África do Sul - Os funerais do ex-presidente sul-africano Nelson Mandela começam nesta terça-feira com uma grande cerimônia que terá início às 7h (horário de Brasília, 11h local) no estádio FBC -- mais conhecido como Soccer City -- Johannesburgo. Mais de 70 líderes mundiais devem participar do velório.
O herói africano
- Prêmio Nobel da Paz por sua luta contra a violência racial na África do Sul, Nelson Mandela - ou Madiba, como é chamado na sua terra natal - passou 27 anos preso e se tornou o primeiro presidente negro daquele país.
Do Brasil, estarão presentes a presidente Dilma Rousseff, que irá discursar, e os ex-presidentes José Sarney, Fernando Collor de Mello, Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva. Será a primeira vez que todos os ex-presidentes brasileiros participarão juntos de um ato internacional.
Além de Dilma, os presidentes dos EUA, Barack Obama; da Namíbia, Hifikepunye Pohamba; da Índia, Pranab Mukherjee; de Cuba, Raúl Castro, e o vice-presidente da China, Li Yuanchao, também devem discursar na cerimônia.
O ato vai começar com o hino sul-africano sendo cantado por um coral. Em seguida, após uma oração, um amigo da família, Andrew Mlangeni, que esteve preso com Mandela, irá prestar sua homenagem. Logo após, será a vez de famíliares de Mandela discursarem.
Antes das homenagens dos chefes de Estado, o secretário-geral da ONU, Ban ki-Moon, e a diretora da União Africana, Nkosazana Dlamini Zuma, irão discursar. O último político que irá falar na cerimônia será o presidente sul-africano, Jacob Zuma.
Antes do fim do ato, o bispo Ivan Abrahams irá conduzir uma oração e um sermão.
1961 - Com 42 anos, Mandela caminha pelas ruas de Johannesburgo, na África do Sul AP
No total, a cerimônia deve durar quatro horas.
As autoridades locais esperam que os 90 mil lugares do estádio, localizado em Soweto, fiquem lotado. O local foi palco da final da Copa do Mundo em 2010, que marcou a última aparição pública de Mandela.
"O mundo todo está vindo para a África do Sul", disse Clayson Monyela, porta-voz da Chancelaria, minimizando as preocupações com a logística e a segurança de um evento tão grande, com prazo de apenas cinco dias, a partir da morte do político, para ser organizado.
"Obviamente não estamos começando do zero em termos de organização", disse Monyela. "Temos um sistema que entra em funcionamento sempre que a gente tem eventos dessa magnitude."
Quem não puder comparecer ao estádio, poderá acompanhar a cerimônia em um dos diversos telões que serão instalados pelo país. Além disso, a TV estatal sul-africana, a SABC, irá transmitir o ato.
Após a celebração de terça-feira, o corpo de Mandela será velados durante três dias nos Edifícios da União, em Pretória, onde ele tomou posse como presidente, em 1994. O enterro será no dia 15, em Qunu, aldeia do seu clã, na província do Cabo Oriental. Esse evento, segundo Monyela, terá um caráter mais familiar, com a presença de poucos dignitários.
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