,5%) e Macaé (de 0,5% para 0,5%). A expansão na participação de Parauapebas (PA), de 1,5% para 1,8%, foi provocada pelo aumento no preço do minério de ferro.
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