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quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Deputados defendem Universidade Federal da Ibiapaba

 

Por Francisco Edilson Silva

A audiência pública foi realizada na cidade de Ubajara na manhã de quarta-feira 10. Foto - Divulgação AL

O município de Ubajara foi espaço, na manhã de quarta-feira (10/08), de audiência pública da Comissão de Ciência, Tecnologia e Educação Superior da Assembleia Legislativa do Ceará sobre a possível implantação da Universidade Federal da Ibiapaba (UFI).

O debate foi solicitado pela deputada Mirian Sobreira (PSB), presidente da Comissão, atendendo a pleito do Conselho de Desenvolvimento da Ibiapaba (Conderi).

A deputada Mirian ressaltou que é preciso lutar pela interiorização da universidade, levando à população o direito, garantido por lei, de cursar o nível superior sem precisar se deslocar até a capital do Estado. “A universidade é um espaço indispensável na construção da educação de uma nação, pois contribui para o crescimento científico e cultural de uma sociedade”, afirmou.

Também estiveram presentes os deputados Moésio Loiola (PSDB), Lula Moraes (PCdoB), Sérgio Aguiar (PSB) e Dedé Teixeira (PT), prefeitos, vereadores e outras lideranças políticas da Ibiapaba.

O presidente do Conderi, Glauber Augusto, agradeceu pelo fato de a audiência ter acontecido mais rápido do que se esperava e informou que, atualmente, 64 mil jovens frequentam o ensino fundamental e 22 mil cursam o ensino médio, encontrando-se na fila para entrar na universidade.

A região da Ibiapaba é formada pelos seguintes municípios: Viçosa do Ceará, Tianguá, Ubajara, Ibiapina, São Benedito, Guaraciaba do Norte, Carnaubal, Croatá e Ipu.

Um comentário:

  1. A FACIB E O ENSINO SUPERIOR NA IBIAPABA

    A luta pela implantação do Ensino Superior na Região da Ibiapaba começou por volta de 1985 com a criação da Fatec - Faculdade de Teologia Cristã, ofertando cursos livres de Teologia e Filosofia no Município de São Benedito.
    Eram tempos difíceis, pois o Brasil ainda ensaiava os primeiros passos do Processo de Democratização. Apesar do regime em vigência as IES - Instituições de Ensino Superior geralmente nasciam livres, a partir da organização de intelectuais que tinham como objetivo comum a formação educacional do povo.
    As instituições surgiam e com muito trabalho fincavam as suas bases até conquistarem a sua autonomia junto ao MEC - Ministério da Educação. Muitas dessas instituições conquistaram o seu reconhecimento após longos anos de Ação Acadêmica.
    A Fatec nasceu neste contexto até que veio a Nova LDB no ano de 1996, fruto do Processo de Democratização do País.
    A Nova LDB possibilitou grandes conquistas no Setor Educacional, entretanto a Burocratização das ações sociais e políticas se fortaleceu na mesma proporção. As IES só poderiam iniciar as suas atividades mediante Autorização do Poder Público.
    Diante do novo quadro, no ano de 1999 a Fatec é extinta e nasce a Facib - Faculdade da Ibiapaba, visando o enquadramento às novas regras que passaram a normatizar o Ensino Superior no Brasil.
    A visita do então Ministro da Educação, Paulo Renato de Sousa a São Benedito foi a Pedra Fundamental para a materialização deste antigo sonho que foi Protocolado sob o nº 23000.005792/200-12 no dia 20 de Junho de 2000 às 17:07:03 hs no MEC - Ministério da Educação - Secretaria Executiva - Subsecretaria de Assuntos Administrativos, posteriormente publicado no DOU - Diário Oficial da União do dia 27 de Novembro de 2000 - Seção 2 - Página 07 - Portaria 3.482.
    No dia 30 de Novembro de 2000, o MEC, através do DEPES - Departamento de Ensino Superior encaminha o Ofício de nº 13.803/00 autorizando a Comissão Verificadora a fazer o trabalho de Avaliação in-loco das condições de funcionamento que teve início em 24 de Janeiro de 2001 e conclusão em 27 de Fevereiro de 2001, cujo Relatório culminou no Conceito Global Final do Curso com a Classificação “B” que foi comemorado com euforia pelo grupo de educadores que iniciaram esta empreitada.
    A partir disto a tão sonhada Autorização que deveria ocorrer impreterivelmente até o dia 27 de Março de 2001 não aconteceu. Esperado 120 dias a Facib iniciou as suas atividades e até hoje aguarda que o MEC formalize o pleito que deveria ter ocorrido no ano de 2001. Os 10 anos que se seguiram foram marcados por intensas perseguições materializadas sob a forma de denúncias caluniosas, de cunho notadamente político. Situação inaceitável num País que dava os primeiros passos rumo a Democracia.
    A verdade é que a Facib ao longo desses anos, ofertando apenas 1 Curso, já Graduou cerca de 9.473 alunos em ações conjuntas com a Urca - Universidade Regional do Cariri e UCB - Universidade Castelo Branco, amparada pelo Parecer 313/2002 que foi reexaminado pelo Parecer 202/2003 homologado finalmente pelo Ministro Tarso Genro do MEC - Ministério da Educação, devidamente publicado no DOU - Diário Oficial da União do dia 13 de Abril de 2004 - Seção 1 - Página 07 - Portaria 978.
    A luta não acabou e até hoje implementamos ações individualizadas junto ao MEC para regularizar a situação da Facib e muitas são as promessas de solução.
    O que falta mesmo são ações sociais e políticas favoráveis, capazes de combater com o mesmo vigor as ações contrárias ao processo de inclusão universitária de uma região com grande potencial de desenvolvimento.
    O que temos aqui é um breve relato do que poderá se tornar o embrião experimental da futura Universidade da Ibiapaba, que abrirá as portas para o ingresso e surgimento de outras instituições, transformando a região num pólo universitário.

    Stenio Neves Gameleira
    Diretor Geral
    FACIB - Faculdade da Ibiapaba

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